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Ministra diz que conflito em MS não interessa a ninguém

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, esteve com uma comitiva nesta terça-feira (6) em Douradina (MS), em reunião com lideranças indígenas e produtores rurais, onde grupos guarani-kaiowá ocuparam áreas rurais que reivindicam como territórios tradicionais de seus povos.

As recentes ocupações, que os indígenas classificam como “retomadas”, reacenderam a violência contra os guarani-kaiowá, imersos em um conflito fundiário que se arrasta há décadas. Só no último fim de semana, lideranças indígenas e organizações indigenistas denunciaram dois grandes ataques com homens armados a acampamentos montados no interior de uma área já delimitada para abrigar a Terra Indígena Panambi-Lagoa Rica, em Douradina.

De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), órgão vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), ao menos nove indígenas foram feridos durante os ataques. Barracos, pertences pessoais e símbolos da cosmologia guarani-kaiowá foram destruídos e incendiados. Vídeos compartilhados nas redes sociais flagram a presença ostensiva de caminhonetes, tratores e automóveis ao redor das áreas de retomadas.

“Viemos aqui em uma missão de paz. É isso que a gente busca”, disse a ministra a um grupo de produtores e trabalhadores rurais com quem conversou na companhia da presidenta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joênia Wapichana; do coordenador geral de Operações da Força Nacional de Segurança Pública, Luis Humberto Caparroz.

“Um conflito dessa forma não interessa a vocês [produtores rurais], não interessa aos indígenas e não interessa ao governo [federal]. Não interessa a ninguém”, afirmou a ministra, reconhecendo a necessidade de ouvir todos os lados envolvidos na questão. “Entendemos que temos que escutar ambos os lados. Viemos conversar com vocês para buscar essa solução. E para falarmos da paralisação dos ataques. Não é possível continuar com essa situação de insegurança. Vocês falaram de insegurança, os indígenas estão em uma situação insegura, e temos que entender que não vai ser assim, com briga, com armas e ataques, que vamos resolver [o conflito]. Nem vocês, nem eles [indígenas], querem ficar manchados de sangue”, afirmou a ministra.

Às lideranças guarani-kaiowá, Sônia destacou o reforço do efetivo da Força Nacional de Segurança Pública na região, autorizado no dia 17, em meio à escalada da violência fundiária no estado.

“Vimos que é realmente necessária a presença da Força Nacional para garantir a segurança e a integridade física dos povos indígenas dessa área de retomada, para evitar que mais conflitos ocorram. Não pactuamos com a violência. Estamos aqui com o objetivo de pacificar [a região] a partir do diálogo e da presença do Estado brasileiro”, disse a ministra, garantindo que o governo federal vem atuando para concluir os processos demarcatórios de novas terras indígenas, paralisados por recursos judiciais interpostos por produtores rurais que afirmam ser os legítimos donos das áreas reivindicadas pelos indígenas.

“Estamos trabalhando para que os processos demarcatórios em Mato Grosso do Sul e em todos os estados brasileiros sejam retomados. Não é possível que os indígenas continuem sofrendo com tamanha violência em meio a esses conflitos. Queremos garantir a segurança dos povos nos seus territórios”, disse a ministra.

Prevista para ter cerca de 12 mil hectares, o correspondente a aproximadamente 12 mil campos de futebol oficial, a Terra Indígena Panambi-Lagoa Rica foi delimitada em 2011, mas recursos judiciais impediram a conclusão do processo e a retirada de não indígenas do local.

De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), as áreas já delimitadas e declaradas como de usufruto exclusivo indígena totalizam, no estado, mais de 283 mil hectares espalhados por 903 propriedades rurais de 30 cidades sul-mato-grossenses, o que, segundo a entidade, geraria grande “insegurança jurídica no campo”.

“Tanto os indígenas quanto os produtores rurais são vítimas. Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, [indígenas reivindicam] terras oriundas da Guerra do Paraguai [1864/1870] onde o Brasil, quando obteve a vitória, alocou produtores rurais para manter a soberania nacional. Agora, 150 anos depois, não podemos tratar esses produtores como invasores. Não podemos resolver uma injustiça criando outra”, sustentou, em nota, Marcelo Bertoni, presidente da Famasul e da Comissão Nacional de Assuntos Fundiários da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Brasil terá força máxima na final do skate park

O Brasil terá três representantes na final do skate park masculino, último evento da modalidade nos Jogos Olímpicos de Paris. Nas eliminatórias disputadas pela manhã, Pedro Barros, Augusto Akio e Luigi Cini garantiram nota suficiente para figurar entre os oito atletas que avançaram para a decisão. A disputa pelas medalhas será ainda nesta quarta-feira (7), a partir das 12h30, no horário de Brasília.

Pedro Barros e Augusto Akio participaram da terceira bateria das eliminatórias. Na primeira rodada, ambos conseguiram boas notas, ficando dentro da zona de classificação para a final.

Medalhista de prata na Olimpíada de Tóquio, Pedro Barros recebeu 89.24. E Augusto, que participa da primeira olimpíada da carreira, obteve 88.79. Na segunda volta, Pedro sofreu uma queda e não completou, recebendo uma pontuação muito baixa: 2.83. Augusto Akio começou bem, mas também sofreu uma queda no meio da volta, e recebeu a nota 29.33.

Na terceira tentativa, Barros fazia uma volta com um grau de dificuldade nas manobras ainda mais alto do que na primeira descida, mas caiu a poucos segundos do fim. Mesmo assim ficou com 81.00. Por sua vez, Augusto conseguiu acertar a terceira volta e melhorou um pouco a nota anterior: 88.98.

Outro estreante em Jogos Olímpicos, Luigi Cini participou da terceira bateria. Logo na volta de abertura, o skatista de Curitiba acertou as manobras e obteve a nota 89.10. Na segunda tentativa, Luigi sofreu uma queda e terminou com a nota 29.33. E voltou a cair na terceira tentativa. Mas a nota não fez falta. Luigi avançou para a semifinal.

Ao fim das quatro baterias eliminatórias, Pedro Barros foi o sexto colocado na classificação geral, seguido por Luigi Cini, em sétimo, e Augusto Akio, em oitavo. A melhor nota foi a do australiano Keegan Palmer, que alcançou 93.78 em sua última tentativa.

Uma das atrações das eliminatórias foi a presença de dois veteranos em meio a tantos skatistas mais jovens. Os “vovôs” Andrew Macdonald, do Reino Unido, com 51 anos, e Dallas Oberholzer, da África do Sul, com 49 anos, não se classificaram às finais, mas levantaram o público presente na arena urbana montada na Praça de La Concorde, em Paris.

Servidores da Fiocruz fazem nova paralisação por reajuste salarial

Trabalhadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) fazem uma paralisação de 2 dias nesta quarta-feira (7) e quinta-feira (8) para reivindicar melhores reajustes salariais. Uma manifestação está prevista para esta quinta-feira, em frente à sede regional do Ministério da Saúde, no centro da cidade do Rio de Janeiro. Os servidores já haviam paralisado suas atividades no dia 1º.

Os servidores rejeitam a proposta do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos que, segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz, oferece reajuste zero neste ano e aumentos de 9% em 2025 e 4%, em 2026.

Ainda de acordo com o sindicato, nos últimos 15 anos os servidores tiveram perdas de poder de compra de 59% para trabalhadores de nível superior e de 75% para aqueles de nível intermediário. Portanto, pedem reajustes de 20% nas próximas folhas salariais deste ano, 20% em 2025 e 20% em 2026.

“A greve é uma consequência da insatisfação com a proposta apresentada pelo Ministério da Gestão e da Inovação [em Serviços Públicos], que não condiz com as perdas salariais dos trabalhadores da Fiocruz desde 2010. A diretoria do sindicato continua trabalhando junto aos servidores e servidoras para que haja um acordo com o governo na altura da importância que a Fiocruz tem para a sociedade. Nossa expectativa é um reconhecimento pelo governo a toda contribuição da Fiocruz ao povo brasileiro com valorização concreta de seus trabalhadores e trabalhadoras”, disse o presidente do Sindicato, Paulo Garrido.

A reivindicação dos servidores é apoiada pela direção da Fiocruz. Desde fevereiro, a presidência e os diretores da instituição têm se reunido com integrantes do governo e do Congresso Nacional em defesa da pauta dos trabalhadores.

No domingo (4), o presidente da Fundação, Mario Moreira, entregou ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, uma carta assinada por todo o Conselho Deliberativo da Fiocruz, em que é pedido apoio para revisão da proposta apresentada pelo Ministério da Gestão e da Inovação.

Uma nova assembleia dos servidores está prevista para a manhã desta quinta-feira. 

Por meio de nota, o ministério informou que a mesa para tratativa das carreiras da Fiocruz é uma das 17 abertas com negociações em andamento.

“O Ministério da Gestão segue aberto ao diálogo com os servidores de todas as outras áreas, buscando atender as reivindicações de reestruturação das carreiras de todos os servidores federais, respeitando os limites orçamentários. Até agora já foram 28 acordos assinados com diferentes categorias”, disse o ministério.

Isaquias Queiroz avança direto à semifinal da canoa individual

Campeão olímpico nos Jogos de Tóquio, em 2021, o baiano Isaquias Queiroz iniciou nesta quarta-feira (7) a defesa do título na prova da C1 1000 metros (canoa individual) na canoagem velocidade. Ele participou da segunda bateria das eliminatórias, que classificava os dois primeiros barcos direto para a semifinal.

Isaquias fez uma prova tranquila, e liderou o percurso ao lado do tcheco Martin Fuksa. O brasileiro diminuiu o ritmo no meio da competição e só administrou a vantagem até cruzar a linha de chegada na 2ª posição, com o tempo de 3min53seg94. Agora, ele descansa e só vai disputar a semifinal na sexta-feira (9), a partir das 6h30, no horário de Brasília. A prova que vai definir os medalhistas acontece também na sexta, a partir das 8h40.

Antes disso, já amanhã (8), Isaquias Queiroz volta à água, desta vez ao lado de Jacky Godmann, na briga por um lugar na decisão do C2 500 metros. A largada está prevista para 6h20.

Ainda no C1 1000 metros, Mateus Nunes participou da quarta bateria das eliminatórias e acabou na 3ª posição, com o tempo de 3min52seg60. Com isso, ele vai disputar as quartas de final da canoagem velocidade ainda hoje, para tentar uma vaga na semifinal da prova.

Outros resultados

Nas eliminatórias da K1 500 metros (caiaque individual) para mulheres, Ana Paula Vergutz terminou a bateria na 5ª posição, com o tempo de 1min54seg98, e vai para a disputa de quartas de final. E no K1 1000 metros para homens, quartas de final também para Vagner Souta. O brasileiro cruzou a linha de chegada da bateria na 4ª posição, com o tempo de 3min46seg17.

Brasil termina em 7° no revezamento da marcha atlética

O Brasil terminou fora do pódio no revezamento da marcha atlética, modalidade que fez a estreia em Jogos Olímpicos na edição de Paris. A equipe formada por Caio Bonfim e Viviane Lyra cruzou a linha de chegada na 7ª posição, com o tempo de 2h54min08.

Os brasileiros tentavam a segunda medalha do país na modalidade. Na quinta-feira (1), Caio Bonfim havia conquistado a inédita prata na prova dos 20 quilômetros (km) para homens da marcha atlética.

O revezamento misto é composto por quatro etapas que, juntas, totalizam a distância de uma maratona (42,195 km). Os atletas homens fazem a primeira parte, dando lugar na sequência para as mulheres. Depois voltam os homens e, por fim, as mulheres encerram o percurso.

Na prova, Caio Bonfim chegou a figurar no pelotão principal durante grande parte do percurso. Mas na sequência dos revezamentos, a dupla não conseguiu sustentar o ritmo e ficou longe dos primeiros colocados.

A medalha de ouro foi para os espanhóis Maria Perez e Alvaro Martins – ambos medalhistas também na prova individual: ela foi prata e ele, bronze – com o tempo de 2h50min31.

A prata ficou com o Equador, com a dupla formada pelo campeão olímpico masculino Brian Pintado e por Glenda Morejon. Eles fizeram a marca de 2h51min22, apenas 16 segundos à frente dos medalhistas de bronze, Jemima Montag e Rhydian Cowley, da Austrália.

Criada há 5 anos, Patrulha Maria da Penha soma 77 mil atendimentos

Criado em agosto de 2019, o Programa Patrulha Maria da Penha – Guardiões da Vida implantado há 5 anos no estado do Rio de Janeiro, já realizou 77.375 atendimentos a mulheres vítimas de violência.

Nesse período, foram feitas 692 prisões, a maioria por descumprimento de medida protetiva. Desse total, 171 prisões foram efetuadas na capital e na Baixada Fluminense, enquanto as demais 421 ocorreram na região metropolitana e municípios do interior, correspondendo a mais de 60% do total de casos. 

A Lei Maria da Penha foi sancionada em 7 de agosto de 2006 e leva o nome da farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, que ficou paraplégica após ser vítima de tentativa de feminicídio cometida pelo seu marido.

O programa é uma parceria entre o Tribunal de Justiça, do governo do Estado do Rio de Janeiro, por intermédio da Polícia Militar, o Ministério Público e a Defensoria Pública. Tem como prioridade o atendimento e o monitoramento das mulheres com as medidas protetivas de urgência deferidas pelo Poder Judiciário, bem como a fiscalização de seu cumprimento pelos agressores.

Segundo a Polícia Militar, 49,45% do efetivo que atua exclusivamente no programa são policiais militares femininas em 47 patrulhas em todo o estado. Integram o programa, 47salas na cor lilás, espaços exclusivos dentro dos batalhões da PM ou em locais próximos, com uma configuração especial para o acolhimento adequado às vítimas em situação de vulnerabilidade e seus filhos.

 A tenente-coronel da Polícia Militar, Claudia Moraes, coordenadora da Patrulha Maria da Penha, disse que o programa conta com equipes especialmente treinadas, policiais selecionados e viaturas caracterizadas com a faixa lilás.

“Nós temos também a Sala Lilás nos batalhões, que são espaços para acolhimento dessas mulheres, com a finalidade de orientá-las, saber como está a medida protetiva e, a partir daí, fazer todos os encaminhamentos”.

Através da parceria com o Tribunal de Justiça, todos os magistrados, dos juizados de violência doméstica, ao deferirem uma medida protetiva podem enviar o documento direto para os batalhões da área onde mora a vítima para acelerar a proteção à vítima.

A oficial Claudia Moraes disse ainda que “o objetivo principal da Patrulha Maria da Penha é evitar feminicídios e a reincidência da violência doméstica. Nós sabemos que não é algo simples, mas sabemos que pode ser evitado sim. O nosso foco principal é atender às mulheres em situação de violência”, esclareceu.

 

Mega-Sena não tem ganhador e prêmio vai a R$ 16 milhões

Nenhuma aposta acertou as seis dezenas do concurso 2.758 da Mega-Sena, sorteadas nesta terça-feira (6). O prêmio acumulou e está estimado em R$ 16 milhões para o próximo sorteio, na quinta-feira (8).

Os números sorteados foram: 19 – 35 – 36 – 37 – 41 – 60

A quina teve 31 apostas ganhadoras e cada uma vai receber R$ 69.018,98. Já a quadra registrou 2.157 ganhadores, com prêmio de R$ 1.417,03 para cada. 

As apostas para o próximo concurso podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa em todo o país, ou pela internet. No caso das lotéricas, os estabelecimentos podem fechar antes das 19h.

STF marca audiência para possível acordo entre PGR e Nikolas Ferreira

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, marcou uma audiência para oferecer um acordo ao deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), acusado do crime de injúria contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A reunião será no dia 14 de agosto. Fux é o relator do caso.

O benefício foi oferecido no mês passado após a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciar o parlamentar ao Supremo. A medida é adotada em crimes cuja punição é baixa. Pelo Código Penal, a injúria é punida com pena que varia de um e seis meses de prisão, que pode ser convertida por penas alternativas. 

A denúncia envolve o discurso do deputado durante uma reunião na Organização das Nações Unidas (ONU), em 2023. Nikolas chamou Lula de “ladrão” e publicou a fala em suas redes sociais.

Na audiência, um representante da PGR vai oferecer ao deputado uma transação penal, espécie de acordo no qual o acusado se compromete a cumprir medidas determinadas pela procuradoria em troca do encerramento do processo. Com o eventual arquivamento, o parlamentar não será condenado. Se o deputado não aceitar o acordo, o processo seguirá a tramitação normal.

Procurado pela Agência Brasil após a denúncia feita pela PGR, o gabinete do deputado não retornou ao contato feito pela reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.

“O talento é individual, mas a arte é coletiva”, diz Margareth Menezes

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, defendeu nesta terça-feira (6) a necessidade de políticas públicas para promover a economia criativa no Brasil. Segundo ela, o Brasil deve se espelhar em exemplos de sucesso implementados em outras partes do mundo que ajudaram a desenvolver as indústrias culturais.

“Devemos ativar realmente essa economia, porque depois ela se torna algo que se retroalimenta. Mas ela só vai se retroalimentar a partir do momento que a gente conseguir realmente garantir toda essa arquitetura, todas as ferramentas para qualificar a produção. E conscientizar a população que a gente precisa consumir a nossa cultura, que é admirada no mundo inteiro. Você veja que as plataformas de streamings hoje faz projetos com conteúdos brasileiros, que se tornam sucesso internacionalmente”, disse. As declarações ocorreram durante participação no Programa Sem Censura, produção da TV Brasil, emissora da Empresa Brasileira de Notícias – EBC – com apresentação da atriz Cissa Guimarães.

“Eu sempre digo que o talento é individual, mas o acontecimento artístico é coletivo. O pintor, depois que ele pinta, precisa de toda uma cadeia de pessoas para fazer com que a arte dele chegue. Nós cantores temos um talento próprio, mas a gente precisa de toda essa coletividade que trabalha no nosso redor para poder fazer acontecer”, acrescentou.

A participação de Margareth Menezes no programa da TV Brasil ocorre ao mesmo tempo em que o Rio de Janeiro sedia a 3ª Reunião do Grupo de Trabalho de Cultura do G20. O evento, que integra a agenda da presidência brasileira do G20, acontece na Casa Firjan, na zona sul da capital fluminense. Nos últimos dois dias, houve reuniões entre representantes da área de cultura dos governos das 19 nações que compõem o grupo e também de organizações internacionais e de países convidados.

Nesta quarta-feira (7), terá início o Seminário Internacional Políticas para Economia Criativa: G20 + Ibero-América, espaço que possibilitará o diálogo entre os gestores governamentais e a sociedade civil. Ao longo de três dias, está prevista uma série de painéis. Ex-ministros da Cultura, como Gilberto Gil e Ana de Hollanda, estarão presentes. Segundo Margareth Menezes, haverá um lançamento da Política Nacional de Economia Criativa. Sem antecipar detalhes específicos, ela destacou que se trata de uma iniciativa construída coletivamente.

“A economia criativa vai desde o nosso cinema até aquela pessoa que faz artesanato em casa. No Brasil, nós demoramos muito tempo para tratar tudo isso como negócio”, disse. Ela defendeu a importância do setor. “As pesquisas mais recentes revelam que 3,11% do PIB [Produto Interno Bruto] do país é gerado pelas indústrias culturais”, afirma.

Ela também observou que o fomento cultural movimenta a economia, pois distribui renda, gera empregos e beneficia o orçamento público, tendo em vista a arrecadação de impostos com a produção cultural. Margareth Menezes citou a Lei Rouanet, voltada para a captação e canalização de recursos para a cultura.

“É uma opção que todo cidadão e todas as empresas têm, em sintonia com a Constituição. Qualquer cidadão pode destinar até 6% do seu imposto de renda e cada empresa até 4% para fazer um aporte, um patrocínio de um acontecimento cultural. E esse acontecimento cultural, para ter acesso aos recursos, precisa obedecer alguns regimentos, alguns critérios, que envolvem inclusive uma devolutiva social. É assim que funciona a Lei Rouanet. O Mistério da Cultura não dá dinheiro para ninguém. E para cada R$ 1 destinado, R$ 1,60 retornam para a economia do país,” explicou.

A ministra também destacou a transparências nas execuções não apenas da Lei Rouanet, como também da Lei Paulo Gustavo e da Lei Aldir Blanc, também voltadas para o setor cultural. “As pessoas podem entrar no site do Ministério da Cultura e saber informação de todos os projetos contemplados”. De acordo com Margareth Menezes, a extinção do Ministério da Cultura no governo anterior, liderado pela ex-presidente Jair Bolsonaro, foi parte de uma tentativa acabar com as políticas públicas para o setor cultural. “Isso só não aconteceu porque já existia uma rede da própria sociedade que se mobilizou e manteve a nossa cultura viva”.

G20

As 19 maiores economias do mundo, bem como a União Europeia e mais recentemente a União Africana, têm assento no G20. O grupo se consolidou como foro global de diálogo e coordenação sobre temas econômicos, sociais, de desenvolvimento e de cooperação internacional. Em dezembro do ano passado, o Brasil sucedeu a Índia na presidência. É a primeira vez que o país assume essa posição no atual formato do G20, estabelecido em 2008. No fim do ano, o Rio de Janeiro sediará a Cúpula do G20, e a presidência do grupo será transferida para a África do Sul.

O governo brasileiro elegeu três temas prioritários para o seu mandato: o combate à desigualdade e à fome, o desenvolvimento sustentável e a reforma da governança global. De acordo com a ministra da Cultura, todas as pastas estão promovendo debates sobre questões relacionadas com as prioridades. Ela cita, por exemplo, os impactos das mudanças climáticas. “Estamos discutindo a questão do patrimônio e da memória. Patrimônios culturais no mundo inteiro estão sendo atingidos pelo desequilíbrio climático”, afirma.

Em novembro, Salvador irá sediar a 4ª Reunião do Grupo de Trabalho de Cultura do G20, quando são esperados os ministros da área cultural de todos os países envolvidos. Nesses encontros, estão ocorrendo as negociações para aprovar em consenso a Declaração de Cultura do G20. A expectativa é de que o texto traga propostas para que a cultura desempenhe um papel importante no desenvolvimento sustentável e na promoção de um mundo mais justo e inclusivo, com respeito à diversidade cultural e à riqueza do patrimônio cultural dos países.

Vela: Brasil se garante nas medal races das classes Nacra e 470

Na classe 470 da vela, Isabel Swan e Henrique Haddad tiveram uma terça-feira (6) de altos e baixos. Na primeira regata do dia eles terminaram apenas na 13ª colocação. Porém, se recuperam na corrida seguinte, quando foram os primeiros colocados.

Outras duas regatas inicialmente programadas para esta terça foram canceladas por causa das condições meteorológicas. Assim, o barco do Brasil está na 10ª posição geral e se classificou para a medal race (regata da medalha, que conta com os 10 barcos mais bem colocados ao fim da primeira fase). A prova final da categoria está prevista para a próxima quarta-feira (7), a partir das 10h43 (horário de Brasília). As competições da vela são disputadas na baía de Marselha, no litoral sul francês.

Estamos na reta final dos Jogos! João Siemsen/Marina Arndt (Nacra 17) e Henrique Haddad/Isabel Swan (470) estão na medal race amanhã, ambos em 10º lugar. Bruno Lobo (Kitesurf) está em 7º, com medal race na quinta! ⛵🇧🇷🇫🇷#vempravela @timebrasil 📷@worldsailing / Lloyd Images pic.twitter.com/fBx7rSDvxj

— Confederação Brasileira de Vela (@cbvela) August 6, 2024

Na classe Nacra 17 também haverá regata da medalha com a participação brasileira, os velejadores João Siemsen e Marina Arndt. Ao fim das 12 primeiras corridas da categoria, eles terminaram na 10ª posição geral, dentro da zona de classificação para a medal race. Nas três regatas disputadas nesta terça eles terminaram na 8ª, na 13ª e na 14ª posições. A corrida final desta classe está programada para as 9h43 de quarta.

Apesar de marcarem presença na medal race tanto na classe 470 quanto na Nacra 17, os barcos do Brasil não têm mais chances matemáticas de alcançarem o pódio.

Fórmula Kite

O brasileiro Bruno Lobo permanece na 7ª posição na Fórmula Kite (kitesurfe). Nesta terça, das quatro regatas inicialmente programadas, apenas duas foram disputadas. Na primeira o atleta do Maranhão terminou na 9ª colocação. Ele se recuperou e melhorou na segunda corrida do dia, cruzando a linha final em 5º lugar. As próximas regatas da categoria estão previstas para a manhã de quarta-feira.