Skip to content

108 search results for "comentarios"

Tailândia observa de perto batalha pela cidade fronteiriça de Mianmar

Myawaddy

28 de abril de 2024

 

A Tailândia permanece alerta enquanto o conflito em Mianmar continua, de acordo com funcionários do governo tailandês que visitaram a fronteira da Tailândia com Mianmar esta semana.

Os comentários surgem no momento em que continuam os novos combates entre grupos étnicos anti-junta e os militares pelo controlo de Myawaddy, um centro comercial crucial do outro lado da fronteira de Mae Sot.

Mianmar está em crise desde o golpe militar em Fevereiro de 2021. O país evoluiu para um conflito armado com grupos civis, políticos e étnicos que se opõem ao governo da junta.

O conflito mudou no ano passado. Os militares de Mianmar, ou Tatmadaw, sofreram uma série de derrotas para grupos de oposição. Um dos grupos étnicos armados mais antigos de Myanmar, a União Nacional Karen, ou KNU, anunciou em Abril que tinha forçado a rendição dos soldados militares que controlavam Myawaddy.

A Tailândia partilha uma fronteira de 2.414 quilómetros (1.500 milhas) com Mianmar e pode correr o risco de uma repercussão na fronteira caso o conflito se agrave.

Na terça-feira, o ministro das Relações Exteriores da Tailândia, Parnpree Bahiddha-Nukara, visitou Mae Sot.

Parnpree primeiro examinou uma passagem de imigração tailandesa antes de dar uma entrevista coletiva com o ministro do Interior, Anutin Charnvirakul, e o ministro da Defesa, Sutin Klungsang, no Aeroporto Internacional Mae Sot.

“Temos visitado pessoas na área para lhes dar a confiança de que as coisas estão sendo bem tratadas e para ouvir quais problemas podem ter. Estamos prontos para proteger a soberania tailandesa”, disse Parnpree aos repórteres.

As autoridades tailandesas parecem calmas relativamente à situação, mas Mae Sot está literalmente a apenas alguns quilómetros da fronteira com a guerra de Myanmar. Veículos militares blindados podem ser vistos perto da Ponte da Amizade Tailândia-Mianmar, com soldados em patrulha. Na semana passada, houve relatos de balas do conflito entrando em território tailandês, e a força aérea da Tailândia tem monitorado as aeronaves de Mianmar em busca de possíveis incursões.

“No passado, houve incidentes incluindo balas e algum tipo de invasão. Esse é o passado em um contexto diferente. Hoje, estamos acompanhando cada questão de perto”, disse Parnpree.

O controlo reduzido de Myawaddy pelos militares de Mianmar é visto como um golpe humilhante para a junta porque milhares de milhões de dólares em comércio transfronteiriço passam pela cidade todos os anos.

Imagens encontradas online, supostamente postadas por soldados da junta, mostram um batalhão de infantaria de Mianmar hasteando sua bandeira em uma base recapturada na manhã de quarta-feira. A KNU afirma que as suas forças recuaram depois que a Força de Guarda de Fronteira Karen de Mianmar – que está alinhada com a junta – permitiu que soldados militares reocupassem a base.

Desde então, os combates continuaram com fortes baques e explosões de tiros de armas, ouvidos a vários quilômetros de distância, em Mae Sot.

Embora o conflito pós-golpe de Mianmar tenha durado mais de três anos, a abordagem da Tailândia em relação a Mianmar só mudou depois da posse da primeira-ministra Srettha Thavisin no ano passado, de acordo com um analista político.

“Acho que eles querem ser o corretor; eles querem promover o diálogo e o governo Srettha quer desempenhar um papel de liderança no futuro”, disse Thitinan Pongsudhirak, especialista político na Tailândia, à VOA.

“Acho que eles têm um objetivo de política externa mais amplo de reequilibrar e reposicionar a Tailândia como líder da ASEAN em Mianmar”, disse ele, referindo-se à Associação das Nações do Sudeste Asiático. “Acho que eles estão dispostos a fazer o que for preciso para ocupar um papel de liderança e estão abertos a opções. Mianmar é uma prioridade máxima para a Tailândia.”

A Tailândia assumiu um papel humanitário maior em relação a Mianmar nos últimos meses e concordou em construir abrigos para receber refugiados que escapassem de Mianmar.

Fonte
 .mw-parser-output .ambox{border:1px solid #a2a9b1;border-left:10px solid #36c;background:#fbfbfb;box-sizing:border-box}.mw-parser-output .ambox+link+.ambox,.mw-parser-output .ambox+link+style+.ambox,.mw-parser-output .ambox+link+link+.ambox,.mw-parser-output .ambox+.mw-empty-elt+link+.ambox,.mw-parser-output .ambox+.mw-empty-elt+link+style+.ambox,.mw-parser-output .ambox+.mw-empty-elt+link+link+.ambox{margin-top:-1px}html body.mediawiki .mw-parser-output .ambox.mbox-small-left{margin:4px 1em 4px 0;overflow:hidden;width:238px;border-collapse:collapse;font-size:88%;line-height:1.25em}.mw-parser-output .ambox-speedy{border-left:10px solid #b32424;background:#fee7e6}.mw-parser-output .ambox-delete{border-left:10px solid #b32424}.mw-parser-output .ambox-content{border-left:10px solid #f28500}.mw-parser-output .ambox-style{border-left:10px solid #fc3}.mw-parser-output .ambox-move{border-left:10px solid #9932cc}.mw-parser-output .ambox-protection{border-left:10px solid #a2a9b1}.mw-parser-output .ambox .mbox-text{border:none;padding:0.25em 0.5em;width:100%}.mw-parser-output .ambox .mbox-image{border:none;padding:2px 0 2px 0.5em;text-align:center}.mw-parser-output .ambox .mbox-imageright{border:none;padding:2px 0.5em 2px 0;text-align:center}.mw-parser-output .ambox .mbox-empty-cell{border:none;padding:0;width:1px}.mw-parser-output .ambox .mbox-image-div{width:52px}@media(min-width:720px){.mw-parser-output .ambox{margin:0 10%}}

Conforme os termos de uso “todo o material de texto, áudio e vídeo produzido exclusivamente pela Voz da América é de domínio público”.Todo o material produzido exclusivamente pela Voz da América está em domínio público. A licença não se aplica a materiais de terceiros divulgados pela VOA.

Com ingressos esgotados, Vasco recebe Criciúma pelo Brasileirão

O Vasco recebe o Criciúma na tarde deste sábado (27) em São Januário com casa cheia. A torcida cruzmaltina esgotou os 18 mil ingressos para o duelo da quarta rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. O Gigante da Colina quer voltar a vencer, após duas derrotas seguidas (Bragantino  e Fluminense). Já o adversário catarinense soma dois empates, com Juventude e Atlético-MG. O duelo, a partir das 16h (horário de Brasília), será transmitido na Rádio Nacional, com narração de Rodrigo Campos, os comentários de Waldir Luiz e a reportagem de Rafael Monteiro. na competiçã, contra Já o Criciúma 

#DiaDeVasco 💢

🎨: @vascomics#VascoDaGama pic.twitter.com/uEktv1HwmS

— Vasco da Gama (@VascodaGama) April 27, 2024

Com a semana toda para treinar, o técnico Ramón Díaz deve ter a volta do chileno Gary Medel. Recuperando-se de lesão, o francês Dimitri Payet ainda é dúvida. No ataque, o jovem da base, Rayan, vem pedindo passagem. Quem também busca uma vaga entre os titulares é Hugo Moura. O volante, ex-Flamengo, vai fazer a primeira partida no caldeirão vestindo a camisa vascaína.

“Já joguei contra o Vasco em São Januário, a torcida empurrando o tempo todo, gritando. Todo, isso é muito difícil para o adversário. Tenho certeza que nessa temporada vamos colocar o clube em o seu melhor lugar. Vamos dar o nosso máximo, fazer o melhor para dar alegria torcedor vascaíno”, afirmou Moura.

Fora dos gramados, o Vasco também tem novidades, com a chegada de Pedro Martins como novo diretor de futebol. O executivo teve trabalho recente no Cruzeiro e chega ao clube carioca para ocupar o lugar deixado por Alexandre Mattos. Os conselheiros do Vasco também elegeram Paulo Salomão para ocupar a segunda cadeira do Conselho Administrativo da SAF. O dirigente afirmou que, apesar de querer transparência, vê poucas chances de conseguir a abertura do contrato com a SAF, já que a justiça tende a considerar este contrato como sigiloso.

Treinamento no CT do Fluminense, na Barra da Tijuca ⚽️ Tigre pronto para o confronto contra o Vasco da Gama neste sábado!

📷 Celso da Luz | CEC#brasileirao2024 pic.twitter.com/sZCLehh0lS

— Criciúma E.C. (@CriciumaEC) April 26, 2024

Pelo lado do Criciuma, o treinador Claudio Tencati ganhou um reforço no finalzinho da canela de transferências, o atacante Alano, que veio por empréstimo do Goiás.

“Vinha treinando normalmente no meu clube anterior, agora é deixar tudo na mão do professor. A hora que ele se sentir à vontade de me escalar para ajudar o clube, estarei disposto”, garantiu Alano.

TV Brasil transmite 3 jogos da Série B do Brasileirão no fim de semana

A TV Brasil transmite três partidas válidas pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro da Série B neste final de semana.

A emissora pública leva ao ar os duelos Guarani (SP) x Chapecoense (SC), na sexta (26), às 21h; Coritiba (PR) x Brusque (SC), no domingo (28), às 16h; e Goiás (GO) x Ponte Preta (SP), também no domingo, às 18h30.

O canal faz um pré-jogo de 15 minutos antes de cada disputa. A equipe de reportagem traz notícias sobre as equipes, detalhes da escalação dos times e a tabela atualizada dos clubes na competição.

Saiba como assistir aos jogos da Série B na TV Brasil

O Guarani (SP) recebe a líder Chapecoense (SC) nesta sexta, ao vivo, às 21h, no estádio Brinco de Ouro, em Campinas. A TV Brasil transmite o confronto logo depois da trama turca Um Milagre, a partir das 20h45. A partida tem narração de André Marques. Os comentários são de Rodrigo Campos e Brenda Balbi. O repórter Lincoln Chaves traz as notícias diretamente do campo.

O clube paulista estreou na competição com derrota de 2 a 0 fora de casa para o Vila Nova, em Goiânia. Já a equipe catarinense venceu o Ituano por 3 a 1, como mandante, na Arena Condá, na primeira rodada do Brasileirão da Série B.

A TV Brasil apresenta rodada dupla com dois jogos da competição na tarde de domingo. A jornada esportiva começa às 15h45 com o aquecimento da disputa Coritiba (PR) x Brusque (SC). A bola rola às 16h.

André Marques narra a disputa entre as equipes da Região Sul do país. O Coritiba recebe o Brusque no Couto Pereira, na capital paranaense, Curitiba. Os comentários são de Brenda Balbi e do jornalista convidado JP Scofano. O repórter Igor Santos faz as reportagens no gramado.

O time local estreou na competição com um empate como visitante diante da Ponte Preta por 1 a 1 na estreia da Série B. Já o Brusque divide a liderança do campeonato com a rival Chapecoense depois de vencer o Mirassol por 3 a 1 em Itajaí.

A outra partida programada pela TV Brasil para transmissão neste domingo é Goiás (GO) x Ponte Preta (SP), com pré-jogo às 18h15. O confronto narrado por Rodrigo Campos inicia às 18h30. Os comentaristas são o jornalista Sergio du Bocage e o convidado Nelson “Patola”. O repórter Daniel Ito traz as informações direto do estádio Hailé Pinheiro, em Goiânia.

Os adversários iniciaram a trajetória na Série B do Campeonato Brasileiro com empates na primeira rodada. O Goiás ficou no 1 a 1 com o Ceará, como visitante, em Fortaleza, na Arena Castelão. Já a Ponte Preta recebeu o Coritiba no Moisés Lucarelli e manteve o mesmo resultado de igualdade com um gol para cada equipe.

Transmissão da Série B

Neste ano, 20 clubes disputam o campeonato, que vai até novembro e vale vaga na Série A e na Copa do Brasil. Dos 380 jogos da competição, a TV Brasil selecionará três por rodada, totalizando 114 partidas transmitidas.

A chegada da Série B faz parte da estratégia da emissora de ampliar a presença do esporte na sua programação. A TV Brasil também exibe atualmente o Brasileirão Feminino e a Liga de Basquete Feminino (LBF).

Por meio da Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP), que reúne 98 emissoras afiliadas da TV Brasil, os torcedores de todo o país poderão assistir às partidas e acompanhar seus times na disputa pelo título. Saiba como sintonizar a TV Brasil na sua cidade.

Sobre a competição

Em 2024, a Série B terá 380 jogos e será disputada no sistema de pontos corridos, em turno e returno, com 19 jogos de ida e 19 jogos de volta. Disputam a competição os seguintes clubes: Amazonas (AM), América (MG), Avaí (SC), Botafogo (SP), Brusque (SC), Ceará (CE), Chapecoense (SC), Coritiba (PR), CRB (AL), Goiás (GO), Guarani (SP), Ituano (SP), Mirassol (SP), Novorozintino (SP), Operário (PR), Paysandu (PA), Ponte Preta (SP), Santos (SP), Sport (PE) e Vila Nova (GO). Os quatro primeiros conquistam uma vaga na Série A em 2025.

Serviço

Brasileirão Série B 2024 na TV Brasil
Sexta-feira, dia 26/4, 20h45 – Guarani (SP) x Chapecoense (SC)
Domingo, dia 28/4, às 15h45 – Coritiba (PR) x Brusque (SC)
Domingo, dia 28/4, às 18h15 – Goiás (GO) x Ponte Preta (SP)

Libertadores: Flamengo enfrenta Bolívar na altitude de La Paz

O Flamengo tem o seu maior desafio na atual edição da Copa Libertadores até aqui, subir os 3.640 metros de altitude de La Paz para encarar o Bolívar (Bolívia) no estádio Hernando Siles, nesta quarta-feira (24) a partir das 21h30 (horário de Brasília). A Rádio Nacional transmite o jogo válido pela 3ª rodada da fase de grupos da competição.

Missão 🇧🇴

VAAAMOSSSS, FLAMENGOOO! #VamosFlamengo #CRF

📸: Gilvan de Souza /CRF pic.twitter.com/464pF2gGWJ

— Flamengo (@Flamengo) April 23, 2024

Ocupando a vice-liderança da classificação do Grupo E com quatro pontos conquistados, o Rubro-Negro terá pela frente justamente o líder da classificação, a equipe boliviana, que tem seis pontos até aqui.

Um grande temor da equipe brasileira para esta partida são os efeitos da altitude, como afirmou, em entrevista coletiva, o preparador físico Fabio Mahseradjian: “Quanto mais você sobe, menor é a densidade do ar. E aí você afeta a captação de oxigênio do seu alvéolo pulmonar, porque a pressão parcial de oxigênio cai”.

Mesmo prevendo dificuldades diante do Bolívar, o Flamengo optou por não levar sete de seus principais jogadores para La Paz, entre eles o atacante Pedro e o meia uruguaio Arrascaeta.

“O Clube de Regatas do Flamengo informa que os atletas Allan, que apresenta traços falcêmicos que podem prejudicar a alta performance em altitude, e Léo Pereira, com quadro viral, não viajarão para a Bolívia. Já os atletas Varela, Ayrton Lucas, Erick, Arrascaeta e Pedro também não serão relacionados de acordo com o planejamento da comissão técnica, sempre guiado pela ciência na busca da mais alta performance”, afirmou a equipe da Gávea em nota.

Desta forma, o Flamengo deve entrar em campo com uma equipe muito modificada. Uma provável escalação é: Rossi; Wesley, Leo Ortiz, David Luiz e Viña; Igor Jesus, Gerson, De la Cruz e Victor Hugo; Luiz Araújo e Bruno Henrique.

Outra arma do Bolívar que o Flamengo deve levar em consideração é o atacante brasileiro Francisco da Costa. O jogador, conhecido como Chico, é o artilheiro da equipe boliviana até aqui na competição, com três marcados.

🔥🩵 Francisco da Costa

🏆 @Bolivar_Oficial #GloriaEterna pic.twitter.com/AePRudsTJM

— CONMEBOL Libertadores (@Libertadores) April 11, 2024

Transmissão da Rádio Nacional

A Rádio Nacional transmite Bolivar e Flamengo com a narração de André Marques, comentários de Waldir Luiz, reportagem de Rodrigo Ricardo e plantão de Bruno Mendes. Você acompanha o Show de Bola Nacional aqui:

Em meio às tensões na China, Índia entrega mísseis de cruzeiro supersônicos às Filipinas

23 de abril de 2024

 

A Índia começou a entregar mísseis de cruzeiro supersônicos às Filipinas, enquanto os dois países estreitam os laços estratégicos e de defesa em meio às crescentes tensões entre a nação do Leste Asiático e a China sobre disputas marítimas no Mar do Sul da China.

Os mísseis BrahMos estão sendo adquiridos pelas Filipinas sob um acordo de US$ 375 milhões assinado em 2022.

“Agora também exportamos mísseis BrahMos. O primeiro lote deste míssil vai hoje para as Filipinas”, disse o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, na sexta-feira, num comício eleitoral.

A Índia e as Filipinas intensificaram a cooperação em defesa à medida que as preocupações sobre uma China cada vez mais assertiva se aprofundam em ambos os países.

As tensões entre as Filipinas e a China aumentaram ao longo do ano passado, à medida que Pequim, citando direitos históricos, pressiona as suas reivindicações sobre áreas dentro da zona económica exclusiva de Manila. Os esforços para resolver o impasse militar de quatro anos entre Nova Deli e Pequim ao longo da disputada fronteira com o Himalaia fizeram pouco progresso.

Em Nova Deli, analistas dizem que a Índia quer fazer parte de uma reação maior contra a China no Mar da China Meridional, à medida que aumentam as preocupações com as ambições territoriais de Pequim.

“A entrega de mísseis BrahMos às Filipinas não é, por si só, uma mudança de jogo. Mas a ideia é que façamos parte de uma coligação mais ampla de países, incluindo os EUA, que tentam desenvolver a força e reforçar a segurança de países mais pequenos como as Filipinas. É o que chamamos de estratégia de trabalho em rede”, segundo Sreeram Chaulia, reitor da Escola Jindal de Assuntos Internacionais.

As tensões entre as Filipinas e Pequim aumentaram após os recentes confrontos entre as guardas costeiras e outras embarcações dos dois países.

A China, que reivindica quase todo o Mar da China Meridional, destaca navios da guarda costeira para patrulhar o que considera serem as suas águas – além das Filipinas, Pequim também tem disputas marítimas com países como o Vietname, a Indonésia e a Malásia.

Os mísseis fornecidos pela Índia são produzidos em joint venture com a Rússia. Eles são um sistema anti-navio baseado em terra com um alcance de 290 quilômetros. Segundo o acordo, a Índia fornecerá três versões do sistema de mísseis, de acordo com relatos da mídia nacional em Nova Delhi.

O diretor-geral assistente do Conselho de Segurança Nacional das Filipinas, Jonathan Malaya, disse a repórteres em Manila que os mísseis serão implantados pelos fuzileiros navais filipinos.

“Isso acrescenta uma camada importante e prática de dissuasão para as Filipinas em meio aos seus recursos militares limitados em relação à China”, disse à VOA Don McLain Gill, analista geopolítico e professor do Departamento de Estudos Internacionais da Universidade De La Salle, Manila. em comentários enviados por e-mail. Ele disse que os mísseis irão “reforçar a sua defesa costeira para exercer mais eficazmente a sua soberania e direitos soberanos no Mar das Filipinas Ocidental, num momento em que a China tem perseguido incansavelmente as suas ambições expansionistas contra o direito internacional”.

Analistas dizem que a construção da cooperação em defesa com as Filipinas também sinaliza que Nova Deli está agora a ultrapassar o Oceano Índico para contribuir para a manutenção da estabilidade na região Indo-Pacífico.

Durante uma visita a Manila no mês passado, o ministro dos Negócios Estrangeiros indiano, Subrahmanyam Jaishankar, reiterou “o apoio da Índia às Filipinas na defesa da sua soberania nacional”.

Fonte
 

TV Brasil terá domingo com clássico mineiro no Brasileiro feminino

A TV Brasil terá mais um dia de rodada dupla neste domingo (21), com o clássico entre Atlético-MG e Cruzeiro, a partir das 15h (horário de Brasília) pela Série A1 do Campeonato Brasileiro de futebol feminino, e com o confronto entre Ponte Preta e Coritiba, a partir das 18h na Série B do Brasileirão masculino.

O domingo de futebol na TV Brasil começa às 15h com o clássico mineiro pelo Brasileiro feminino, no qual o 9º colocado Cruzeiro busca uma vitória no Sesc Venda Nova para se aproximar dos líderes, enquanto o lanterna Atlético-MG luta para somar seus primeiros pontos na competição

🖤🤍 Fim de semana de clássico para as #Vingadoras!

🆚 Atlético x Cruzeiro
🕒 15h
🏟️ Sesc Venda Nova
🎟️ Jogo sem presença de público: https://t.co/OHiOQdVche
🎥 Canal Goat e TV Brasil pic.twitter.com/uK1CeWmiIh

— Galo Futebol Feminino (@GaloFFeminino) April 18, 2024

Depois, a partir das 18h, será a hora de a emissora pública transmitir a estreia de Ponte Preta e Coritiba na edição 2024 da Série B masculina, que será disputada no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas.

Rádio Nacional

Já na Rádio Nacional o domingo será de confronto pela Série A do Brasileiro entre o Flamengo e o Palmeiras, na Allianz Arena, em São Paulo, a partir das 16h. A transmissão contará com a narração de Luciana Zogaib, comentários de Waldir Luiz, reportagem de Rodrigo Ricardo e plantão de Bruno Mendes. Você acompanha o Show de Bola Nacional aqui:

Analistas: Decisões do F-16 e da base naval da Argentina interrompem o ímpeto da China

21 de abril de 2024

 

Analistas de assuntos internacionais veem uma mudança na política externa com repercussões de longo alcance para os EUA e a China na decisão da Argentina esta semana de comprar caças F-16 de fabricação americana e no seu anúncio no início de abril de parceria com os militares dos EUA em uma base naval no extremo sul da América do Sul.

A decisão da Argentina de comprar 24 F-16 à Dinamarca, em vez de optar por uma oferta concorrente da China, levou alguns comentadores chineses a lamentar o revés. Pequim vem tentando há mais de uma década vender caças argentinos JF-17 que a China desenvolveu com o Paquistão.

A escolha era “um tanto inevitável”, dada a posição pró-liberdade e anticomunista do recentemente eleito presidente argentino, Javier Milei, disse o especialista argentino baseado em Londres, Christopher Ecclestone.

Rick Fisher, membro sênior do Centro Internacional de Avaliação e Estratégia, com sede em Washington, disse que até a posse de Milei, a Argentina parecia estar no caminho de uma cooperação política, econômica e militar cada vez mais profunda com Pequim – um caminho que ameaçava Interesses dos EUA na região e além.

Se a China tivesse conseguido vender os seus jactos à Argentina, bem como outras armas, incluindo veículos blindados, teria conseguido entrar na infra-estrutura de defesa e segurança do país, disse Fisher, acrescentando que “outros países latino-americanos teriam sido encorajados a seguir o seu exemplo”. passos.”

Estreito de Magalhães

Analistas disseram que a decisão de Milei de fazer parceria mais ampla com os EUA, inclusive em uma base naval perto do Estreito de Magalhães, foi igualmente importante. Os esforços persistentes da China para estabelecer parceria com a Argentina no desenvolvimento da base foram amplamente divulgados.

Num discurso no início deste mês, Milei disse que a Argentina coordenaria estreitamente com os Estados Unidos o desenvolvimento da base naval de Ushuaia.

Os comentários de Milei foram feitos depois que ele voou de Buenos Aires para se encontrar com a general quatro estrelas do Exército dos EUA, Laura Richardson, em Ushuaia. Sua visita à Argentina este mês foi a terceira desde que assumiu o comando do Comando Sul dos EUA em outubro de 2021.

“A visita da general Laura Richardson a Ushuaia e a viagem de Milei para lá para realizar uma conferência de imprensa conjunta foi em si uma mudança dramática na política externa argentina”, disse Fisher à VOA.

Fisher disse que as ações de Milei desde que assumiu o cargo reverteram “o impulso que a China comunista construiu na América Latina” e chamou isso de um retrocesso contra a ambição hegemônica global de Pequim.

A importância da base naval de Ushuaia tem tudo a ver com a sua localização, dizem os especialistas. Enfrenta o Estreito de Magalhães e a Antártida mais ao sul, o que o torna tão estrategicamente importante quanto o Canal do Panamá.

Se a China tivesse garantido o controle do Estreito de Magalhães, poderia potencialmente impedir a Marinha dos EUA de transitar forças militares entre os oceanos Atlântico e Pacífico, disse Fisher.

Em vez disso, “a Argentina fazendo causa comum com os EUA na extremidade inferior da América Latina bloqueia efetivamente o acesso da China ao Atlântico Sul a partir do lado ocidental”, observou Ecclestone numa mensagem publicada no LinkedIn.

Resposta dos EUA

Num sinal de que os Estados Unidos estão a dar maior atenção à América Latina, depois de anos a observar a China fazer incursões a sul da sua fronteira, Richardson detalhou outras transferências de armas e investimentos dos EUA que estão planeados ou em curso.

Além dos caças F-16 e de um avião de transporte C-130 Hercules que os EUA presentearam a Argentina após um arrendamento de 11 meses, ela disse à mídia argentina que 250 veículos blindados Stryker estavam no horizonte. A construção de uma fábrica na Argentina para manutenção dos Strykers também foi discutida, disse Richardson.

Outros equipamentos que poderiam ajudar a Argentina nas patrulhas marítimas, incluindo aviões de vigilância P-3 e aeronaves King Air, também estão na lista, disse ela.

Richardson também revelou que os EUA estavam prestes a terminar a construção de um centro de operações de emergência na província de Neuquén, no oeste da Argentina, onde Pequim opera uma estação espacial profunda desde 2018.

Especialistas dizem que a estação funciona como uma base militar chinesa no exterior e está intimamente ligada à guerra eletrônica e espacial, incluindo rastreamento e vigilância, acusação que a China nega.

“A seguir, vamos instalar computadores, telas e outras coisas de TI”, disse Richardson em entrevista ao Infobae, o site de notícias mais visitado da Argentina.

Questionado sobre as incursões da China nas redes 5G dos países latino-americanos, Richardson instou os países a refletirem sobre a natureza de um governo comunista. “Se eles não tratam o seu próprio povo com respeito, o que nos faz pensar que eles tratarão o nosso povo com respeito?”

Ela também destacou que todas as empresas estatais enviadas para o exterior e envolvidas em projetos estratégicos são obrigadas pelas leis ditadas pelo governo chinês a servir os interesses e necessidades do Partido Comunista no poder.

O Pentágono também aprovou financiamento para um programa de sete anos – a Iniciativa de Parceria para Manutenção de Teatros – que visa ajudar as nações a manter qualquer equipamento que comprem dos EUA, disse Richardson na entrevista.

Richardson disse que não via por que os países da América Latina não conseguiam atingir os padrões da OTAN para o funcionamento e operação de equipamentos de defesa. Os Estados Unidos estão empenhados em estabelecer parcerias com quase 30 nações ao sul da sua fronteira para fortalecer as suas capacidades, disse ela.

Nessa frente, Buenos Aires está apostada. Na quinta-feira, a Argentina enviou uma carta de intenções à OTAN solicitando tornar-se um dos parceiros globais da organização.

Em outro sinal de reciprocidade, a Embaixada dos EUA na Argentina anunciou na quinta-feira que Washington estava fornecendo à Argentina US$ 40 milhões para a compra dos F-16.

“Esta é a primeira vez que a Argentina recebe FMF [financiamento militar estrangeiro] dos EUA desde 2003”, segundo o comunicado de imprensa da embaixada.

Fonte
 

Filho do prefeito de Belém morre aos 16 anos

O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, comunicou nas redes sociais, neste sábado (20), que seu filho, Arthur Rodrigues (foto), de 16 anos, morreu em Joinville, em Santa Catarina, onde vivia com a mãe e passava por um tratamento de saúde. A causa da morte não foi divulgada.

“Neste momento de inexprimível dor, é com o coração partido que compartilhamos com todos os belenenses a perda de meu querido filho, Arthur. Ele era um jovem de 16 anos, cheio de luz e generosidade, e mesmo em seus últimos dias, nos deu lições de força e amorosidade”, comunicou o prefeito.

Doação de órgãos

Edmilson informou ainda a intenção do filho de doar os órgãos. “Através da doação de seus órgãos, queremos mostrar sua essência amorosa, seu desejo de ajudar o próximo e seu sonho de justiça social”, completou o prefeito, que agradeceu os apoios que recebeu nos últimos dias.

A postagem anunciando a morte do filho gerou diversos comentários de autoridades, entre eles, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se solidarizou com o político paraense. “Meus sentimentos a você e sua família, companheiro. Muita força nesse momento tão difícil”, disse Lula.

Em nota, a prefeitura de Belém também lamentou a morte precoce. “Toda nossa solidariedade e nossa força à família enlutada”, afirmou. O corpo de Arthur será velado em Joinville.

Caso Samarco: e-mail revelado em Londres indica que BHP avaliou riscos

Um e-mail que consta do processo judicial que tramita no Reino Unido sobre o rompimento da barragem da mineradora Samarco vem sendo usado pela defesa dos atingidos para reforçar argumentos.

No episódio, ocorrido em novembro de 2015 na cidade de Mariana, em Minas Gerais, uma avalanche de rejeitos foi liberada no meio-ambiente, causando 19 mortes e gerando impactos para populações de dezenas de cidades ao longo da bacia do Rio Doce. Os atingidos acionam as cortes britânicas visando responsabilizar a BHP Billiton. A mineradora anglo-australiana com sede em Londres é acionista da Samarco, junto com a Vale.

O teor do e-mail foi revelado nessa quinta-feira (18) em audiência no Tribunal de Tecnologia e Construção, na capital inglesa. Ele foi enviado um dia após a tragédia por Marcus Randolph, ex-chefe de divisão da BHP e ex-integrante do conselho de administração da Samarco. Os destinatários eram outros dois executivos da mineradora anglo-australiana: o diretor executivo Andrew Mackenzie e o diretor de minério de ferro Jimmy Wilson.

“Fico muito triste ao ler sobre o rompimento da barragem de rejeitos da Samarco. Há cerca de 3 a 4 anos, a pedido da BHP, o conselho da Samarco fez um relatório independente sobre a segurança da barragem. Seus resultados foram apresentados no conselho da Samarco”, inicia o e-mail.

Responsabilidade

O conselho de administração da Samarco mencionado é composto por representantes da BHP Billiton e da Vale. Ele tem caráter deliberativo e é responsável por tomar decisões estratégicas para os negócios. Randolph, que era diretor de ferrosos e carvão da BHP entre 2007 e 2013, foi um dos integrantes indicados pela mineradora anglo-australiana. Quando ocorreu a tragédia, no entanto, ele já não atuava mais no conselho.

Randolph destaca no e-mail sua atuação e se coloca à disposição para colaborar. “Nós nos empenhamos muito na segurança da barragem. Depois de uma visita ao local, enviei uma nota à Samarco que continha comentários extensos sobre o risco da barragem. Se eu puder ajudar de alguma forma, entre em contato comigo. Enviei várias cartas à diretoria solicitando revisões da barragem e me lembro muito bem dos acontecimentos. Acredito que também havia alguns documentos no registro de riscos da BHP e nossos nossos comitês tiveram discussões sobre o risco”, acrescenta o texto.

No processo que tramita no Reino Unido, cerca de 700 mil atingidos são representados pelo escritório Pogust Goodhead e cobram indenização por danos morais e materiais. São listadas perdas de propriedades e de renda, aumento de despesas, impactos psicológicos, impactos decorrentes de deslocamento e falta de acesso à água e energia elétrica, entre outros prejuízos.

No caso de indígenas e quilombolas que também figuram na ação, são mencionados os efeitos para as práticas culturais e os impactos decorrentes da relação com o meio ambiente.

Há ainda reivindicações de 46 municípios, além empresas e instituições religiosas. As audiências que avaliarão as responsabilidades pela tragédia estão marcadas para outubro deste ano.

O e-mail chegou ao processo através de um instrumento previsto no direito processual inglês, pelo qual o escritório Pogust Goodhead foi autorizado a acessar alguns documentos internos da BHP Billiton. Em meio a eles, encontrou a correspondência de Randolph. Os advogados dos atingidos sustentam que o achado reforça o entendimento de que a BHP Billiton foi alertada dos riscos de colapso da barragem e afasta alegações de que a mineradora não se envolvia na operação diária da mina da Samarco. Eles pleiteiam agora acesso aos documentos citados no e-mail.

Procurada pela Agência Brasil, a BHP Billiton destacou, em nota, que a audiência foi procedimental e não discutiu o mérito do caso. “Discussões sobre produção de provas e documentos são usuais na atual fase do processo inglês e não se confundem com a apreciação de alegações acerca da responsabilidade da BHP, que serão objeto das audiências designadas para outubro de 2024 com duração de 14 semanas”, registra o texto.

Tramitação

O processo começou a tramitar no Reino Unido em 2018. Desde o início, a BHP Billiton alegou haver duplicação de julgamentos e defendeu que a reparação dos danos deveria se dar unicamente sob a supervisão dos tribunais brasileiros. A ação chegou a ser suspensa na etapa inicial, quando ainda se discutia se o caso poderia ser analisado no país.

Em 2020, sem entrar no mérito da questão, o juiz inglês Mark Turner acatou os argumentos da BHP Billiton e considerou que havia abuso, entre outras coisas, porque poderia haver sentenças inconciliáveis com julgamentos simultâneos no Brasil e no Reino Unido. A defesa dos atingidos, no entanto, conseguiu reverter essa decisão em instâncias superiores.

Com o avanço do processo, a BHP Billton decidiu mover uma ação para reivindicar que a Vale também fosse incluída. A mineradora anglo-australiana passou a sustentar que, em caso de condenação, sua sócia deveria arcar com pelo menos 50% do valor fixado. A Vale também buscou questionar a competência das cortes britânicas para analisar o caso, mas o pedido da BHP Billiton foi acatado e ela passou a ser considerada ré.

O processo ainda deve se arrastar. Mesmo que a responsabilidade das mineradoras seja reconhecida em outubro deste ano, o cronograma do tribunal inglês indica que a análise dos pedidos de indenização individual poderá ocorrer apenas no fim de 2026.

Reparação no Brasil

No Brasil, o processo reparatório gira em torno do Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC) – firmado entre as três mineradoras, a União e os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo. Com base nele, foi criada a Fundação Renova. Ela assumiu a gestão de mais de 40 programas, cabendo às mineradoras o custeio de todas as medidas.

Porém, passados mais de oito anos, a atuação da entidade é alvo de diversos questionamentos judiciais por parte dos atingidos, do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e do Ministério Público Federal (MPF). Há discussões envolvendo desde a demora para a conclusão das obras de reconstrução dos distritos arrasados na tragédia até os valores indenizatórios. Uma tentativa de repactuação do processo reparatório, capaz de apontar solução para mais de 85 mil processos sobre a tragédia, está em andamento desde 2022. Até o momento, não houve sucesso.

Diante desse cenário, em janeiro desse ano, a Justiça Federal condenou a Samarco, a Vale e a BHP a pagar R$ 47,6 bilhões para reparar os danos morais coletivos causados pelo rompimento da barragem. As mineradoras recorrem da decisão.

Feira aberta ao público reúne mais de 30 etnias indígenas

Mais de 300 indígenas vão ocupar os amplos jardins do Museu da República, no Catete, zona sul do Rio de Janeiro, neste sábado (20) e domingo (21). Eles representam mais de 30 etnias do estado que participam de um evento aberto ao público.

Serão realizadas atividades culturais como danças e cantos tradicionais dos povos originários, pinturas corporais, contação de história, venda de artesanato, oficinas, rodas de conversar e debates. O evento é de graça e acontece das 9h às 17h.

Serão montadas cercas de 90 barracas de expositores indígenas de diversas etnias, entre elas, guarani, pataxó, tukano, puri, fulni-ô, kaingang, guajajara, ashaninka, tikuna, tupinambá, baniwa, waurá, kamayurá, yawalapiti, kayapó, mehinako, pankararu, kariri-xocó, karajá, potiguara, sateré mawé, bororo, huni-kuin, shanenawa, kadiwéu, kambeba, kichua, anambé, maraguá e goitacá.

Indígenas de mais de 30 etnias participam de evento no Museu da República neste fim de semana – Paulo Barros/AIAM

A Semana Intercultural Indígena é realizada pela Associação Indígena Aldeia Maracanã e é uma forma de celebração do Dia dos Povos Indígenas. A data é oficialmente comemorada no dia 19 de abril. Mas os organizadores preferiram fazer o evento no fim de semana para facilitar a presença do público.

O indigenista da Aldeia Maracanã Toni Lotar destaca a importância de aproximar povos e tradições indígenas do público geral.

“O Brasil tem uma das maiores diversidades étnicas, culturais e linguísticas do mundo, e o povo brasileiro em sua maioria não sabe dessa grande riqueza cultural. É muito importante essa oportunidade de contato direto do público com os indígenas e sua cultura viva”, disse à Agência Brasil.

“Além disso, com a venda de artesanato, o evento propicia uma oportunidade de geração de renda para os expositores indígenas”, completa.

No sábado, às 14h, será exibido o curta-metragem Território do Cocar, com um debate sobre os 200 anos da independência do Brasil revistos sob a ótica dos povos indígenas.

No domingo, também às 14h, será exibido o documentário Para Berta, com Amor, sobre a antropóloga Berta Ribeiro (1924-1997), esposa do também antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997). Após a exibição, haverá um debate sobre a importância do legado etnográfico dela.

Reivindicação

Os dois dias de atração vão servir também para reivindicação. Os organizadores vão coletar nomes para o abaixo-assinado da campanha Restauro Já, que cobra do governo do estado o compromisso assumido de criar o Centro de Referência da Cultura Viva dos Povos Indígenas, onde ficava a Aldeia Maracanã.

A Aldeia Maracanã ocupava um terreno e um prédio histórico que ficam ao lado do estádio homônimo, na zona norte do Rio de Janeiro.

Em 2013, indígenas de várias etnias foram retirados do local, por ordem da Justiça, em um processo de reintegração de posse movido pelo governo estadual.

No ano seguinte, depois de terem passado por um abrigo provisório, eles foram instalados em um conjunto habitacional, quando fundaram a Associação Indígena Aldeia Maracanã. São 350 indígenas de dezenas de etnias de todo o país.

A Agência Brasil pediu ao governo do estado comentários sobre a reivindicação dos indígenas, mas não obteve resposta até a conclusão da reportagem.

População indígena

De acordo com o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem cerca de 1,69 milhão de indígenas. Eles representam 0,83% da população.

Pouco mais da metade (51%) vive em cidades da Amazônia Legal, que abrange os estados do Acre, Amazonas, Roraima, Amapá, Pará, Tocantins, Rondônia, Mato Grosso e parte do Maranhão. No estado do Rio de Janeiro, são 16.994.

Atualmente, 274 idiomas indígenas são falados no Brasil.

Serviço

Dia dos Povos Indígenas no Museu da República.

Dias 20 e 21 de abril, das 9h às 17h.

Museu da República: Rua do Catete, 153, Catete – Rio de Janeiro.

Entrada gratuita.