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Aneel mantém bandeira tarifária verde em maio

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira (26) que no mês de maio a bandeira tarifária permanecerá verde. Dessa forma, os consumidores não terão custo extra nas contas de luz.

De acordo com a agência, devido às condições favoráveis de geração de energia, a bandeira tarifária deve permanecer verde até o final do ano. Há 25 meses o país tem adotado a bandeira verde, após o fim da escassez hídrica, que durou de setembro de 2021 até meados de abril de 2022. 

Bandeiras tarifárias

Criadas em 2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o Sistema Interligado Nacional gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.

Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

Em março, a Aneel aprovou uma redução nos valores das bandeiras. Segundo a agência reguladora, a medida foi aprovada devido ao cenário hidrológico favorável, à grande oferta de energia renovável no país e “aos alívios verificados no preço dos combustíveis fósseis no mercado internacional”.

A decisão determinou a redução para a bandeira amarela de quase 37%, saindo de R$ 2,989/kWh para R$ 1,885/kWh. Já para a bandeira vermelha, patamar 1, reduziu de R$ 6,50/kWh para R$ 4,463/kWh (queda de 31,3%) e, o patamar 2, de R$ 9,795/kWh para R$ 7,877/kWh (redução de quase 20%).

Navio de bandeira portuguesa atacado perto do Estreito de Ormuz

Mapa do Estreito de Ormuz

13 de abril de 2024

 

Um cargueiro com bandeira portuguesa foi alvo de um ataque perto do Estreito de Ormuz, entre os Emirados Árabes Unidos e o Irão, neste sábado, 13.

A agência de notícias Tasmin, associada à Guarda Revolucionária di Irão, confirmou o assaltado ao navio que disse ser MSC Aries, que classificou como sendo “associado ao regime sionista”.

A AFP informou ter recebido um vídeo da agência de operações comerciais marítimas do Reino Unido (UKTMO) no qual veem-se militares a descer de um helicóptero e a tomar de assalto o navio de carga junto ao estreito de Ormuz (entre o golfo de Omã e o golfo Pérsico).

A UKTMO afirmou que imagens mostram que pelo menos três indivíduos terão tomado “rapidamente” de assalto o navio de carga.

A agência norte-americana tinha inicialmente avançado que o navio envolvido no ataque deveria ter sido o MSC Aries, de bandeira portuguesa e associado à empresa internacional Zodiac Maritime, parte do grupo do bilionário israelita Eyal Ofer.

Nem a MSC Aires nem Zodiac comentaram a notícia ainda.

O MSC Aries foi localizado pela última vez perto de Dubai em direção ao Estreito de Ormuz, na sexta-feira, 12, mas desligou os dados de rastreio, o que é comum em navios afiliados an Israel que circulam pela região.

Fonte
 

Carlos Sainz aproveita abandono de Verstappen e fatura GP da Austrália

O Grande Prêmio da Austrália de Fórmula 1, disputado nesse domingo (24), em Melbourne, reservou o fim de uma grande sequência. O espanhol Carlos Sainz, da Ferrari, foi o vencedor, encerrando uma série de nove vitórias consecutivas do holandês Max Verstappen, da Red Bull Racing, atual campeão, que largou na primeira posição. Para completar a festa da tradicional escuderia italiana, o monegasco Charles Leclerc terminou em segundo. Lando Norris, da McLaren, fechou o pódio.

Verstappen, que buscava igualar o próprio recorde de 10 vitórias consecutivas na categoria, teve a empreitada terminada em apenas cinco voltas. Embora tenha largado em primeiro, ele viu sua RBR apresentar problemas nos freios e abandonou o GP ainda no começo.

Sainz se aproveitou da chance para assumir a ponta e não largou mais. Curiosamente, ele havia ficado de fora do GP anterior, na Arábia Saudita, devido a uma cirurgia de apendicite.

O companheiro de equipe de Sainz, Charles Leclerc, também conseguiu subir posições e alcançar o segundo lugar em uma disputa com Lando Norris no começo da corrida.

Abandono

Lewis Hamilton e George Russell, ambos da Mercedes, também deixaram a pista. No caso de Russell, o abandono veio após se envolver em um acidente com o espanhol Fernando Alonso, da Aston Martin. O carro de Russell chegou a ficar atravessado no meio da pista antes de o safety car (carro de segurança) ser chamado.

Após o fim da prova, a direção considerou que Alonso colaborou para o acidente pilotando de forma perigosa. O espanhol, que havia fechado em sexto lugar, foi punido com o acréscimo de 20 segundos no tempo final, caindo para a oitava posição.

Após três corridas em 2024, Max Verstappen segue em primeiro na tabela de classificação dos pilotos, com 51 pontos. Leclerc é o segundo, com 47, um a mais que o mexicano Sergio Perez, da RBR. Carlos Sainz, com 40, aparece em quarto.

Já no mundial de construtores, a briga é acirrada entre Red Bull (97 pontos) e Ferrari (93). O próximo compromisso no calendário da Fórmula 1 é o Grande Prêmio do Japão, entre 5 e 7 de abril.

Advogados abandonam defesa de Lessa após STF homologar delação

Os advogados do ex-policial militar Ronnie Lessa abandonaram sua defesa após o anúncio pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, na noite desta terça-feira (19), de que o assassino da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes fechou um acordo de delação premiada, já homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O caso está sendo conduzido na Corte pelo ministro Alexandre de Moraes. 

Em nota, os advogados Bruno Castro e Fernando Santana afirmaram que, por ideologia jurídica, seu escritório não atua para delatores. “Nossa indisposição à delação é genérica, e pouco importa o crime cometido, quem tenha cometido e/ou contra quem foi cometido. Não atuar para delatores é uma questão principiológica, pré-caso, e nada tem a ver com qualquer interesse na solução ou não de determinado crime. Para todos os clientes, invariavelmente, sempre deixamos muito clara nossa aversão ao instituto processual da delação premiada. Com Ronnie Lessa não foi diferente. Desde o primeiro contato deixamos claro que ele não poderia contar com o escritório caso tivesse interesse em fechar um acordo de delação premiada. Talvez, não por outro motivo, que nós não fomos chamados por ele para participar do processo de delação firmado”, diz a nota.

Os advogados informaram que vão apresentar renúncia em todos os 12 processos em que atuam para o ex-policial militar. “Ou seja, a partir de hoje não somos mais advogados de Ronnie Lessa.”

O assassinato de Marielle e do motorista Anderson Gomes completou seis anos na semana passada. Até o momento, somente os executores do crime foram identificados e presos.

Após o anúncio feito pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, o Supremo informou que a delação de Lessa foi homologada depois que Alexandre de Moraes verificou que tinham sido cumpridas as regras da Lei nº 12.850/13 (Lei da Delação). Foram avaliados os requisitos de legalidade, adequação dos benefícios e resultados da colaboração.

Na segunda-feira (18), o gabinete do ministro realizou uma audiência com Ronnie Lessa e confirmou que a delação foi assinada de maneira voluntária.

Com a homologação, o inquérito será devolvido à Polícia Federal para continuidade das investigações.

Alunos do Cefet são baleados em confronto entre PMs e bandidos no Rio

Dois estudantes do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet) foram baleados em confronto entre policiais militares e bandidos na noite de quinta-feira (22), na zona norte do Rio de Janeiro.

A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar (PM) informou que equipes do 6º BPM (Tijuca) realizavam policiamento quando avistaram uma motocicleta e um carro com ocupantes em atitude suspeita, na esquina das Ruas Paula Souza com São Francisco Xavier. Segundo a PM, com a aproximação dos policiais, os criminosos atiraram e houve confronto.

Um policial foi atingido e a munição se fixou no colete balístico. Ele foi atendido no Hospital Central da Polícia Militar, no Estácio, e encontra-se estável.

“Dois homens que estavam em um bar foram atingidos e socorridos ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio. Informações preliminares indicam que o estado de saúde dos feridos é estável”, diz a nota da PM.

Os criminosos fugiram deixando a motocicleta para trás, que foi apreendida. O fato foi registrado na 18ª DP e o policiamento foi intensificado em toda a região.

Justiça condena Ronnie Lessa por contrabandear peças de armas de fogo

No Rio de Janeiro, a Justiça Federal condenou o ex-policial militar Ronnie Lessa por contrabando de peças e acessórios de armas de fogo. Ele vai ter que cumprir seis anos e oito meses de prisão em regime semiaberto. Lessa está preso desde 2019, acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes no ano anterior. Ele e o também ex-policial Élcio de Queiroz ainda aguardam julgamento.

Segundo a acusação apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), Ronnie Lessa fez dez importações ilícitas de peças e acessórios bélicos entre 2017 e 2018. O material poderia ser usado para montar fuzis, armas de airsoft e de pressão a gás. Mas a Justiça só confirmou como passíveis de condenação quatro dessas importações, por considerar que não há provas suficientes nos outros seis casos.

Responsável pela decisão, a juíza Fernanda Resende Djahjah Dominice destacou que Lessa era policial militar e deveria combater e evitar a prática de crimes, além de ter “completa ciência da necessidade de autorização prévia da autoridade competente para o ingresso desse tipo de material em território nacional, e mesmo assim optou por importá-los ilegalmente”.

“As consequências do delito também são especialmente graves. Todo elemento probatório coligido aos autos denota que o acusado importava tais componentes com o objetivo de efetuar a montagem de armas de fogo que seriam inseridas na clandestinidade, o que afeta e coloca em risco milhares de pessoas, representando uma grave ameaça à segurança pública”, acrescentou a juíza.

A filha do ex-policial, Mohana Figueireiro Lessa, também respondia ao processo, acusada de participar de três das dez importações. Ela morava nos Estados Unidos e, segundo o MPF, teria recebido em casa os artefatos comprados pelo pai na internet. Ela trocaria a embalagem dos produtos e os mandaria para o Brasil, sem indicar com precisão o conteúdo da encomenda. A Justiça, no entanto, decidiu absolver Mohana de todas as acusações, por entender que não há provas suficientes do conhecimento dela sobre o crime, “sendo plenamente possível imaginar que seu pai, repita-se, à época policial militar, estivesse legitimado a fazer tais importações”.

Venezuela dá 72 horas para pessoal da ONU abandonar o país

O governo da Venezuela ordenou que todos os funcionários do gabinete de direitos humanos da ONU saiam do país dentro de três dias, dizendo que vai conduzir uma revisão da cooperação.

Na quinta-feira (15), o governo do país sul-americano afirmou que tomou a decisão de “suspender as atividades do escritório de consultoria técnica do Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos e realizar uma revisão dos termos de cooperação técnica”.

A revisão será realizada nos próximos 30 dias, afirmou o governo em um comunicado, acrescentando que todos os funcionários da ONU associados ao escritório precisam deixar o país durante as próximas 72 horas.

O porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, disse durante uma entrevista diária que havia acabado de ficar ciente da decisão da Venezuela e se pronunciara posteriormente.

Críticas

A televisão estatal criticou duramente na quarta-feira comentários do relator especial da ONU sobre o direito à alimentação, Michael Fakhri, que realizou uma visita à Venezuela.

Fakhri afirmou em um comunicado que o programa de alimentação do governo não aborda as causas fundamentais da fome e é suscetível a influências políticas.

O gabinete de direitos humanos da ONU, que opera na Venezuela desde 2019, precisa retificar sua atitude “colonialista, abusiva e violadora”, acrescentou o comunicado do governo.

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Bloco homenageia banda os Paralamas do Sucesso

Arte/Agência Brasil

Nesta segunda-feira (12), às 13h, os Dinossauros Nacionais fazem, no Largo São Francisco de Paula, no centro do Rio de Janeiro, sua já tradicional apresentação de carnaval. O tema, este ano, é Cuide Bem do Seu Amor, Seja Quem For, uma homenagem à banda Paralamas do Sucesso, com um desfile voltado para a inclusão das pessoas com deficiência. Músicas consagradas por Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone ganharão novas roupagens com muito samba, funk, maracatu, xote entre outros ritmos.

A acessibilidade, durante a apresentação dos Dinos, será garantida pela presença de rampas em espaços que garantam a participação de pessoas deficientes ou com mobilidade reduzida; abafadores de ruído para pessoas com sensibilidade auditiva e intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais), em parceria com o Instituto Percepções. 

A intenção do bloco, segundo a  diretora e ritmista do bloco, Isabela Dantas, é conscientizar os foliões que a praça é de todos “e que estamos juntos, inclusive, fora do espaço reservado”. 

“O convite é para nos cuidarmos bem e cada vez melhor, no nosso RocKarnaval e no resto do ano!”, destacam os Dinos.

Banda de Ipanema completa 60 anos e exalta Conceição Evaristo

 

A Banda de Ipanema sai neste sábado de carnaval (10) homenageando a escritora Conceição Evaristo, em uma folia muito especial. Neste carnaval, a banda chega ao seu 60° ano de atividades, somando 58 desfiles, porque ficou 2 anos sem sair durante a pandemia da covid-19.

“Nós vamos fazer também uma saudação ao povo negro, associado ao trabalho dela”, disse à Agência Brasil o presidente da agremiação, Claudio Pinheiro. 

Conceição vai participar dos desfiles, garantiu Claudio Pinheiro, lembrando que “promessa é dívida”. Ele destacou que a escritora fez um trabalho único de defesa do povo negro e denúncia do racismo existente no país.

Banda de Ipanema agita ruas de Ipanema no carnaval – Foto: Sonia Toledo/Divulgação

Neste carnaval, a banda festeja também os centenários de nascimento de grandes nomes ligados à música, entre os quais Nelson Sargento, Monsueto Menezes, Altamiro Carrilho, Billy Blanco, Paulo Vanzolini e Heleninha Costa.

Como ocorre tradicionalmente, a concentração será a partir das 15h30 na Rua Gomes Carneiro com Rua Jangadeiros, na Praça General Osório, em Ipanema. A saída, às 17h, é pela Rua Gomes Carneiro, no trecho compreendido entre a Rua Prudente de Morais e Avenida Vieira Souto. 

“É ali que a banda se forma, se constitui, onde a banda propriamente é formada e a gente segue para a grande demonstração”, ressalta Claudio Pinheiro. 

O desfile tem duração estimada entre 3 horas e 3 horas e 30 minutos.

O retorno à Praça General Osório está previsto entre 20h e 20h30. A Banda de Ipanema volta a desfilar na terça-feira (13).

Expansão

Banda de Ipanema embala foliões na zona sul da cidade – Fernando Frazão/Agência Brasil

Claudio Pinheiro esclareceu que a Banda de Ipanema nunca teve preocupação com a quantidade de seguidores. Ele destacou, entretanto, que a história da banda começou com 30 e poucos componentes apenas. Quando foi fundada, em fevereiro de 1965, havia uma relação de pouco mais de 130 nomes de amigos e amigas que foram chamados para participar do primeiro desfile. 

“Mas como já era esperado, apareceu um número sensivelmente menor para o desfile. Foram 30 e poucos apenas. Depois, foi crescendo. Isso foi no primeiro ano. No segundo ano, triplicou”, lembra.

Segundo Claudio Pinheiro, houve uma época em que a Banda de Ipanema era a manifestação carnavalesca de rua mais numerosa do Rio de Janeiro. Mas a preocupação dos fundadores nunca foi a quantidade de seguidores. “Sempre teve uma característica marcadamente regional, com os amigos de Ipanema. Reconheceu, porém, que houve uma irradiação muito rápida desse tipo de manifestação de rua organizada pela qual a Banda de Ipanema é historicamente responsável. Foi ela que recuperou o carnaval de rua no Rio de Janeiro. Começou na zona sul”.

Na década de 1960, havia os blocos Bafo da Onça e Cacique de Ramos, que costumavam sair pelo centro da cidade. Claudio Pinheiro lembra que depois da Banda de Ipanema, o sentimento legítimo de inclusão, de direito legítimo de o povo estar na rua, se espalhou primeiro pelos bairros vizinhos – Leblon, Copacabana e Leme -, depois para alguns bairros mais afastados. “Foi um processo multiplicador e de irradiação. Assim permanece até hoje, com características básicas preservadas”.

Músicas

Banda de Ipanema embala foliões na zona sul da cidade – Fernando Frazão/Agência Brasil

A Banda de Ipanema toca somente músicas brasileiras, marcadamente carnavalescas, mas não obrigatoriamente de carnaval. O que tem acontecido, no curso dos anos, é que a Banda de Ipanema carnavaliza muitas músicas de origem não carnavalesca. Com isso, um samba canção, uma suíte de Villa-Lobos, são carnavalizadas e o repertório da agremiação traz um problema sério, disse Pinheiro,“caberem 100 músicas no espaço de 3 horas de desfile”.

Neste sábado de carnaval, deverão ser tocadas músicas de Milton Nascimento, Djavan, Chico Buarque, Dona Ivone Lara, para atender pedido da homenageada Conceição Evaristo. “Vamos tentar encaixar o que for possível”. 

O presidente da banda disse que poderão ser separadas as músicas em dois espaços temporais distintos. Um ocorrerá durante o curso do desfile, quando se tocam entre 80 e 100 músicas. Outro durante a concentração, quando a banda tocará músicas com referência aos homenageados do ano.

Claudio Pinheiro faz uma recomendação aos foliões. “Não faltem!”.

Polícia encontra medicamentos vencidos em casa abandonada em Boa Vista

A Polícia Civil de Roraima encontrou diversas embalagens de medicamentos vencidos em uma casa abandonada, no bairro São Francisco, em Boa Vista, que deveriam ter sido usadas no atendimento do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami. A apreensão aconteceu nesta quarta-feira (31).

Os agentes policiais acharam os remédios por acaso. Eles foram ao bairro para apurar denúncias de tráfico de drogas, quando se depararam com o imóvel abandonado. 

Em imagens, é possível ver frascos e caixas de remédios de diversos tipos e laboratórios, acondicionados em sacos plásticos e caixas maiores. Há, entre as substâncias, o antibiótico amoxilina; cloridrato de lidocaína, um injetável que serve para anestesiar regiões do corpo, e nistatina, medicamento utilizado no tratamento de candidíase. Alguns frascos estavam estufados e quase completamente cobertos de sujeira. 

“Eram muitas caixas, com diversos medicamentos, muitos vencidos desde 2021. Desta forma, entendemos que não era competência da Polícia Civil e acionamos a Polícia Federal”, disse a delegada titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública (DRCAP), Magnólia Soares.

Procurada pela Agência Brasil, a Polícia Federal disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que “não possui informações a serem disponibilizadas para imprensa sobre o caso”. 

Também contatada pela reportagem, a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde, disse que repudia o descarte dos medicamentos e enfatizou que deixaram de ser distribuídos pelo governo Bolsonaro. 

A pasta acrescentou que irá colaborar com as investigações, fornecendo todas as informações necessárias às autoridades. “Desde o início da atual gestão, o Ministério da Saúde trabalha no fortalecimento de medidas e ações para a reestruturação dos Distritos Sanitários Indígenas para retomar a assistência aos yanomamis, após anos de abandono e desmonte da saúde indígena”, disse em nota.