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Tati avança às quartas e Samuel Pupo às oitavas em etapa australiana

Os brasileiros  Tatiana Weston-Webb e Samuel Pupo avançaram, respectivamente, às quartas e às oitavas de final da etapa de Bells Beach (Austrália),  a penúltima antes do corte da temporada, que reduz o número de atletas aptos a lutar pelo título mundial.  Tati superou no duelo das oitavas a compatriota Luana Silva. Já na madrugada desta quarta (27), Samuel Puppo se classificou ao bater o italiano Leonardo Fioravanti na terceira fase.

SAMUEL CLASSIFICADO!!!! pic.twitter.com/0yNTJcrsMO

— WSL Brasil 🇧🇷 (@WSLBrasil) March 27, 2024

“Finalmente passei desse round, que não tinha conseguido ainda esse ano, então obrigado galera pela torcida e obrigado mãe e pai, por sempre estar me confortando com mensagens”, comemorou Pupo, em depoimento ao site da Liga Mundial de Surfe (WSL, na sigla em inglês).“Tem que acreditar que é possível. Eu estou acreditando com muita oração e espero que Deus possa nos honrar nesse evento. Eu quero realmente ganhar muito esse evento, então é seguir bateria por bateria. Está muito longe disso ainda, mas já é um bom começo e estou surfando bem, então vamos nessa”.

Pupo brilhou no segundo dia de competições em Bells Beach, quinta etapa do circuito mundial, ao alcançar a maior nota: 8.50. Após levar 6.73 ao descer a primeira onda, o paulista de São Sebastião cravou a nota recorde do dia, totalizando 15.23, superando de longe as notas 6.73 e 3.00 (somatório de 8.83) obtidas pelo adversário italiano. O adversário de Pupo nas oitavas será o sul-africano Matthew McGillivray.

Após a bateria de Pupo, as condições do mar se tornaram adversas e a competição foi suspensa. Outros cinco brasileiros voltarão a competir a partir das 17h30 (horário de Brasília): Gabriel Medina, Miguel Pupo, Yago Dora, Ítalo Ferreira e Caio Ibelli.  

Tati com um 6.17 para assumir a liderança!

Faltam 13 minutos para o final da bateria.

📺 Assista em https://t.co/hRoBt09QSY#WSLBrasil pic.twitter.com/xxprUmUGta

— WSL Brasil 🇧🇷 (@WSLBrasil) March 27, 2024

Já na disputa feminina, o embate das oitavas reuniu as únicas mulheres do Brasil no circuito mundial – ambas já classificadas para a Olimpíada de Paris. As duas se revezaram na liderança da bateria. A definição se deu por diferença mínima da totalização das notas: Tati somou 11.97 contra 11.67 de Luana.

Nas quartas, Tati enfrentará a norte-americana Caroline Marks, atual campeã mundial.

Corte na temporada 2024

A próxima etapa, a quinta do circuito, será decisiva. Na competição em Margaret River, também na Austrália, haverá o corte na temporada. Dos 35 competidores no masculino, apenas os 22 mais bem colocados seguirão na briga pelo título.  Já na disputa feminina, apenas as 10 melhores entre 30 participantes continuarão na temporada 2024.

Até o momento, os brasileiros têm chances reais de seguir na temporada. No masculino, a classificação na tabela é a seguinte: Ítalo Ferreira (12º), Gabriel Medina (15º), Yago Dora (17º) e Miguel Pupo (22º).  Na tabela feminina, Luana Silva e Tati Weston-Webb estão, respectivamente, na sétima e oitava colocações.

Legisladores australianos investigam impacto das formigas de fogoʼ

Formigas de fogo

18 de março de 2024

 

Um parlamentar federal na Austrália está examinando a ameaça das formigas de fogo invasoras, que podem matar pessoas e gado e potencialmente representar um perigo maior para a Austrália do que coelhos, sapos-cururus, raposas, camelos, cães selvagens e gatos selvagens juntos.

Os legisladores realizaram uma reunião pública em Camberra na segunda-feira para discutir os insetos agressivos, que são nativos da América do Sul e que se acredita terem entrado na Austrália em contêineres.

Eles foram encontrados pela primeira vez em Brisbane em 2001, mas provavelmente não eram detectados no país há anos.

Um inquérito parlamentar levado a cabo pela Comissão dos Assuntos Rurais e Regionais e Referências dos Transportes, em Camberra, está a investigar o seu impacto na saúde, na agricultura e no ambiente.

Especialistas dizem que as formigas de fogo expandem seu território a uma taxa de cerca de 50 a 80 quilômetros por ano na China e nos EUA. O nome formigas-de-fogo é usado no Brasil para denominar um grupo distinto de cerca de 20 espécies de formigas pertencentes ao gênero Solenopsis.

As formigas-de-fogo são assim conhecidas por causa dos seus hábitos agressivos e pela ferroada dolorida. Estas formigas tipicamente constroem formigueiros expostos feitos de terra, e reagem de forma agressiva e em grandes números quando são perturbadas. São comuns acidentes envolvendo pessoas e animais domésticos, dado o hábito de algumas espécies de formigas-lava-pés de fazerem seus ninhos em gramados e beiras de estrada próximos a construções humanas. Isto se dá por serem formigas onívoras, podendo se alimentar de muitos tipos de plantas, animais ou alimentos domésticos. É comum encontrar agrupamentos desta formigas depois de grandes chuvas, pois por flutuarem na água elas agarram-se uma nas outras em casos de inundações atingirem seus ninhos.

Seus hábitos prejudicam tanto animais como plantas, e são considerados organismos ecologicamente dominantes. Têm importância econômica principalmente pelos danos que ocasionam na agricultura. Os prejuízos podem ser ocasionados pela destruição de sementes germinadas, plantas em viveiros, ou em desenvolvimento vegetativo avançado

Referências
Formigas-de-fogo, Wikipédia.
 

Surfe: australianos conquistam etapa de Sunset Beach

A Austrália dominou a segunda etapa do Circuito Mundial de Surfe, disputada em Sunset Beach, praia que fica na costa norte da ilha de Oahu, no Havaí. Molly Picklum e Jack Robinson brilharam na decisão da competição, disputada na noite da última quarta-feira (21). Entre os brasileiros os destaques foram Italo Ferreira, que parou nas quartas de final na disputa masculina, e Tatiana Weston-Webb e Luana Silva, que alcançaram as oitavas no feminino.

Molly Picklum, que fez a final da etapa com a havaiana Bettylou Sakura Johnson, afirmou que a confiança foi fundamental para garantir o título: “O mar hoje esteve em sintonia comigo e estou muito, muito feliz por isso. Cada evento o sentimento é diferente, então estou apenas aceitando o que realmente acontece e tentando encontrar pequenos momentos divertidos nisso tudo. Definitivamente, eu não estava tão confiante neste evento. Mas sempre mantive a confiança e acho que esse é um dos meus pontos fortes”.

Já Jack Robinson garantiu o lugar mais alto do pódio na disputa masculina ao superar o japonês Kanoa Igarashi. A próxima etapa do Circuito Mundial terá como palco a praia dos Supertubos, em Peniche (Portugal), entre os dias 6 e 16 de março.

Austrália planeja limites para estudantes internacionais

15 de maio de 2024

 

A Austrália afirma que imporá limites ao número de estudantes internacionais que entram no país para aliviar o estresse na habitação e reduzir a imigração.

O governo de Canberra afirmou que os programas de educação internacional, no âmbito dos quais estudantes estrangeiros vêm estudar na Austrália, são um terreno fértil para a imigração e a fraude de vistos.

Em 2023, os números oficiais mostram que 787.000 estudantes internacionais estudaram na Austrália, superando os níveis observados antes da pandemia da COVID-19.

O governo de Canberra planeia limitar o número de estudantes estrangeiros para aliviar a pressão sobre o aluguer de alojamento e reduzir os níveis de imigração.

Altos ministros do governo disseram que os limites máximos para a educação fariam parte de um plano mais amplo para gerir a migração, aumentar a disponibilidade de habitação e resolver a escassez de competências na economia.

No entanto, o sector universitário insistiu que as propostas prejudicariam a reputação global da Austrália como um destino acolhedor, seguro e de classe mundial para estudantes de outros países.

A educação tem sido uma das exportações mais lucrativas da Austrália, mas o governo de esquerda em Canberra afirmou que o sector da educação internacional, que inclui muitas faculdades privadas de língua inglesa mais pequenas, instituições vocacionais e de formação, bem como universidades de maior dimensão, tem sido usado como uma forma de para migrantes não qualificados permanecerem na Austrália.

Michael Wesley, vice-reitor da Universidade de Melbourne, disse à Australian Broadcasting Corp. na terça-feira que espera que o governo tenha como alvo provedores de educação inescrupulosos.

“Saudamos a repressão aos provedores de educação não genuínos, que fornecem uma porta dos fundos para a residência permanente para pessoas que não são estudantes genuínos”, disse Wesley. “Estamos confiantes de que todos os nossos estudantes internacionais são estudantes genuínos e, portanto, gostaríamos Espero que o impacto destes limites de vistos seja no extremo não genuíno do sector da educação.”

O aluguel de acomodações em muitas das grandes cidades da Austrália costuma ser caro e escasso.

Analistas afirmam que o aumento dos preços é o resultado de anos de subinvestimento em habitação a preços acessíveis.

As instituições de ensino seriam obrigadas a construir acomodações para os seus alunos se quisessem ultrapassar os limites dos limites máximos. As cotas específicas para estudantes internacionais ainda não foram divulgadas.

O governo de Canberra disse que mudará a Lei de Serviços Educacionais para Estudantes Estrangeiros da Austrália para dar ao ministro da educação autoridade para estabelecer limites nas matrículas de estudantes para cada estabelecimento de ensino, incluindo cursos ou locais específicos.

A maioria dos estudantes estrangeiros na Austrália vem de cinco países: China, Índia, Nepal, Filipinas e Vietnã, segundo dados do governo. Eles contribuem com bilhões de dólares para a economia australiana.

Fonte
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Brasileiro cria método que evita pesca acidental de tubarões e raias

O pesquisador Marcelo Reis desenvolveu, durante seu doutorado em oceanografia na Universidade de Sydney, na Austrália, uma fórmula matemática e uma nova técnica capazes de fazer a análise de risco ecológico voltada ao manejo pesqueiro. A técnica evita a pesca acidental de tubarões e raias, de modo a preservar as espécies, reduzindo o risco de extinção de algumas delas, como o tubarão martelo, por exemplo. Reis fez o mestrado na Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

O trabalho foi feito com base em dados de ocorrência de pescarias e das espécies da Australian Fisheries Management Authority’ (AFMA)

Segundo o pesquisador, os dados da AFMA têm a vantagem de ter boa qualidade, na medida em que a autoridade pesqueira determina a obrigação, na pesca comercial, de os pescadores descreverem a localização geográfica, as espécies apreendidas e o peso total dos animais. “Correlacionando essas ocorrências práticas com a probabilidade feita pela literatura e, principalmente, pela fonte do AquaMaps – plataforma criada por institutos alemães – consegui cruzar os dados”, disse Marcelo Reis.

Baseado na captura média por unidade geográfica e na possibilidade de ocorrência, ponderada pela área total, Reis tirou um valor para cada espécie. “Ou seja, um índice de interação pesqueira entre a ocorrência de espécies e a ocorrência da pesca. A gente dividiu por tipo, comparou com as espécies-alvo das pescarias e usou basicamente isso para captura acessória de tubarões e raias, que são animais ameaçados de uma forma geral, dentro das categorias de extinção da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN)”. Muitas espécies são de preocupação menor para a conservação, mas outras são ameaçadas globalmente, embora, localmente, na Austrália, haja espécies bem protegidas, como o tubarão-martelo, porque ali existem regras bem específicas para captura desses animais. “Eles têm limites de captura”. Essa é uma das espécies mais ameaçadas em nível mundial.

Vantagem

Em termos de custo-benefício, Reis destacou que a vantagem é que se trata de um método fácil, porque não exige grande quantidade de dados. “A gente tem aí, basicamente, um método qualitativo que não precisa de muitos dados de qualidade. Porque, para você fazer o manejo de qualquer espécie, precisa ter um esforço de coleta muito grande, informações sobre a espécie para elaborar um plano mais complexo e detalhado. E a ideia dessa métrica que criamos é fazer um sistema de acesso rápido para pegar as espécies que são mais ameaçadas ou que tenham maior índice de interação e selecioná-las primeiro”. Os testes feitos na Austrália validaram o método desenvolvido pelo pesquisador brasileiro.

A fórmula de Reis busca dar mais precisão à atividade de pesca, ajudando a preservar espécies ameaçadas e auxiliando na delimitação das áreas preferenciais para a realização dessa atividade econômica. O trabalho foi publicado na revista internacional Diversity.

Segundo Marcelo Reis, existe atualmente uma tendência mundial de que a ecologia se baseou, durante muitos anos, em uma atitude mais preventiva, no sentido de correção. Hoje em dia, esse tipo de estudo, denominado análise de risco ecológico, faz uma modelagem para prever as espécies que podem estar mais vulneráveis no futuro.

Tabu

Reis explicou que, no mundo todo, a conservação de tubarões e raias ainda é tabu, muito por causa do filme Tubarão, de 1975, dirigido por Steven Spielberg, que teve impacto enorme ao mostrar que tubarões são uma espécie agressiva. Marcelo Reis afirmou que tubarões são menos assassinos do que outros animais. Dados de 2023 mostram que, em todo o mundo, morreram oito pessoas por ataque de tubarões, enquanto na África ocorreram 500 pessoas atacadas por hipopótamos. “E ninguém fala nisso. Um milhão de pessoas morreram por picadas de mosquitos e doenças associadas”, lembrou. Para o pesquisador, existe essa mitificação dos tubarões de uma forma geral, porque ele é grande predador, está em um ambiente que não é o ambiente natural dos humanos. “Mas a título mundial, a conservação dos tubarões e raias, por tabela, acaba virando tabu porque as pessoas pensam que tubarões são monstros que estão devorando as pessoas”.

Pesquisadores de ponta estão trabalhando no mundo todo para reduzir a quantidade de ataques de tubarões. No Brasil, há várias espécies que se encaixam na lista vermelha de espécies mais ameaçadas no mundo. Entre elas, Reis citou o tubarão azul, o tubarão-tigre, tubarão de cabeça chata, que responde por vários ataques no Recife (PE), além de três ou quatro espécies de tubarão-martelo, além de espécies menores. Na Austrália, existem mais de 400 espécies de tubarões e raias.

Reis afirmou que o método que desenvolveu não precisa ser aplicado exclusivamente para a atividade da pesca, mas pode ser usado para outros estudos de extrativismo, inclusive vegetal. “É tudo uma questão de pressão antrópica, ou seja, extrativismo antrópico, e área. Entre as vantagens do método, lembrou que ele pode ser ajustado de acordo com a realidade e a localidade da intenção de pesquisa. O trabalho de Marcelo Reis é assinado, também, pelo professor William Figueira, da Universidade de Sydney. 

Monteiro bate sérvio e vai pela 1ª vez às oitavas de um Masters Mil

O tenista Thiago Monteiro provou que está em boa fase na manhã deste domingo (12), em Roma, na Itália. O cearense de 29 anos derrotou o sérvio Miomir Kecmanovic (58º), por 2 sets a 1, parciais de 6-2, 4-6 e 7-6 (8-6), em 2h37 e avançou pela primeira vez na carreira às oitavas de final de um torneio Masters 1000. Como um todo, um atleta do país não alcançava esse feito desde 2016, quando Thomaz Bellucci, também em Roma, parou justamente nas oitavas ao perder para Novak Djokovic. Com o resultado, Monteiro, que iniciou o torneio na 106ª posição no ranking da ATP, tem garantido um retorno ao top 90 do tênis mundial.

🙌 SOAK IT ALL IN, THIAGO 🙌#IBI24 | @dThiagoMonteiro | @atptour pic.twitter.com/0H5Ve72t3f

— Internazionali BNL d’Italia (@InteBNLdItalia) May 12, 2024

“Estou muito feliz de estar nas oitavas de um Masters 1000 pela primeira vez. A atmosfera no estádio estava uma loucura, parecia o Rio Open e o público estava quase todo torcendo por mim, não sei por quê [risos], mas foi muito divertido”, disse o atleta após a classificação.

O triunfo na Itália mantém uma sequência positiva do tenista em torneios Masters 1000, que se iniciou em Madri. Na ocasião, Monteiro saiu do qualifying e venceu duas partidas na chave principal, inclusive diante do grego Stefanos Tsitsipas, atual número 8 do mundo. Em Roma, Thiago Monteiro novamente passou pelo qualifying e agora acumula três triunfos na chave principal, contra o francês Gael Monfils (38º), o australiano Jordan Thompson (35º) e agora Kecmanovic, todos eles com ranqueamento melhor do que o brasileiro.

Esta sina o acompanhará no próximo duelo: Monteiro enfrentará o vencedor da partida entre o norte-americano Ben Shelton, 14º do mundo e o chinês Zhizhen Zhang, número 56 no ranking.

“Jogar nesses grandes torneios e contra grandes jogadores é muito bom para a minha confiança. Num bom dia eu sei que posso competir contra os melhores”, afirmou o cearense.

Rafael Matos segue vivo na chave de duplas

Outro brasileiro ainda corre atrás do título do Masters 1000 de Roma, mas na chave de duplas: Rafael Matos, jogando com o argentino Andrés Molteni, está na fase de oitavas de final. Os adversários por uma vaga nas quartas serão o espanhol Marcel Granollers e o argentino Horacio Zeballos. O embater será nesta segunda-feira (13), em horário ainda a ser definido pelos organizadores.

O gaúcho Rafael Matos vai disputar as oitavas de final das duplas nesta segunda-feira (13), ao lado do argentino Andrés Molteni. Os adversários serão o espanhol Marcel Granollers e o argentino Horacio Zeballos. – Danish Tennis Association/Divulg

Marcelo Melo e Thiago Wild, entre os homens e Luisa Stefani, entre as mulheres, também foram eliminados na chave de duplas nas fases anteriores.

Já na chave de simples, os tenistas mais bem ranqueados do Brasil deram adeus ao torneio neste sábado. Entre as mulheres, Bia Haddad, número 13 do mundo pela WTA, caiu para a norte-americana Madison Keys por 2 sets a 1, pela terceira rodada. No torneio masculino, Thiago Wild, 61º no ranking da ATP, parou na segunda rodada ao ser derrotado pelo argentino Tomas Etcheverry por 2 sets a 0.

Invicta em Madri, Bia Haddad vai às quartas contra número 1 Swiatek

A tenista brasileira Beatriz Haddad Maia avançou às quartas de final do Masters Mil de Madrid, pela primeira vez na carreira, após emplacar a terceira vitória seguida na competição, sem perder um único set. Número 14 no ranking mundial, a paulistana derrotou nesta segunda-feira (29) a grega Maria Sakkari, sexta melhor do mundo, com um duplo 6/4.

A próxima adversária na quadra de saibro madrileña será a polonesa Iga Swiatek, atual número 1 do mundo. Bia e Iga se enfrentam nesta terça (30), às 7h30 (horário de Brasília).  Desde o WTA 1000 de Roma, em maio de 2023, que Bia não avançava às quartas de um torneio de mil pontos. Já a adversária polonesa, é a que mais soma títulos WTA 1000, no entanto, nunca conquistou o Masters Mil de Madrid.

And the crowd goes wild 🇧🇷

Haddad Maia takes the opening set against Sakkari, 6-4.#MMOPEN pic.twitter.com/x4QyV2ozIr

— wta (@WTA) April 29, 2024

“A Iga é a melhor jogadora de todo o circuito dos últimos três anos. Ela é muito consistente e concentrada. Sei que ela é a favorita nessa partida, mas a conheço muito bem, já ganhei dela e já treinamos juntas. Me sinto preparada para entrar em quadra e fazer o meu melhor”, garantiu a paulistana, número 1 do Brasil.

Brasileira e polonesa estiveram frente a frente por três vezes, e Bia saiu vitoriosa somente uma vez: nas oitavas do WTA 1000 do Canadá, em Toronto, em agosto de 2022.  Na ocasião, Iga já liderava o ranking da Associação de Tênis Feminino (WTA), enquanto Bia buscava se aproximar do topo 20. Na ocasião, Bia levou a melhor por 2 a 1 (6/4, 3/6 e 7/5) após mais de três horas de embate. 

Thiago Monteiro se despede de Madri

Após derrotar o grego Stefanos Tsitsipas, número sete do mundo, o cearense Thiago Monteiro se despediu hoje (29) na terceira rodada do Masters Mil de Madri. Atual número 18 no ranking, Monteiro foi superado pelo tcheco Jiri Lehecka (31º) por 2 sets a 0 (6/4 e 7/6).

Monteiro foi o último brasileiro a ser eliminado na disputa de simples masculina. No domingo (28), Thiago Wild foi eliminado na segunda fase pelo espanhol Carlos Alcaraz,  favorito ao título. Na véspera, também na segunda rodada, João Fonseca já havia se  despedido, com derrota para o australiano Cameron Norrie.

Boxe: Brasil fatura 2 ouros e 3 pratas em 1º evento da Word Boxing

O boxe brasileiro subiu sete vezes ao pódio – em duas vezes com medalha de ouro – no Torneio Internacional de Boxe dos Estados Unidos, primeiro evento da World Boxing, nova federação internacional da modalidade. Classificados para Paris 2024, Keno Marley (na categoria até 92 quilos) e Luiz “Bolinha” Oliveira (57 kg) foram campeões no sábado (20), último dia de disputas do torneio, na cidade de Pueblo, no Colorado (Estados Unidos).  Outros três compatriotas – Abner Teixeira (92 kg), Jucielen Romeu (57 kg) e Michael Trindade (51 kg) conquistaram a medalha de prata.

#TimeBrasil dominando o World Boxing Cup 🥊🇧🇷

Nossos atletas participaram de cinco finais na competição e lutaram muito nas decisões. Os ouros vieram com Luiz Oliveira na categoria 57kg, que venceu Owain Harris (GBR), e com Keno Machado, que derrotou Ikenna Enyi (AUS) na… pic.twitter.com/I0uR8bRxCy

— Time Brasil (@timebrasil) April 20, 2024

O primeiro a subir ao topo do pódio foi o paulista Luiz Bolinha, que derrotou na final dos 57 kg o britânico Owain Harris por 5 a 0. Na sequência, o baiano Keno Marley atropelou o australiano Ikenna Enyi. Após sofrer uma série de golpes consecutivos sem chances de reação, o adversário abandonou a final e Keno faturou o ouro. 

As demais finais reuniram outros três brasileiros com vaga carimbada nos Jogos de Paris. O paulista Abner Teixeira ficou com a prata após ser superado na final dos 92 kg pelo australiano Teremoana. Nascida em Rio Claro (SP), Jucielen Romeu perdeu a disputa pela medalha de ouro dos 57 kg ao ser derrota pela britânica Elise Glynn. A terceira prata do Brasil foi conquistada por Michael Trindade superado pelo norte-americano Terry Washington na decisão dos 51 kg.

O Brasil já classificou 10 atletas para Paris 2024 e nove deles competiram no torneio internacional, no Colorado. A única pugilista que não competiu no Colorado, foi a vice-campeã olímpica Beatriz Ferreira, que se prepara para  disputar o título mundial do peso leve no próximo sábado (27).

A primeira competição da World Boxing reuniu 150 boxeadores de 15 países, entre eles 39 atletas classificados para Paris, incluindo delegações completas dos Estados e Austrália.  Os demais países participantes foram Alemanha, Argélia, Barbados, Canadá, China, Dinamarca, Filipinas, França, Grã-Bretanha, Panamá, República Tcheca Suécia e Taiwan. 

O próximo compromisso do boxe brasileiro será o Pré-Olímpico,  entre os dias 23 de maio a 3 de junho, em Bangcoc (Tailândia).

Rayssa Leal conquista etapa da Liga Mundial de Street Skate

A brasileira Rayssa Leal conquistou, no final da noite do último sábado (20), o título da etapa de San Diego (EUA) da SLS (Liga Mundial de Street Skate). Já na disputa masculina Giovanni Vianna garantiu a segunda colocação.

NOSSA CAMPEÃ! 🏆

@rayssaleal brilhou e conquistou o título da etapa de San Diego da SLS!

Foi um espetáculo com direito a melhor volta e uma manobra nota 9. 🛹🤩

Você é gigante, Rayssa! É o orgulho do Brasil! 🇧🇷💚💛

📸: @StreetLeague #Skate #TimeBrasil pic.twitter.com/82hyfzmEYR

— Time Brasil (@timebrasil) April 21, 2024

A maranhense de 16 anos de idade somou 33,9 pontos na final da competição para garantir a primeira posição, ficando à frente da australiana Chloe Covel (prata com 29,8 pontos) e da japonesa Momiji Nishiya (bronze com 23,0 pontos). Esta é a segunda medalha de Rayssa Leal na temporada da competição, após o vice-campeonato na etapa de Paris (França).

Na disputa masculina Giovanni Vianna somou o total de 33,4 pontos na decisão para assegurar uma medalha de prata para o Brasil. O ouro ficou com o norte-americano Braden Hoban, que alcançou o total de 35,5 pontos. A próxima etapa da SLS será disputada em Las Vegas (EUA), a partir do dia 25 de maio.

Caso Samarco: e-mail revelado em Londres indica que BHP avaliou riscos

Um e-mail que consta do processo judicial que tramita no Reino Unido sobre o rompimento da barragem da mineradora Samarco vem sendo usado pela defesa dos atingidos para reforçar argumentos.

No episódio, ocorrido em novembro de 2015 na cidade de Mariana, em Minas Gerais, uma avalanche de rejeitos foi liberada no meio-ambiente, causando 19 mortes e gerando impactos para populações de dezenas de cidades ao longo da bacia do Rio Doce. Os atingidos acionam as cortes britânicas visando responsabilizar a BHP Billiton. A mineradora anglo-australiana com sede em Londres é acionista da Samarco, junto com a Vale.

O teor do e-mail foi revelado nessa quinta-feira (18) em audiência no Tribunal de Tecnologia e Construção, na capital inglesa. Ele foi enviado um dia após a tragédia por Marcus Randolph, ex-chefe de divisão da BHP e ex-integrante do conselho de administração da Samarco. Os destinatários eram outros dois executivos da mineradora anglo-australiana: o diretor executivo Andrew Mackenzie e o diretor de minério de ferro Jimmy Wilson.

“Fico muito triste ao ler sobre o rompimento da barragem de rejeitos da Samarco. Há cerca de 3 a 4 anos, a pedido da BHP, o conselho da Samarco fez um relatório independente sobre a segurança da barragem. Seus resultados foram apresentados no conselho da Samarco”, inicia o e-mail.

Responsabilidade

O conselho de administração da Samarco mencionado é composto por representantes da BHP Billiton e da Vale. Ele tem caráter deliberativo e é responsável por tomar decisões estratégicas para os negócios. Randolph, que era diretor de ferrosos e carvão da BHP entre 2007 e 2013, foi um dos integrantes indicados pela mineradora anglo-australiana. Quando ocorreu a tragédia, no entanto, ele já não atuava mais no conselho.

Randolph destaca no e-mail sua atuação e se coloca à disposição para colaborar. “Nós nos empenhamos muito na segurança da barragem. Depois de uma visita ao local, enviei uma nota à Samarco que continha comentários extensos sobre o risco da barragem. Se eu puder ajudar de alguma forma, entre em contato comigo. Enviei várias cartas à diretoria solicitando revisões da barragem e me lembro muito bem dos acontecimentos. Acredito que também havia alguns documentos no registro de riscos da BHP e nossos nossos comitês tiveram discussões sobre o risco”, acrescenta o texto.

No processo que tramita no Reino Unido, cerca de 700 mil atingidos são representados pelo escritório Pogust Goodhead e cobram indenização por danos morais e materiais. São listadas perdas de propriedades e de renda, aumento de despesas, impactos psicológicos, impactos decorrentes de deslocamento e falta de acesso à água e energia elétrica, entre outros prejuízos.

No caso de indígenas e quilombolas que também figuram na ação, são mencionados os efeitos para as práticas culturais e os impactos decorrentes da relação com o meio ambiente.

Há ainda reivindicações de 46 municípios, além empresas e instituições religiosas. As audiências que avaliarão as responsabilidades pela tragédia estão marcadas para outubro deste ano.

O e-mail chegou ao processo através de um instrumento previsto no direito processual inglês, pelo qual o escritório Pogust Goodhead foi autorizado a acessar alguns documentos internos da BHP Billiton. Em meio a eles, encontrou a correspondência de Randolph. Os advogados dos atingidos sustentam que o achado reforça o entendimento de que a BHP Billiton foi alertada dos riscos de colapso da barragem e afasta alegações de que a mineradora não se envolvia na operação diária da mina da Samarco. Eles pleiteiam agora acesso aos documentos citados no e-mail.

Procurada pela Agência Brasil, a BHP Billiton destacou, em nota, que a audiência foi procedimental e não discutiu o mérito do caso. “Discussões sobre produção de provas e documentos são usuais na atual fase do processo inglês e não se confundem com a apreciação de alegações acerca da responsabilidade da BHP, que serão objeto das audiências designadas para outubro de 2024 com duração de 14 semanas”, registra o texto.

Tramitação

O processo começou a tramitar no Reino Unido em 2018. Desde o início, a BHP Billiton alegou haver duplicação de julgamentos e defendeu que a reparação dos danos deveria se dar unicamente sob a supervisão dos tribunais brasileiros. A ação chegou a ser suspensa na etapa inicial, quando ainda se discutia se o caso poderia ser analisado no país.

Em 2020, sem entrar no mérito da questão, o juiz inglês Mark Turner acatou os argumentos da BHP Billiton e considerou que havia abuso, entre outras coisas, porque poderia haver sentenças inconciliáveis com julgamentos simultâneos no Brasil e no Reino Unido. A defesa dos atingidos, no entanto, conseguiu reverter essa decisão em instâncias superiores.

Com o avanço do processo, a BHP Billton decidiu mover uma ação para reivindicar que a Vale também fosse incluída. A mineradora anglo-australiana passou a sustentar que, em caso de condenação, sua sócia deveria arcar com pelo menos 50% do valor fixado. A Vale também buscou questionar a competência das cortes britânicas para analisar o caso, mas o pedido da BHP Billiton foi acatado e ela passou a ser considerada ré.

O processo ainda deve se arrastar. Mesmo que a responsabilidade das mineradoras seja reconhecida em outubro deste ano, o cronograma do tribunal inglês indica que a análise dos pedidos de indenização individual poderá ocorrer apenas no fim de 2026.

Reparação no Brasil

No Brasil, o processo reparatório gira em torno do Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC) – firmado entre as três mineradoras, a União e os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo. Com base nele, foi criada a Fundação Renova. Ela assumiu a gestão de mais de 40 programas, cabendo às mineradoras o custeio de todas as medidas.

Porém, passados mais de oito anos, a atuação da entidade é alvo de diversos questionamentos judiciais por parte dos atingidos, do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e do Ministério Público Federal (MPF). Há discussões envolvendo desde a demora para a conclusão das obras de reconstrução dos distritos arrasados na tragédia até os valores indenizatórios. Uma tentativa de repactuação do processo reparatório, capaz de apontar solução para mais de 85 mil processos sobre a tragédia, está em andamento desde 2022. Até o momento, não houve sucesso.

Diante desse cenário, em janeiro desse ano, a Justiça Federal condenou a Samarco, a Vale e a BHP a pagar R$ 47,6 bilhões para reparar os danos morais coletivos causados pelo rompimento da barragem. As mineradoras recorrem da decisão.