Skip to content

177 search results for "show"

Líder Fluminense recebe Vasco em clássico no Maracanã

Tentando manter a liderança da Taça Guanabara do Campeonato Carioca, o Fluminense recebe o Vasco, a partir das 21h30 (horário de Brasília) desta quarta-feira (13) no estádio do Maracanã, em partida válida pela 8ª rodada da competição. A Rádio Nacional transmite esse jogão de bola ao vivo.

Além de buscar pontos que lhe mantenham em situação confortável na competição regional, o Tricolor das Laranjeiras chega à partida para tentar dar ritmo de jogo à sua equipe titular, que disputa a primeira final da atual temporada a partir da próxima semana, quando inicia a disputa da Recopa Sul-Americana contra a LDU (Equador) na altitude de Quito.

Liderando a Taça Guanabara com 17 pontos, alcançados com cinco vitórias e dois empates em sete partidas, o Fluminense entrará em campo com força máxima com o objetivo de somar mais três pontos. Assim, a expectativa é de que o técnico Fernando Diniz escale o Tricolor com: Fábio; Guga, Felipe Melo, Thiago Santos e Marcelo; André, Martinelli e Ganso; Keno, Arias e Cano.

Alegria pra trabalhar, Fluminense! 😁

📸: Marcelo Gonçalves/FFC pic.twitter.com/luhMQowSvD

— Fluminense F.C. (@FluminenseFC) February 13, 2024

No banco, a equipe das Laranjeiras terá nomes como os meias Terans e Renato Augusto e os atacantes Douglas Costa e John Kennedy, este que acaba de se reapresentar após disputar o Pré-Olímpico de futebol masculino.

Do lado vascaíno a expectativa também é de uma formação com força máxima. Após o meio-campista francês Payet cumprir suspensão, a expectativa é de que o técnico Ramón Díaz mande a campo: Léo Jardim; Paulo Henrique, João Victor, Medel, Léo e Lucas Piton; Zé Gabriel, Galdames e Payet; David e Vegetti.

Clicks do treino desta terça-feira de carnaval 📷👊

FOCO TOTAL NO CLÁSSICO! 💢

📸: Leandro Amorim | #VascoDaGama pic.twitter.com/8sEXt3GC8s

— Vasco da Gama (@VascodaGama) February 13, 2024

Na 4ª posição da classificação com 12 pontos, o Cruzmaltino sabe que uma vitória é muito importante para encaminhar a sua classificação para a próxima etapa do Campeonato Carioca.

Transmissão da Rádio Nacional

A Rádio Nacional transmite Fluminense e Vasco com a narração de André Luiz Mendes, comentários de Rodrigo Campos e reportagem de Bruno Mendes. Você acompanha o Show de Bola Nacional aqui:

Bloco Rio Maracatu apresenta união de culturas pernambucana e carioca

Cerca de 2.000 quilômetros separam o Rio de Janeiro de Pernambuco. Mas na tarde dessa terça-feira de carnaval (13), os cariocas puderam aproveitar, bem no centro da cidade, um pouco da cultura pernambucana. O bloco Rio Maracatu desfilou entre a igreja da Candelária e a Praça XV, e agitou centenas de foliões, mesmo sob um calor forte que ultrapassou os 40º C.

Cortejo de carnaval do bloco Rio Maracatu – Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O grupo foi fundado em 1997, a partir da união de músicos pernambucanos e cariocas. Isso, num contexto de mobilização pela retomada e renovação do carnaval de rua no Rio de Janeiro. As atividades do grupo não se restringem aos dias da folia. Shows, oficinas e cortejos acontecem durante todo o ano. É o que explica uma das integrantes, a Vitória Arica, de 34 anos, que entrou no grupo em 2022.

“A gente está ensaiando para o carnaval desde setembro. No bloco, eu faço parte das Catirinas. São mulheres que ficam na beira do caminho quando o cortejo passa. Nós temos a função de proteger a Corte e fazer saudações para que ela vá adiante”, explica Vitória. “Eu gosto muito do bloco. Lá atrás, quando eu estava me sentindo muito sozinha depois da pandemia, conheci o Rio Maracatu, consegui me conectar com outras pessoas e aprendi bastante sobre a cultura pernambucana”.

 

Rio de Janeiro (RJ) – Cortejo de carnaval do bloco Rio Maracatu desfila no centro da cidade. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O Maracatu é uma manifestação folclórica que começou em Pernambuco. Tem vínculos fortes com o povo afro-brasileiro. A partir da representação de um cortejo real, são misturados elementos profanos e também ligados às religiões de matriz africana, como o candomblé. No Recife e em Olinda, desenvolveu-se com mais força o maracatu do baque-virado. Na área rural do estado pernambucano, se destaca o maracatu de baque solto, que incorpora instrumentos de sopro, além da percussão.

O Rio Maracatu está mais ligado ao baque virado e completou 27 anos em 2024. Durante todo esse tempo, não abriu mão do intercâmbio constante entre mestres e nações de Recife. As nações são os grupos tradicionais e seculares. Nesse Carnaval, o Décio Vicente atuou como o rei do bloco. Ele conheceu o grupo em 2018, durante um desfile em Ipanema, na zona sul, e se apaixonou.

“Eu e a rainha somos pessoas negras, o que torna tudo mais especial e legal. Faz com que o bloco esteja ainda mais ligado às nações do Maracatu de Recife. Estou animado, é um dos cortejos mais bonitos da cidade. O público sempre apoiou o bloco, mesmo mudando algumas vezes de lugar, e eu acho que tudo está muito emocionante hoje”, disse Décio.

O Pedro Prata é diretor do bloco e um dos professores das oficinas que acontecem durante todo o ano. Ele comemora o crescimento da festa, que a cada ano ganha mais integrantes e público.

“Desde o fim da pandemia, o bloco está renascendo, tem uma turma nova. Já é o terceiro ano dessa turma. E o carnaval está bem legal, estamos trabalhando vários anos para que ele cresça. Trazemos a cultura de Pernambuco, mas também misturamos um pouco com o nosso jeitinho carioca”, disse Pedro.

Cantora Manu Bahtidão tem colar de diamantes furtado, porém polícia recupera o item

13 de fevereiro de 2024

 

A cantora Manu Bahtidão teve um colar de diamantes furtado depois de um show realizado na noite de domingo (11/02) na cidade de Santa Inês, no Maranhão. Imediatamente após o fim da performance, a artista desceu do trio elétrico e seguia para o carro, quando o suspeito, que estava meio a multidão, furou o bloqueio feito para que ela saísse do trio e arrancou a joia de seu pescoço. Bahtidão falou sobre o ocorrido em suas redes sociais.

“Acabou meu show em Santa Inês, no trio, tô tão arrasada. Roubaram meu colar na descida do trio elétrico, eu nem ia colocar esse colar porque estava com uma roupa de gola mais alta, enfim, já estava com ele no corpo. Na descida, invadiram o cordão, pegaram por baixo o meu colar e roubaram”
— Manu Bahtidão em um vídeo

Na segunda-feira (12/02), o colar, avaliado em R$ 100 mil, foi recuperado pela polícia militar. De acordo com as informações da polícia, a joia foi localizada após buscas realizadas por equipes da Polícia Militar do Maranhão. Não foram divulgadas informações sobre o local em que o colar foi encontrado e nem se algum suspeito de envolvimento no crime foi preso.

Segundo a cantora, o colar teria valor sentimental, pois foi um presente recebido do marido. Ela chegou a oferecer uma recompensa de R$ 10.000 para quem devolvesse ou desse informações sobre o paradeiro do item.

“Já ofereci uma recompensa para quem encontrar o meu colar, queria muito pedir para a galera de Santa Inês quem souber, galera da região, souberem quem pegou meu colar, quem quiser entregar que procure o contratante da cidade ou então a polícia que eu vou entregar uma recompensa de R$ 10 mil”
— Manu Bahtidão

Show de Manu Bahtidão (2023)

Show de Manu Bahtidão (2023)

Show de Manu Bahtidão (2023)

 
 
 

Cacique e Bafo: a rivalidade que fez história no carnaval do Rio

 

Uma rivalidade marcou durante muitos anos o carnaval do Rio. Os desfiles dos blocos de embalo Bafo da Onça e Cacique de Ramos atraíam multidões e, não raro, pequenas brigas se espalhavam nas ruas do centro da cidade. A concentração de tantos foliões foi o que levou à rivalidade entre os dois. Cada um queria ser maior que o outro. Atualmente essa disputa já não existe e os dois podem aproveitar o carnaval.

Quando o Cacique foi criado em 1961, no bairro de Ramos, na zona norte do Rio, o Bafo da Onça já existia. Foi fundado em 1956 em um botequim do bairro do Catumbi, na região central da cidade. E foi ali que Sebastião Maria, conhecido como Tião Carpinteiro, deu nome ao bloco. Antes disso, durante o carnaval, ele costumava desfilar fantasiado de onça-pintada.

Blocos de rua tradicionais, como Cacique de Ramos e Bafo da Onça desfilam pelo centro do Rio. Foto: Vladimir Platonow/Agência Brasil

“Seu Tião Maria dizia que, para ele, o carnaval começava logo depois da festa dos Santos Reis, dia 6 de janeiro, então, abria o período carnavalesco. Os amigos do Seu Tião frequentadores do mesmo botequim resolveram fundar um bloco. Ele era conhecido como Seu Tião do Bafo da Onça, porque diziam que gostava de tomar, na época do carnaval, uma cachaça mais forte e ficava com aquele bafo ”, contou à  Agência Brasil o professor de história e escritor, Luiz Antônio Simas.

“A característica deste bloco era basicamente estar ligado ao bairro, desfilava pelas ruas do Catumbi, todos vestidos de onça pintada e foi um bloco tão impactante que de certa maneira inspirou a fundação, alguns anos depois do Cacique de Ramos e o bafo começa a ser uma grande atração do carnaval do Rio de Janeiro”, completou.

Se o número grande de foliões era comum aos dois grupos, as características eram próprias. Enquanto no Cacique a fantasia de indígena, inicialmente confeccionada em napa, uma espécie de couro, cobria o corpo dos integrantes, no Bafo os figurinos eram variados, desde que respeitassem as cores do bloco: o preto e o amarelo. Como o Tião Carpinteiro, muitos usavam as fantasias e também pintavam o rosto para parecer uma onça.

“Tinha uma disputa ferrenha com o Cacique de Ramos. Ou você era Bafo ou era Cacique, e isso tinha muito a ver com a história do carnaval de rua do Rio, e muito a ver com essa mítica de disputa”, afirmou Rita Fernandes, presidente da Associação Independente de Blocos de Rua do Rio (Sebastiana) à Agência Brasil.

Outra característica das duas instituições foram diversos sambas compostos para cada um deles. Pelo Cacique um dos destaques é o Água Na Boca e pelo Bafo o OBA. O sucesso das músicas é tão grande que até hoje são cantadas inclusive por outros blocos.

Desfiles

Para satisfazer os seus foliões, como tem acontecido nos últimos anos, o Cacique de Ra,ps aproveita muito bem o carnaval e se apresenta no domingo, na segunda e na terça. Já o Bafo da Onça, em quantidade muito menor ao que já foi no passado, marca o encontro com os foliões para apenas o domingo. Parte do dinheiro para o desfile é conseguida com a venda de camisetas. A convocação dos componentes foi divulgada no perfil da instituição no Facebook e movimentou os fãs na rede social. O bloco usou no anúncio um verso do samba OBA: É o Bom ! É o Bom ! É o Bom !.

O samba foi gravado em 1962 pelo cantor e compositor Oswaldo Nunes autor de diversos sucessos do Bafo da Onça, que na época, animavam os foliões na Avenida Rio Branco, também no centro da cidade. O cantor foi a voz do bloco do início dos anos 60 até meados dos anos quando, por causa de uma briga com a diretoria da instituição, deixou a função que desempenhava com tanta alegria.

Se a quantidade de componentes é diferente entre os dois blocos, o local de apresentação é o mesmo. Antes era a Avenida Rio Branco, anteriormente chamada de Avenida Central. Agora é a Avenida Chile, as duas no centro do Rio. A escolha, no entanto, não é do Cacique e nem do Bafo, cabe a Riotur determinar o local atual onde também desfilam Blocos Afros e grupos de Frevos, além de outros blocos como Boêmios de Inhaúma e Pagodão de Madureira.

“O Bafo da Onça e o Cacique de Ramos foram as mais famosas instituições carnavalescas da cidade do Rio. Eram concorrentes tradicionalíssimos e atraíam multidões para os desfiles que em geral eram na Avenida Rio Branco. Portanto, eles foram importantíssimos e arrebatavam milhares de pessoas”, pontuou o historiador, jornalista e pesquisador de MPB, Ricardo Cravo Albin, em entrevista à Agência Brasil, destacando que os jornais davam em primeira página as matérias sobre os desfiles dos dois blocos.

Dificuldades

Atualmente, os dois se diferenciam pela condição financeira. O Cacique se mantém com shows na quadra, patrocínios e vendas de produtos como camisetas. O Bafo não consegue tantas fontes de renda e isso fica refletido nos desfiles que reúnem poucos admiradores em comparação ao que já foi no passado.

Rita Fernandes lamentou as dificuldades financeiras que levaram à redução do Bafo da Onça nos últimos dez anos. Para ela, os blocos precisam de ter fontes novas de renda para permanecerem com as suas atividades. “É lamentável que um bloco com tamanha importância para a história do carnaval e da cidade Rio , como é o caso do Bafo da Onça, não consiga sobreviver com cantores, artistas e sambistas que faziam parte do seu quadro, por falta de incentivo do poder público, que não ajuda, como é o caso também do Bola Preta que está precisando de ajuda”, apontou.

“Temos um problema no Rio e no Brasil em relação à preservação das memórias, daquilo que tem tradição, que tem raiz”, disse, acrescentando que além do poder público, o bloco conseguiu também a ajuda de marcas patrocinadoras, o que para ela, só ocorre atualmente para os blocos comerciais.

Para o professor Simas, o declínio do Bafo é decorrente do também declínio do bairro do Catumbi, que foi impactado por algumas reformas urbanas como a abertura do túnel Santa Bárbara e a criação do Viaduto 31 de março, que dividiu o Catumbi em dois. Apesar disso a instituição tem relevância no carnaval carioca. “O Bafo da Onça é um marco da história do carnaval de rua do Rio de Janeiro, desse espírito carnavalesco desses blocos de embalo”, concluiu.

Cacique de Ramos faz 63 anos e fortalece história no carnaval do Rio

 

Um dos marcos do carnaval carioca completou 63 anos no dia 20 de janeiro: o Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos, declarado Patrimônio Imaterial da Cidade do Rio de Janeiro.

No início dos anos 60, jovens de Ramos, na zona norte do Rio de Janeiro, se juntaram para brincar no carnaval, desfilaram pelas ruas do bairro e, no dia 20 de janeiro de 1961, criaram formalmente o bloco. Depois de dois anos desfilando, a partir de 1963 começaram a conquistar espaços no centro da cidade, que na época reunia o maior número de foliões.

Com o passar do tempo, o Cacique de Ramos se transformou em um bloco de embalo e se tornou, nos anos 60 e 70, um fenômeno de multidão formada por amantes da instituição, que saíam de várias regiões do Rio para desfilar. Para Bira Presidente, de 86 anos, que juntou a seu nome a função que exerce, do bloco tradicional já saíram tantos nomes importantes que ele tem que continuar. “Não vamos parar”, garantiu à Agência Brasil.

““Nesses 63 anos de história e de levar essa mensagem de alegria, o Cacique não parou de desfilar. Tenho, dentro do meu conceito e do meu trabalho, uma responsabilidade muito grande”, destacou.

Para manter nossa organização, temos que fazer movimentos sociais e culturais que levam alegria e descontração às pessoas. Isso é uma identificação muito nobre, na qual o Cacique, todo domingo, está sempre cheio, o movimento é impressionante. A gente faz reuniões para  botar o carnaval na rua. O Cacique de Ramos é um bloco tão tradicional que, nesses anos todos, tem sido sucesso na avenida principal, desfilando nos três dias de carnaval [domingo, segunda e terça].”

“Me sinto agraciado por Deus por ter me dado essa missão, que hoje em dia, é conceituada e respeitada por todos aqueles que gostam do samba, de alegria e do carnaval”, concluiu Bira.

Chopp

Sidney Machado, conhecido como Chopp, lembrou que, inicialmente, os desfiles contavam com poucas pessoas, sem formato de agremiação e sem nome. Ele contou que a ideia evoluiu ao longo dos anos, com a chegada de mais pessoas e, então, o bloco foi criado. Foi aí que ele passou a participar do Cacique. “O Cacique é tudo para mim. Ali, eu dou minha vida pela união que temos.”

Segundo o músico, percussionista e ex-chefe de harmonia de escolas de samba do Rio que exerceu durante 12 anos, o nome do grupo foi dado por Tia Conceição, mãe do Bira, que era “feita no santo pela Mãe Menininha do Gantois, da Bahia”.

“O bloco foi crescendo e surgiu o nome do Cacique de Ramos, que praticamente foi dado pela Tia Conceição, mãe do Bira. Ela tinha um candomblé, e isso vem mais ou menos por aí. Tanto que, no Cacique, a tamarineira [árvore plantada na quadra reverenciada por quem visita o local] fica onde está o axé do Cacique, desde o início, com a Tia Conceição.”

Com alegria, o sambista conta que o maior sucesso do bloco foi o samba Água na Boca, lançado em 1964. De lá para cá é cantado nos desfiles do bloco e de outros, além de bailes de carnaval. “Foi o primeiro sucesso do Cacique”, disse.

Símbolos

A marca do bloco, a figura de um indígena estilizado, é referência do carnaval de rua carioca. Como também é a fantasia usada no começo da sua trajetória. A identidade visual carnavalesca do bloco foi criada pelo artista plástico Romeu Vasconcelos. Na época em que as fantasias, sobretudo de indígenas, eram feitas em algodão ou cetim, o modelo era confeccionado com napa.

“A fantasia de napa marca o imaginário do folião do Cacique de Ramos. Ela vestiu gerações de pessoas que relatam com muito prazer e muita emoção o que era vestir essa fantasia tão emblemática, tão livre, que cobria qualquer tipo, tamanho, formato de corpo, masculino ou feminino”, destacou o historiador, membro da diretoria e coordenador do Centro de Memória Domingos Félix do Nascimento do Grêmio Recreativo Cacique de Ramos, Walter Pereira Júnior.

A partir da fantasia, o artista plástico passou a criar um conjunto de símbolos e de imagens, que a tornaram muito notória. “Eram representações muito bonitas nas cores preto e branco, inicialmente, porque até meados dos anos 70, o bloco tinha exclusivamente essas duas cores. Depois é que a efígie do índio, que sempre foi vermelha, começa a aparecer mais na fantasia e a partir daí o vermelho entra também na fantasia”, ressaltou.

Referência musical

A tradição do Cacique não se restringe ao carnaval. É também uma referência no cenário musical. Dos encontros de pagode, que reuniam muitas pessoas ao redor do samba com comida e bebida, nasceram grupos e artistas de destaque como o próprio grupo Fundo de Quintal, que tem na sua formação o presidente do bloco, conhecido como Bira Presidente. A presença da cantora Beth Carvalho também era frequente. As rodas de samba viram surgir sambistas importantes como Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz e Xande de Pilares.

Xande de Pilares espera que o grupo continue agregando pessoas que amam o samba.” Foto: Mariana Oliver / Divulgação

A aproximação de Xande com o Cacique tem relação com a rivalidade que ocorria entre os seus amantes e os do também tradicional bloco do carnaval carioca Bafo da Onça. Quando ele tinha de 13 para 14 anos, a mãe chegou machucada em casa por causa de uma briga entre os foliões das duas instituições. Para defender a mãe, como coisas de criança, ele quis tirar satisfações com o “Tal de Cacique” e foi para a quadra em Ramos achando que chegaria lá e encontraria uma pessoa. Desse momento em diante construiu a sua história no lugar e na música.

“O Cacique é um movimento cultural maravilhoso que eu conheci. Por causa dele, eu estou até hoje no samba, onde pude ver Zeca, Marquinho China, Baiano, Luiz Carlos da Vila, Nelson Cavaquinho, que eu nunca tinha visto pessoalmente, Mussum e aquela mesa maravilhosa que tinha embaixo da Tamarineira. Muitas vezes eu ia para lá e a molecada jogava bola. Tinha uma quadrinha de asfalto. Tenho muitas passagens boas no Cacique”, revelou Xande de Pilares à Agência Brasil.

Para expandir as amizades com os artistas, o cantor se aproximou do percussionista Ubirany Félix do Nascimento, um dos fundadores do Fundo de Quintal, morto em 2020 vítima de covid-19. “Um dia eu peguei intimidade com o Ubirany e, através dele, me aproximei de todos. Tenho muito orgulho de ter tido a paciência para conhecer os personagens do Cacique de Ramos”, completou o cantor.

“Parabéns ao Cacique de Ramos, que ele continue revelando talentos e que continue agregando pessoas que amam o samba.”

Essa junção do carnaval com o samba deu frutos ao bloco que desfilava ao som de músicas próprias, que conquistavam o público e garantiam a empolgação da instituição no centro do Rio.

“O desfile do Cacique, quando se transforma em bloco de multidão, falava muito da horizontalidade. Todos estavam iguais dentro daquela massa compacta de foliões cantando, sambando, extravasando sua alegria, vestindo as cores e a fantasia da instituição, no caso do Cacique a napa carnavalesca, cantando sambas próprios e desfilando dentro do seu cortejo”, disse o coordenador do Centro de Memória.

No compromisso de manter o projeto cultural, o bloco transmite informações sobre a sua história em exposições, palestras e shows. Na parte social, fez convênio com a 4ª Coordenadoria Regional de Ensino do Município do Rio para aulas de música para os alunos do ensino fundamental. Além disso, realiza aulas de percussão aos sábados na sede e aulas de samba aos domingos sem pagar para entrar, relatou Márcio Nascimento administrador-geral do Cacique à reportagem.

Rio de Janeiro – Blocos de rua tradicionais, como Cacique de Ramos e Bafo da Onça, entre outros, desfilam pelo centro do Rio (Vladimir Platonow/Agência Brasil) – Vladimir Platonow/Agência Brasil

Segundo o administrador do Cacique, Márcio Nascimento, a instituição se consagrou como um dos principais destinos turísticos do Rio de Janeiro e aproveitou essa motivação para garantir a sustentabilidade financeira, para manter saudável, esse patrimônio cultural. “O Cacique planeja continuar a promover os seus eventos culturais e buscar novas fontes de financiamento. Abrimos hoje espaços para parcerias, o que vem ajudando na nossa engrenagem a se adaptar às mudanças do mundo moderno”, indicou.

Márcio reconhece que é “uma dificuldade” manter estável um bloco como o Cacique. “Uma das maiores empreitadas que eu enfrentei foi a gestão financeira e a necessidade de modernização da infraestrutura. No entanto, junto com a diretoria de ouro e nós familiares do presidente conseguimos superar esses desafios buscando novas formas de nos mantermos relevantes e financeiramente viáveis”, afirmou Nascimento.

Carnavalesco

André Cezari adiantou para a Agência Brasil, que em 2024 o tema comemorativo celebra as histórias de amor que tiveram origem no bloco sob as mais diversas formas com o título Coração caciqueano uma história de amor. Outro destaque em 2024, de acordo com Cezari é a alegoria que vem a corte com a rainha e as princesas do bloco decorado com corações.

“Esses corações simbolizam os nossos corações caciqueanos que estarão lá desfilando que ao mesmo tempo saltarão aos olhos e esse amor envolvente tocará também todos que estarão na arquibancada na Avenida Chile para que no ano seguinte esse amor cresça e faça com que eles também venham conosco em nossos desfiles e na nossa quadra”, disse, acrescentando que a expectativa é muito grande.

Uruguai celebra carnaval em fevereiro com as murgas; saiba o que é

O mês de fevereiro é também tempo de carnaval no Uruguai. Uma das manifestações artísticas com maior destaque é a murga, que se diferencia pela crítica social afiada por meio de fantasias e maquiagens surpreendentes. 

As murgas são consideradas a personificação da essência artística dos uruguaios. A cada ano, desfilam com temáticas irreverentes que abraçam foliões vestidos com roupas e maquiagens vibrantes, sem as quais é impossível sentir plenamente a sua expressão. 

“O show da murga, claro, como qualquer show cênico, tem muitas camadas e muitos níveis de símbolos, de códigos. O traje, neste caso, tem um peso importante, porque praticamente é mais que a cenografia. Acho que os trajes funcionam como uma espécie de cenário no espetáculo murga. Então, dá um quadro estético para esse texto, que é a parte da comunicação, é fundamental”, explica a costureira Lúcia Silva, que há mais de uma década faz trajes para a fantasia.

A construção de um show murguero leva muito meses. Durante esse tempo, são discutidos os conceitos artísticos em todas as suas dimensões, as letras, as fantasias e a maquiagem. 

“Começa sempre pela ideia do que queremos dizer ou do significado. Então a forma e o meio seguem de maneiras muito diferentes. Ás vezes, é feito de uma forma mais luminosa, de outro forma, unificando os códigos estéticos. A partir daí, é construído em equipe, porque é muito coletivo, a fantasia, o cenário”, diz a maquiadora Paloma González.

Tudo deve atuar de forma coordenada para que a linha do espetáculo seja coerente e poderosa. 

“Ao trabalhar com o cliente que desenha, estamos desenvolvendo as linhas do show, para onde vai a narrativa desse show e que tipo de caminho serão construídas as fantasias e de como essas roupas mostrarão ao longo de 45 minutos, que é quanto tempo dura a canção da murga”, explica o diretor da murga Doña Bastarda, Pablo “Pinocho” Routin.

O espetáculo é apresentado todo mês de fevereiro. 

Uruguai celebra carnaval em fevereiro com as murgas; saiba o que são

O mês de fevereiro é também tempo de carnaval no Uruguai. Uma das manifestações artísticas com maior destaque é a murga, que se diferencia pela crítica social afiada por meio de fantasias e maquiagens surpreendentes. 

As murgas são consideradas a personificação da essência artística dos uruguaios. A cada ano, desfilam com temáticas irreverentes que abraçam foliões vestidos com roupas e maquiagens vibrantes, sem as quais é impossível sentir plenamente a sua expressão. 

“O show da murga, claro, como qualquer show cênico, tem muitas camadas e muitos níveis de símbolos, de códigos. O traje, neste caso, tem um peso importante, porque praticamente é mais que a cenografia. Acho que os trajes funcionam como uma espécie de cenário no espetáculo murga. Então, dá um quadro estético para esse texto, que é a parte da comunicação, é fundamental”, explica a costureira Lúcia Silva, que há mais de uma década faz trajes para a fantasia.

A construção de um show murguero leva muito meses. Durante esse tempo, são discutidos os conceitos artísticos em todas as suas dimensões, as letras, as fantasias e a maquiagem. 

“Começa sempre pela ideia do que queremos dizer ou do significado. Então a forma e o meio seguem de maneiras muito diferentes. Ás vezes, é feito de uma forma mais luminosa, de outro forma, unificando os códigos estéticos. A partir daí, é construído em equipe, porque é muito coletivo, a fantasia, o cenário”, diz a maquiadora Paloma González.

Tudo deve atuar de forma coordenada para que a linha do espetáculo seja coerente e poderosa. 

“Ao trabalhar com o cliente que desenha, estamos desenvolvendo as linhas do show, para onde vai a narrativa desse show e que tipo de caminho serão construídas as fantasias e de como essas roupas mostrarão ao longo de 45 minutos, que é quanto tempo dura a canção da murga”, explica o diretor da murga Doña Bastarda, Pablo “Pinocho” Routin.

O espetáculo é apresentado todo mês de fevereiro. 

Brasília Amarela completa 10 anos homenageando Mamonas no carnaval

A nostalgia dos fãs do grupo Mamonas Assassinas comemora 10 anos no carnaval do Rio de Janeiro nesta segunda-feira (12) com o desfile do bloco Brasília Amarela (foto), às 10h, no Largo de São Francisco, no centro da cidade.

Os integrantes da banda morreram em um acidente de avião no auge da carreira, em 1996. Eles deixaram hits de sucesso como Pelados em Santos, que dá nome ao bloco que desfila desde 2014, e versos irreverentes como Money, que é good nós não have. No carnaval, essas músicas serão revisitadas em ritmos como samba-enredo, marchinha, frevo, ijexá, baião, ciranda e funk.

O fundador e cantor Caio Bucker diz que as músicas do grupo são eternas e ainda tocam em rádios, festas e outros eventos. Para ele, este ano o desfile será impulsionado pela cinebiografia do grupo Mamonas Assassinas: O Filme, lançado nos cinemas no fim do ano passado.

“Para as novas gerações é uma apresentação, esses são os Mamonas Assassinas. Tanto que a gente vê isso nos shows, as novas gerações marcam presença nos shows do Brasília Amarela. Sempre foi assim também, e é cada vez mais. As novas gerações estão indo, as crianças continuam indo, os adultos e os idosos, então nem se fala, sempre estão presentes”.

Humor

Com versos de humor considerados problemáticos diante de questões sociais que ganharam força desde a década de 1990, o repertório dos Mamonas é revisitado de forma cuidadosa pelo bloco, que inclusive suprime versos que hoje são reconhecidamente ofensivos.

“Eu não vou contra os Mamonas porque entendo que isso era de uma época, era datado dos anos 90, e isso ao longo dos anos foi se tornando uma questão que deve ser refletida e repensada, eu concordo com isso. Mas, como é que eu vou fazer? Eu vou mudar a letra? Não vou”, explica Caio.

Há uma parte numa música que fala “Te falei que o importante é competir, mas te mato de pancada se você não ganhar” – eu decidi não falar essa parte “te mato de pancada” justamente contra a violência contra as mulheres”, explica.

“Graças a Deus o mundo anda para frente, as coisas vão evoluindo, vão crescendo, e as questões sociais estão sendo cada vez mais debatidas e questionadas. Como a luta contra o racismo, contra o machismo, contra a misoginia, contra a homofobia, enfim, isso tudo deve ser, sim, questionado e levado em consideração na hora de fazer um projeto como esse”, argumenta.

Para Caio, o humor dos Mamonas Assassinas pode ser questionado, mas, também pode ser levado como uma crítica e ironia. O que ele garante é que o grupo do litoral paulista tem tudo a ver com o carnaval

“Mamonas Assassinas é irreverência, é alegria, é descontração, é liberdade e o carnaval também é tudo isso”, finaliza. 

Primeiro dia dos desfiles da elite do carnaval carioca terá 6 escolas

Os desfiles do Grupo Especial, considerado a elite do carnaval carioca, terão início na noite deste domingo (11). A partir de 22h, fantasias, adereços, carros alegóricos, vão colorir a Marquês de Sapucaí e apresentar o enredo trabalhado por cada uma das escolas.

Neste primeiro dia, seis agremiações irão atravessar a avenida do samba. Nos arredores do sambódromo, na região central do Rio de Janeiro, um esquema especial para o trânsito foi planejado pela prefeitura. A expectativa é de um público de aproximadamente 100 mil pessoas.

Irão desfilar na seguinte ordem: Unidos do Porto da Pedra, Beija-Flor, Salgueiro, Grande Rio, Unidos da Tijuca e a atual campeã, Imperatriz Leopoldinense. Cada agremiação possui entre 1 hora e 1 hora e 10 minutos para atravessar a Sapucaí e há penalização para aquelas que não conseguem concluir sua apresentação no tempo disponível. De acordo com a programação, o último desfile está previsto para se iniciar entre 3h e 3h50.

A escola Unidos do Porto da Pedra, que terá a missão de abrir as apresentações do Grupo Especial, tem como enredo Lunário Perpétuo: a profética do saber popular. A agremiação do município de São Gonçalo (RJ) conta a história de um livro  que reúne orientações sobre astronomia, agricultura, saúde, uso de ervas. Escrito em 1594 pelo espanhol Jerónimo Cortés, o Lunário Perpétuo foi apontado pelo folclorista Câmara Cascudo como a publicação mais lida no Nordeste brasileiro durante 200 anos.

Em seguida, a Beija-Flor seguirá a trilha dos seus desfiles realizados nos últimos anos e voltará a explorar um tema relacionado com a cultura negra. Dessa vez, a escola de Nilópolis (RJ) irá trabalhar com o enredo Um delírio de Carnaval na Maceió de Rás Gonguila. O público irá conhecer a história de Benedito dos Santos , que ficou conhecido como Rás Gonguila. Nascido na capital alagoana, ele afirmava ser descendente direto do último imperador da Etiópia.

O Salgueiro será responsável pelo terceiro desfile da noite e o enredo Hutukara irá falar sobre o povo Yanomami.. A escola da zona norte da capital carioca deixa claro, porém, que seu foco não será a crise humanitária que ganhou as manchetes de jornais de todo o país no ano passado. Essa situação, envolvendo o garimpo ilegal, será retratada apenas em um momento específico. O objetivo será mostrar ao público a cultura, os costumes e os conhecimentos yanomamis.

A cultura indígena também será trabalhada no desfile da Grande Rio , a quarta a pisar na avenida do samba. O enredo Nosso Destino É Ser Onça vai abordar a mitologia tupinambá. A escola do município de Duque de Caixas (RJ) pretende questionar como o Brasil se identifica com os povos originários de seu território, tendo como base o livro Meu Destino É Ser Onça, do escritor Alberto Mussa.

A quinta apresentação será da Unidos da Tijuca. Suas cores azul e amarelo darão vida ao enredo O Conto de Fados. A agremiação do bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, quer convidar o público para uma viagem a Portugal, onde serão reveladas diversas lendas e histórias relacionadas com o país.

Atual campeã, a Imperatriz Leopoldinense encerrará a programação do primeiro dia. A agremiação do bairro de Ramos, na zona norte do Rio de Janeiro, será mais uma que levará para a Sapucaí um enredo baseado em um livro.

A obra ficcional O testamento da cigana Esmeralda, do poeta pernambucano de cordel Leandro Gomes de Barros, foi a escolhida. Intitulado Com a sorte virada pra lua, segundo o testamento da cigana Esmeralda, a escola pretende explorar o imaginário em torno do universo cigano (link: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2023-07/escolas-vao-levar-lendas-e-encantarias-ao-sambodromo-em-2024) e discutir a cultura popular.

As luzes cênicas prometem ser uma atração adicional no carnaval 2024. De acordo com a prefeitura do Rio, foi instalado um sistema de iluminação inovador no Brasil e com uma tecnologia utilizada em grandes shows mundiais. A maioria das agremiações vai assumir o controle da iluminação durante seus desfiles, de modo a ressaltar suas alas, carros e fantasias.

Os desfiles do Grupo Especial se encerram na segunda-feira (12), quando outras seis escolas irão atravessar a avenida. As apresentações novamente irão se iniciar às 22h e a ordem também já está definida: Mocidade Independente de Padre Miguel, Portela, Vila Isabel, Mangueira, Paraíso do Tuiuti e Viradouro.

Maracatu continua em destaque no carnaval do Ceará

 

Embora não tenha a mesma fama da Bahia e de Pernambuco, o carnaval do Ceará vem crescendo a cada ano, destacando sobretudo os tradicionais maracatus. Manifestações do folclore brasileiro, esses festejos envolvem dança e música em Fortaleza e em outras regiões do estado, seguidos dos afoxés (blocos também chamados de candomblé de rua).

Um dos grupos mais antigos de maracatu, o Maracatu Rei de Paus, fundado em 1954, localizado na capital, é o homenageado do carnaval deste ano no estado.

Na última década, ganharam força os blocos de rua. Em entrevista à Agência Brasil, a secretária de Estado de Cultura (Secult/CE), Luisa Cela, afirmou que “o maracatu tem uma tradição maior”. Para ela, a força cultural desse ritmo musical, dança e ritual de sincretismo religioso e a relação com a cultura do estado fazem do maracatu uma das mais tradicionais agremiações do estado.

Em todo o Ceará, estão em atividade cerca de 60 grupos de maracatus, sendo que uma parte considerável se encontra na capital.

A secretária descreve que, a cada ano, o fluxo de turistas tem aumentado, associado também à qualidade, à força dos investimentos e das programações de carnaval, tanto em Fortaleza, como nas cidades litorâneas.

Mela-mela

Outras festas que ainda são realizadas, principalmente em cidades do interior do estado, são as tradicionais mela mela, nas quais os foliões sujam uns aos outros com amido de milho e espuma, enquanto dançam ao ritmo de axé, forró, samba e swingueira. Para isso, são usados sprays de espuma, goma, ovo, mel e outros produtos, visando “melar” os demais brincantes.

Luisa afirmou que essa tradição era mais forte antigamente, mas as festas persistem ainda em algumas cidades do interior. “Você tem Camocim, Beberibe. O mela mela nada mais é do que uma brincadeira de goma. As pessoas estão na praça e fazem ali um festejo com a goma, com confete e, obviamente, ficam todas meladas. Por isso esse nome”.

Ela garantiu que não só as crianças se divertem, “mas adultos e todo mundo que está no meio da brincadeira se divertem também. Ainda hoje acontece”.

Polos

No Ciclo Carnavalesco 2024, estão sendo apoiados pelo governo do Ceará mais de 76 projetos em todo o estado, preparando os grupos que fazem carnaval nas cidades. Luisa Cela informou que a secretaria tem uma rede de 27 equipamentos, que promovem programações carnavalescas, antes e durante o carnaval oficial.

“Um exemplo é o Baile à Fantasia do Zé, que é uma programação tradicional do Theatro José de Alencar. E temos relação com os municípios (do interior) que cada vez mais têm fortalecido essa tradição do carnaval de rua.”

Há cidades que mostram muita força no carnaval, como Aracati, que neste ano recebe Ivete Sangalo; Sobral, com Daniela Mercury. A região do Cariri apresenta também uma programação intensa, “sem esquecer o litoral, muito famoso”.

Segundo a secretária, a expectativa é que o estado esteja bem movimentado durante o carnaval, tanto com as ações que o governo realiza, como também pelas prefeituras, que se preocupam em enriquecer, a cada ano, a programação para atrair muitos turistas do próprio Ceará e de outros estados brasileiros.

Em Fortaleza, são oito polos carnavalescos por onde passarão blocos, bandas e artistas dos mais diversos gêneros durante os festejos de Momo. São eles: Passeio Público, com programação infantil; Aterrinho da Praia de Iracema; Domingos Olimpio; Mercado dos Pinhões; Largo da Mocinha, Benfica; Mercado da Aerolândia; e Parque Rachel de Queiroz.

“Esses polos recebem programações já no pré carnaval e também terão programações no carnaval, ao longo do dia, com presença mais dos blocos de rua.”

Os shows maiores serão realizados à noite, no Aterro da Praia de Iracema, incluindo nomes como Diogo Nogueira, Maria Rita. Esse espaço maior comporta mais de 20 mil pessoas.