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“Garanto uma alternância pacífica”: Edmundo González, candidato da oposição venezuelana em seu primeiro discurso público

Edmundo González Urrutia

19 de maio de 2024

 

O candidato da oposição unitária, Edmundo González Urrutia, apareceu pela primeira vez em um comício de campanha em La Victoria, estado de Aragua, centro-norte da Venezuela, no qual afirmou que “alguns tiraram os direitos de todos nós” inicie seu discurso .

Até este sábado, sua figura estava reservada para reuniões com partidos políticos e sociedade civil.

Horas antes, González Urrutia conversou com sua esposa à Voz da América e confirmou que lhe ofereceram segurança de Estado, o que ele aceitou.

González foi apresentado às massas pela líder María Corina Machado, vencedora das primárias de 22 de outubro e impedida de concorrer às eleições devido a uma desqualificação política de 15 anos.

“Continuámos a superar todos os obstáculos e cada vez que nos colocam uma barreira, crescemos mais”, disse Machado perante os seguidores reunidos.

“Eles não nos tiraram e nunca tirarão a nossa esperança.”
Aos 74 anos, o diplomata foi escolhido há dois meses como porta-estandarte unitário da plataforma dos partidos da oposição para enfrentar Nicolás Maduro nas eleições presidenciais de 28 de julho.

“Garanto uma alternância pacífica na qual todas as forças políticas poderão exercer os seus direitos no âmbito da Constituição”, prometeu González Urrutia aos que ainda atuam no chavismo.

“Pedimos à comunidade internacional que nos acompanhe de perto neste processo, porque será decisivo para reduzir a migração e fazer da Venezuela um parceiro confiável”, afirmou no seu discurso que durou cerca de 12 minutos.

O candidato também dirigiu palavras às Forças Armadas Nacionais: “Serei o garante da sua institucionalidade”, garantiu.

“Chega de cortes de energia, chega de cortes de água, chega de linhas de gás”, dizia um dos muitos cartazes que acompanharam o evento da campanha. Aragua, assim como outros estados do país, apresenta falhas constantes nos serviços públicos. Nas últimas semanas, a população de La Victoria sofreu apagões que duraram dias.

“Estou aqui porque quero mudanças para a Venezuela, quero poder trabalhar para ganhar um bom salário”, disse à VOA Moisés Martínez, 21 anos, que participou da manifestação. “O salário não chega para mim, tenho um filho (…) metade da minha família está fora do país, mas sou daqueles que não quis sair.”

A poucos quilómetros do mesmo local, o chavismo também liderou uma mobilização para apoiar o presidente Maduro, que aspira a um terceiro mandato de seis anos.

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Conforme os termos de uso “todo o material de texto, áudio e vídeo produzido exclusivamente pela Voz da América é de domínio público”.Todo o material produzido exclusivamente pela Voz da América está em domínio público. A licença não se aplica a materiais de terceiros divulgados pela VOA.

Milei visita Espanha para encontros com empresários e evento Vox

19 de maio de 2024

 

O presidente argentino, Javier Milei, está na Espanha para se reunir com empresários e participar do “Europa Viva 24”, encontro de líderes europeus de extrema direita promovido pelo partido espanhol Vox.

Milei, um economista libertário que se tornou presidente em dezembro, chegou na manhã de sexta-feira a Madri, para uma viagem de três dias na qual não está programado um encontro com autoridades do governo espanhol ou com o rei Felipe VI. Há algumas semanas, o presidente argentino criticou duramente seu homólogo Pedro Sánchez depois que um de seus ministros acusou Milei de ser usuário de drogas.

Uma das atividades que pretende realizar em Espanha é a apresentação do seu livro “O Caminho do Libertário” no auditório do jornal La Razón, informou o governo.

Nesse livro publicado em 2022, Milei conta o caminho que o levou a conquistar o cargo de deputado nacional nas eleições legislativas realizadas um ano antes. O texto também reúne diversas de suas principais ideias econômicas.

O presidente argentino se reunirá no sábado com diretores de empresas espanholas junto com sua irmã e secretária-geral da Presidência, Karina Milei, e com o embaixador argentino na Espanha, Roberto Bosch Estévez. Depois, o líder do partido La Libertad Avanza também terá um encontro com o deputado e presidente do Vox, Santiago Abascal.

Um dia depois, Milei fará um discurso no encontro “Europa Viva 24”, que contará com a presença de Abascal e outros líderes de direita de vários países europeus, cujos nomes não foram especificados pelo governo. A participação do presidente argentino foi lida como um apoio ao Vox face às eleições para o Parlamento Europeu de 9 de junho.

Na segunda-feira, Milei deve retornar à Argentina, onde o ex-presidente Mauricio Macri assumiu a liderança do partido Proposta Republicana (PRO), que se tornou um valioso parceiro do atual governo.

Fonte
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Gaza: 800 mil pessoas fogem de Rafah

19 de maio de 2024

 

Estima-se que 800 mil pessoas fugiram da cidade fronteiriça de Rafah, no sul de Gaza, desde que os militares israelenses iniciaram um ataque terrestre lá, há duas semanas, disse no sábado o chefe da agência das Nações Unidas para refugiados palestinos.

O chefe da UNRWA, Philippe Lazzarini, escreveu no site de mídia social X que os civis que haviam sido deslocados antes estão deixando Rafah e se dirigindo para “as áreas intermediárias e Khan Younis, incluindo os edifícios destruídos”.

Lazzarini disse que as pessoas estavam fugindo para locais sem água ou saneamento adequado, incluindo Al-Mawasi, uma cidade costeira, e a cidade de Deir al-Balah, que estão cheias de pessoas recentemente deslocadas.

Os Estados Unidos, o aliado mais próximo de Israel, manifestaram objecções à expansão das operações em Rafah, onde 1,4 milhões de civis palestinianos estavam abrigados antes do início da operação.

Fortes confrontos e bombardeios terrestres e aéreos abalaram Rafah no sábado, enquanto Israel ganhava território em um ataque contra militantes do Hamas, segundo repórteres da AFP na área.

Israel está a conduzir o que chamou de “operações precisas contra terroristas e infra-estruturas” em Rafah e Jabalia, no norte de Gaza, contra militantes reemergentes do Hamas ali.

Tropas e tanques israelenses invadiram Jabalia no sábado, o maior dos oito campos históricos de refugiados da Faixa de Gaza, onde 15 palestinos foram mortos e dezenas de outros ficaram feridos.

Fonte
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RS precisa fazer estudos de riscos antes de projetos de novas obras

A reconstrução do Rio Grande do Sul, que sofre sérios danos em consequência das fortes chuvas que atingem o estado desde o fim de abril, terá que ser feita com base nas projeções para o futuro climático. Construções antigas que desabaram ou foram arrastadas pela quantidade e intensidade das águas, como diversas pontes e estradas, não atendiam ao nível de resiliência necessários, na atualidade, diante das mudanças climáticas que provocam os eventos extremos. Especialistas argumentam que, agora, as obras de reconstrução precisam levar em consideração a tendência de eventos extremos, cada vez mais frequentes. Aí se inclui os estudos de engenharia para definir o planejamento urbano das cidades.

Para o professor de Recursos Hídricos da Coppe/UFRJ Paulo Canedo, as soluções que serão dadas para tornar as cidades mais resistentes vão depender de local para local. “Por exemplo, tem pontes que foram levadas e devem ser reconstruídas. Determinadas pontes já estavam mal alocadas, já estavam baixas ou com alicerces em zona de risco. Não se trata de refazê-las tais quais estavam há pouco dias. Elas têm que ser refeitas pensando que eu população, eu governo, fiz errado há 20 anos atrás, e agora não vou refazer com o mesmo erro. Vou corrigir. Outra coisa, é que muitas vezes a pressa em fazer desenvolvimento econômico e social leva a medidas que não tornam resiliente a região para o problema de inundação. Com muita facilidade o ser humano invade terras que pertencem às águas para o seu uso”, explicou à Agência Brasil.

Centro histórico de Porto Alegre permanece alagado devido as fortes chuvas dos últimos dias – Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

“Se sabemos que erramos, está na hora de doravante começar a corrigir e tomar novas atitudes, portanto, respeitar as áreas não apropriadas para intensificar moradias ou estrada. As construções devem ser evitadas para não repetirmos o mesmo erro”, reforça Canedo. 

Na visão do especialista, a tragédia de agora mostrou as diferenças entre as chuvas que caem desde abril com as de 1941, quando o estado sofreu outra inundação intensa.

“A chuva [agora] foi extraordinariamente grande. Se comparar com a década de 40, o progresso no Rio Grande do Sul era muito menor, a quantidade de habitantes era muito menor, portanto, a impermeabilização do solo era muito menor. O que significa dizer que uma mesma chuva caindo hoje já daria danos de inundação muito maiores”, disse, acrescentando que “na etapa de reconstrução se deve ter em mente a ocupação do solo e a capacidade de sua impermeabilização para impedir danos causados pelas enxurradas”.

Centro histórico de Porto Alegre permanece alagado devido as fortes chuvas dos últimos dias- Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O engenheiro civil especialista em desastres e professor da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Leandro Torres di Gregório defende a importância de se fazer estudos antes da formulação de projetos de construção. Para ele, é preciso ter uma avaliação preliminar de perigo de destruição, justamente para verificar a capacidade de suportar eventos extremos.

Segundo o professor Gregório, como nesse caso a inundação é a principal ameaça, se faz um estudo que mostra como ficam em diferentes cenários de chuva, os reflexos em termos de inundações.

“Esse é um primeiro ponto. O estudo do perigo visa entender como a ameaça se distribui no território e qual a magnitude. No caso de inundação, qual a altura da lâmina d’água ou coisas assim. Na medida que se tem o estudo, se começa a montar diferentes cenários de obras que possam amenizar as inundações. Depois do estudo do perigo, se começa a montar obras de engenharia ainda em fase de planejamento e se simula como seria com o novo cenário de inundações para ver quais as áreas que deixaram se ser inundadas, ou as que tiveram inundação reduzida. Assim vai se compondo uma série de medidas com a finalidade de mitigar o efeito das inundações”, explicou.

Aeroporto de Porto Alegre alagado pela enchente – Foto: Mauricio Tonetto/Secom

O especialista destacou que nenhuma solução de engenharia atende todo e qualquer caso, e sempre existe o que se chama de risco residual. “Sempre existem cenários para os quais aquela obra não é suficiente, e nesse caso, tem que completar com medidas de desocupação emergencial, monitoramento e alerta”, disse.

Conforme o professor da Escola Politécnica da UFRJ, esse é o exemplo da obra dos diques no Guaíba que não resistiram às enchentes, além das bombas que estavam instaladas em locais que foram alagados e por isso não funcionaram para a redução do nível das águas. De acordo com o professor, no caso dos diques um fator que contribuiu para o não funcionamento previsto foi a falta de manutenção. “No fim das contas não é só um problema de ter a obra de engenharia, tem que ter também a manutenção adequada, porque em uma obra como esta daí se a manutenção falhar, aquele componente não desempenha o papel que deveria ter”, avaliou.

Outra medida apontada pelo professor é a remoção de moradores de áreas onde as inundações são recorrentes. “Há situações em que a realocação permanente pode ser necessária. Isso acontece, normalmente, em situações de frequência muito alta de inundações, onde a pessoa mora em um lugar que a qualquer momento pode ter um problema”.

Cidade esponja

Os projetos de “cidade esponja” têm se espalhado pelo mundo como forma de construir áreas com capacidade de absorver a água em casos de inundação. A ação dos reservatórios retarda a vazão da água e evita sobrecarregar os alagamentos nas ruas. Em Nova York e em cidades da Holanda já existem projetos desse tipo, que funcionam com base nas bacias hidrográficas da região.

Imagens aéreas de Porto Alegre e região metropolitana na tarde de terça-feira (14) – Foto: Mauricio Tonetto/Secom

“Ele [reservatório] segura a água do lote e joga no sistema público no momento posterior em que ela cai. É um reservatório de detenção que visa desencontrar os momentos de pico de vazão. É uma solução que ajuda na medida em que a água que cai ali na cidade não vai imediatamente para as galerias. Têm um retardo. Pode ser em piscinões ou em áreas muito maiores que podem funcionar como parques”, esclareceu.

Segundo Gregório, esse tipo de projeto pode dar bom resultado no Rio Grande do Sul. “Quando a gente fala de inundação, não é um problema apenas de uma cidade. É uma abordagem da bacia inteira. Tanto que existem os comitês de bacia hidrográfica que têm essa missão de acompanhar e propor soluções em uma escala de bacia hidrográfica. Tem que pensar no todo”, ressaltou.

“O conceito de “cidade esponja” não tem que ser aplicado em uma cidade só, mas a todas que compõem a bacia. Nesse caso, é o governo do estado que é o agente integrador. Quando um recurso hídrico cruza mais de um município a governança é do estado. Se cruza mais de um estado, já tem atuação do governo federal. O papel do estado é muito importante para reunir os atores necessários e fazer o planejamento integrado da bacia para um não prejudicar o outro na hora de executar as obras”, apontou.

Flist tem novo local este ano e homenageia o cantor e imortal Gilberto

A Festa Literária de Santa Teresa (Flist), organizada pelo Centro Educacional Anísio Teixeira (CEAT), ocorre neste fim de semana, e pela primeira vez será fora do histórico bairro de Santa Teresa, na região central do Rio de Janeiro. Em razão de obras de manutenção que serão iniciadas no Parque Glória Maria, antigo Parque das Ruínas, onde o evento ocorria tradicionalmente, a Flist terá sua 16ª edição no Museu Histórico da Cidade, na Gávea. “Mas no ano que vem, estaremos de volta”, garante o diretor teatral Rubens Lima Júnior, um dos coordenadores da festa.

Edição anterior do evento- Flist/Divulgação

O evento tem apoio da prefeitura carioca e fará tributos aos 135 anos do compositor Donga, pioneiro do samba no Brasil; aos 110 anos da escritora Carolina Maria de Jesus; e ao centenário de morte de Franz Kafka. O homenageado especial desta edição é o compositor, escritor, cantor e imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), Gilberto Gil, e, por extensão, toda a família Gil, disse Rubens Lima Júnior, em entrevista à Agência Brasil.

A função de Gilberto Gil como presidente do conselho do Instituto Brasileiro de Biodiversidade (BrBio) também será lembrada na Flist, no painel “Sinfonia Azul: Um passaporte para a biodiversidade”, que será no dia 18 de maio, a partir das 10h, reunindo o subsecretário municipal de Meio Ambiente (SMAC), Artur Sampaio; o gerente-geral do Grupo Arpoador, Daniel Gorin; e a diretora executiva do BrBio, Simone Oigman Pszczol.

O Concurso CEAT promovido para a Flist selecionou textos, poesias, artes e imagens inspiradas na obra de Gilberto Gil. “Tivemos inscrições do Brasil inteiro e fora dele”, comentou o coordenador. “Os trabalhos vencedores vão sair na Revista Philos, em edição especial, e serão apresentados durante a Flist”.

Atividades

A Festa Literária de Santa Teresa é inteiramente gratuita e envolve cerca de 90 atividades para toda a família, incluindo exposições artísticas, apresentações literárias, teatrais, musicais, ambientais e de dança. No sábado (18) e no domingo (19), as atrações começam às 10h, com término previsto para 18h. Haverá feiras de livros, de artesanato e de gastronomia e mesas redondas, palestras, apresentações e debates. A classificação é livre e a programação está disponível no site do evento.

A curadora da Flist, Ninfa Parreiras, destaca que como o Museu Histórico da Cidade está localizado em uma reserva da Mata Atlântica, em meio a um conjunto de espaços históricos, a Festa beneficiará a comunidade vizinha em termos culturais, através da diversidade e representatividade das atividades programadas. Estão programadas apresentações de autores e artesãos indígenas e afrodescendentes, bem como de pessoas com deficiência (PCDs) e pessoas LGBTQIA+, presentes também na arte e na literatura brasileiras.

No domingo (19), fechando a 16ª edição da Flist, o multinstrumentista, arranjador, compositor Carlos Malta tocará para os presentes várias obras de Gilberto Gil. Rubens Lima Júnior lembra que o último trabalho de Malta foi uma coletânea de músicas de Gil, com a participação do próprio compositor e acadêmico da ABL. “Eles são super amigos”. A participação de Gil na Flist está sendo aguardada pelos coordenadores do evento.

Rádio Nacional chega onde falta energia e ajuda população do RS

Um veículo ressurgiu, em meio às águas que levaram caos a centenas de municípios do Rio Grande do Sul. Com a falta de energia e a ausência de sinais de internet, boa parte da população gaúcha abriu, como nunca, seus ouvidos às informações repassadas pelo velho radinho de pilha.

Diante desse cenário – e ciente do potencial desta ferramenta de comunicação –, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) apontou um de seus transmissores de ondas curtas para a região e, a exemplo do que há tempos faz para a Região Norte do país, está proporcionando reencontros e acessos a serviços básicos para a população que, desde o final de abril, vive tantas situações emergenciais.

“Ontem, em um momento terrível que vive nosso estado, sem luz, água e internet, sintonizei meu bom e velho companheiro na Rádio Nacional da Amazônia, bem no momento em que o comunicador do horário mandava uma mensagem de força para o nosso povo gaúcho. Sou comunicador há 24 anos e apaixonado por rádio. Confesso, amigos, às vezes, dentro do estúdio não temos a real dimensão de quantos milhares de pessoas, nos locais mais distantes, nos acompanham. Esse é o rádio”, manifestou, por redes sociais, o radialista e morador de Porto Alegre Rafa Hotto.

As dificuldades de comunicação não estão restritas às tecnologias de ponta que precisam de internet. “Até para quem é radioamador está difícil se comunicar, porque nosso equipamento precisa de muita energia”, disse à Agência Brasil o radioamador, telegrafista e técnico em eletrônica Cianus Luiz Colossi.

Ex-diretor de radiodifusão e ex-chefe do Departamento de Retransmissão da TV Educativa do Rio Grande do Sul, Colossi avalia que a tragédia no Sul demonstra a necessidade de o país ter, em mãos, planos mais concretos para lidar com as dificuldades de comunicação em momentos críticos como o atual.

“ O país precisa rever sua rede nacional de emergência, de um ponto de vista mais técnico. A telefonia básica como nós conhecemos colapsou aqui no estado. E, por incrível que pareça, a falta de incentivo dos governos que se sucederam ao longo dos últimos anos acabaram também reduzindo a capacidade e a iniciativa das redes dos radioamadores brasileiros”, acrescentou.

Da Amazônia ao Rio Grande do Sul

Estúdio da Rádio Nacional da Amazônia – Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Ao direcionar um transmissor de ondas curtas para o Rio Grande do Sul, a EBC resgatou, para a região, “a essência do que as ondas curtas são para a sociedade”, explicou o gerente executivo de Rádios da empresa, Thiago Regotto.

“A gente já vem fazendo as pautas na programação que originalmente estava só para a Amazônia, mas com o ajuste das antenas, feito no último final de semana, a gente começou a fazer faixas exclusivas para falar com a população do Rio Grande do Sul”, acrescentou.

Como empresa pública federal, gestora da maior parte das ondas curtas do país, a EBC, segundo ele, está proporcionando, via ondas curtas e também streaming e satélite, que emissoras locais acessem conteúdo radiofônico informativo de qualidade, bem como sirvam de espaço para o ouvinte interagir e contar a sua realidade.

“A gente dá espaço a especialistas e a notícias, por meio dessa que é a única ferramenta que funciona nesses momentos com muitas cidades sem luz. E informação é algo transformador”, disse ao lembrar que, “pela experiência tradicional, o rádio é um companheiro”. 

“Em situações como a atual, ele [rádio] realmente vira os braços direito e esquerdo [da população]. Basta ter um radinho de pilha para termos conteúdos que fazem a diferença”.

Ponto de Encontro

De acordo com Regotto, o conteúdo colocado no ar pela Rádio Nacional inclui especialistas e pessoas que passam por dificuldades neste momento. “Há também muita interação entre os ouvintes. O que a gente já fazia em ondas curtas para Amazônia, estamos fazendo agora em ondas curtas para o Rio Grande do Sul”, complementou ao se referir a programas como o Ponto de Encontro, da Rádio Nacional da Amazônia, que tem como apresentadora Edileia Martins, ou Didi Martins, como é chamada pelos ouvintes mais assíduos.

“O Ponto de Encontro é um programa muito inspirador, dedicado a criar um espaço que não apenas informa, mas também conecta e fortalece, com informações, as pessoas. A gente passa mensagens de pessoas que estão precisando mandar recado a suas famílias. Sou uma espécie de ponte entre os ouvintes. Essa interação é um dos aspectos mais gratificantes. Ouço histórias e respondo às necessidades, criando vínculos muito especiais e contribuindo para a valorização das pessoas e da cidadania”, explicou a apresentadora do programa.

Didi Martins vê potencial similar no novo desafio de centrar esforços na ajuda às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. “É esse o meu desejo nesse momento, já que as nossas antenas estão voltadas para lá, nessa conexão. Quem precisar enviar um recado, seja para avisar que está tudo bem, seja para falar de suas necessidades ou mesmo para ter, no rádio, um lugar de carinho, afeto, acolhimento, amizade ou o que mais for, podem contar com a gente”, acrescentou.

Principal forma de comunicação

Redação da Rádio Nacional, TV Brasil, Agência Brasil e Radioagência Nacional – Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Morador da cidade de Canoas, o zelador Belmiro Prates, 62 anos de idade, é uma das vítimas das cheias. A portaria do prédio onde mora foi invadida pelas águas, que chegaram à marca dos 4 metros, deixando inclusive seu carro submerso. Ele foi resgatado na segunda-feira (13) por uma equipe da Defesa Civil. Desde então, com a falta de energia, telefonia e internet, teve dificuldades para se informar e para informar seus entes e amigos queridos sobre sua situação.

Segundo ele, os radinhos de pilha quebraram barreiras para quem está sem TV e luz, tornando-se a principal forma de comunicação. “Daqui, só foi possível ficar a par das coisas graças ao rádio e à programação da Rádio Nacional. Tenho conhecidos no Amazonas, e foi graças à entrevista que dei, que consegui mandar recado a todos, dizendo que estou bem”, revelou à Agência Brasil. 

Foi também pela rádio que ele teve acesso a informações importantes sobre a previsão do tempo e sobre a situação em outras localidades da região, onde moram pessoas queridas.

Belmiro Prates vê na tragédia do Rio Grande do Sul motivos para se repensar muitas coisas relacionadas ao rádio. “Isso vai além da questão do entretenimento. Está mais clara do que nunca a utilidade das ondas curtas e médias, e isso precisa ser explicado às pessoas”, afirma.

Ondas curtas

Rádio Nacional da Amazônia – Marcello Casal Jr/Agência Brasil

As rádios de ondas curtas possibilitam a sintonia de estações em áreas remotas. Ao contrário das rádios AM e FM, que usam ondas de maior comprimento, as rádios OC utilizam ondas de rádio que podem refletir na ionosfera (camada eletrificada da atmosfera terrestre). Dessa forma, possibilita, ao sinal, viajar por distâncias mais longas, alcançando inclusive ouvintes em diferentes continentes.

Com uma autorização dada pelo Ministério das Comunicações, a programação veiculada pela Rádio Nacional pode também ser reproduzida por outras rádios enquanto durar a situação de calamidade pública no estado.

A coordenadora da Rádio Nacional em ondas curtas para a Amazônia e para o Rio Grande do Sul, Taiana Borges, ressalta que o interesse de diversas emissoras de rádio em usar o material produzido pela EBC foi imediato e tomou proporção maior do que a imaginada.

“O [programa] Sintonia com o Sul vai ao ar das 7h às 7h30 e das 17h às 18h30. Nele trazemos notícias, prestação de serviço, previsão do tempo, alertas, situação dos rios no Sul, entrevistas e todo tipo de informação que possa ajudar a população do Rio Grande do Sul neste momento de calamidade pública”, explicou a coordenadora referindo-se à programação que vai ao ar nas frequências de 6.180 kHz e 11.780 kHz das ondas curtas.

Para retransmitir a programação da EBC, basta às emissoras entrar no site www.ebc.com.br . “Na parte de destaque, basta clicar na matéria Rádio Nacional amplia programação em ondas curtas para Região Sul. Lá você vai encontrar informações como retransmitir pela internet e pelo satélite”, explica.

Faltam radinhos de pilha

A situação no sul mostrou também um outro problema, faltam rádios de pilha no Brasil. “Hoje vemos a necessidade de se estimular a fabricação desse item, de forma a melhor viabilizar o uso das ondas curtas em situações emergenciais como a atual no Rio Grande do Sul”, defende Taiana Borges.

Enquanto isso não acontece, ela sugere que as pessoas doem rádios de pilha às vítimas das enchentes. A coordenadora cita iniciativas como as adotadas por algumas universidades do sul. “Há uma campanha interessante que está sendo feita pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Elas estão coletando e distribuindo rádios de pilha em municípios afetados pelas enchentes, que estão sem sinal de internet ou sem energia”, destacou.

Ajuda humanitária chega a Gaza através do cais flutuante recém-montado

18 de maio de 2024

 

As forças israelenses lutaram contra militantes do Hamas no norte e no sul da Faixa de Gaza na sexta-feira, enquanto caminhões começavam a entregar remessas de ajuda através de um cais temporário construído pelos EUA, próximo ao enclave em apuros.

Os veículos que transportam assistência humanitária começaram a desembarcar através do cais às 9h, horário local, de acordo com o Comando Central dos EUA.

O cais flutuante foi pré-montado pelos militares dos EUA no porto israelense de Ashdod e transferido para a costa de Gaza esta semana, permitindo a entrega de ajuda por vários países e organizações humanitárias, disse o CENTCOM. Nenhuma tropa dos EUA desembarcou, acrescentou.

O World Food Program afirmou que a ajuda que passou sexta-feira pela doca flutuante foi transportada para os seus armazéns em Deir al-Balah e está pronta para ser recolhida e distribuída pelos seus parceiros.

Os suprimentos estarão sujeitos a verificações de segurança israelenses em Chipre antes de chegarem ao cais e terão que passar por postos de controle israelenses adicionais assim que desembarcarem, disseram autoridades do governo dos EUA.

O porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que os Estados Unidos permanecem “vigilantes às ameaças potenciais aos membros do serviço armado que trabalham no cais e às organizações de ajuda humanitária e aos trabalhadores que ajudam na distribuição”.

Apesar da nova rota de ajuda, a ONU disse que os comboios de camiões que chegam por terra são o método “mais viável, eficaz e eficiente” de levar ajuda a Gaza.

“Para evitar os horrores da fome, devemos usar a rota mais rápida e óbvia para chegar ao povo de Gaza – e para isso, precisamos de acesso por terra agora”, disse o porta-voz adjunto da ONU, Farhan Haq.

Batalhas ferozes em todo o enclave dificultaram a entrega de ajuda humanitária e grupos de ajuda alertam que as condições são demasiado perigosas e instáveis ​​para que os trabalhadores possam prestar assistência ali com segurança.

A passagem de Rafah – um importante corredor de ajuda humanitária na fronteira egípcia – foi fechada desde que os militares israelitas lançaram o que chamaram de operação limitada na cidade de Rafah, em 7 de Maio, provocando um êxodo de palestinianos que procuram segurança mais a norte, em Gaza.

As Nações Unidas e outros grupos de ajuda afirmaram que Israel precisa de fazer mais para levar ajuda a Gaza, que foi devastada pela guerra desde que Israel lançou a sua operação militar em resposta ao ataque do Hamas a Israel em 7 de Outubro. uma organização terrorista dos EUA, do Reino Unido e de outros países.

Israel disse que está intensificando os esforços para levar ajuda a Gaza, e os militares disseram que 365 caminhões de ajuda entraram pelos pontos de passagem de Kerem Shalom e Erez na quinta-feira, transportando farinha e combustível.

Além disso, foram entregues centenas de tendas, destinadas às pessoas evacuadas de Rafah para a área de Al-Mawasi, que Israel declarou zona humanitária.

As Forças de Defesa de Israel “continuarão os seus esforços para permitir que a ajuda humanitária entre na Faixa de Gaza por terra, ar e mar, de acordo com o direito internacional”, afirmou num comunicado.

Fonte
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Fortes chuvas causam estragos na Argentina

18 de maio de 2024

 

A Argentina está sofrendo graves inundações causadas pelo ciclo de chuvas que nos últimos dias também deixaram danos em grande escala no Brasil e no Uruguai. A costa argentina foi inundada por esta corrente que os especialistas atribuem à combinação do fenômeno El Niño com outros fatores climáticos da região.

Mais de 560 pessoas foram evacuadas na cidade de Concórdia, devido às inundações causadas pela cheia do rio Uruguai após enchentes ocorridas no estado brasileiro do Rio Grande do Sul.

Dezenas de moradores de Concórdia, localizada na província de Entre Ríos – fronteira com o Uruguai e muito próxima ao sul do Brasil – viajavam em canoas porque nas zonas ribeirinhas da cidade houve um forte crescimento do leito do rio Uruguai. que começa na divisa entre os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

O governador da província de Entre Ríos, Rogelio Frigerio, onde está localizada a cidade de Concórdia, que sofreu graves danos e onde as tempestades truncaram a atividade comercial e produtiva, disse que aguardam que as previsões de chuva melhorem para fazer frente reconstrução.

“Espero que estejamos no auge da altura do rio [Uruguai], estamos esperando o tempo estar conosco. Estamos muito preocupados com a saúde, aqui com o Ministro da Saúde, distribuindo medicamentos, preocupados principalmente com a litospirose. “Estamos contendo pessoas com a polícia e o exército, distribuindo alimentos num momento muito difícil”, disse o governador.

O responsável disse que os danos causados ​​pelas chuvas ainda não foram quantificados, “mas é evidente que muitas famílias vivem em situações muito precárias”, o que relacionou com o abandono dos governos anteriores.

Ambientalistas exigem obras de mitigação

As associações ambientalistas alegam falta de obras necessárias contra as cheias anteriormente consideradas urgentes para mitigar os efeitos das alterações climáticas.

“Estamos alertando há mais de 20 anos (…) Infelizmente essa enchente é recorrente, não é a mesma que no Brasil, porque o que aconteceu (lá) foi uma tragédia, e aqui é apatia. Há 20 anos alertamos sobre isso e lutamos por uma solução definitiva, que seja uma defesa central. Avançamos muito, mas o projeto, que seria uma solução, foi arquivado”, disse o ambientalista Sebastián Bomtempo.

Os serviços de emergência mobilizados na área incluem bombeiros, polícias, Defesa Civil e voluntários, que trabalham 24 horas por dia para ajudar as vítimas e tentar evitar surtos de doenças endémicas na área, uma preocupação para as autoridades de saúde.

O chefe da Defesa Civil, Orlando Bertoni, disse que a prioridade neste momento é ajudar as vítimas, prevenir doenças oportunistas e distribuir auxílio emergencial às famílias atingidas nesta primeira fase da emergência.

“Foram ventos muito fortes que derrubaram galhos e cabos e deixaram as cidades sem energia elétrica. As fortes chuvas em um curto espaço de tempo deixaram graves inundações em 40 ou 50 minutos, caíram entre 200 e 300 milímetros em um dia, deixando entre 700 e 800 evacuados e auto-evacuadores”, observou Bertoni.

Fonte
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Inflação dispara e deixa famílias angolanas em desespero

18 de maio de 2024

 

O aumento do preço dos bilhetes em Angola, de 50 para 150 kwanzas, ou seja, um acréscimo de 300 por cento, surpreendeu as empresas de transportes públicos coletivos urbanos rodoviários de passageiros e os utentes, que esperavam apenas uma subida de 50 e não de 100 kwanzas, como tornou público o Ministério dos Transportes.

Também esta quinta-feira, 16, entrou em vigor o novo preço das viagens de táxi, que reflete um aumento de 25 por cento, devido ao fim dos subsídios de combustivel para os operadores.

Simultaneamente, o Instituto Nacional de Estatísticas (INC) revelou um aumento da inflação de 2,6 de março a abril, enquanto a consultora Oxford Economics diz que a inflação anual é a maior dos últimos sete anos.

Em consequência da inflação mensal, o setor da saúde lidera o aumento de preços, com variação de 3,25%, seguido do setor da alimentação e bebidas não alcoólicas, com 3,13%, vestuário e calçado, de 2,84% e hotéis, cafés e restaurantes, com 2,59%, notifica o INE.

Em entrevista à Voz da América, o especialista em política macroeconómica e professor universitário, Francisco Paulo, diz que as previsões não são as melhores para a economia das famílias angolanas.

“Vai agravar-se ainda mais a situação económica e social das famílias, a taxa de desemprego é muito elevada, anda à volta dos 31, 32 por cento, mas o desemprego entre os jovens é superior a 50 por cento. Sem poder de compra e com preços tão elevados, é claro que isso só aumenta a dificuldade das pessoas”, afirma Paulo, para quem, fruto deste cenário, a pobreza “aumenta mais a todos os níveis”.

Segundo Paulo a atual inflação decorre de políticas eleitoralistas do Governo. “Quando em 2021, 2022 durante a pandemia, em todo o mundo, devido às ajudas, a inflação estava a aumentar, em Angola a inflação estava a aumentar porque estávamos em ano eleitoral, no qual se usaram instrumentos artificiais para baixar a inflação”, aponta o especialista. “O país está a pagar a má gestão”, reitera Francisco Paulo.

Em janeiro, o Banco Nacional de Angola (BNA) estimou que a taxa de inflação deverá atingir os 19% em 2024, e que o Produto Interno Bruto deve crescer 2,2%, suportado pelo setor não petrolífero.

Fonte
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Brasilː Inflação acelera para todas as faixas de renda em abril

Cesta básica em 2021

18 de maio de 2024

 

O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda apontou uma aceleração da inflação, na comparação com o mês anterior, para todas as faixas de renda em abril. As famílias de renda média-alta foram as mais afetadas, com uma taxa de 0,43%, devido à alta de preços dos alimentos no domicílio e dos medicamentos. Já para as famílias com renda alta, o resultado foi menos expressivo, beneficiado pela deflação das passagens aéreas e do transporte por aplicativo: 0,20% em abril, frente aos 0,05% de março.

Os dados divulgados nesta sexta-feira (17/05) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indicam que, no acumulado em 12 meses até abril, enquanto as famílias de renda muito baixa apresentaram a menor taxa de inflação (3,05%), a faixa de renda alta registrou a taxa mais elevada (4,28%).

Os grupos alimentação e bebidas e saúde e cuidados pessoais foram os principais focos de pressão inflacionária para todas as classes de renda, sendo o primeiro causado por reajustes nos tubérculos (8,1%), nas hortaliças (2,4%) e nos leites e derivados (0,94%), entre outros – explicando a alta dos preços dos alimentos no domicílio em abril. Já em relação ao grupo saúde e cuidados pessoais, o impacto sobre a inflação, veio, sobretudo, dos reajustes dos medicamentos (2,8%) e dos planos de saúde (0,76%).

Por sua vez, o grupo transportes exerceu uma pressão sobre a inflação para as famílias de renda baixa e média, repercutindo os aumentos da gasolina (1,5%), do etanol (4,6%) e das tarifas de metrô (1,7%). Para as famílias de renda alta, a queda dos preços das passagens aéreas (-12,1%) e do transporte por aplicativo (-1,2%) gerou um forte alívio inflacionário.

Na comparação com abril de 2023, embora se verifique um recuo da inflação para todas as classes de renda, este foi ainda mais intenso para o segmento de renda alta. A melhora da inflação corrente é explicada pelo desempenho mais favorável nos grupos habitação, com queda das tarifas de energia elétrica em 2024 (-0,46%), comparativamente à alta de 2023 (0,48%).

As maiores pressões inflacionárias nos últimos doze meses residem nos grupos alimentação, transportes e saúde e cuidados pessoais. No caso dos alimentos no domicílio, a alta mais acentuada ao longo de 2024 contribuiu para uma aceleração mais forte da inflação sobre as famílias de renda mais baixa com os aumentos dos cereais (16,4%), dos tubérculos (31,4%), das frutas (16,6%) e das hortaliças (11,2%).

No caso das famílias de renda baixa, nos últimos 12 meses, os reajustes das tarifas de energia elétrica (4,1%) e de água e esgoto (8,3%) geraram uma contribuição inflacionária positiva vinda do grupo habitação. Em contrapartida, os aumentos de 5,7% dos serviços pessoais e de 6,9% das mensalidades escolares fizeram com que os grupos despesas pessoais e educação pressionassem significativamente a inflação do segmento de renda alta.

Fonte
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