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Justiça manda Google retirar postagens policiais que disseminam ódio

As postagens veiculadas por policiais que disseminam discursos de ódio em programas de podcast e videocast no YouTube estão suspensas por determinação da Justiça Federal. A decisão atendeu parcialmente a pedidos do Ministério Público Federal (MPF) e da Defensoria Pública da União (DPU). A medida liminar atinge conteúdos específicos dos canais Copcast, Fala Glauber, Café com a Polícia e Danilsosnider..

De acordo com a ação, as postagens configuram também abusos no direito à liberdade de expressão. Ao decidir pela suspensão, e não exclusão definitiva, dos conteúdos, a Justiça quer assegurar a tutela de direitos humanos sem comprometer a liberdade de expressão e a atividade econômica dos réus, mantendo a reversibilidade da decisão até o julgamento final.

O procurador regional dos Direitos do Cidadão adjunto do MPF no Rio de Janeiro, Julio Araujo, classificou a medida como fundamental para combater esse tipo de postagem. “O estímulo à violência policial contido nesses vídeos estigmatiza a população negra, pobre e periférica, merecendo resposta do Estado e atuação da empresa que hospeda os canais”, avaliou.

A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro também foi notificada para prestar informações sobre os procedimentos adotados para efetivar os termos da Instrução Normativa nº 0234/2023 (sobre o controle de postagens em redes sociais). O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro foi oficiado para que, no prazo de 15 dias, manifeste se tem interesse em compor o polo ativo da ação civil pública.

Discurso de ódio

O caso começou a ser apurado pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão do MPF no Rio de Janeiro por meio de inquérito civil, após reportagens do Ponte Jornalismo – site de jornalismo independente – destacarem o conteúdo violento veiculado por policiais em diversos canais do YouTube, em programas de podcast e videocast.

Na ação civil pública ajuizada em maio, o MPF e a DPU solicitaram à Justiça Federal a exclusão imediata dos trechos mencionados na ação e da adoção proativa de medidas pelo Google para casos futuros. Também foi solicitada a fiscalização e moderação, pelo Google, do conteúdo postado em canais específicos, como Copcast, Fala Glauber, Café com a Polícia e Danilsosnider. A intenção é que a empresa implemente um planejamento que permita a análise contínua do conteúdo e a rápida exclusão de material discriminatório.

Indenização

Ainda foi requerido à Justiça que determine ao Estado que regulamente discurso de ódio por membros da Polícia Militar, incluindo-o na Instrução Normativa nº 0234/2023, com a adoção de medidas disciplinares em relação aos casos já mencionados e descritos na ação judicial. Por fim, o MPF e a DPU solicitaram ainda a condenação do Google ao pagamento de indenização de R$ 1 milhão e, dos policiais, de R$ 200 mil por danos morais coletivos.

 A Agência Brasil não conseguiu contato com o Google até o fechamento da matéria. A Polícia Militar ainda não respondeu ao pedido.

Rio supera Paris em filmagens nas ruas

A cidade do Rio de Janeiro registrou 7.885 diárias de filmagens nas ruas em 2023. Com isso, a capital fluminense ultrapassou Paris, que registrou no ano passado, 7,4 mil diárias de filmagens. Isso significa que as paisagens do Rio, a cidade brasileira mais filmada, estão cada vez mais em filmes, séries e outras produções audiovisuais. 

Os dados são da Rio Film Commission, departamento da RioFilme – órgão da Secretaria Municipal de Cultura – que atende às produtoras que filmam no município. Segundo o órgão, a cada dia do ano passado, pelo menos 21 sets de filmagem estavam trabalhando nas ruas, praias, parques e praças da cidade.

Atrás do Rio, no Brasil, está São Paulo, a maior cidade da América Latina, que registrou 4.895 diárias de filmagens no ano passado. Na América Latina, o Rio superou a Cidade do México, que notificou 7.876 diárias.

A maior “fábrica” de fazer filmes do mundo é Los Angeles, onde  foram realizadas 24.873 diárias. À frente do Rio também está Madri, com 11.133 diárias. Na Europa, além de Paris, o Rio está à frente de Lisboa, com 1.309 diárias.

Produções

Em 2023, a Rio Film Commission atendeu 26 produções internacionais, que solicitaram autorização para 258 diárias de filmagem na cidade. Os países que mais filmaram no município foram, por ordem: Estados Unidos, França, Áustria, México, Japão, Índia, Equador, Cazaquistão, Canadá e Austrália. Os endereços mais procurados pelas produções internacionais ficam todos na orla carioca, entre eles a Avenida Atlântica, com sete produções, a Francisco Bhering (Ipanema), com quatro produções, e a Praia do Flamengo, com três produções internacionais.

Entre os filmes que tiveram o Rio de Janeiro como locação estão as superproduções Godzilla e Kong: O Novo Império e Rob Peace, além de realities e séries internacionais, como a mexicana Yo Soy Glória Trevi, da Televisa. Godzilla e Kong filmou em 35 sets espalhados pela cidade, durante seis dias. Os bairros escolhidos pela produção foram o centro (15 diárias), Santa Teresa (12), Leme (4) e Copacabana (4).

As ruas do Rio também receberam a gravação de videoclipes de artistas famosos no cenário internacional, além de brasileiros que estão no topo das paradas, como Ludmilla, Lexa, Dennis DJ, Mc Cabelinho e Tiago Iorc. Entre as estrelas internacionais, as locações cariocas foram escolhidas por Bollywood e Ed Sheeran para os próximos videoclipes. O endereço da cidade que mais recebeu gravações de videoclipes foi a orla de Botafogo (Avenida das Nações Unidas), seguida do Aterro do Flamengo e da Rua dos Arcos, na Lapa.

As produtoras cariocas que mais filmam na cidade, de acordo com a Rio Film Commission, são a Globo, que é responsável por 8,3% das solicitações de autorização de filmagem, Porta dos Fundos e Conspiração, com 1,8%, e na sequência, TV Zero, com 1,2%.

Flu visita Cruzeiro no Mineirão buscando vitória para amenizar pressão

Vivendo o seu pior momento até aqui na atual temporada, o Fluminense vai até Belo Horizonte para enfrentar o Cruzeiro pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro. Um vitória no estádio do Mineirão, em partida que será disputada a partir das 21h30 (horário de Brasília) desta quarta-feira (19), pode representar um alívio para a equipe comandada pelo técnico Fernando Diniz. A Rádio Nacional transmite o confronto ao vivo.

Segunda-feira de treinos no CT Carlos Castilho.

📸: Lucas Merçon/FFC pic.twitter.com/vNM1LmRI85

— Fluminense F.C. (@FluminenseFC) June 17, 2024

O Tricolor, que já conquistou um título na atual temporada (o da Recopa Sul-Americana), está sob forte pressão após sofrer duas derrotas consecutivas no Brasileiro, o que lhe deixou na penúltima posição da classificação com apenas seis pontos em nove rodadas.

Em um momento tão negativo o técnico Fernando Diniz se tornou um dos principais alvos das críticas. Em entrevista coletiva após a derrota de 2 a 1 para o Atlético-GO em pleno estádio do Maracanã, no último sábado (15), o comandante do Tricolor admitiu o momento negativo e afirmou que a solução está em trabalhar ainda mais: “Precisamos melhorar muita coisa. Trabalhamos muito, acredito muito nos jogadores para sairmos dessa situação péssima no Brasileiro. É trabalhar para encontrar soluções”.

O Fluminense terá um desafio extra para buscar um resultado positivo diante do Cruzeiro, os desfalques. Fernando Diniz não poderá contar com peças importantes como o meio-campista colombiano Arias, que defende a seleção de seu país na Copa América, o volante André, que se recupera de uma lesão, e os suspensos Guga, Felipe Melo e Paulo Henrique Ganso.

Já a Raposa começa o Brasileiro dando sinais de que pode buscar coisas maiores nesta temporada. Ocupando a 8ª posição com 14 pontos, a cinco do líder Botafogo, a Raposa tem a possibilidade de entrar no G4 caso derrote o Fluminense no Mineirão.

Iniciando a semana de trabalhos! ⚽

📸 @ggaleixo pic.twitter.com/HiMzSa1A2a

— Cruzeiro 🦊 (@Cruzeiro) June 17, 2024

Uma vitória também serviria para trazer um fato novo positivo após a frustrada contratação do atacante Dudu, que chegou a ser anunciado pela equipe mineira, mas que acabou permanecendo no Palmeiras.

Transmissão da Rádio Nacional

A Rádio Nacional transmite Cruzeiro e Fluminense com a narração de André Marques, comentários de Rachel Motta, reportagem de Rodrigo Ricardo e plantão de Carlos Molinari. Você acompanha o Show de Bola Nacional aqui:

TV Brasil transmite nesta quarta Botafogo x Ponte Preta pela Série B

A TV Brasil acompanha ao vivo, nesta quarta (19) e quinta-feira (20), duas partidas válidas pela 11a rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. A jornada esportiva da emissora pública com o pré-jogo começa antes do início dos confrontos e traz notícias sobre as equipes, detalhes da escalação dos times e a tabela atualizada dos clubes na competição.

Na quarta-feira, Botafogo (SP) e Ponte Preta (SP) se enfrentam no Estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, às 21h. A transmissão da TV Brasil, com início às 20h45, conta com a narração de Rodrigo Campos e comentários de Brenda Balbi e Marcelo Xavier.

Os times do Ceará (CE) e do Sport (PE) jogam na quinta, às 21h30, na Arena Castelão, em Fortaleza. Para esta cobertura, que começa 30 minutos antes da partida, a TV Brasil escalou Rodrigo Campos na locução, e Brenda Balbi e Alexandre Vasconcellos nos comentários.

>>Saiba como assistir aos jogos da Série B na TV Brasil

Até agora, o Sport soma 18 pontos e está em terceiro lugar na tabela da competição. O time do Ceará ocupa a nona posição com 15 pontos conquistados. Em 13ª lugar está o Ponte Preta, somando 12 pontos. A equipe do Botafogo tem 10 pontos e está na 16ª posição do torneio.

Série B

Neste ano, 20 clubes disputam o campeonato que vai até novembro e vale vaga na Série A e na Copa do Brasil. Dos 380 jogos da competição, a TV Brasil selecionará três por rodada, totalizando 114 partidas transmitidas.

A chegada da Série B faz parte da estratégia da emissora de ampliar a presença do esporte na programação. A TV Brasil também exibe atualmente o Brasileirão Feminino e a Liga de Basquete Feminino (LBF).

Por meio da Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP), que reúne 98 emissoras afiliadas da TV Brasil, os torcedores de todo o país poderão assistir às partidas e acompanhar seus times na disputa pelo título. Saiba como sintonizar a TV Brasil na sua cidade.

Sobre a competição

Em 2024, a Série B terá 380 jogos e será disputada no sistema de pontos corridos, em turno e returno, com 19 jogos de ida e 19 jogos de volta. Disputam a competição os seguintes clubes: Amazonas (AM), América (MG), Avaí (SC), Botafogo (SP), Brusque (SC), Ceará (CE), Chapecoense (SC), Coritiba (PR), CRB (AL), Goiás (GO), Guarani (SP), Ituano (SP), Mirassol (SP), Novorizontino (SP), Operário (PR), Paysandu (PA), Ponte Preta (SP), Santos (SP), Sport (PE) e Vila Nova (GO). Os quatro primeiros conquistam uma vaga na Série A em 2025.

Série B: Novorizontino arranca empate com Amazonas

O Novorizontino arrancou um empate de 1 a 1 com o Amazonas, na noite desta terça-feira (18) no estádio Jorge Ismael de Biasi, em Novo Horizonte, São Paulo, em partida válida pela 11ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. A TV Brasil transmitiu o confronto ao vivo.

Fim de jogo em Novo Horizonte (SP).

🏆 @BrasileiraoB | rodada 11
🆚 Novorizontino 1-1 Amazonas
⚽ Ênio

📷 Pedro Zacchi#AMFC pic.twitter.com/uuPgbXovfV

— Amazonas FC (@oficialamfc) June 19, 2024

Com o resultado, a equipe da casa chegou aos 15 pontos, passando a ocupar a 10ª posição da classificação. Já os visitantes estão na 14ª colocação com 12 pontos.

A partida começou em ritmo lento, com as equipes criando muito pouco de lado a lado. Neste panorama o Amazonas foi mais eficiente, abrindo o marcador aos 34 minutos, quando, em rápida jogada de contra-ataque, o experiente centroavante Jô deixou Ênio com toda a liberdade para superar o goleiro Jordi.

Com o Novorizontino em desvantagem no marcador, o técnico Eduardo Baptista lançou sua equipe ao ataque após o intervalo, com a entrada de nomes como os dos atacantes Rodolfo e Lucca. E foi justamente o segundo que garantiu o empate do Tigre, de cabeça após cobrança de escanteio, já aos 51 minutos.

Auxílio para pessoas com transtorno mental é reajustado para R$ 755

O Ministério da Saúde aumentou de R$ 500 para R$ 755, o equivalente a 51%, o valor do auxílio concedido a pessoas com transtorno mental que ficaram internadas por longo tempo em hospitais psiquiátricos e de custódia.

“A estratégia busca favorecer a ampliação da rede de relações destas pessoas e o seu bem-estar, além de estimular o exercício pleno dos seus direitos civis, políticos e de cidadania, fora da unidade hospitalar”, diz nota do ministério. 

O benefício visa estimular a reinserção social e bem-estar de pessoas que ficaram dois ou mais anos internadas de forma ininterrupta. O auxílio faz parte do programa De Volta para Casa, que já atendeu cerca de 8 mil pessoas em 20 anos, segundo dados do ministério em agosto de 2023. 

No ano passado, o ministério criou um departamento para tratar sobre a saúde mental, focado em retomar habilitação de novos serviços e recompor Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e dos Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT).

Outra estratégia para ampliar o acesso à saúde mental é a construção de unidades de atendimento. O novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) prevê 150 novos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) em todas as regiões do país, o que permitirá atendimento de 13,4 milhões de pessoas.

 

Mineradoras querem impedir que municípios movam ações no exterior

O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que representa as maiores mineradoras do país, moveu uma ação onde busca impedir que municípios brasileiros ingressem com ações em tribunais estrangeiros. A entidade alega ser inconstitucional que entes federativos se envolvam em litígios no exterior. O caso foi levado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na semana passada. O ministro Cristiano Zanin foi nomeado relator.

A movimentação inaugurou uma batalha judicial. Dois dias depois, o Consórcio Público de Defesa e Revitalização do Rio Doce (Coridoce) solicitou para ingressar no processo. Ele é composto pelos prefeitos dos municípios envolvidos em um processo judicial em tramitação no Reino Unido, que discute a reparação dos danos do rompimento da barragem da mineradora Samarco. No episódio ocorrido na cidade de Mariana (MG) em novembro de 2015, uma avalanche de rejeitos foi liberada, causando 19 mortes e afetando centenas de cidades ao longo da bacia do Rio Doce.

Insatisfeitos com o processo reparatório no Brasil, cerca de 700 mil atingidos e 46 municípios, além de empresas e instituições religiosas acionaram as cortes britânicas visando responsabilizar a BHP Billiton. A mineradora anglo-australiana, com sede em Londres, é uma das acionistas da Samarco. A multinacional brasileira Vale, outra sócia, foi posteriormente incluída no processo. Audiências marcadas para outubro deste ano irão avaliar a responsabilidade das duas mineradoras.

De acordo com nota divulgada pelo Ibram, a ação levada ao STF é uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) que tem o objetivo central de resguardar a soberania brasileira. A entidade alega que, sem passar pelo crivo da Justiça brasileira, a transparência das ações movidas no exterior fica comprometida. Além disso, sustenta que a participação do Ministério Público nos processos envolvendo entes federativos é obrigatória, o que ficaria inviabilizado em casos que tramitam fora do país.

“Ações ajuizadas no exterior por municípios escapam do controle do Poder Público, não obedecem a princípios constitucionais e a organização do Estado brasileiro. Por não passarem pelo crivo do Poder Judiciário brasileiro e tramitarem perante jurisdição estrangeira, fica prejudicada a transparência dos processos e a participação do Ministério Público, essenciais para defender a ordem jurídica brasileira e promover a pacificação social”, registra o texto.

O Ibram afirma ainda que a judicialização fora do país vem afetando a mineração e gera consequências adversas para o setor. Acrescenta que é competência privativa da União tratar de assuntos internacionais e que é vedado aos municípios se relacionarem diretamente com Estados ou jurisdições estrangeiras. “Dessa forma, qualquer ação judicial proposta no exterior pelos municípios deve contar com a anuência da União”, finaliza a entidade.

O escritório Pogust Goodhead, que representa os atingidos e municípios na ação movida no Reino Unido, divulgou nota em que o advogado Tom Goodhead classifica a ação do Ibram como um “movimento aparentemente orquestrado” e uma “cortina de fumaça” para desviar a atenção do crime socioambiental cometido na bacia do Rio Doce.

Ele menciona ainda ações que tramitam em outros países. Sete municípios atingidos pela tragédia de 2015 processaram subsidiárias da Vale e da Samarco sediadas na Holanda. Já na Alemanha, o município de Brumadinho (MG) integra uma ação movida contra a Tüv Süd, consultoria que assinou o laudo de estabilidade da barragem da Vale que se rompeu em 2019. No episódio, 272 pessoas morreram, incluindo nessa conta os bebês de duas vítimas que estavam grávidas. “Não é uma coincidência que as mineradoras que processamos no exterior sejam associadas ao Ibram”, afirmou.

Reação

A reação dos municípios que integram o Coridoce é assinada pelo advogado e ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Eles criticam o Ibram por levantar a questão faltando quatro meses para as audiências marcadas pela cortes britânicas para julgar as responsabilidade da BHP Billiton e da Vale. Alegam se tratar de uma manobra para que municípios brasileiros afetados por tragédias não possam utilizar jurisdições estrangeiras para buscar medidas reparatórias para os danos causados.

O prefeito de São José do Goiabal (MG) e presidente do Coridoce, José Roberto Gariff Guimarães, afirmou em nota se tratar de uma movimentação para impedir que a justiça seja realizada e para retardar a reparação. “A atitude das mineradoras reflete suas ações nos últimos sete anos, ou seja, tentam de todas as maneiras se eximirem do crime por elas cometido”.

O Coridoce também considera que o Ibram não tem legitimidade para apresentar a ADPF. Dizem ainda que a entidade quer obrigar os municípios a concordarem com acordos reparatórios nos quais não são ouvidos. No Brasil, o processo reparatório gira em torno do Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC) – firmado entre as três mineradoras, a União e os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo. Com base nele, foi criada a Fundação Renova. Ela assumiu a gestão de mais de 40 programas, cabendo às mineradoras o custeio de todas as medidas.

Porém, passados mais de oito anos, a atuação da entidade é alvo de diversos questionamentos judiciais e desde 2022 há uma tentativa de repactuação do processo reparatório, capaz de apontar solução para mais de 85 mil processos que tramitam sobre a tragédia. Os município novamente não participa das tratativas, que atualmente registram um impasse porque os valores propostos pelas mineradoras ainda não atenderam às expectativas da União e dos governos de Minas Gerais e do Espírito Santo.

A movimentação do Ibram também foi criticada pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). A entidade anunciou que entregou uma carta ao STF solicitando audiência com o ministro Cristiano Zanin. “Não pode haver dúvida de que o Ibram tenta se utilizar da ação para defender interesses puramente comerciais das mineradoras que cometeram no Brasil alguns dos maiores crimes ambientais da história, e buscam a qualquer custo se esquivar do dever de reparação. Inclusive, a ação é assinada pelos advogados que representam a mineradora anglo-australiana BHP nas questões relacionadas à tragédia de Mariana”, diz o documento.

Senado aprova novas regras para o seguro privado no país

O Senado aprovou nesta terça-feira (18) o Marco Regulatório dos Seguros Privados. O PLC 29/2017 consolida e atualiza normas para o mercado de seguro privado no país, incluindo serviços como seguros de veículos e seguros de vida.  

A proposta altera dispositivos do Código Civil para regular o mercado de seguros privados, abrangendo todas as negociações que envolvam consumidores, corretores, seguradoras e órgãos reguladores do setor. Trata ainda de princípios, regras, carências, prazos, prescrição, normas específicas para seguro individual ou coletivo e outros temas relacionados ao seguro privado.

O texto proíbe a extinção unilateral do contrato pela seguradora. O projeto também torna exclusiva a aplicação da lei brasileira à regência de todos os contratos firmados por seguradora autorizada a operar no Brasil, mesmo que a seguradora esteja fora do país. 

O projeto prevê a elaboração de um questionário para avaliar os riscos no momento da contratação do seguro. Dessa forma, a seguradora só poderá alegar que houve omissão por parte do segurado caso ele tenha deixado de dar alguma informação, desde que tenha sido questionado.

Durante a votação, os senadores aprovaram um destaque para destinar os prêmios não resgatados pelos beneficiários ao Fundo Nacional para Calamidades Públicas, Proteção e Defesa Civil (Funcap).

Por ter sofrido mudanças no Senado, a matéria retorna para a Câmara dos Deputados. 

Outras propostas

O PL 380/2023, que  inclui nas diretrizes da política urbana a adoção de medidas que permitam a adaptação das cidades às mudanças climáticas, também foi aprovado hoje. O objetivo é prevenir desastres ocasionados por enchentes e deslizamentos de encostas sobre regiões habitadas, desabastecimento de água e destruição de infraestrutura. 

O projeto garante prioridade de adaptação às áreas que se encontram em situação de vulnerabilidade e determina que sejam feitos estudos de risco climático. Pessoas negras e de periferia deverão ser privilegiadas nas ações propostas por esses estudos. Com alterações no Senado, a proposta volta à Câmara dos Deputados. 

Os senadores também aprovaram o PL 2.000/2022, que estabelece a idade máxima dos veículos destinados à formação de condutores. Os critérios serão: oito anos para veículos da categoria A (motocicletas, motonetas, triciclos e ciclomotores) 12 anos para veículos da categoria B (automóveis de até 8 lugares) e 20 anos para veículos das categorias C, D e E (automóveis de transporte de carga e de passageiros).

 

*Com informações da Agência Senado

Gilberto Gil é homenageado na Uerj por contribuições culturais ao país

Cantor, compositor, escritor, produtor musical, imortal da Academia Brasileira de Letras, ex-ministro da Cultura. Dono de vários talentos e posições, Gilberto Gil ganhou nesta terça-feira (18) um novo título: o de Doutor Honoris Causa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). A honraria é a mais importante da instituição e reconhece personalidades de destaque no cenário cultural, educacional ou humanitário do país.

O artista celebrou o reconhecimento por considerar que ajuda a romper os muros que separam o mundo acadêmico do restante da sociedade.

“Grato é como melhor posso me sentir nesse momento. Por compreender essa honraria como um sinal de que essa universidade busca olhar para além de si mesma. Ao seu redor”, disse Gil. “Essa universidade quer voltar o seu olhar para o de fora e reconhecer ali no seu ambiente os brotos, as plantas, os frutos de uma vida cultural fincada no solo fértil de uma informalidade que transcende o mundo curricular”.

Gil recebeu o título sem falsa modéstia, ao entender que contribuiu com o cenário cultural e político do país, mas reforçou que muitos outros também são dignos do reconhecimento.

“Como estou seguro de que foi certamente pelo conjunto da minha vida como artista popular e militante da cidadania que essa universidade me distingue hoje com a honorífica insígnia de doutor, sinto-me portador dessa qualificação. Com satisfação e gratidão estendo essa distinção a todos os outros que poderiam estar aqui hoje nessa minha condição”, disse Gil.

“Muito bom ter vivido muito tempo, ter feito muita coisa, e ter somado algum valor a nosso tesouro de ideias e símbolos. A palavra hoje é gratidão”.

A secretária executiva do Ministério da Igualdade Racial, Roberta Eugênio, destacou que a homenagem também tem significado coletivo.

“Evento celebra a nossa potência através do reconhecimento de Gilberto Gil, nosso doutor das coisas belas. Diria que hoje é um dia que vencemos como sociedade. Porque reconhecemos, através da Uerj, toda contribuição do Gilberto Gil para a história, para a arte, para a música, para uma sociedade cheia de cores vivas”, disse Roberta.

Para Camila Pitanga, atriz e Embaixadora Nacional da ONU Mulheres, a distinção é significativa pelos paralelos que existem entre a Uerj e o artista. Camila é formada em Artes Cênicas pela universidade.

“Gilberto Gil passa a fazer parte da história da Uerj, que é orgulho dos brasileiros por ser pioneira no oferecimento do ensino noturno, permitindo a formação de tantos brasileiros de baixa renda. Também pioneira no sistema de cotas sociais e raciais, que revolucionou o nosso país. A trajetória de excelência da Uerj e a importância dela para transformação social se espelham nos valores que Gil sempre demonstrou em sua arte: a luta contra as desigualdades mais agudas, contra os preconceitos, o racismo e a homofobia entre eles”, Camila Pitanga, atriz e Embaixadora Nacional da ONU Mulheres.

Mega-Sena não tem ganhadores e prêmio vai a R$ 60 milhões

Ninguém acertou as seis dezenas do concurso 2.738 da Mega-Sena, sorteadas nesta terça-feira (18), no Espaço da Sorte, em São Paulo. O prêmio acumulado para o próximo concurso, na quinta-feira (20), será de R$ 60 milhões.

As dezenas sorteadas foram 02 – 19 – 25 – 44 – 46 – 60.

A  quina teve 75 apostadores premiados e cada um irá receber R$ 41.783,52. Os 5.607 ganhadores da quadra terão o prêmio de R$ 798,43 cada.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet. O jogo simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 5.