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Voo 2283: até o momento, apenas dois corpos foram identificados

O primeiro boletim divulgado neste domingo (11) pelo governo do estado de informa que o Corpo de Bombeiros concluiu os trabalhos de resgate dos corpos dos 58 passageiros e 4 tripulantes que estavam no voo 2283 operado pela Voepass Linhas Aéreas, e que caiu em um condomínio residencial em Vinhedo, interior de São Paulo, na última sexta-feira (9).

Não houve sobreviventes e todos os corpos foram levados ao Instituto Médico Legal (IML) da capital paulista, para os procedimentos de reconhecimento. Até agora, no entanto, apenas dois corpos foram identificados, e o IML não informou quando devem ser liberados para as famílias realizarem o funeral.

As equipes que trabalharam no local do acidente finalizaram a mobilização às 22h45 de ontem (10), quando os corpos das 62 pessoas no total foram retirados dos escombros. O local continuará fechado e sob a responsabilidade do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

As caixas-pretas da aeronave que contém as gravações de voz da cabine e os dados técnicos do voo, desde a partida, em Cascavel  (PR), até o momento da queda, em Vinhedo, já começaram a ser periciadas de acordo com informação da Força Aérea Brasileira (FAB). O destino final desse voo seria o Aeroporto Internacional de Guarulhos.

A Polícia Científica do Paraná montou, em Cascavel, um posto para coleta de dados e amostras de DNA, no âmbito do protocolo DVI, de Identificação de Vítimas de Desastres, para ajudar no reconhecimento dos corpos que estão no IML de São Paulo. Até a noite de ontem, 26 famílias tinham sido atendidas.

Quinze pessoas fizeram a coleta de DNA com swab oral (cotonete usada coletar células da mucosa bucal). Catorze servidores da área de antropologia forense de Foz do Iguaçu foram deslocados para Cascavel para ajudar nos trabalhos e a Polícia Científica pede às famílias que levem documentos de identificação pessoal das vítimas; documentos odontológicos com registros de imagem como radiografias, tomografias, fotos dos dentes e fotos e vídeos recentes que mostrem características físicas das pessoas, como tatuagens. 

IML

Cerca de 40 profissionais – entre médicos legistas, odontólogos legais e equipes de antropologia e radiologia – estão dedicados ao trabalho de reconhecimento dos corpos. O IML central de São Paulo foi fechado para fazer um trabalho exclusivo às vítimas do acidente.

Ontem, 26 famílias de vítimas foram acolhidas no auditório do Instituto Oscar Freire, que fica próximo ao IML, no bairro de Cerqueira César. O atendimento neste domingo começou às 9h pelas equipes da Defesa Civil estadual e do IML.

A orientação aos familiares é que tragam documentações médicas que possam auxiliar na identificação dos corpos, além da coleta de materiais biológicos para a realização de exames genéticos, se assim for necessário. A coleta de materiais genéticos segue uma ordem para seleção das famílias, iniciando por mãe e pai dos desaparecidos; mãe ou pai, mais filho ou cônjuge do desaparecido; filhos e cônjuge do desaparecido; mãe ou pai, mais irmão germano (de pai e mãe) do desaparecido; irmão germano, mais filho e cônjuge do desaparecido ou dois ou mais irmãos germanos do desaparecido.

O governo paulista e a Voepass reservaram acomodações em um hotel nas imediações do IML para os familiares das vítimas vindas para a capital. Nos hotéis, 38 famílias já foram atendidas e receberam apoio psicológico. Em seguida são encaminhadas ao IML. A secretaria de Desenvolvimento Social faz o trabalho de monitoramento dos atendimentos.

As famílias de vítimas que residem em Cascavel, e na cidade de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, e não quiserem se deslocar até a capital paulista, podem se apresentar aos núcleos de IML locais para realizar o atendimento, entregar documentação e coletar material biológico. A prefeitura de Cascavel anunciou que promoverá um funeral coletivo para os passageiros que eram naturais da cidade.  

O próximo boletim será divulgado neste domingo (11) às 17h.

Famílias de vítimas do voo 2283 são acolhidas em São Paulo

Em nota divulgada às 13h deste sábado (10), o governo de São Paulo informou que cinco famílias de vítimas do acidente com aeronave ATR-72, da Voepass Linhas Aéreas, ocorrido ontem, já foram atendidas no auditório do Instituto Oscar Freire, próximo à unidade central do Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo.

Equipes da Defesa Civil estadual e do IML estão no local e as famílias receberam orientações sobre a entrega de documentações médicas que possam auxiliar na identificação dos corpos, incluindo a coleta de materiais biológicos para a realização de exames genéticos, se assim for necessário.

A nota diz que o governo de São Paulo reservou acomodações em um hotel na região central da cidade para receber os familiares das vítimas que estão chegando ao IML (foto) para fazer o reconhecimento dos corpos.  A Secretaria de Desenvolvimento Social está monitorando os atendimentos.

Familiares das vítimas do acidente aéreo chegam ao Instituto Médico Legal de São Paulo- foto – Paulo Pinto/Agência Brasil

Treze famílias já foram recebidas e, após a acomodação nos hotéis, onde recebem acompanhamento psicológico, são orientadas a seguir para o Instituto Oscar Freire para iniciar o procedimento de reconhecimento dos corpos.

As famílias das vítimas que residem em Cascavel, no Paraná, e em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, que não quiserem se deslocar até a capital paulista, podem se apresentar aos núcleos locais do IML para a realização do atendimento, entrega de documentação e coleta de material biológico, informou o governo paulista.

Voepass confirma 58 passageiros à bordo no voo 2283, mais 4 tripulntes

Às 8h40 deste sábado (10/08), a Voepass Linhas Aéreas divulgou uma nota informando que o passageiro Constantino Thé Maia é uma das vítimas do acidente ocorrido no começo da tarde de ontem, sexta-feira (9), com o voo 2283 em Vinhedo, interior de São Paulo. O voo fazia a rota Cascavel, no Paraná a Guarulhos, em São Paulo.

Segundo a Voepass, o nome de Constantino não estava na lista de passageiros embarcados, divulgada ontem, por uma questão técnica identificada pela companhia referente às validações de check-in, validação do boarding e contagem de passageiros embarcados.

“Em respeito à identidade do passageiro e de sua família, a Voepass decidiu confirmar a informação de que Constantino estava a bordo do voo 2283 somente quando não houvesse dúvidas.  Com pesar, a Voepass lamenta informar que o número de vítimas do acidente ocorrido na sexta-feira, dia 09 de agosto, do voo 2283, proveniente de Cascavel com destino ao aeroporto de Guarulhos, é de 62 pessoas”, diz a nota.

A companhia desde ontem presta atendimento e oferece suporte à família de Constantino, que já recebe todo apoio para seu deslocamento até São Paulo.

“Neste momento de profunda dor, a equipe da Voepass Linhas Aéreas segue direcionando seus esforços para apoiar de forma irrestrita todas as famílias das vítimas, para prover não só estrutura operacional, mas também conforto e solidariedade, além de contribuir com as investigações das autoridades competentes”, diz a nota.

IML

Na manhã deste sábado, mais 13 corpos foram recebidos no Instituto Médico Legal de São Paulo. O governador Tarcísio de Freitas determinou que o IML fique fechado para atender exclusivamente as vítimas da tragédia. Familiares serão chamados para trazer elementos que possam contribuir no trabalho de identificação e posterior liberação. As demais ocorrências serão direcionadas para outros locais do IML.

Confira lista com os nomes das 61 pessoas a bordo do voo da Voepass

A Voepass Linhas Aéreas acaba de divulgar à imprensa a lista contendo o nome dos passageiros que estavam no voo 2283, operado pela aeronave ATR-72, de Cascavel (PR) à Guarulhos (SP), que caiu no início da tarde desta sexta-feira (9). A morte de 57 passageiros e de 4 tripulantes foi confirmado. A informação corrige o número de 58 passageiros divulgado anteriormente.

A Voepass está prestando informações às famílias pelo número 0800 9419712.

Passageiros mortos na queda do voo 2283: 

ROSANGELA SOUZA 

ELIANE ANDRADE FREIRE 

LUCIANI CAVALCANTI 

JOSE FER 

DENILDA ACORDI 

MARIA AUXILIADORA VAZ DE ARRUDA 

JOSE CLOVES ARRUDA 

NELVIO JOSE HUBNER 

GRACINDA MARINA CASTELO DA SILVA 

RONALDO CAVALIERE 

SILVIA CRISTINA OSAKI 

WLISSES OLIVEIRA 

HIALESCARPINE FODRA 

DANIELA SCHULZ FODRA 

REGICLAUDIO FREITAS 

SIMONE MIRIAN RIZENTAL 

JOSGLEIDYS GONZALEZ 

MARIA PARRA 

JOSLAN PEREZ 

MAURO BEDIN 

ROSANGELA MARIA DE OLIVEIRA 

ANTONIO DEOCLIDES ZINI JUNIOR 

KHARINE GAVLIK PESSOA ZINI 

MAURO SGUARIZI 

LEONARDO HENRIQUE DA SILVA 

MARIA VALDETE BARTNIK 

RENATO BARTNIK 

HADASSA MARIA DA SILVA 

RAPHAEL BOHNE 

RENATO LIMA 

RAFAEL ALVES 

LUCAS FELIPE COSTA CAMARGO 

ADRIELLE COSTA 

LAIANA VASATTA 

ANA CAROLINE REDIVO 

JOSECARLOS COPETTI 

ANDRE MICHEL 

SARAH SELLALANGER 

EDILSON HOBOLD 

RAFAEL FERNANDO DOS SANTOS 

LIZIBBA DOS SANTOS 

PAULO ALVES 

PEDRO GUSSON DO NASCIMENTO 

ROSANA SANTOS XAVIER 

THIAGO ALMEIDA PAULA 

ADRIANA SANTOS 

DEONIR SECCO 

ALIPIO SANTOS NETO 

RAQUEL RIBEIRO MOREIRA 

ADRIANO DA LUCA BUENO 

MIGUEL ARCANJO RODRIDUES JUNIOR 

DIOGO AVILA 

LUCIANO TRINDADE ALVES 

ISABELLA SANTANA POZZUOLI 

TIAGO AZEVEDO 

MARIANA BELIM 

ARIANNE RISSO  

Tripulantes mortos na queda do voo 2283:

EBORA SOPER AVILA 

RUBIA SILVA DE LIMA 

HUMBERTO DE CAMPOS ALENCAR E SILVA

DANILO SANTOS ROMANO

Petrobras testa voo em aeronave sem piloto para transporte de cargas

O primeiro voo de longo alcance com uma aeronave civil remotamente pilotada percorreu cerca de 180 quilômetros entre a base da Petrobras no bairro Imbetiba, em Macaé (RJ) e a plataforma P-51, na Bacia de Campos, litoral fluminense. A expectativa é que os testes viabilizem voos de longo alcance entre o continente e plataformas, permitindo uma série de aplicações com essa tecnologia. 

Os objetivos do voo, realizado em julho, foram testar a implantação do transporte para conduzir cargas de até 50 kg, agregar valor à logística do transporte aéreo offshore, reduzir custos e coletar dados para o compartilhamento do espaço com outras aeronaves. Esse tipo de tecnologia também pode reduzir emissões de gases de efeito estufa no transporte de cargas leves.

A Petrobras já utiliza a tecnologia de drones para pintura de plataformas e embarcações, além de outros trabalhos em altura, reduzindo a exposição humana a riscos.

A análise dos dados gerados deve ser finalizada ainda no segundo semestre deste ano. Segundo a Petrobras, serão simulados outros voos com aeronaves no mesmo espaço aéreo e, dependendo dos resultados, o procedimento será implantado na empresa.

A operação, ainda em fase de testes, foi feita em colaboração com o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a NAV Brasil e a OMNI Táxi Aéreo, contratada pela Petrobras para operar veículos aéreos não tripulados em missões offshore.

Base Aérea de Canoas poderá receber voo da equipe Delfín, do Equador

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou, nesta quarta-feira (5), a Base Aérea de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, operar voos internacionais de 7 a 9 de junho, para transporte exclusivo da equipe de futebol Delfín Sporting Club, do Equador, para participar dos jogos da Copa Conmebol Sul-americana 2024. O Sport Club Internacional enfrentará o Delfín no sábado (8), a partir de 21h30, pela 5ª rodada do torneio, no estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul (RS).

A portaria foi publicada no Diário Oficial da União e foi assinada pelo superintendente de Infraestrutura Aeroportuária da Anac, Giovano Palma.

No entanto, a liberação exclusiva para pouso e decolagem do avião da delegação equatoriana prevê a comunicação prévia, com 48h de antecedência, à base aérea para uso da pista do aeródromo.

Para operar o voo internacional, a resolução determina ainda o acionamento dos escritórios regionais da Receita Federal, da Polícia Federal (PF), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Vigiagro).

A comunicação obrigatória de chegadas e partidas à Superintendência Regional da Secretaria da Receita Federal deve ter o envio digital com, no mínimo, 24 horas de antecedência, de informações e cópias de documentos necessários ao controle aduaneiro e alfandegário.

Para a Anvisa, a comunicação 48 horas antes deve ser feita por e-mail, contendo informações sobre data e horário de chegada da aeronave, empresa aérea, número do voo, dados de identificação de todos os viajantes, lista de medicamentos e produtos para saúde sob posse da delegação.

A portaria também proíbe operações de abastecimento de água e esgotamento sanitário das aeronaves que fizerem o transporte internacional dos jogadores.

Base Aérea de Canoas

Devido à suspensão por tempo indeterminado das operações do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, desde 27 de maio, a Base Aérea de Canoas, que fica a aproximadamente 15 quilômetros da capital gaúcha, tem operado voos comerciais, com transporte aéreo de passageiros e cargas para atender à demanda reprimida provocada pelas fortes chuvas e enchentes no estado.

A partir da próxima segunda-feira (10), a Base Aérea de Canoas terá a operação emergencial dobrada, de 35 para 70 voos semanais, o que equivale a dez voos diários, conforme anúncio feito pelo Ministério de Portos e Aeroportos.

O embarque e desembarque de passageiros na Base Aérea têm sido administrados pela empresa concessionária do Aeroporto Internacional Salgado Filho, a Fraport Brasil, na estrutura operacional montada para ser um terminal no Park Shopping Canoas.

Base Aérea de Canoas recebe primeiro voo remanejado de Porto Alegre

A Base Aérea de Canoas (RS), na região metropolitana de Porto Alegre, recebeu hoje (27) o primeiro voo comercial remanejado do Aeroporto Internacional Salgado Filho, interditado por tempo indeterminado devido às consequências das chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde o fim de abril.

O Airbus A320 operado pela empresa Latam pousou no terminal militar às 8h desta segunda-feira, proveniente de São Paulo, com 173 passageiros a bordo. Da Base Aérea, os passageiros foram transportados de ônibus até a estrutura montada em um shopping center, a cerca de 3 quilômetros de distância, para servir de terminal de embarque e desembarque.

Localizado no piso L2 do ParkShopping Canoas, o terminal provisório dispõe de um espaço para que as companhias aéreas realizem o check-in, despacho de bagagem e embarque dos passageiros.

Segundo a Fraport Brasil, empresa concessionária responsável pela gestão do Salgado Filho, no local foram instalados equipamentos de raio-X e pórticos detectores de metal para a inspeção de passageiros e bagagens de mão. Toda a operação é supervisionada pela Polícia Federal, conforme exige a legislação aeroportuária.

Após o check in, os usuários devem aguardar em uma sala de embarque improvisada para, posteriormente, serem transportados até a Base Aérea.

Orientações para embarque

Aeroporto Salgado Filho continua alagado pelas enchentes que atingem o estado – Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A orientação da Fraport Brasil é que os passageiros se apresentem no Terminal ParkShopping no mínimo três horas antes do horário de decolagem previsto. O processo de embarque se encerrará uma hora e meia antes do voo. Após este período, não será possível ingressar na sala de embarque.

O acesso de passageiros à Base Aérea será exclusivo para aqueles que realizaram os procedimentos de embarque no ParkShopping Canoas e somente com ônibus identificado pela Fraport Brasil. Os passageiros não devem se dirigir diretamente à Base Aérea.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou a operação de voos comerciais na Base Aérea de Canoas no último dia 20. A partir daí, Latam, Azul e Gol reprogramaram parte de seus voos no estado.

A princípio, o uso da base aérea é temporário, e vai até que o aeroporto de Salgado Filho esteja apto a operar novamente. Ele está fechado desde o último dia 3, sem previsão para reabrir.

Segundo a Fraport Brasil, é necessário aguardar que as águas baixem para avaliar a real dimensão dos danos e só então definir um plano de recuperação do terminal. Com a chuva, a pista de pousos e decolagens ficou submersa. Em alguns pontos do terminal de passageiros a água chegou a subir 2,5 metros.

“Reforçamos que essa operação foi estruturada para apoiar a malha aérea emergencial no Rio Grande do Sul. Desta forma, pedimos a compreensão e atenção dos passageiros sobre as características extraordinárias dessa operação na comparação com a estrutura do Aeroporto de Porto Alegre”, informou a concessionária, em nota.

Investimento

Conforme a Agência Brasil noticiou na última sexta-feira (24), a catástrofe socioambiental evidenciou a necessidade de investimentos públicos e privados em aeroportos regionais. O desastre afetou mais de 2,34 milhões de pessoas em 469 das 497 cidades do Rio Grande do Sul, ceifando ao menos 169 vidas. Ainda há 56 desaparecidos.

Para políticos e empresários gaúchos, do ponto de vista logístico, a concentração de voos de cargas e passageiros no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, torna o Rio Grande do Sul mais vulnerável às consequências de eventos climáticos extremos. A ampliação ou adequação de outros terminais aeroportuários existentes no estado favoreceria a conectividade, estimulando o desenvolvimento econômico de outras regiões do estado.

Anac e ministério vão investigar morte de cão em voo da Gol

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Ministério de Portos e Aeroportos informaram nesta quarta-feira (24) que foi instaurado um processo administrativo para apurar a morte de um cão da raça golden retriever durante o voo G3 1527 da empresa Gol. 

Em nota conjunta, a agência e o ministério informaram que já solicitaram à Gol os “detalhes sobre as condições de transporte do animal, o seu envio para localidade diversa da contratada e as condições para a prestação desse tipo de serviço”.

O cão Joca, de 5 anos, morreu após ter sido levado a cidade de Sinop, em Mato Grosso, a partir do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, no dia 22 deste mês. 

No entanto, a empresa colocou o animal em outro voo, com destino a Fortaleza. Ao constatar o erro, a companhia enviou o cachorro de volta a Guarulhos. Todo o procedimento levou cerca de 8 horas, tempo muito maior do que as duas horas e meia, inicialmente previstas. Joca foi encontrado morto ao chegar em Guarulhos.

Tutor do animal, João Fantazzini usou as redes sociais, onde rotineiramente postava fotos com o pet, para lamentar a perda do amigo.

“O meu amor foi assassinado, minha melhor escolha, amor da minha vida. Você foi muito novo!! Eu me lembro do dia que eu te peguei e a nossa conexão foi momentânea! Meu filho, me perdoa por ter sido egoísta de querer você ao meu lado! Você é o amor da minha vida para sempre! Minha saudade vai ser diária! Saudades de dar a sua maçã toda manhã, levar você para a piscina e de cuidar de você diariamente! Obrigado por tudo meu companheiro! A Gollog e a Gol mataram você! Mas eu vou lembrar sempre de você. Obrigado por ser meu parceiro nesses 5 anos”, postou Fantazzini.

O que diz a Gol

Em nota, a empresa aérea lamentou o ocorrido. “A companhia está oferecendo desde o primeiro momento todo o suporte necessário ao tutor e sua família. A apuração dos detalhes do ocorrido está sendo conduzida com total prioridade pelo nosso time”, informou.

A companhia acrescentou ter suspendido por 30 dias, contados a partir desta quarta-feira (24), a venda do serviço de transporte de cães e gatos pela Gollog Animais e pelo produto Dog&Cat + Espaço, para viagens no porão das aeronaves.

“Para os clientes que contrataram o transporte do seu pet entre 24 de abril a 23 de maio de 2024 por meio dos serviços que estão com restrição, poderão optar por restituição total do valor, inclusive do valor da sua passagem (no caso de Dog&Cat + Espaço), ou por postergar a viagem, sem custo, para depois de 23 de maio em voos até 31 de dezembro de 2024”, informou a empresa.

“O serviço Dog&Cat Cabine, para clientes que levam seus pets na cabine do avião, não sofrerá nenhuma alteração”, acrescentou.

Brasília terá voo direto para Bogotá a partir de outubro

Uma nova opção de voo internacional – partindo do Aeroporto Internacional de Brasília – foi anunciada pelo governo brasileiro. É a cidade de Bogotá, capital da Colômbia. A partir do dia 27 de outubro, as duas capitais serão conectadas por um voo direto, inicialmente com três frequências semanais, de ida e volta. O tempo de viagem é de aproximadamente cinco horas.

A medida consta dos atos assinados durante a visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Colômbia. Ele se encontrou com o presidente colombiano Gustavo Petro, em Bogotá, nessa quarta-feira (17).

Segundo o Ministério das Relações Exteriores (MRE), o protocolo de intenções da nova rota foi firmado entre as companhias Gol Linhas Aéreas e a Avianca. As tratativas também envolveram o governo do Distrito Federal e a empresa Inframérica, concessionária que administra o aeroporto de Brasília. Estes novos voos devem conectar viajantes oriundos da Colômbia a mais de 30 cidades brasileiras, enquanto passageiros que embarcarem em Brasília poderão usufruir de mais outros 30 destinos partindo de Bogotá.

Fluxo

O Aeroporto Internacional de Brasília é o terceiro maior terminal aéreo em movimentação de passageiros do Brasil. Entre chegadas, partidas e conexões, o terminal de Brasília encerrou o ano de 2023 com um fluxo de 14,8 milhões de passageiros, atrás apenas dos aeroportos de Guarulhos e Congonhas, em São Paulo, segundo dados da concessionária.

Considerado um dos principais hubs brasileiros, é possível viajar do terminal de Brasília, sem paradas, para todas as capitais brasileiras. Ao todo, de acordo com a Inframérica, são 38 destinos nacionais e seis destinos internacionais: Buenos Aires (Argentina), Lisboa (Portugal), Lima (Peru), Cidade do Panamá (Panamá), Miami (EUA) e Orlando (EUA). Em junho, está previsto o início dos voos diretos para Santiago (Chile), o que colocará Bogotá como oitavo destino internacional disponibilizado pelo terminal de passageiros da capital federal. 

Fora do eixo Rio-São Paulo, o aeroporto de Brasília é o que mais movimenta passageiros para o exterior. Atualmente, é o terceiro terminal brasileiro com maior fluxo de passageiros de voos internacionais, atrás apenas de Guarulhos e do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.

Além do anúncio do novo voo internacional, o governo brasileiro assinou memorandos de entendimento com ministério e agência de turismo do governo colombiano para promoção do intercâmbio turístico entre os dois países.

Ontem (17), durante um fórum empresarial com investidores dos dois países, o presidente colombiano afirmou que o Brasil emite cerca de 140 mil turistas por ano para a Colômbia, enquanto pouco mais de 100 mil turistas colombianos visitam o Brasil anualmente. Os números, segundo ele, estão muito aquém do potencial turístico dos dois países mais populosos da América do Sul.

Vista de voo de ajuda militar dos EUA mostra destruição em Gaza

Enquanto um avião C-130 da Força Aérea dos Estados Unidos sobrevoava a Faixa de Gaza para levar alimentos a pessoas famintas, havia poucos sinais visíveis de vida nos escombros do que havia sido uma movimentada selva urbana antes da guerra entre Israel e o Hamas.

O avião desceu a cerca de 900 metros sobre o Mar Mediterrâneo e o norte de Gaza. A tripulação cortou as cordas dos paletes de ajuda embalados na Jordânia e liberou uma dúzia de grandes pacotes com paraquedas das portas traseiras abertas do C-130.

A vista de Gaza do alto revelou muitos edifícios arrasados, outros em estágios de desmoronamento ou totalmente transformados em escombros carbonizados por uma ofensiva israelense que começou após um ataque do Hamas em 7 de outubro. Colunas de fumaça subiam das ruínas.

Os militares dos EUA disseram que lançaram mais de 27 mil “equivalentes de refeição” e quase 26 mil garrafas de água na terça-feira no Norte de Gaza, onde as agências de ajuda humanitária dizem que as necessidades são maiores.

Isso atende a apenas uma fração das imensas necessidades dos 2,3 milhões de palestinos na Faixa de Gaza, onde, segundo as Nações Unidas, pelo menos 576 mil pessoas estão a um passo das condições de fome.

A entrega desta semana foi menor do que a primeira entrega aérea dos EUA, em 3 de março, quando 38 mil refeições foram lançadas, elevando para cerca de 450 toneladas o peso total das entregas aéreas feitas pelos militares dos EUA em cooperação com países ocidentais e árabes neste mês.

Grupos de ajuda humanitária afirmam que os lançamentos aéreos são muito menos eficazes do que as entregas por caminhão, e é quase impossível garantir que os suprimentos lançados por via aérea sejam distribuídos aos mais necessitados.

“Os alimentos e outras ajudas emergenciais que chegam a Gaza, como todos sabemos, são extremamente necessários. Não há dúvida sobre isso”, disse Jens Laerke, porta-voz do órgão de coordenação de ajuda das Nações Unidas, na terça-feira.

“O que é importante enfatizarmos repetidamente – e desculpem se pareço um disco arranhado – é que isso não substitui o transporte terrestre de alimentos e outras ajudas de emergência para Gaza e, particularmente, para o norte de Gaza. Não pode compensar isso”, afirmou ele.

As agências de ajuda humanitária e os governos estão tentando aumentar o fluxo de alimentos e outros suprimentos vitais para Gaza por via rodoviária e marítima, pois o transporte aéreo é caro e tem capacidade limitada.

A Casa Branca está pressionando Israel para permitir maior acesso às operações de ajuda por terra. Israel nega que esteja restringindo a ajuda humanitária e diz que a culpa é do mau gerenciamento da distribuição pela ONU.

Antes do início do conflito em outubro, Gaza contava com a entrada de 500 caminhões por dia. Atualmente, a ajuda só pode ser entregue por terra no sul de Gaza por meio da passagem de Rafah do Egito e da passagem de Kerem Shalom de Israel.

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