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Vela: Bruno Lobo estreia em quarto lugar na Fórmula Kite

Neste domingo (4) começaram as disputas da Fórmula Kite (kitesurfe), prova da vela que faz a estreia no programa olímpico neste Jogos de Paris. Natural do Maranhão, Bruno Lobo é o representante do Brasil na categoria. As regatas são disputadas na Baía de Marselha, no litoral sul da França. Ao todo serão 16 corridas e neste domingo aconteceram as quatro primeiras.

Na corrida 1, Bruno terminou na 3ª posição. Na segunda regata do dia, teve um desempenho inferior, cruzando a linha de chegada em 7º lugar. A corrida de número três também não foi boa para o brasileiro, que ficou na 10ª posição. Mas Bruno Lobo se recuperou na regata seguinte, e fechou o dia com uma 4ª colocação. Na classificação, os atletas podem descartar o pior resultado. Assim, ao fim das quatro primeiras regatas, o kitesurfista maranhense ocupa a 4ª posição geral.

Na segunda-feira (5) estão previstas mais quatro regatas da fórmula kite na Baía de Marselha. As provas acontecem a partir das 7h23, no horário de Brasília.

Outros brasileiros 

Na classe Nacra 17 foram disputadas três regatas neste domingo, com a participação da dupla brasileira João Bulhões e Marina Arndt. Na primeira corrida, eles terminaram na 11ª posição. A dupla conseguiu um desempenho melhor na segunda regata, ao cruzar a linha de chegada na 5ª posição. E fecharam as disputas com um novo 11º lugar. Na classificação geral eles ocupam a 11ª posição. Faltam ainda seis corridas, além da regata da medalha.

Na classe 470, Isabel Swan e Henrique Haddad passaram da 17ª para a 13ª posição geral após seis regatas já disputadas. Duas corridas foram realizadas neste domingo e eles obtiveram um 9º e um 8º lugares.

Faltando duas provas para o fim das regatas regulares, Gabriela Kidd é apenas a 27ª colocada na classe Ilca 6. Ela precisa terminar entre as dez primeiras para participar da regata da medalha. Na Ilca 7, Bruno Fontes foi o 25º na primeira regata deste domingo. Na sequência, se recuperou e chegou em 6º lugar na segunda corrida do dia. Ele é o atual 28º colocado, faltando duas provas para a regata da medalha.

Grupo armado ataca indígenas Guarani Kaiowá em Mato Grosso do Sul

Um grupo armado atacou indígenas Guarani Kaiowá em retomadas na Terra Indígena Panambi-Lagoa Rica, em Douradina (MS), no sábado (3). Pelo menos dez pessoas foram feridas, duas em estado grave. Segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), o ataque ocorreu pouco depois da Força Nacional deixar o território. O relato do Cimi é de que jagunços armados atiraram com munição letal e balas de borracha a partir de caminhonetes.

Um indígena levou um tiro na cabeça e um outro no pescoço. Os dois estão em estado grave. Os feridos foram encaminhados para o Hospital da Vida, em Dourados. Segundo o Cimi, relatos de indígenas acusam a Força Nacional de ser conivente com o crime. Um disse ter ouvido de um agente a frase: “Pega teu povo e sai daqui ou vocês vão morrer”, pouco antes do ataque. Outro indígena foi mais incisivo: “Queremos saber a razão da Força Nacional ter saído daqui. Os agentes saíram e o ataque aconteceu. Parece que foi combinado. Queremos entender”, disse ao Cimi.

O Ministério dos Povos Indígenas disse ter recebido as denúncias e enviado uma equipe da pasta e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) para o território. O grupo foi acompanhado do Ministério Público Federal para prestar atendimento aos Guarani Kaiowá. A Secretaria de Saúde Indígena foi acionada para lidar com os feridos com menos gravidade. Um dos feridos segue em estado grave.

O secretário executivo do MPI, Eloy Terena, acionou o Ministério da Justiça e Segurança Pública e pediu explicações sobre a retirada da Força Nacional do local. Também pediu que fosse garantida a permanência do efetivo no território, para evitar outros casos de violência. O MPI informou ainda que emitiu ofício para o diretor-geral da Polícia Federal solicitando investigação imediata sobre o ocorrido. O Comandante do 3º Batalhão da Polícia Militar também foi acionado e disse ter reforçado o policiamento.

Segundo o Cimi, o ataque de sábado ocorreu mais precisamente na retomada Pikyxyin, uma das sete na Terra Indígena Lagoa Panambi, identificada e delimitada desde 2011. Um ataque já havia ocorrido no local na sexta-feira (2), sem ferir os indígenas.

Na quinta-feira (1), um ruralista armado foi detido pela Força Nacional no local. O Cimi disse ter sido informado pela Defensoria Pública da União (DPU) que  entrará com representação para destituir o comando da Força Nacional em Mato Grosso do Sul.

Jucielen Romeu cai nas quartas e encerra participação do boxe em Paris

Chegou ao fim a participação do Brasil no boxe nos Jogos Olímpicos de Paris. A última brasileira a lutar foi Jucielen Cerqueira Romeu, que buscava uma semifinal na categoria peso-pena, até 57 kg para mulheres, mas foi eliminada pela turca Esra Ylidiz Kahraman.

No combate, a adversária se saiu melhor do que a brasileira no primeiro round, que terminou com todos os cinco juízes apontando vitória da boxeadora da Turquia. No segundo round, Jucielen Romeu melhorou o desempenho no ringue, e conseguiu reverter a desvantagem ganhando a preferência de quatro dos cinco árbitros. Mas a situação se inverteu no terceiro e decisivo round. Foi Esra quem teve o melhor desempenho nos golpes, segundo a avaliação de quatro dos cincos juízes. No fim, a vitória da atleta turca veio nos pontos por 4 a 1.

“Entreguei tudo o que eu podia em cima do ringue. Infelizmente a vitória não veio, mas estou feliz com o meu desempenho. Não vou sair dessa Olimpíada com o sentimento de ‘ah, eu podia’, ‘ah, se eu tivesse feito isso’, porque eu realmente fiz tudo o que estava ao meu alcance. Estou muito feliz com o meu desempenho, por não ter deixado nada para depois. Obviamente triste por não ter conquistado a medalha, por ter chegado tão perto. Mas é isso, cabeça erguida. O trabalho não para. Tentar mais um ciclo. E se der tudo certo na próxima eu consigo a tão sonhada medalha olímpica”, disse a brasileira.

Na semifinal, a turca Esra Kahraman vai enfrentar Lin Yu-ting, de Taiwan, que enfrentou uma situação semelhante à da argelina Imane Khelif. Lin foi reprovada em um teste de gênero realizado pela Associação Internacional de Boxe (IBA), entidade que está suspensa pelo Comitê Olímpico Internacional. Mas o COI aprovou a participação da atleta, assim como a da argelina, afirmando que elas cumprem todos os requisitos médicos necessários para participar do torneio de boxe.

Brasil

Após as três medalhas – um ouro, uma prata e um bronze – na edição de Tóquio, em 2021, havia grande expectativa em relação à participação do boxe brasileiro na Olimpíada de Paris. Afinal, eram dez boxeadores classificados entre as 13 categorias olímpicas. Mas não se confirmou a projeção de, pelo menos, duas medalhas, feita pelo técnico-chefe da delegação, Mateus Alves, antes do início dos jogos. O Brasil conquistou apenas um bronze com Beatriz Ferreira. Atual campeã mundial, a baiana era favorita ao ouro na categoria até 60 kg para mulheres. Mas foi derrotada na semifinal pela irlandesa Kellie Harrington, a mesma que venceu a brasileira na final da Olimpíada de Tóquio.

Nas demais categorias, Caroline Almeida (até 50 kg), Tatiana Chagas (até 54kg), Barbara Santos (até 66 kg), Michael Trindade (até 51 kg), Luiz “Bolinha” Oliveira (até 57 kg) e Abner Teixeira (acima de 92 kg) foram eliminados na luta de estreia. E outros dois boxeadores do Brasil caíram nas quartas de final: Wanderley Holyfield Pereira (até 80 kg) e Keno Marley (até 92 kg).

“O boxe veio com uma expectativa maior do que um bronze. Essa é a questão. Então a gente fica com uma campanha ruim, principalmente a minha equipe masculina, com um desempenho de ringue ruim. O desempenho não foi o que a gente apresenta em todos os eventos. E eu não posso sair satisfeito, como head coach, com apenas um bronze de uma equipe que tem quatro medalhistas mundiais, oito medalhistas pan-americanos”, analisou Mateus Alves, que não garantiu a permanência no posto de chefe do boxe brasileiro para o novo ciclo olímpico até os Jogos de Los Angeles.

Fenaj e sindicatos se solidarizam com repórter da EBC após assédio

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e os sindicatos de jornalistas Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo emitiram uma nota de solidariedade à jornalista Verônica Dalcanal, vítima de assédio sexual no sábado (3) em Paris. A repórter da TV Brasil, emissora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), está na cidade para a cobertura dos Jogos Olímpicos de 2024.

A jornalista reportava o dia dos atletas brasileiros nos Jogos de Paris durante o intervalo da transmissão de uma partida da Série B do Campeonato Brasileiro, quando três homens, aparentemente estrangeiros, se aproximaram e começaram a cantar. Um deles, então, chegou mais perto da jornalista e beijou seu rosto sem consentimento, ato que foi prontamente repelido por ela. Logo depois, outro dos homens também a beijou, o que novamente foi rechaçado por Verônica.

A Fenaj e os sindicatos dizem ser inadmissível que profissionais ainda se sintam desprotegidas para realizar seu trabalho no maior evento esportivo do mundo, no ano em que há equiparação de mulheres e homens entre atletas participantes.

Diz um trecho da nota: “O assédio é não só uma grave violência contra a mulher, mas uma intimidação misógina ao exercício do jornalismo por ela. Seu corpo não é público e seu lugar profissional também deve ser respeitado. Foram muitos obstáculos machistas ultrapassados para que mulheres fizessem cobertura esportiva. Nenhum passo atrás será dado – ao contrário. Comportamentos como esse devem ser investigados e reprimidos”.

Fenaj e sindicatos pediram que a EBC dê suporte à profissional, tenha posicionamento público contundente contra o ataque e cobre as autoridades pertinentes. Também disse estar à disposição da jornalista com os departamentos jurídicos.

Posição da EBC

A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República disse, em nota, que é “inaceitável que jornalistas mulheres continuem sendo vítimas dessa violência” e afirmou que dará o “apoio que se faça necessário nesse momento” à profissional.

A ministra da Mulheres, Cida Gonçalves, destacou que as mulheres precisam ser respeitadas em todos os lugares: “É inaceitável que acreditem ter propriedade sobre nossos corpos, e que jornalistas e outras mulheres em espaços de poder passem por situações como essa”.

Jean Lima, presidente da EBC, também manifestou sua solidariedade. “Inadmissível que mulheres ainda sejam submetidas a esse tipo de agressão, principalmente jornalistas no exercício da sua profissão”.

No mesmo sentido, a diretora de Jornalismo da EBC, Cidinha Matos, classificou o episódio como inaceitável: “É uma agressão à jornalista, à mulher e ao espírito olímpico, especialmente nesta edição em que as mulheres, em particular as brasileiras, estão conquistando o merecido protagonismo”.

Campinas terá distrito para pesquisa e inovação tecnológica

A cidade de Campinas, no interior paulista, a cerca de 110 quilômetros da capital São Paulo, ganhará uma nova região dedicada à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico. Será o Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (Hids), uma área de 11,3 milhões de metros quadrados, onde as pessoas poderão residir e trabalhar em grandes empresas, startups, laboratórios e instituições de ciência, tecnologia e inovação.

De acordo com o reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Antonio José de Almeida Meirelles, o Hids será “um distrito de inovação, que tenha um conjunto de laboratórios e que possa criar, em escala razoável, experimentos associados à transição ecológica e à transição energética”, além de centro de pesquisa para produção agrícola, insumos da saúde e computação quântica.

“A ideia é criar um distrito de inovação que não seja apartado da vida cotidiana das pessoas, que as pessoas se organizem no local e tenham acesso a todas as facilidades da vida moderna, mas que esse local gire em torno da criação de conhecimento e da geração de inovação. Por trás disso, teremos diferentes estruturas universitárias, centros de pesquisa, empresas e o poder público também envolvido”, acrescenta Meirelles, que na semana participou da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), ocorrida em Brasília.

O distrito tecnológico abrangerá a Fazenda Argentina, de propriedade da Unicamp, e integrará áreas já em funcionamento como o Campus Zeferino Vaz da universidade, o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) – onde está o acelerador de partícula Sirius, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD), a Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), o Instituto de Pesquisas Eldorado, o centro de inovação da Cargill Agrícola S.A., e condomínio Global Tech – onde estão instaladas empresas como a HP, Venturus, Hitts, Confidence e Braskem.

Área projetada para o Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (Hids) – Unicamp/Divulgação

 

Excelência de Campinas

A disponibilidade de mão de obra de alta qualificação, a concentração de empresas e de instituições de pesquisa e geração de tecnologia em Campinas são condições “que existem em poucas regiões na América Latina com um tamanho envergadura”, destaca Eduardo Gurgel do Amaral, presidente da Fundação Fórum Campinas e membro da coordenadoria de implantação do Hids, ligada ao gabinete do reitor da Unicamp.

“O importante é entender que esse é um projeto que não é de Campinas, ele é um projeto de interesse nacional, que reposiciona o país na geração de conhecimento e aumenta nossas possibilidades de competição. Eu enxergo o Hids como um embrião, um processo catalisador de uma verdadeira revolução”, defende.

O Hids ainda não tem data para inauguração e para a construção de novas estruturas. A implementação depende de aprovação de legislação municipal – o que deverá acontecer depois das eleições de outubro ou mesmo no próximo ano, após a renovação da Câmara de Vereadores. O futuro distrito também ainda não tem cronograma de obras nem um orçamento final. Apenas a estrutura viária (grandes avenidas) tem o custo estimado em torno de R$ 200 milhões. A criação do distrito exigirá recursos públicos e privados.

A criação do Hids será baseada em planejamento elaborado pelo Korean Research Institute for Human Settlement (KRIHS), custeado a fundo perdido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que apoia o projeto.

O reitor da Unicamp promete que o distrito será exemplo de sustentabilidade ambiental. “A primeira iniciativa que a Unicamp tomou foi recuperar os corredores ecológicos da região. Nós temos [na área da antiga Fazenda Argentina] ainda fauna, onça-parda, lobo-guará e uma flora bastante rica. Vamos compatibilizar a preservação do ambiente com o desenvolvimento de inovação com ciência e tecnologia.”

Mega-Sena não tem ganhadores e prêmio acumula em R$ 12 milhões

Nenhum apostador acertou as seis dezenas do concurso 2.757 da Mega-Sena, sorteadas neste sábado (3). O prêmio da faixa principal acumulou e está estimado em R$ 12 milhões para o próximo sorteio, na terça-feira (6).

Os números sorteados foram: 01 – 21 – 37 – 40 – 51 – 54

A quina teve 32 apostas ganhadoras e cada uma vai receber R$ 71.775,30. Já a quadra registrou 2.000 ganhadores, com prêmio de R$ 1.640,57 para  cada. 

As apostas para o próximo concurso podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa em todo o país, ou pela internet. No caso das lotéricas, os estabelecimentos podem fechar antes das 19h.

Governo classifica como inaceitável assédio a repórter da EBC em Paris

A ministra das mulheres, Cida Gonçalves, e a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) prestaram solidariedade neste fim de semana à jornalista Verônica Dalcanal, correspondente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) nos Jogos Olímpicos de Paris que sofreu assédio de três homens enquanto trabalhava em uma transmissão ao vivo para a TV Brasil no último sábado. Ambas classificaram o crime como “inaceitável”.

“Essa é uma Olimpíada especial para a igualdade entre homens e mulheres no esporte. Pela primeira vez o Time Brasil tem maioria feminina e, das nossas medalhas até hoje, a maioria foi conquistada por mulheres. É inaceitável que acreditem ter propriedade sobre nossos corpos, e que jornalistas e outras mulheres em espaços de poder passem por situações como essa. Precisamos ser respeitadas em todos os espaços”, disse a ministra por meio de suas redes sociais.  

A jornalista reportava o dia dos atletas brasileiros nos Jogos de Paris durante o intervalo da transmissão de uma partida da Série B do Campeonato Brasileiro, quando três homens, aparentemente estrangeiros, se aproximaram e começaram a cantar. Um deles, então, chegou mais perto da jornalista e beijou seu rosto sem consentimento, ato que foi prontamente repelido por ela. Logo depois, outro dos homens também a beijou, o que novamente foi rechaçado por Verônica.

Por meio de nota, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, também se solidarizou e disse ser “inaceitável que jornalistas mulheres continuem sendo vítimas dessa violência”.

“A Secom dará o apoio que se faça necessário nesse momento. Saudamos toda a equipe da EBC – em Paris e no Brasil – que com seu profissionalismo e dedicação vem fazendo a cobertura da participação brasileira nos Jogos Olímpicos, levando informação de qualidade nos mais diversos meios para todo o país e fortalecendo a comunicação pública e governamental”, publicou a secretaria.

O presidente da EBC, Jean Lima, declarou ser “inadmissível que mulheres ainda sejam submetidas a esse tipo de agressão, principalmente jornalistas no exercício da sua profissão. Verônica, minha solidariedade”. 

“Força para seguir em frente. Que o feminismo persista e triunfe”, completou. A manifestação se soma à da diretora de jornalismo da EBC, Cidinha Matos, que já havia declarado apoio à Verônica em nome de toda a diretoria da empresa pública na noite de sábado (3).

“É inaceitável o assédio à repórter da TV Brasil, emissora da EBC, Verônica Dalcanal, durante transmissão ao vivo nas Olimpíadas, em Paris. É uma agressão à jornalista, à mulher e ao espírito olímpico, especialmente nesta edição em que as mulheres, em particular as brasileiras, estão conquistando o merecido protagonismo”, destacou. “Nossa solidariedade e apoio da EBC e todos os colegas de trabalho à Verônica e seu profissionalismo na cobertura das Olímpíadas de 2024”.

A jornalista que foi vítima do assédio destacou que a situação é revoltante e triste, e se torna uma lembrança ruim em meio ao sonho de realizar a cobertura de uma Olimpíada.

“Acho revoltante que jornalistas mulheres ainda passem por esse tipo de situação trabalhando. Pessoalmente, fico também triste porque essa cobertura vai ficar marcada também por esse episódio. Cobrir os Jogos Olímpicos em Paris é um sonho profissional que tive a felicidade de poder realizar. Como outros colegas, queria lembrar dessa cobertura apenas pelas entrevistas, pelas matérias escritas, pelas entradas ao vivo e pela emoção de acompanhar nossos atletas. Infelizmente não será assim. Mas vou me lembrar também da solidariedade dos meu colegas aqui e no Brasil, fundamentais para que eu encerre o dia de hoje bem. Em Paris as mulheres puderam participar de uma Olimpíada pela primeira vez. Nessa edição dos jogos buscou-se a igualdade no número de atletas homens e mulheres participando. 124 anos depois. Infelizmente ainda precisamos brigar para sermos tratadas com respeito. Mas não estamos sozinhas na luta”, declarou Verônica.

 

Bia Ferreira conquista o bronze no peso-leve do boxe feminino

Em um combate parelho, decidido apenas no terceiro round, a brasileira Bia Ferreira foi derrotada pela irlandesa Kelllie Harrington por decisão dividida na semifinal do peso-leve (até 60 quilos) do torneio de boxe feminino dos Jogos Olímpicos de Paris (França), na tarde deste sábado (3), e garantiu a medalha de bronze.

É BRONZE PARA O BRASIL! 🥉🇧🇷

Beatriz Ferreira é bronze no boxe até 60kg! Bia, você é gigante!

Lutou demais e trouxe a medalha para casa! VOCÊ É ENORME!#JogosOlímpicos #TimeBrasil #Paris2024 #Medley pic.twitter.com/CDBXMbxyKp

— Time Brasil (@timebrasil) August 3, 2024

Apesar de se esforçar demais diante da adversária que a derrotou na decisão dos Jogos Olímpicos de Tóquio (2020), a baiana acabou superada pela irlandesa, que mostrou superioridade desde os primeiros momentos do combate.

“Foi uma grande luta. Demos um espetáculo. Infelizmente, não foi o resultado que eu queria. Não tem muito tempo para lamentar. Não encerrei no boxe olímpico como queria, que era com chave de ouro, todo mundo sabe disso. Eu vim para cá com um grande objetivo que era estar em mais uma final. Consegui completar um pouco da missão e ter uma outra medalha. Missão metade realizada com sucesso. Eu perdi para a atual campeã olímpica. Não é qualquer pessoa. Sabia que seria um combate difícil. Entreguei o que tinha para entregar. Eu sei que podia fazer muito melhor. Não tem muito o que lamentar. Infelizmente não deu. Desculpa ter decepcionado alguém, mas quem mais queria era eu”, declarou a brasileira, que agora se dedicará apenas ao boxe profissional.

A a atual campeã mundial pela Federação Internacional de Boxe (IBF) garantiu a medalha de bronze mesmo com o revés para Kelllie Harrington porque não há disputa pelo terceiro lugar no boxe olímpico, com os dois perdedores das semifinais conquistando medalhas.

* Atualizado às 18h26 com declarações de Bia Ferreira.

Judô brasileiro fecha Olimpíada com bronze por equipes

No último dia de disputas do judô, o Brasil conquistou mais uma medalha, a quarta da modalidade na Olimpíada de Paris. O bronze veio na disputa por equipes, com uma vitória emocionante sobre a seleção da Itália por 4 a 3.

O time brasileiro contava com sete judocas inscritos: Larissa Pimenta, Rafaela Silva, Ketleyn Quadros, Beatriz Souza, Daniel Cargnin, Willian Lima, Rafael Macedo, Guilherme Schmidt, Leonardo Gonçalves e Rafael Silva. Em cada etapa da competição, seis judocas – três homens e três mulheres – seriam escolhidos para lutar. A disputa por equipes é composta por seis lutas, com a possibilidade de um combate desempate. Ganha quem vencer quatro lutas.

Nas oitavas de final, os judocas brasileiros enfrentaram o Cazaquistão. Com vitórias de Rafa Silva, Ketleyn Quadros, Beatriz Souza e Leonardo Gonçalves, o Brasil venceu por 4 a 2 e entrou na briga pelas medalhas. O adversário nas quartas de final foi a Alemanha. E em lutas muito disputadas, a equipe nacional foi derrotada por 4 a 3, na luta extra. Para conseguir o pódio, o Brasil teria que passar pela seleção da Sérvia. E foi o que aconteceu: 4 a 1 para o Brasil, com vitórias de Ketleyn Quadros, Rafael Macedo, Rafael Silva e Rafaela Silva.

A disputa direta pela medalha de bronze foi contra o time da Itália. Rafael Macedo pontou para o Brasil após derrotar Christian Parlati. Na luta seguinte, Beatriz Souza venceu Asya Tavano e a equipe abriu dois a zero. Após um longo duelo contra Gennaro Pirelli, Leonardo Gonçalves foi derrotada por um waza-ari no golden score e a Itália descontou. Rafaela Silva teve como adversária Veronica Toniolo e venceu por ippon com uma chave de braço. O Brasil abria novamente em 3 a 1 e só precisava de mais uma vitória. O próximo a lutar foi o medalhista de prata Willian Lima. Em uma disputa intensa, o italiano Manuel Lombardo derrotou o brasileiro por ippon no golden score.

Na sequência veio Ketleyn Quadros, que chegou a abrir vantagem de waza-ari sobre Savita Russo, mas sofreu um ippon a menos de 30 segundos para o fim. Foi o empate italiano.

Desempate

Com o 3 a 3, o bronze precisou ser decidido na luta extra com golden score, por uma categoria definida em sorteio. E coube a Rafaela Silva enfrentar mais uma vez Veronica Toniolo. Vencia quem pontuasse primeiro. Logo nos segundos iniciais Rafaela aplicou um waza-ari na adversária. O lance foi revisado e confirmado pela arbitragem, garantindo a vitória da brasileira. Assim, de forma emocionante, o Brasil fechou a disputa em 4 a 3. A judoca campeã olímpica no Rio (2016) venceu todas as lutas em que participou neste sábado. Todos os brasileiros inscritos na competição vão subir ao pódio.

A medalha de bronze coroou a melhor campanha do judô brasileiro em Jogos Olímpicos. Foram quatro pódios: além da medalha por equipes, ouro para Beatriz Silva (categoria acima de 78 kg), prata para Willian Lima (categoria até 66 kg) e bronze para Larissa Pimenta (categoria até 52 kg). A modalidade continua sendo o carro-chefe do Brasil em edições olímpicas: são 28 medalhas no total.

Entenda polêmica envolvendo boxeadora argelina na Olimpíada

 

A boxeadora argelina Imane Khelif venceu a italiana Angela Carini nas oitavas de final da categoria meio-médio nas Olimpíadas de Paris após 46 segundos de disputa. A italiana desistiu da luta após ser atingida por pelo menos dois golpes potentes no rosto.

No entanto, a luta acabou se tornando uma polêmica dentro dos Jogos Olímpicos. 

O caso teve início porque Imane Khelif não foi aprovada em um teste feito pela Associação Internacional de Boxe (AIB). De acordo com a entidade, a boxeadora não atendeu aos critérios de elegibilidade, e por isso, não disputou o campeonato mundial em 2023. A não aprovação iniciou um onda de questionamentos sobre o gênero da atleta. 

A AIB não informou os motivos da reprovação e quais testes foram aplicados, conforme notícias veiculadas pela imprensa.

A boxeadora teve aval do COI para disputar em Paris. O Comitê Olímpico Internacional (COI), por sua vez, baniu a AIB devido a questões de governança e finanças e argumenta que a atleta foi vítima de uma decisão arbitrária da entidade.

O COI disse ainda que as regras de elegibilidade para os Jogos de Paris 2024 foram baseadas nas dos Jogos de Tóquio em 2021 e não podem ser alteradas durante uma competição.

Hiperandrogenismo

Nas redes sociais, a delegação da Argélia informou que Imane Khelif tem hiperandrogenismo, condição médica caracterizada por níveis excessivamente altos de andrógenos ou hormônios masculinos, o que teria levado à sua desclassificação do Mundial de Boxe. “Desde esse episódio, Imane está em tratamento e as coisas voltaram ao normal desde que foi autorizada pelo COI a participar dos Jogos Olímpicos de 2024”, destacou a delegação. 

De acordo com a Associação Americana de Endocrinologistas Clínicos, hiperandrogenismo é um termo usado para descrever alguns sinais clínicos presentes em mulheres. As manifestações geralmente são detectadas de acordo com cada especialidade médica. Um dermatologista, por exemplo, pode perceber acne, excesso de pelos e alopecia, enquanto um ginecologista pode detectar disfunções menstruais, como amenorreia ou ausência de menstruação, e disfunções ovarianas, como cistos e infertilidade. 

Na maioria dos casos, segundo a entidade, os sintomas não são percebidos até que a paciente chegue ao final da adolescência ou mesmo após os 20 anos. “A principal tarefa do médico ao tratar uma paciente com sintomas associados ao hiperandrogenismo – por exemplo, acne, hirsutismo, desordens reprodutivas e doenças metabólicas – deve ser determinar a presença de altos níveis de andrógenos e sua fonte”.

Testosterona

Popularmente conhecida como um hormônio masculino por excelência, a testosterona também pode ser encontrada em mulheres, mas em doses muito mais baixas. Produzido principalmente nos testículos, o hormônio também é encontrado, em quantidades menores, nos ovários e nas glândulas adrenais de pessoas de ambos os sexos. 

Homens apresentam níveis de testosterona significativamente mais elevados quando comparados às mulheres. Durante a puberdade masculina, os níveis aumentam consideravelmente e se mantém relativamente estáveis até a idade adulta. Já nas mulheres, os níveis do hormônio variam durante o ciclo menstrual e tendem a cair com a chegada da menopausa. 

Dentre outros fatores, a testosterona é responsável por estimular a reconstrução do tecido muscular, bastante requisitado em treinamentos de força, como a musculação. Consequentemente, também estimula a força e a hipertrofia, ou seja, o ganho de massa muscular. O hormônio influencia ainda características sexuais secundárias masculinas, como o crescimento de pelos faciais e corporais e a voz mais grave.