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Empregadores têm até o dia 29 para enviarem informe de rendimentos

Os empregadores têm até o dia 29 de fevereiro para enviar aos funcionários o informe com os rendimentos referentes a 2023. O prazo também vale para bancos e corretoras de valores, que devem disponibilizar o documento referente aos rendimentos de aplicações financeiras aos seus clientes. A disponibilização dos informes de rendimentos é obrigatória e pode ser feita pelo correio ou na forma digital, por e-mail, internet ou intranet.

Os informes são necessários para preencher a declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física 2024 (IRPF). Este ano, o período de entrega das declarações do Imposto de Renda, sem multa, vai de 15 de março a 31 de maio.

Entre as informações contidas nos informes de rendimentos estão o total dos rendimentos tributáveis, a exemplo dos salários; os descontos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS); os rendimentos tributáveis exclusivamente na fonte, como o 13º salário; imposto de renda retido na fonte, se houver; eventuais rendimentos isentos, como venda das férias e descontos; e despesas com plano de saúde ou odontológico coletivo, se houver.

A declaração do IRPF é obrigatória para quem recebeu rendimentos tributáveis acima de dois salários mínimos. A nova tabela foi publicada em uma medida provisória no dia 6, e alterou a primeira faixa da tabela progressiva mensal, com elevação do limite de aplicação da alíquota zero, que passou de R$ 2.112 para R$ 2.259,20.

O contribuinte com rendimentos de até R$ 2.824 mensais será beneficiado com a isenção porque, em razão do desconto simplificado de R$ 564,80, que resulta em uma base cálculo mensal de R$ 2.259,20, o mesmo limite máximo da faixa de alíquota zero da nova tabela.

A Receita orienta o contribuinte a guardar os informes de rendimentos por, no mínimo, 5 anos, contados a partir de 1º de janeiro do ano seguinte ao do processamento da declaração. A regra também vale para os demais documentos que servem para comprovar as informações prestadas na declaração.

Governo deve repassar 37,2 milhões do salário-educação em 2024

Este ano de 2024, a Receita Federal espera apurar mais de R$ 19 trilhões com a contribuição social feita por empresas vinculadas à Previdência Social. Desse total, pouco mais de R$ 37,2 milhões serão distribuídos aos estados, Distrito Federal (DF) e aos municípios, na forma de salário-educação, para a suplementação das despesas públicas no setor.

Os critérios e valores da distribuição da quota que cabe a cada ente federado, foram divulgados, nesta quarta-feira (14), pelo Ministério da Educação (MEC) em uma portaria publicada no Diário Oficial da União. De acordo com o texto, o cálculo da quota estadual e municipal, obedece o previsto em lei, e corresponde a dois terços de 90% da arrecadação líquida apurada. A quota federal corresponde ao terceiro terço desse percentual e os 10% restantes é direcionado ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

O Censo Escolar é usado como parâmetro para fatiar a quota que cabe aos entes federados e as unidades recebem conforme a divisão do número de alunos, em cada rede de ensino da educação básica pública, pelo total geral de toda educação básica pública, multiplicado pela estimativa de arrecadação. Na prática, os estados, DF e município recebem um salário-educação por vaga, esse valor varia conforme a arrecadação mensal e é disponibilizado no site do FNDE.

Os valores do salário-educação são depositados de forma automática sem que haja necessidade que a secretaria de educação faça adesão ou celebre convênio para liberação do recurso. É necessário apenas que o ente federado mantenha uma contas bancárias específicas, abertas pelo FNDE em instituição financeira oficial.

Método Wolbachia reduz casos de dengue em Niterói

Em meio ao aumento de casos de dengue no país e de mortes pela doença, Niterói mantém níveis baixos da doença. De acordo com a prefeitura, a situação é resultado de monitoramento diário durante o ano todo e também do chamado método Wolbachia, uma aposta de longo prazo, que começou a ser implementado na cidade em 2015. Em 2023, o município tornou-se o primeiro no Brasil com 100% do território coberto pelo método.  

Wolbachia é uma bactéria presente em cerca de 60% dos insetos na natureza, mas ausente no Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. O método Wolbachia consiste em inserir a bactéria em ovos do mosquito, em laboratório, e, assim, criar Aedes aegypti que portam o microrganismo. Constatou-se que, por terem a Wolbachia, esses mosquitos não são capazes de carregar os vírus que causam a dengue, zika, chikungunya ou febre amarela e tornam-se, assim, inofensivos.

Esses mosquitos, apelidados Wolbitos, quando se reproduzem passam a bactéria para os novos mosquitos, fazendo com que menos desses insetos possam transmitir doenças para os seres humanos.

Mosquitos com Wolbachia reduzem casos de dengue em Niterói – Foto: Flávio Carvalho/WMP Brasil/Fiocruz

“Teve muita desconfiança da população quando fomos fazer a soltura dos mosquitos na cidade. Poxa, todo mundo matando mosquito e Niterói vai soltar mosquito? Como assim? Nós fizemos um trabalho intenso com as lideranças comunitárias, com as associações de moradores, com a Federação das Associações de Moradores de Niterói, e elas nos apoiaram nesse convencimento junto à população para que os mosquitos pudessem ser soltos. Hoje, a gente tem uma situação menos dramática do que em grande parte do Brasil”, lembra a secretária de Saúde de Niterói, Anamaria Schneider.

Segundo a secretaria, os números apontam a redução de cerca de 70% dos casos de dengue, 60% de chikungunya e 40% de zika nas áreas onde houve a intervenção entomológica. Os casos foram caindo ano a ano. Em 2015, ano da implantação do projeto, foram confirmados 158 casos de dengue em Niterói. Em 2016, foram 71, em 2017, 87. Em 2018, houve um aumento para 224 pacientes confirmados com a doença, mas o número caiu no ano seguinte, quando foram registrados 61 casos. A partir de 2020, com 85 casos, os números caíram a cada ano, com 16 em 2021 e 12, em 2022. Em 2023, foram confirmados 55 casos de dengue na cidade. Até o momento são cerca de 30 casos suspeitos.

O trabalho foi iniciado em 2015 com uma ação piloto no bairro Jurujuba. Em 2017, o método Wolbachia chegou a 33 bairros das regiões das praias da Baía e Oceânica. Em 2023, Niterói se tornou a primeira cidade brasileira com 100% do território coberto pelo método Wolbachia. 

Mesmo com o Wolbito, o município não abandonou as ações de prevenção e monitoramento, que são realizadas ao longo de todo o ano.

“É um trabalho contínuo, não para. Nós temos 300 agentes de endemias que fazem visitas em 5 mil imóveis diariamente. A gente tem um grupo que visita só imóvel abandonado. Eles conseguem entrar em imóveis que ninguém tem acesso. A gente visita porque tem muitos focos de mosquitos. Nessa época, aumentam as denúncias da população, mas é um trabalho rotineiro, durante todo o ano”, explica, Schneider.

Cidades com Wolbito

Mosquitos com Wolbachia reduzem casos de dengue em Niterói – Foto: Flávio Carvalho/WMP Brasil/Fiocruz

O método, que tem origem na Austrália, é aplicado no Brasil porque o país integra, desde 2014, o rol de 11 países que compõem o Programa Mundial de Mosquitos, em inglês World Mosquito Program (WMP). No Brasil, é conduzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com financiamento do Ministério da Saúde em parceria com governos locais. Atualmente, as cidades já incluídas na pesquisa são Campo Grande (MS), Petrolina (PE), Belo Horizonte, Niterói e Rio de Janeiro.

Este ano, o método chegará a mais seis cidades: Natal, Uberlândia (MG), Presidente Prudente (SP), Londrina (PR), Foz do Iguaçu (PR) e Joinville (SC).

O método, no entanto, não tem resultado imediato e precisa ser associado a outras ações para combater a doença. “O método Wolbachia não é um método de ação imediata, como é um inseticida, por exemplo, que você aplica e mata o mosquito. A Wolbachia é preventiva. A gente precisa cobrir um território, aguardar esse estabelecimento dos mosquitos. Acaba sendo algo preventivo, de médio prazo, porque a gente precisa estabelecer, fazer todo o processo e aguardar um tempo para que os resultados sejam vistos”, explica o líder de operações da WMP Brasil, Gabriel Sylvestre.

Segundo ele, em cerca de 2 anos, é possível observar os resultados do método. No entanto, ele não deve ser a única forma de combate à dengue e às demais doenças. “O método Wolbachia não pode ser pensado de uma forma única. É preciso que haja esse esforço coletivo, tanto do poder público quanto da população. Aí a gente entra como mais uma força nesse combate”, enfatiza.

Apesar de também ter recebido o Wolbito, a cidade do Rio de Janeiro está em situação diferente da do município vizinho. A cidade declarou situação de emergência devido ao aumento do número de internações por suspeita de dengue.

No Rio, o  Wolbito foi liberado apenas em algumas regiões e não em toda a cidade como em Niterói.

“São dados muito complexos de serem analisados. Isso vai depender, em grande parte, da dimensão do projeto. Em Niterói, a cidade inteira participou do projeto. Então, toda a cidade, cada bairro, tem Wolbito estabelecido. Isso garante uma proteção na cidade como um todo. O impacto acaba sendo mais relevante, mais forte do que em uma cidade com a complexidade que tem o Rio de Janeiro. E a gente não conseguiu chegar em grandes proporções da cidade do Rio ainda”, explica Sylvestre.

Arte/EBC

 

Líder Fluminense recebe Vasco em clássico no Maracanã

Tentando manter a liderança da Taça Guanabara do Campeonato Carioca, o Fluminense recebe o Vasco, a partir das 21h30 (horário de Brasília) desta quarta-feira (13) no estádio do Maracanã, em partida válida pela 8ª rodada da competição. A Rádio Nacional transmite esse jogão de bola ao vivo.

Além de buscar pontos que lhe mantenham em situação confortável na competição regional, o Tricolor das Laranjeiras chega à partida para tentar dar ritmo de jogo à sua equipe titular, que disputa a primeira final da atual temporada a partir da próxima semana, quando inicia a disputa da Recopa Sul-Americana contra a LDU (Equador) na altitude de Quito.

Liderando a Taça Guanabara com 17 pontos, alcançados com cinco vitórias e dois empates em sete partidas, o Fluminense entrará em campo com força máxima com o objetivo de somar mais três pontos. Assim, a expectativa é de que o técnico Fernando Diniz escale o Tricolor com: Fábio; Guga, Felipe Melo, Thiago Santos e Marcelo; André, Martinelli e Ganso; Keno, Arias e Cano.

Alegria pra trabalhar, Fluminense! 😁

📸: Marcelo Gonçalves/FFC pic.twitter.com/luhMQowSvD

— Fluminense F.C. (@FluminenseFC) February 13, 2024

No banco, a equipe das Laranjeiras terá nomes como os meias Terans e Renato Augusto e os atacantes Douglas Costa e John Kennedy, este que acaba de se reapresentar após disputar o Pré-Olímpico de futebol masculino.

Do lado vascaíno a expectativa também é de uma formação com força máxima. Após o meio-campista francês Payet cumprir suspensão, a expectativa é de que o técnico Ramón Díaz mande a campo: Léo Jardim; Paulo Henrique, João Victor, Medel, Léo e Lucas Piton; Zé Gabriel, Galdames e Payet; David e Vegetti.

Clicks do treino desta terça-feira de carnaval 📷👊

FOCO TOTAL NO CLÁSSICO! 💢

📸: Leandro Amorim | #VascoDaGama pic.twitter.com/8sEXt3GC8s

— Vasco da Gama (@VascodaGama) February 13, 2024

Na 4ª posição da classificação com 12 pontos, o Cruzmaltino sabe que uma vitória é muito importante para encaminhar a sua classificação para a próxima etapa do Campeonato Carioca.

Transmissão da Rádio Nacional

A Rádio Nacional transmite Fluminense e Vasco com a narração de André Luiz Mendes, comentários de Rodrigo Campos e reportagem de Bruno Mendes. Você acompanha o Show de Bola Nacional aqui:

Rússia emite ordem de prisão contra primeira-ministra da Estônia e ministro da Lituânia

13 de fevereiro de 2024

 

Kallas: “é uma tática de intimidação”

O Ministério do Interior da Rússia colocou a primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, na sua lista de procurados. O secretário de estado do país, Taimar Peterkop, e o ministro da cultura da Lituânia, Simonas Kairys, também entraram no rol.

Sobre eles pairam agora ordens de prisão, com o governo russo alegando que eles estão tentando apagar da História a participação dos russos na queda do Nazismo. “Os crimes contra a memória dos libertadores do mundo do nazismo e do fascismo devem ser punidos e isto é apenas o começo”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.

Nos dois países houve recentemente a retirada de monumentos dedicados a personalidades russas. Segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, estas ações são “hostis”.

De acordo com a VOA, para os países bálticos os monumentos eram uma lembrança desagradável da ocupação soviética, enquanto para Moscou representam o papel da Rússia na libertação destes países do controle Nazista.

Kallas escreveu no Twitter X que “o Kremlin espera agora que esta medida ajude a silenciar-me e a outros, mas isto não acontecerá”. Já Kairis disse que a ordem de prisão “significa que agi ativamente e com princípios”.

A Estónia, a Letónia e a Lituânia – todos Estados bálticos – são membros da Aliânça do Atlântico Norte (NATO), tendo aderido em 2004. Estão entre os mais firmes apoiantes políticos, financeiros e militares da Ucrânia, que foi invadida pela Rússia há quase dois anos.

Kallas disse que acontecrá o oposto do que o Kremlin deseja e que seu apoio à Ucrânia continuará “forte”.

 
 
 

Rodrigo e Adriele são escolhidos melhores do mundo no Beach Soccer

O Brasil foi o grande destaque do Beach Soccer Stars 2023 Gala, cerimônia de premiação realizada em Dubai (Emirados Árabes Unidos), na noite da última terça-feira (12), na qual os brasileiros Rodrigo e Adriele foram escolhidos como os melhores jogadores do mundo da modalidade.

Rodrigo, que defendeu o Flamengo e o Kistall (Rússia) nos últimos anos, expressou muita gratidão ao receber o prêmio de melhor jogador entre os homens: “Agradeço a Deus, que me deu força e saúde para lutar todos os dias pelo meu alvo. Agradeço à minha família – minha mãe, meu pai, minha esposa, meu filho. Todos os meus companheiros – treinadores, jogadores, dirigentes, fisioterapeutas. Todos que fizeram parte da minha trajetória em 2023”.

Já Adriele garantiu uma vitória dupla, pois, além de ser apontada como a melhor entre as mulheres, ficou com o prêmio de gol mais bonito do ano entre homens e mulheres: “Sinto-me honrada. Eu sou uma mulher e nós, mulheres, estamos quebrando barreiras. Essa façanha é gratificante para mim”.

O Brasil também foi destaque na equipe ideal do ano, que contou com os brasileiros Rodrigo e Bruno Xavier, além do italiano Leandro Casapieri, do japonês Ozu Moreira e do português Be Martins.

Causas internacionais dão o tom do carnaval do Pacotão em Brasília

O Pacotão, um dos blocos de carnaval de rua mais tradicionais de Brasília, famoso pelo bom humor e críticas à política nacional, ampliou horizontes e, na edição de 2024, deu destaque especial a grupos de foliões que tinham uma “causa internacional” para chamar de sua.

A linha de frente oficial do bloco ficou a cargo do Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino do Distrito Federal. A difícil situação de outros povos, como os de Burkina Faso e da República Árabe Saharaui Democrática – mais conhecida como Saara Ocidental – também integraram esse leque de denúncias contra governos e governantes que, segundo os foliões, não respeitam a dignidade humana.

A fama de bloco politizado atraiu o carioca André Constantino,48 anos, a ponto de ele deixar para trás o carnaval do Rio de Janeiro para vir conhecer de perto “o tal Pacotão”. “Fugi do Rio porque nessa época ele fica muito cheio. Prefiro carnavais assim, como o daqui. É mais tranquilo”, disse.

Brasília – Pacotão trouxe causas internacionais no desfile de 2024. Pedro Batista e André Constantino participam de manifestação pró-Palestina. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Burkina Faso

Constantino mora na Morro da Babilônia e integra o Movimento Nacional das Favelas e Periferias. O carioca vestia uma camisa com a imagem de Thomas Sankara, ex-presidente de Burkina Faso, país localizado na África Ocidental. “Ele foi um revolucionário democrático e popular. Infelizmente sofreu um golpe de Estado financiado pelo governo francês”, explicou.

A escolha da vestimenta foi motivada pelo ambiente de “diálogo com as massas” que é permitido durante o carnaval. “Quero agora me juntar com a Ala da Causa Palestina”, acrescentou ao se referir ao grupo que já estava se posicionando para dar início ao histórico percurso do bloco, na contramão da W3 – uma das vias da capital federal.

Palestina

A Ala da Causa Palestina citada por ele tinha, entre seus organizadores, o jornalista Pedro Batista, 60 anos, integrante do Comitê de Solidariedade ao Povo da Palestina. “Estamos aqui para mostrar o sofrimento, o genocídio e o extermínio que está sendo colocado em prática contra os moradores de Gaza”, disse.

“E, a exemplo da arte, o carnaval é também espaço de denúncia. Caso contrário, nada mais é do que uma pasteurização da indústria cultural para deixar as pessoas alienadas. Arte e carnaval, quando não incomoda, é apenas enfeite. Seja no carnaval, seja na música, no cinema ou na poesia, arte existe para defender a vida e a dignidade humana”, acrescentou.

Alguns foliões estavam com camisetas em referência ao Hamas, como o servidor público Ieri Júnior, 34 anos, que, em entrevista à Agência Brasil, defendeu que o grupo age contra alvos militares, em “resistência pela libertação da Palestina, em defesa dos oprimidos pelo imperialismo de Israel”

Saara Ocidental

Portando uma bandeira bastante parecida com a da Palestina, um outro grupo aproveitou a aglomeração do bloco para falar sobre a ocupação de dois terços do território de um país pouco conhecido pelos brasileiros: o Saara Ocidental (República Árabe Saharaui Democrática).

“Esta é uma causa que defendemos desde 1975”, disse o psicólogo Toninho Andrade, 70 anos “O Saara Ocidental foi uma colônia espanhola. Após se libertar da Espanha, foi invadido e ocupado por Marrocos e, desde então, busca sua independência”, acrescentou, referindo-se ao único país árabe que tem como idioma oficial o espanhol.

Brasília – Pacotão reuniu foliões pelo centro da capital federal. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Os defensores da causa levaram, ao Pacotão, o representante da Frente Polisário, que lidera o povo saaraui, no Brasil, Ahamed Mulay Ali Hamadi. Segundo ele, 84 países já reconhecem o Saara Ocidental. “Infelizmente, o Brasil ainda não nos reconhece. Estou aqui tentando fazer com que as pessoas conheçam a nossa história”, disse à Agência Brasil o representante, que acrescentou estar em negociação para tentar o reconhecimento do país pelo governo brasileiro. 

 A região do Saara Ocidental, na África, está em disputa há mais de 40 anos pelo povo saaraui e pelo Marrocos. Na América do Sul, o Brasil, a Argentina e o Chile são os únicos países que ainda não reconhecem sua soberania.

Temática nacional

No final do bloco, estava o grupo de fanfarra Muralha Antifascista, com repertórios que iam desde Pink Floyd (com a música Another Brick in the Wall, uma crítica ao sistema educacional britânico) até Raul Seixas (com a música Sociedade Alternativa, que propõe rompimento contra padrões tradicionais).

“Nascemos como um movimento crítico ao governo Bolsonaro, mas avançamos também para outras causas, como a feminista”, apresentou-se o integrante do grupo, Eudaldo Sobrinho, 38 anos.

A temática nacional estava presente também na camisa do engenheiro agrônomo João Neto, 75 anos, que estampava o rosto do ministro Alexandre de Moraes, do STF, no corpo de um dos guerreiros espartanos do filme 300. “Xandão mereceu a homenagem porque conseguiu segurar as rédeas jurídicas na defesa da democracia”.

Fundo Brasil seleciona projetos de combate ao racismo no país

O Fundo Brasil de Direitos Humanos vai doar R$ 1,25 milhão para 25 organizações que atuam no combate ao racismo em todo o país. A seleção será feita por meio de edital, que pode ser acessado aqui. As inscrições vão até 25 de março, às 18h. Os resultados serão divulgados a partir do dia 21 de maio.

O tema do racismo é considerado prioritário para o Fundo Brasil desde sua criação, em 2007. Já no primeiro edital de apoio a projetos, lançado naquele mesmo ano, a fundação apoiou quatro iniciativas desenvolvidas por organizações fundadas e lideradas por pessoas negras.

O edital Enfrentando o Racismo a Partir da Base, criado em 2018 para fortalecer organizações que enfrentam o racismo em suas variadas formas e propõem caminhos para um país com mais justiça racial, permitiu um olhar para essa causa de maneira mais detalhada.

“A mobilização da população negra tem sido fundamental para a democracia brasileira, e os dados e a realidade mostram isso de forma incontestável”, disse Allyne Andrade, superintendente adjunta do Fundo Brasil.

Segundo a superintendente, os números da violência e da exclusão ainda são alarmantes, mas também há avanços. “Desde 2019, estudantes negros são maioria entre os matriculados em instituições federais de ensino superior, graças à política de cotas. O número de parlamentares negras e negros vem crescendo. Tudo isso é resultado de décadas de pressão das pessoas negras organizadas em movimentos sociais. A missão do Fundo Brasil é apoiar esse movimento, engrossar esse caldo social na busca por mudanças”, sustentou Allyne.

Em cinco anos, foram doados mais de R$ 2,6 milhões para 50 coletivos e grupos sem fins lucrativos, de todas as regiões e estados brasileiros, que trabalham diretamente em seus territórios e comunidades, para promover justiça racial, combatendo as diversas formas de racismo. Os vencedores foram selecionados por três editais Enfrentando o Racismo a Partir da Base.

Exemplos

Os resultados do trabalho dos coletivos apoiados nos editais do Fundo Brasil revelam como as ações de cada um desses grupos são capazes de transformar realidades locais, constituindo elemento fundamental para compor um movimento amplo de transformação social.

No Rio Grande do Norte, o Coletivo Cirandas oferece assessoria jurídica para comunidades tradicionais. Além de litigância para proteção territorial, recentemente lideranças quilombolas em risco de vida na Bahia conseguiram proteção emergencial com apoio do Cirandas. O coletivo contou com recursos do Fundo Brasil para se estruturar.

No último ano, o Instituto da Mulher Negra Mãe Hilda Jitolu foi lançado em Salvador (BA) também com recursos doados pelo Fundo Brasil. O instituto leva o nome da mãe de santo e matriarca do Ilê Aiyê, primeiro bloco afro do Brasil e uma das expressões culturais do carnaval, e tem o objetivo de consolidar a atuação da comunidade na promoção dos direitos de mulheres negras da capital baiana, além do combate ao racismo religioso.

Outro exemplo é o Quilombo dos Teixeiras, do Rio Grande do Sul, que obteve vitória significativa para a valorização da cultura negra e quilombola no país. Com o recurso para fortalecimento institucional recebido do Fundo Brasil, a comunidade organizou a primeira exposição de um acervo quilombola no Arquivo Histórico do Estado, em Porto Alegre.

Apoio

Neste quarto edital Enfrentando o Racismo a Partir da Base serão apoiados projetos voltados à promoção dos direitos de mulheres negras, de pessoas negras LGBTQIA+, de lideranças e comunidades quilombolas e de casas e comunidades de matriz africana. Serão destinados também recursos específicos a organizações que estejam atuando no debate sobre racismo em meios digitais.

O Fundo Brasil apoia a busca por justiça racial e de gênero, a luta por direitos dos povos indígenas, de populações quilombolas e tradicionais, por justiça climática e socioambiental na Amazônia e, também, fora da região. São objeto ainda do Fundo a luta por direitos de crianças e jovens, de pessoas LGBTQIA+, de trabalhadores rurais e precarizados, de comunidades impactadas por obras de infraestrutura e empreendimentos urbanos, de vítimas da violência de Estado e seus familiares, e a luta contra o encarceramento em massa e a tortura no sistema prisional, entre outras.

Em seus anos de existência, o Fundo Brasil já apoiou mais de 1.300 projetos, com total doado supererando R$ 50 milhões. 

Maria Fernanda Costa alcança índice olímpico nos 200 metros livre

A brasileira Maria Fernanda Costa conquistou o índice para participar da prova dos 200 metros estilo livre na próxima edição dos Jogos Olímpicos, em Paris (França), com o tempo de 1min57s11 durante a semifinal do Campeonato Mundial de natação de Doha (Catar). Além disso, com esta marca ela garantiu uma vaga na final da prova no país do Golfo Pérsico e estabeleceu um novo recorde sul-americano.

AGORA É FINAL! 🇧🇷

Maria Fernanda Costa brilhou mais uma vez e garantiu a vaga na grande final dos 200m livre no Mundial de Doha! 🇶🇦

Mafê quebrou mais uma vez o recorde sul-americano na competição, com a marca de 1:57.11, e atingiu o índice olímpico na disputa! 🏊‍♂️

Brilha, MAFÊ!… pic.twitter.com/TONlde5sZ3

— Time Brasil (@timebrasil) February 13, 2024

Agora Maria Fernanda se concentra na final da prova, que será disputada na tarde da próxima quarta-feira (14). “Estou muito feliz com o resultado. Estudamos muito a prova pela manhã. Uma hora esse 1min56 vai sair. Pode ser amanhã [na final], pode ser depois, mas confio no trabalho e sei que ele vai sair. Quero me divertir, me sentir leve e assim os resultados vão sair”, declarou.

O tempo de 1min57s11 garantiu à brasileira a terceira melhor marca de sua bateria na semifinal. Além disso, ela bateu o antigo recorde sul-americano da prova, que até então era de 1min57s28.

Janeiro de 2024 foi o janeiro mais quente já registado na História

13 de fevereiro de 2024

 

Janeiro de 2024 foi o janeiro mais quente já registado a nível mundial, com uma temperatura média de 13,14°C, 0,70°C acima da média de janeiro de 1991-2020 e 0,12°C acima da temperatura do janeiro mais quente anterior, em 2020. Os dados são do Copernicus ECMWF, que ainda apontou que janeiro também foi o oitavo mês consecutivo mais quente já registrado para o respectivo mês do ano.

A temperatura média global dos últimos doze meses (fevereiro de 2023 a janeiro de 2024) também foi a mais alta já registrada, 0,64°C acima da média de 1991-2020 e 1,52°C acima da média pré-industrial de 1850-1900. Janeio foi 1,66°C mais quente do que uma estimativa da média de janeiro entre 1850-1900, o período de referência pré-industrial designado.

“Reduções rápidas nas emissões de gases com efeito de estufa são a única forma de travar o aumento da temperatura global”, opinou Samantha Burgess, Diretora Adjunta do Serviço Copernicus para as Alterações Climáticas (C3S).

“A necessidade de ações para conter a mudança climática nunca foi tão clara”, escreveram meteorologistas da UN Climate Change em seu Twitter X ao analisar os dados.