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Hoje é Dia: Semana celebra santos juninos Dia do Orgulho LGBTQ+

Esta semana é de festa. Logo no comecinho, dia 24, se celebra o aniversário de São João, o santo junino mais lembrado e celebrado –o que leva muita gente a chamar os festejos de junho de festas de São João, santo que criou o batismo e batizou Jesus.

Há também a tradição de soltar fogos no dia 24. Dizem que ele prefere dormir o dia todo para não ver as fogueiras na Terra e evitar a vontade de descer para comemorar também. Os fogos de artifício serviriam para acordá-lo.

A lenda de São João foi cantada em versos por Luiz Gonzaga:

“Diz-se que Santa Isabel disse à prima, Maria
João, vindo ao mundo, lhe aviso no dia
A ver, no meu rancho, um grande clarão
De uma fogueira, nasceu São João
Por isso é que o mundo, com muita razão
Assim festeja o senhor São João

Eu vou (Vou soltar foguete)
Eu vou (Vou soltar balão)
Eu vou (Festejar São Pedro)
Eu vou (Festejar São João)

Diz-se que João foi dormir e que só se acordou
No dia de Pedro, São João se zangou
Pois tinha pedido à Santa Família
Que lhe acordasse chegando o seu dia
Mas se ele saísse do sono profundo
Um grande incêndio acabava o mundo

Acorda, João!”

No final da semana, o dia 29 chega com as celebrações de São Pedro, o guardião das chaves do céu, responsável por fazer chover. Discípulo de Jesus, ele foi o fundador da Igreja Católica e o primeiro Papa.

Atualmente os festejos têm avançado para julho, agosto e até setembro. Mas Caruaru, conhecida como capital do forró, inovou e começou os festejos em abril. A Agência Brasil e a Radioagência Nacional publicaram reportagens sobre o assunto: Conhecida como capital do forró, Caruaru terá 72 dias de São João.

 Ouça na Radioagência Nacional

No ano passado a Festa Junina foi reconhecida, pela Lei 14.555, como manifestação cultural dos brasileiros. A TV Brasil trouxe as informações, confira: 

No dia 25 lembramos os 15 anos da morte do cantor, ator, dançarino e compositor Michael Jackson. O artista pop deixou fãs por todo o mundo. A TV Brasil exibiu o Especial Tributo a Michael Jackson, o Rei do Pop, com Rodrigo Teaser. O artista começou a imitar Michael Jackson aos nove anos e cantou sucessos como “Billie Jean”, “Thriller”, “Beat it”, “Smooth Criminal” e “Black or White”.

Na quarta, dia 26, a celebração é para o semanário O Pasquim, lançado há 55 anos. O veículo de imprensa circulou nas décadas de 70 e 80 e era uma das frentes de resistência à ditadura, tendo enfrentado censura, perseguição e rendido aos seus responsáveis prisões durante o regime de exceção. Ziraldo, morto em abril deste ano, foi um dos fundadores do jornal, como conta a reportagem da Agência Brasil.

Também no dia 26 é celebrado o Dia Internacional das Nações Unidas em Apoio às Vítimas de Tortura, e apesar de todo esforço da comunidade internacional para combater essa prática, ela ainda ocorre em diversos países, sendo aplicada sistematicamente como política repressiva e de investigação.

O programete História Hoje tratou do tema:

Já o 28 de junho marca o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ –celebrado em referência à Revolta de Stonewall, ocorrida em 28 de junho de 1969, quando frequentadores do bar Stonewall Inn em Greenwich Village, reagiram pela primeira vez na cidade norte-americana de Nova Iorque contra as constantes ações policiais ali ocorridas para prender todos os que vestissem mais de três peças consideradas do sexo oposto. Para marcar e celebrar as sete semanas entre o Dia Internacional de Combate à Homofobia, comemorado em 17 de maio, e o Dia Internacional do Orgulho LGBT, em 28 de junho, a Radioagência Nacional vem publicando a série de podcasts TRANSformando as Artes.

Confira a relação de datas do Hoje é Dia do mês de junho de 2024:

Junho de 2024

23

Nascimento do escritor, dramaturgo e cineasta paulista João Silvério Trevisan (80 anos)

Nascimento do compositor fluminense João Petra de Barros (110 anos)

Criação do Comitê Olímpico Internacional (130 anos)

Dia do Desporto, Dia do Atleta Olímpico e Dia Mundial do Desporto Olímpico

Inauguração da Rádio Nacional FM de Brasília (47 anos)

24

Dia de São João, tido como o ponto alto dos festejos juninos

Morte do cineasta estadunidense William Keighley (40 anos)

Nascimento do ator e diretor de televisão gaúcho João Régis de Souza Cardoso, mais conhecido como Régis Cardoso (90 anos)

Nascimento do diretor, produtor e roteirista gaúcho Geraldo Moraes (85 anos)

Morte do agitador cultural fluminense Albino Pinheiro (25 anos), fundador da Banda de Ipanema

Nascimento do guitarrista britânico Jeff Beck (80 anos)

25

Nascimento do ator paraibano Luiz Carlos Vasconcelos (70 anos)

Morte do cantor, ator, dançarino e compositor estadunidense Michael Jackson (15 anos)

Morte da atriz e modelo estadunidense Farrah Fawcet (15 anos)

Morte do filósofo francês Michel Foucault (40 anos)

26

Morte do filósofo, poeta, crítico e jurista sergipano Tobias Barreto (135 anos), que iniciou na poesia brasileira o movimento denominado condoreirismo hugoano (terceira fase do romantismo)

Lançamento do semanário “O Pasquim” (55 anos)

Lançamento do jornal “Correio Paulistano” (170 anos)

Dia Internacional contra o Abuso e o Tráfico Ilícito de Drogas, comemoração instituída pela Assembleia Geral da ONU na sua Resolução Nº 42/112 de 7 de dezembro de 1987, e que seria oficializada no Brasil pelo Decreto DNN8091 de 28 de maio de 1999, através do qual se criou a “Semana Nacional Antidrogas” no país

Dia Internacional das Nações Unidas em apoio às Vítimas de Tortura, instituído pela ONU na sua Resolução Nº 52/149 de 12 de dezembro de 1997 para marcar a data de 26 de junho de 1987 em que entrou em vigor nos países-membros signatários a “Convenção Contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanas ou Degradantes”

27

Nascimento da caixeira, compositora e cantora maranhense Almeirice da Silva Santos, a Dona Teté (100 anos)

Nascimento da cantora e atriz fluminense Maria José Motta de Oliveira, a Zezé Motta (80 anos)

Morte do compositor e ator fluminense Dorival Silva, o Chocolate (35 anos)

Noel Rosa se apresenta pela primeira vez em público no Tijuca Tênis Clube (95 anos)

Primeira demonstração pública de televisão colorida por H. E. Ives e colaboradores da Bell Telephone Laboratories, em Nova Iorque (95 anos)

28

Morte do poeta e ativista inglês Edward Carpenter (95 anos)

Atentado mata o herdeiro da Áustria e fornece pretexto para o início da Primeira Guerra Mundial (110 anos)

Frequentadores do bar Stonewall Inn (Nova Iorque, Estados Unidos), voltado para o público LGBTQIAPN+, reagem às frequentes batidas policiais, fato que desencadeia mais dois dias de protestos e culmina na marcha ocorrida no dia 1 de julho de 1970, em lembrança ao aniversário do motim, precursora das atuais Paradas do Orgulho LGBTQIAPN+ (55 anos)

Manuel Zelaya é preso e deposto em Honduras (15 anos)

Alemanha assina Tratado de Versalhes (105 anos)

Início do Festival Folclórico de Parintins (Amazonas)

Início da Festa do Divino Pai Eterno (também conhecida como Festa de Trindade), na cidade de Trindade, em Goiás

Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, que marca a data da Revolta de Stonewall, ocorrida em 28 de junho de 1969, quando frequentadores do bar Stonewall Inn em Greenwich Village reagiram pela primeira vez na cidade norte-americana de Nova Iorque, contra as constantes ações policiais ali ocorridas para prender todos os que vestissem mais de três peças consideradas do sexo oposto

29

Dia de São Pedro

Nascimento do ex-jogador de futebol e comentarista paraibano Leovegildo Lins da Gama Júnior, o Júnior (70 anos)

Morte do cantor e compositor fluminense Jorge Veiga (45 anos)

Nascimento do cantor e compositor fluminense Luiz Antônio Feliciano Marcondes, o Neguinho da Beija-Flor (75 anos).

*As datas são selecionadas pela equipe de pesquisadores do Projeto Efemérides, da Gerência de Acervo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que traz temas relacionados à cultura, história, ciência e personalidades, sempre ressaltando marcos nacionais e regionais. A Gerência de Acervo também atende aos pedidos de pesquisa do público externo. Basta enviar um e-mail para centraldepesquisas@ebc.com.br.

Refugiados compartilham histórias e vivências em feira no Rio

 A libanesa Farah Al Najjar está há 3 anos no Brasil; o venezuelano Alejandro Echezuria, há 7 anos; e, o congolês Alfred Camara vive no país há 8 anos. Os três precisaram deixar os países de origem seja por conta de guerras, de conflitos sociais e econômicos ou das mais variadas formas de violação de direitos humanos e buscar refúgio no Brasil. Aos poucos, eles constroem uma nova vida, mas contam que o percurso não é fácil.

Antes de vir para o Brasil, Camara vivia na capital da República Democrática do Congo, Kinshasa. O país vive constantes conflitos. Foi para fugir da guerra que Camara chegou ao Brasil, onde conseguiu refúgio. Ele fez cursos de coquetelaria e chegou a trabalhar em um restaurante no Leblon, bairro nobre da zona sul carioca, mas acabou sendo demitido na pandemia. Hoje ele tem a própria barraca, onde vende drinks na Pedra do Sal, local de importância histórica e cultural no centro do Rio.

Alfred Camaradurante prepara drinks no Rio Refugia 2024, no Sesc Tujuca – Tomaz Silva/Agência Brasil

“Até hoje tô lutando. Tu sabe, a vida do camelô como é que é. Às vezes chega a Guarda Municipal. É difícil mesmo, é difícil”, diz. Ele sonha em abrir a própria empresa, mas não apenas para ele, para os demais refugiados que lutam por um espaço em um novo país.

“Meu sonho, o que eu queira um dia, se Deus quiser, é abrir uma empresa para poder ajudar o povo refugiado para chegar no Brasil”.

Camara transferiu, neste final de semana, a barraca da Pedra do Sal para o Rio Refugia 2024. O evento está na nona edição e marca o Dia Mundial do Refugiado, dia 20 de junho. A feira realizada no Sesc Tijuca, na zona norte do Rio de Janeiro, reúne gastronomia, oficinas culturais, moda, artesanato e atividades para as crianças. São 27 barracas com representantes de 12 países.

Próxima à Ngolonisadrinks, de Camara, está a barraca Comida Chévere, de Echezuria. “Vendemos uma comida típica da Venezuela, que se chama arepa, feita com farinha de milho pré-cozida”, explica o venezuelano, que veio para o Brasil há 7 anos com dois filhos, um de 7 e outro de 10 anos e com a esposa, na época, grávida de oito meses da terceira filha do casal.

“Na verdade, não foi uma escolha, porque quando a gente foge da Venezuela, ou quando qualquer pessoa foge de um país, a gente não tem escolha, a gente vai para onde tem que ir. Então, não foi uma escolha, assim, vou para lá. A gente chegou aqui de paraquedas e a gente ficou”, conta Echezuria.

Alejandro Echezuria prepara arepas no Rio Refugia 2024, no Sesc Tujuca – Tomaz Silva/Agência Brasil

Deslocados

De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), mais de 120 milhões de pessoas em todo o mundo estão deslocadas à força de suas casas devido a perseguições, conflitos, violência e violação de direitos. Isso significa que se todas essas pessoas vivessem atualmente em um mesmo território, elas formariam o 12º país mais populoso do mundo. Segundo o Acnur, esse número vem crescendo, e é mais do que o dobro do que havia há dez anos, em 2014, quando havia 59 milhões de pessoas vivendo nessa condição.

Como uma das milhões de pessoas refugiadas no mundo, Echezuria sonha em se estabelecer e conseguir ter qualidade de vida. “Sobre os planos, a gente tem o nosso empreendimento, que é o Comida Chévere. É crescer com o empreendimento, tratar de abrir um restaurante, uma loja. A gente agora é um microempreendedor, trabalha em feiras, em eventos, mas o futuro é crescer, ter uma loja física, estar um pouco mais estruturado”, diz.

Dos três, Al Najjar é a que está há menos tempo no Brasil, 3 anos. Na época, era casada, mas acabou se separando e hoje luta para viver sozinha com a filha de 3 anos, que nasceu já em solo brasileiro. “Eu estou tentando me adaptar, porque estou sozinha, não tenho família, não tenho suporte”, diz. Ela conta que encontrou apoio em organizações como a Caritas. Também por conta da organização, hoje ela dá aulas de inglês.

Na feira, ela mostra aos visitantes a caligrafia árabe. “Na realidade, é bom mostrar a nossa cultura para as pessoas porque, normalmente, só se conhece a parte negativa da nossa cultura. E especialmente a cultura libanesa, ela é uma mistura de culturas, por estar próxima à Europa, Ásia e África. Eu penso que está no centro do mundo. É uma mistura, as pessoas falam árabe, inglês, francês, tudo junto. Eu gostaria que as pessoas conhecessem o lado bonito da nossa cultura, que é feita de amor e generosidade”, diz.

Para a filha, ela faz questão de ensinar a culinária libanesa e também de cria-la da forma como os pais a criaram, tratando bem as pessoas e valorizando a educação. Al Najjar tem mestrado e diz que sempre estudou muito. A professora conta ainda que não é apenas ela que ensina a filha, mas que também aprende muito com a criança. “Ela ama dançar e tem essa personalidade que eu acho que é bem brasileira, ela ama pessoas. Eu era mais tímida, mas agora, mudei muito por causa dela. Ela me ensina muito”.

Farah Al Najjar durante oficina de escrita árabe, no Rio Refugia 2024 – Tomaz Silva/Agência Brasil

Rio Refugia 

As trocas são o objetivo final da feira, de acordo com a organização. “É um lugar onde a gente tenta proporcionar um encontro entre as pessoas, entre as histórias, entre as culturas, para que a gente possa conhecer um pouco mais da cultura dos refugiados e entender como que a gente ganha quando a gente recebe essas pessoas”, diz a coordenadora do Programa de Atendimento a Refugiados (Pares) Caritas, Aline Thuller. 

“A gente sempre tem a tendência de pensar que o Brasil está ajudando refugiados. Na verdade, a gente cumpre um compromisso humanitário que foi assumido pelo país e quando a gente recebe essas pessoas, a gente ganha”, acrescenta.

“Quando a gente fala de refúgio, muitas vezes a gente quer saber o que motivou a saída, como que foi a chegada, o que teve de sofrimento. São pessoas que estão vivendo, construindo suas vidas, fazendo coisas muito bacanas, muito dinâmicas, trazendo e movimentando a economia e a cultura da cidade”,  diz a diretora pedagógica do Abraço Cultural , Cacau Vieira. “São pessoas de vários lugares do mundo, com seus talentos com suas culturas, o que torna o ambiente mais dinâmico. Mais importante, eu acho que é uma data, então, para a gente falar sobre dignidade humana, sobre os direitos mais fundamentais”, complementa, o analista de projetos sociais do Sesc, Daniel Moura.  

Festival Rio Refugia 2024, no Sesc Tujuca, zona norte da capital fluminense – Tomaz Silva/Agência Brasil

O Rio Refugia 2024 é realizado todo ano pelo Abraço Cultural, PARES Cáritas RJ, Feira Chega Junto e Sesc RJ, com o apoio do Acnur. O evento ocorre no sábado (22) e domingo (23), entre 11h e 18h, no Sesc Tijuca, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Auxílio Reconstrução: 182 prefeituras ainda não cadastraram famílias

Prefeituras de 182 cidades do Rio Grande do Sul ainda não registraram famílias para receberem o Auxílio Reconstrução do governo federal. O cadastramento é o passo inicial para solicitação do benefício de R$ 5,1 mil, destinado às famílias residentes em áreas atingidas pelas enchentes, que abandonaram suas casas, de forma temporária ou definitiva, nos municípios com reconhecimento da situação de calamidade ou emergência.

O prazo termina na próxima terça-feira (25) e o cadastro dos dados deve ser feito na página do Auxílio Reconstrução. Ao todo, 444 municípios gaúchos estão com reconhecimento federal vigente e tem direito a solicitar o valor. Desses, 182 não registraram nenhuma família.

O Rio Grande do Sul enfrenta o pior desastre climático da sua história e vem trabalhando na recuperação de estruturas após as enchentes atingirem o estado nos meses de abril e maio. Dos 497 municípios gaúchos, 478 foram afetados, uma população de mais de 2,4 milhões. Também houve 177 mortes e 37 pessoas continuam desaparecidas, segundo a Defesa Civil estadual.

Nesta semana, mais chuvas atingem o estado e nível dos rios voltou a subir, o que preocupa moradores de áreas de risco. Poucos dias após muitos regressarem para casa, a água voltou inundar áreas da região metropolitana de Porto Alegre.

Pago em parcela única de R$ 5,1 mil, o Auxílio Reconstrução pode ser usado livremente, para comprar itens perdidos durante os alagamentos ou para reformar imóveis.

Análises

As análises e os pagamentos para as famílias já cadastradas para receberem o auxílio vão continuar, após o dia 25, até a finalização de todas as análises. Na sequência, o responsável familiar precisa confirmar as informações no mesmo site do Auxílio Reconstrução, utilizando a conta registrada no site Gov.br. Então, a Caixa Econômica Federal realizará o pagamento.

As famílias não precisam abrir contas no banco. A Caixa identificará se o responsável já tem conta-poupança ou corrente na instituição e fará o crédito automaticamente. Caso o beneficiário não tenha conta, o próprio banco se encarregará de abrir uma Poupança Social Digital para o pagamento do auxílio. O valor poderá ser movimentado pelo aplicativo Caixa Tem.

Atualmente, 256,7 mil famílias de 115 municípios tiveram o benefício aprovado, sendo que 208 mil encaminharam a confirmação dos dados. Entre as famílias que confirmaram as informações, 202 mil estão com dinheiro em conta.

O governo federal espera atender 375 mil famílias gaúchas, representando R$ 1,9 bilhão de investimento. O valor destinado ao Auxílio Reconstrução era, inicialmente, de R$ 1,23 bilhão para 240 mil famílias. Na última quarta-feira (19), o governo abriu crédito extraordinário de 689,7 milhões para o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional para a ampliação do benefício a mais 135 mil famílias.

Pesquisa aponta problemas no ensino da educação física em escolas

Uma pesquisa realizada com mais de 3 mil professores de educação física de todo o país revelou problemas como necessidades de melhoria da estrutura e falta de materiais para as aulas. O estudo, realizado pela Organização não Governamental Instituto Península, envolveu profissionais de escolas públicas (86%) e de escolas particulares (13%), entre outubro e novembro de 2023.

Segundo o levantamento, 94,7% dos professores apontaram que o espaço onde são ministradas as aulas de educação física precisam de melhorias. Entre os problemas apontados estão a situação ruim de quadras esportivas, a ausência de vestiários e a falta de materiais como bolas de handebol, basquete, vôlei e até mesmo de futsal.

Quando perguntados sobre que estratégias adotam quando enfrentam problemas de infraestrutura, 51,9% dizem levar seu próprio material, 50,9% respondem que fazem seu próprio material, 16% usam doações e 14,6% só fazem tarefas que não precisam de material e 11,1% levam estudantes para fora do ambiente escolar.

Além disso, segundo a pesquisa 79,8% dos professores informaram já ter comprado material com dinheiro do próprio bolso em algum momento. Entre os materiais adquiridos pelo próprio docente mais comuns estão bolas de futsal (19,2%), bolas de vôlei (17%), bambolês (13,6%) e bolas de handebol (11,2%).

“Isso quer dizer que eles sentem que não têm as ferramentas suficientes para poder fazer o seu trabalho. Eles também sentem necessidade da melhoria nos espaços das escolas para que eles possam dar aula. Ou seja, eles não têm o espaço nem o material para atuarem como professores de educação física”, afirma Daniela Kimi, do Instituto Península, ONG que trabalha com a capacitação de professores.

Bullying

Outro destaque da pesquisa é o fato de que 76,1% dos professores já presenciaram bullying, ou seja, a intimidação sistemática, física ou psicológica em atos de humilhação ou discriminação, cometido por alunos em aulas de educação física.

A maior parte dos casos de bullying envolve a habilidade técnica de outros alunos (79,7%), mas também foram registradas temáticas como aparência (54,6%), gênero (28,8%) e sexualidade (23%).

Entre aqueles professores que já presenciaram bullying nas aulas, 21,4% disseram não ter preparo para lidar com a situação.

“A reflexão que a gente traz é que o espaço da educação física é mais propício para que os alunos tenham essas atitudes. E os professores também nos trazem a necessidade de saber como intervir nessas situações”, explica Daniela.

A pesquisa questionou também sobre dificuldades para incluir meninas nas aulas de educação física. Aqueles que apontaram esse problema somaram 36,9% do total. “O curioso é que a gente pergunta ‘você gostaria de ter apoio no sentido de incluir as meninas?’, mais de 60% [63,6%] afirmam que sim. Então a gente acha que esse número de 37% seja ainda maior”, destaca Daniela.

A Agência Brasil entrou em contato com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e com a Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), mas não teve resposta.

Mostra sobre mosaicos celebra 150 anos da imigração italiana no Brasil

Uma mostra multimídia, imersiva e itinerante a ser aberta ao público neste sábado (22), no MIS Experience, celebra os 150 anos da imigração italiana no Brasil. Chamada de Mosaico – Código Itálico de uma Arte Atemporal, a exposição conta a história da Itália por meio de um de seus importantes aspectos artísticos e históricos: o mosaico.

“Temos a intenção de dar um presente ao Brasil nos 150 anos da imigração italiana”, disse Lillo Teodoro Guarneri, diretor do Instituto Italiano de Cultura e adido cultural do Consulado da Itália, em entrevista à Agência Brasil.

“O mosaico é a perfeita junção de uma alta parte artística, do desenho e da imaginação com uma alta parte técnica. São Paulo foi planejada e construída em grande parte pelos italianos – e não só arquitetos, mas também por pessoas que faziam a decoração, os artesãos. Pensamos em trazer uma exposição que possa favorecer o diálogo, lembrando daqueles italianos que vieram aqui com um grande conhecimento técnico”, acrescentou.

Sangue italiano

“São Paulo é uma cidade onde 25% da população têm sangue italiano. E os italianos foram fundamentais na construção dessa cidade. Então, homenagear essa imigração, que comemora 150 anos, estava muito no nosso objetivo e essa exposição caiu como uma luva. Aqui, a gente celebra a cultura, a arte do mosaico, que é muito italiana e que depois, claro, cresceu para outros lugares. Essa é uma arte que exige muito talento, tanto dos artistas quanto dos artesãos capazes de produzir o material necessário e de fixá-lo com precisão”, afirmou André Sturm, diretor do MIS.

Além de embelezar e decorar ambientes, os mosaicos são considerados um patrimônio histórico, narrando histórias de reis, religiões, cotidianos e costumes. Eles também são uma história sobre a própria arte e de como seus estilos vão se alterando ao longo dos anos.

“A técnica é variada no tempo e o conteúdo também é variável. No período romano, obviamente, era mais dedicado à geometria, às cenas de caça e às cenas amorosas. Na parte mais tradicional, depois da entrada do cristianismo na história, ele é mais voltado para o tema religioso. Na modernidade se retoma esta parte muito forte relacionada ao urbanismo. O mosaico sempre foi um signo de poderio, sempre foi relacionado a momentos muito fortes de grande capacidade artística, técnica e de dinheiro”, explicou o diretor do Instituto Italiano de Cultura.

Percurso

A exposição é dividida em sete estações que relatam a arte dos mosaicos em diversos locais italianos como Roma, Pompeia, Aquileia, Ravenna, Palermo, Monreale, Praça Armerina e na cidade submersa de Baia. Essa arte é mostrada por meio de conteúdos audiovisuais inéditos, filmagens subaquáticas e feitas com drones, materiais de arquivo, animações gráficas e uma trilha sonora especialmente composta para a mostra.

A primeira protagonista da mostra é Roma, cujo passado ganha vida através de mosaicos guardados nos Museus Capitolinos e nas duas basílicas alto-medievais: Santos Cosme e Damião e Santa Praxedes. Depois, vem a Casa do Fauno, em Pompeia, com fragmentos que testemunham a Batalha de Isso.

A segunda estação mostra o pavimento da Basilica de Aquileia e, a terceira, é dedicada a Ravenna. Ao mosaico da Sicília, são dedicadas duas estações: a época de Rogério II revive em um itinerário solene de seus lugares sagrados, do Duomo de Monreale à Capela Palatina e Martorana. Já os costumes, tradições e hábitos dos romanos são exibidos ao longo dos corredores e salas de um achado arqueológico de valor inestimável: a Villa Romana del Casale da Praça Armerina.

A última estação apresenta mosaicos que só foram redescobertos na década de 1960, no Golfo de Nápoles: os mosaicos do Parque Arqueológico Subaquático de Baia, que só podem ser vistos presencialmente por quem mergulha.

“Esses mosaicos que estão na exposição são de oito lugares diferentes da Itália. Tem até uma parede que mostra mosaicos que ficam embaixo d’água, e que, portanto, só poderiam ser vistos visitando uma exposição, como essa nossa mostra aqui”, frisou Sturm.

Produzida pela Direção Geral para a Diplomacia Cultural do Ministério das Relações Exteriores e da Cooperação Internacional da Itália (Maeci) e idealizada e realizada pela Magister Art, a mostra é uma cooperação entre o MIS Experience e o Instituto Italiano de Cultura de São Paulo.

“Essa é uma exposição também imersiva, portanto, ela tem vídeos, tem trilha sonora, tem uma ambientação de iluminação e um plus a mais, que é quando você chega, você recebe um fone de ouvido conectado a um celular com a narração da exposição”, finalizou o diretor do MIS.

Mais informações sobre a mostra podem ser obtidas no site do MIS Experience.

Chile e Peru não saem do 0 a 0 na Copa América

Em partida de baixo nível técnico, as seleções do Chile e do Peru empataram sem gols, na noite desta sexta-feira (21) no AT&T Stadium de Arlington, no Texas (Estados Unidos), pelo Grupo A da Copa América.

Una aguerrida batalla en Arlington 😤 pic.twitter.com/jUjYOiaoqt

— CONMEBOL Copa América™️ (@CopaAmerica) June 22, 2024

Após este resultado, chilenos e peruanos dividem a vice-liderança da chave com apenas um ponto cada. A primeira colocação é ocupada pela Argentina, que na última quinta-feira (21), na partida de abertura da competição, bateu o Canadá por 2 a 0.

O destaque da partida foi o recorde estabelecido por Claudio Bravo. O goleiro chileno é agora o jogador mais velho a entrar em campo em uma partida da Copa América, aos 41 anos e 69 dias.

Empieza a subir la temperatura en Texas 🌡️ pic.twitter.com/IFOLe57kdT

— CONMEBOL Copa América™️ (@CopaAmerica) June 22, 2024

Copa América

A 48ª edição da Copa América reúne 16 seleções nos Estados Unidos. A competição será disputada até o dia 14 de julho, quando a grande decisão será disputada no Hard Rock Stadium, em Miami Gardens, Flórida.

Na primeira fase da competição, 10 seleções da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) e outras 6 convidadas da Concacaf (Confederação das Associações de Futebol da América do Norte, Central e Caribe) estão divididas em quatro grupos. Grupo A: Argentina, Peru, Chile e Canadá. Grupo B: México, Equador, Venezuela e Jamaica. Grupo C: Estados Unidos, Uruguai, Panamá e Bolívia. Grupo D: Brasil, Colômbia, Paraguai e Costa Rica.

Os dois primeiros colocados de cada chave avançam para as quartas de final. A partir daí, apenas o vencedor de cada confronto segue em frente, até serem definidos os dois finalistas.

Comandada pelo técnico Dorival Júnior, a seleção brasileira estreia na competição na próxima segunda-feira (24), quando enfrenta a Costa Rica, a partir das 22h (horário de Brasília) em Los Angeles. O Brasil disputa a competição em um momento de renovação, sem contar com o atacante Neymar e apostando no talento de jovens como Vinicius Júnior, Rodrygo e Endrick.

Lula promete acordo entre FAB e quilombolas em Alcântara, no Maranhão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (21), em São Luís, que o governo está perto de concluir um acordo para resolver um impasse histórico envolvendo a Centro de Lançamento Aeroespacial de Alcântara, na região metropolitana da capital maranhense, com as comunidades quilombolas da região, que dura mais de 30 anos.

“Estamos perto de concluir um acordo que a gente vai resolver, de uma vez por todas, o quilombo aqui em Alcântara. Está tendo um acordo com a FAB [Força Aérea Brasileira], com a Advocacia-Geral da União, acho que vamos contemplar todo mundo e vai viver em paz aquela região, com as pessoas podendo pescar no mar sem atrapalhar os foguetes e sem o foguetes atrapalhar a gente”, afirmou o presidente em entrevista à rádio Mirante News FM. Lula chegou a São Luís no início da tarde para uma série de lançamentos envolvendo o programa Luz para Todos, renovação da concessão do Porto de Itaqui e obra de ampliação da Avenida Litorânea.

O Centro Espacial de Alcântara, antes chamado Base de Lançamento, foi construído pela Força Aérea Brasileira na costa atlântica do Maranhão, para lançamento de foguetes, em 1982. O local foi escolhido por ser considerado vantajoso para operações dessa natureza, pela proximidade à Linha do Equador, mas, para viabilizar a obra, foram retiradas de suas terras 312 famílias quilombolas, de 32 povoados.

Alguns grupos permaneceram no local e, há décadas, denunciam ameaças constantes de expulsão para ampliação da base. Em 2004, a Fundação Palmares certificou o território e, em 2008, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) identificou e delimitou a área.

A FAB, que comanda a base, quer ampliar o território de 8,7 mil hectares para 21,3 mil hectares, avançando sobre o território quilombola, mas comunidades são contrárias ao movimento. No ano passado, o governo brasileiro chegou a reconhecer a violação de direitos de propriedade e de proteção jurídica de comunidades quilombolas, durante a construção da base, e chegou a pedir desculpas oficiais, em meio a um processo na Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) que determinou a titulação da área para as famílias remanescentes de populações negras escravizadas.

Ainda no ano passado, foi instituído um grupo de trabalho (GT) interministerial para buscar solução sobre o impasse que dificulta a titulação das terras.

Mais cedo, em agenda no Piauí, Lula participou do encerramento da 10ª Caravana Federativa, e fez anúncios de cessão de terrenos da União, investimentos para o setor portuário e para a transformação digital, além da contratação de moradias do programa Minha Casa, Minha Vida.

Nove skatistas carimbam vaga a Paris em último Pré-Olímpico na Hungria

O Brasil ampliou para 10 o número de skatistas classificados para a Olimpíada de Paris. Além da maranhense Rayssa Leal, que já assegurara a vaga olímpica ao vencer a etapa de Xangai (China) em maio, outros nove atletas carimbaram o passaporte após resultados preliminares no Torneio Qualificatório (Pré-Olímpico) de Budapeste (Hungria). A competição, que vai até domingo (23), é a última oportunidade para os atletas pontuarem no ranking mundial, parâmetro para a definição das vagas. O Pré-Olímpico tem transmissão ao vivo do Canal Olímpico.

A Confederação Brasileira de Skateboarding (CBSk) confirmou nesta sexta-feira (21) a classificação de Pedro Barros, Luigi Cini e Augusto Akio (os três na modalidade park), além de Pâmela Rosa e Gabi Mazetto (ambas no estilo street, que se juntam à Rayssa Leal).  

Na noite de quinta (20), a CBSk já anunciara as vagas olímpicas de Raicca Ventura e Dora Varella no park; e Kelvin Hoefler e Giovanni Vianna no street. Com a confirmação dos nove skatistas durante o Pré-Olímpico de Budapeste, o Brasil totaliza 252 vagas em Paris 2024.

Para assegurar presença nos Jogos, os atletas precisam estar entre os 20 primeiros colocados no ranking mundial da World Skate (federação internacional). O Brasil pode classificar no máximo 12 skatistas (três em cada modalidade/gênero). O skate street em Paris está programado para os dias 27 e 28 de julho, e a modalidade park ocorrerá nos dias 6 e 7 de agosto.

Na estreia do skate na Olimpíada de Tóquio o Brasil se destacou ao faturar três medalhas de prata com Rayssa Leal e Kelvin Hoefler (ambos no estilo street) e Pedro Barros no skate park.

Ministério Público investiga incêndio no Parque Nacional do Itatiaia

O Ministério Público Federal (MPF) recebeu ao longo desta semana 20 representações sobre o incêndio no Parque Nacional do Itatiaia (PNI), que começou na sexta-feira (14), por volta das 14h, na região da Parte Alta, e ainda exige combate em algumas áreas dos 300 hectares atingidos pelas chamas.

A quantidade de representações recebidas resultou na autuação da Notícia de Fato 1.30.008.000051/2024-52, distribuída para a procuradora da República Izabella Brant. Na notícia de fato, o MPF colhe os elementos iniciais nos quais se baseará para instaurar investigações tanto na esfera cível quanto criminal que fazem parte da sua atribuição.

“Desde então, o MPF vem acompanhando a questão junto às instituições envolvidas obtendo a informação de que apurações administrativas também estão sendo realizadas no âmbito do ICMBio [Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade] e da Aman [Academia Militar das Agulhas Negras]”, informou o MPF à Agência Brasil.

De acordo com o Ministério Público, o prazo de tramitação da notícia de fato é de 30 dias e pode levar à instauração de inquérito civil e a um procedimento de apuração criminal.

Conforme a administração do PNI, o último foco ativo do incêndio está controlado e cercado, mas ainda não foi extinto. “No momento, temos 21 combatentes do ICMBio e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, que permanecerão trabalhando por terra até a completa extinção do incêndio.”

Aman

A Academia Militar das Agulhas Negras está envolvida porque o Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx|) admitiu, na terça-feira (18), que o incêndio no Parque Nacional do Itatiaia começou durante uma atividade que envolvia 415 cadetes da Aman, localizada em Resende. Os participavam da conclusão do Estágio Básico do Combatente de Montanha, atividade de instrução prevista para a formação de oficial do Exército Brasileiro.

Apesar disso, a nota do DECEx informava que não se sabia o que ocasionou a queimada. “As causas do incêndio serão apuradas pelas autoridades competentes, e a Academia Militar das Agulhas Negras encontra-se à disposição para contribuir com a elucidação dos fatos, bem como estará comprometida com o esforço conjunto para a recuperação e a preservação do meio ambiente no parque”, acrescentou a assessoria de Relações Institucionais e Comunicação Social do DECEx.

O porta-voz do Corpo de Bombeiros, major Fábio Contreiras, informou que, no oitavo dia de operações na Parte Alta do parque, o incêndio permanece controlado, com apenas um foco  remanescente na localidade chamada Serrilha dos Cristais. “A estratégia atual do Corpo de Bombeiros é o lançamento de especialistas em salvamento em montanha e combate a incêndio florestal nas localidades que são muito íngremes, onde a vegetação é à base de turfa e a queima acontece tanto na superfície quanto no subsolo.”

Os bombeiros continuam usando helicópteros para monitorar o local e lançar água quando é necessário. Desde o início do combate ao fogo no PNI, o Corpo de Bombeiros já empregou mais de 100 militares de cerca de 15 unidades na operação. “Justamente para entregar o Parque Nacional de volta para a sociedade fluminense”, concluiu o major Contreiras.

Helicópteros ajudam a combater incêndio – Corpo de Bombeiros/Divulgação

Visitação

A gestão do PNI informou que as visitas à Parte Alta do parque permanecerão suspensas até domingo (23), quando será feita nova avaliação dos trabalhos para decidir se o local pode voltar a ser aberto ao público.

Antes deste incêndio, que começou há uma semana, outras queimadas já tinham o atingido o parque. O maior da história, ocorrido em 1963, durou 35 dias, e o fogo consumiu 4 mil hectares. Em 1988 o fogo destruiu 3.100 hectares e um servidor ficou desaparecido.

Em 2001, um incêndio provocado por dois turistas que se perderam e fizeram uma fogueira acabou com mais de mil hectares. A mesma área foi atingida pelo fogo em 2007 e três anos depois foram consumidos 1.200 hectares.

O Parque Nacional do Itatiaia, que é o primeiro do Brasil, completou 87 anos justamente no dia 14 deste mês, quando começou o incêndio.

O PNI protege parte importante da Mata Atlântica na Serra da Mantiqueira, espalhando-se pelo sul fluminense e sul de Minas. O PNI recebe cerca de 150 mil visitantes por ano.

 

Em quatro anos, rotas vão ligar Brasil à Ásia, prevê Simone Tebet

Os ministros da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, apresentaram nesta sexta-feira (21) a Rota Quadrante Rondon, uma das cinco Rotas de Integração Sul-Americana. A proposta do governo federal é que o Brasil possa aumentar o comércio com países vizinhos por meio de rotas mais curtas e logisticamente menos custosas, diante da força das exportações e importações do país com a Ásia.

“Temos cinco rotas para apresentar, mas só vou falar da terceira, que é a que interessa a Mato Grosso. Quero dizer, sem medo: uma rota não exclui a outra, uma rota não fragiliza a outra, uma rota não compete com a outra. Pelo contrário. Se eu tivesse levado ao presidente Lula só uma rota, ele colocaria na gaveta e falaria ‘Isso não é projeto de país. A gente não vai conseguir desenvolver o interior do país dessa forma’. Vocês vão ver como uma rota está interligada na outra”, destacou Simone, durante cerimônia em Cáceres (MT).

Dados da pasta mostram que, entre 2000 e 2023, Mato Grosso saltou do décimo para o quarto lugar entre os principais estados exportadores do Brasil. As vendas externas do estado passaram de US$ 1,7 bilhão para mais de US$ 32 bilhões no período. Em 2023, o complexo soja, o milho, as carnes bovinas e o algodão representaram mais de 90% do total das vendas mato-grossenses. A China é a maior compradora do estado, com 41% do total. Apesar do cenário, Mato Grosso continua escoando cerca de 56% da sua produção pelos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR).

Os números mostram ainda que as importações de Mato Grosso passaram de US$ 158 milhões no ano 2000 para US$ 3,2 bilhões em 2023. O aumento, segundo o ministério, se deve, sobretudo, à importação de adubos, que representaram mais de 70% do total. No período, as importações de fertilizantes pelo estado foram oriundas, principalmente, do Canadá, da Rússia e da China, países banhados pelo Oceano Pacífico, e ingressaram no Brasil pelos portos de Santos e Paranaguá.

“Só tem um jeito de a gente acabar com a desigualdade social, no sentido de diminuir essa desigualdade: diminuir a desigualdade regional. Não é possível os estados do Centro-Oeste e alguns do Norte e mesmo do Nordeste serem estados mais pobres que estados do Sudeste. Diante disso, se eu apresentasse essas rotas há exatos 30 anos, as pessoas iam sair daqui de fininho, ir embora e falar ‘Isso é mera utopia’”, lembrou Simone. “Em quatro anos, todas essas rotas têm condições de já estarem ligando nossos estados à China e à Ásia”, completou.

“Quem produz e está em Mato Grosso sabe do custo que é a logística. Sabe do quanto a logística tira do seu suor, da composição do seu preço”, destacou Waldez Góes. “Com todas essas rotas, o Brasil inteiro será beneficiado. Logicamente que, onde estão mais estruturadas as rotas, os estados como aqui, Mato Grosso, têm a oportunidade de ser mais beneficiados”, concluiu.

Confira abaixo os principais projetos de integração sul-americana em Mato Grosso:

Construção da BR-174/MT

A ampliação da BR-174 em Mato Grosso, de acordo com o governo federal, representa um investimento necessário na infraestrutura viária. A rodovia integra uma importante área produtiva do noroeste de Mato Grosso com o sul de Rondônia, contribuindo para conectar as cidades de Colniza (MT) e Vilhena (RO).

Aeroporto de Cáceres/MT

Cáceres tem cerca de 95 mil habitantes e tem acesso à capital Cuiabá pela BR-070 e ao município boliviano de San Matías. A cidade também é cortada pela BR-174, que segue para Pontes e Lacerda (MT) e Vilhena (a 540 quilômetros). Cáceres também conta com uma opção hidroviária, pelo Rio Paraguai até Corumbá (MS). O aeroporto, na avaliação do governo federal, é um importante canal de acesso ao Pantanal.

BR-070/174/364/MT

O trecho, segundo o governo federal, facilita o acesso a áreas de produção em Mato Grosso e Rondônia, “contribuindo para a sua dinamização e desenvolvimento”. A obra promove melhoria da infraestrutura em uma região considerada altamente produtiva e exportadora – somente as cidades de Campo Novo dos Parecis (MT), Sapezal (MT) e Vilhena exportaram US$ 3 bilhões em 2023, sobretudo de soja, milho, algodão e carnes.

Construção de Infovia estadual MT

A obra, em execução, conecta 5 mil quilômetros de cabos de fibra óptica pelos municípios mato-grossenses de Juína, Parecis, Brasnorte, Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Nobres, Pontes e Lacerda, Jauru, Barra de Bugres, Cuiabá, Campo Verde, Jaciara, Rondonópolis, Alto Garças, Barra do Garças e Cáceres. A rede chega até a fronteira com a Bolívia.

Adequação da BR-070/MT

A BR-070 é classificada pelo governo federal como um importante corredor de integração nacional, conectando Brasília com Cáceres ao longo de 1,3 mil quilômetros. “É fundamental para o escoamento da produção agrícola do Centro-Oeste, principal região do agronegócio do país”. A adequação é no trecho em que a rodovia contorna Cuiabá e Várzea Grande (MT), buscando facilitar o fluxo de cargas, acelerar a circulação de veículos e contribuir para aumentar a competitividade dos produtos.

Aeroporto de Cuiabá/MT

Com cerca de 619 mil habitantes, a capital de Mato Grosso detém a maior produção agrícola do Brasil e é cortada pela BR-364. Destacam-se, como atrativos turísticos, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, construída em 1730, e a Chapada dos Guimarães. No Aeroporto Marechal Rondon, a concessionária prevê a conclusão das obras de ampliação e modernização do terminal ainda em 2024.

BR-163/MT – Divisa MT/MS – Sinop/MT

A BR-163 é considerada pelo governo federal como fundamental para a articulação de uma das regiões agrícolas mais produtivas e exportadoras do Brasil. São 800 quilômetros entre Ouro Branco do Sul (MT) e Sinop (MT), passando por Lucas do Rio Verde (MT) e Sorriso (MT). Em seguida, a carga segue para o norte.

Extensão da Malha Norte

Inaugurada em 1998, a Ferronorte tinha 500 quilômetros de comprimento, entre Santa Fé do Sul (SP), nas margens do Rio Paraná, e Alto Araguaia (MT). Em 2012, houve uma ampliação de 260 quilômetros, levando os trilhos até Rondonópolis (MT). O objetivo do atual projeto é adicionar 600 quilômetros na atual ferrovia, para conectá-la com o epicentro do agronegócio de Mato Grosso. O novo trecho incorpora os municípios de Lucas do Rio Verde e Nova Mutum, além da capital.

EF-170 – Ferrogrão

O projeto prevê que a ferrovia, com quase mil quilômetros, conecte Sinop com o Porto de Miritituba, em Itaituba (PA). Seguindo um trajeto similar ao utilizado por caminhões na BR-163, a finalidade é tornar menos demorado, menos custoso e menos poluente o escoamento de grãos do Centro-Oeste pelos portos do Arco Norte. Atualmente, metade das exportações mato-grossenses de soja e milho sai do Brasil pelos terminais de Belém, Santarém (PA), São Luís e Santana (AP).

BR-163/MT/PA – Sinop/MT – Miritituba/PA

Este trecho da rodovia, segundo o governo federal, tem a função de escoar grande parte da produção de grãos do Centro-Oeste ao longo de mil quilômetros até o Porto de Miritituba, na cidade de Itaituba (PA), nas margens do Rio Tapajós. Em seguida, as cargas seguem por via fluvial até o Rio Amazonas e, então, para o Oceano Atlântico.