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Brasil empata com EUA em último teste antes da Copa América

O Brasil ficou no empate de 1 a 1 com os Estados Unidos, na noite desta quarta-feira (12) no estádio Camping World, em Orlando (Flórida), em seu último amistoso antes do início da Copa América, que será disputada entre os dias 20 de junho e 14 de julho. O confronto teve transmissão ao vivo da Rádio Nacional.

FIM DE JOGO 🇧🇷

Brasil x Estados Unidos finaliza com empate, 1×1. Último amistoso para a Copa América.

O gol da equipe brasileira foi marcado por Rodrygo, nosso camisa 10! pic.twitter.com/kdBFr03r4U

— CBF Futebol (@CBF_Futebol) June 13, 2024

Após fazer uma apresentação de altos e baixos na vitória de 3 a 2 sobre o México no último domingo (9), a equipe comandada pelo técnico Dorival Júnior voltou a mostrar dificuldades para controlar as ações diante de uma seleção dos Estados Unidos que vem de derrota de goleada de 5 a 1 para a Colômbia, um dos adversários da equipe brasileira na primeira fase da competição continental de seleções.

O problema de conceder espaços para a equipe adversária ficou evidente logo aos quatro minutos do primeiro tempo, quando o volante Musah teve liberdade para acertar um chute muito forte da entrada da área que foi no travessão do gol defendido pelo goleiro Alisson.

Os Estados Unidos também apresentavam dificuldades na marcação, e concederam espaços para o rápido ataque do Brasil, que criou boas oportunidades com Rodrygo, aos seis minutos, e Vinicius Júnior, aos treze, aos quinze e aos dezesseis minutos.

Após tanto tentar o Brasil abriu o placar aos dezessete minutos, quando Bruno Guimarães recuperou uma bola no campo de ataque e tocou para Raphinha, que serviu Rodrygo, que bateu cruzado para superar o goleiro Turner. Mas os Estados Unidos não demoraram a igualar. O árbitro marcou uma falta perto da risca da grande área, que, aos 25 minutos, o atacante Pulisic cobrou com categoria, de forma rasteira, para superar o goleiro Alisson.

O confronto continuou aberto, com oportunidades de lado a lado, mas nenhuma das duas equipes teve competência para mudar novamente o placar no restante do primeiro tempo. Após o intervalo o técnico ainda realizou algumas mudanças, como a entrada do centroavante Endrick, mas o Brasil continuou muito mal e a igualdade perdurou até o apito final.

Copa América

Agora a seleção brasileira joga pela Copa América, competição na qual disputa a primeira fase pelo Grupo D. A estreia da equipe comandada pelo técnico Dorival Júnior será contra a Costa Rica, no dia 24 de junho em Los Angeles. O segundo compromisso do Brasil é diante do Paraguai, no dia 28 de junho no Allegiant Stadium, em Las Vegas.

A última participação da seleção brasileira na fase inicial da competição será no dia 2 de julho, contra a Colômbia no Levi’s Stadium, em Santa Clara.

Brasil enfrenta EUA em último teste para a Copa América-MG

O Brasil enfrenta a seleção dos Estados Unidos, a partir das 20h (horário de Brasília) desta quarta-feira (11) no estádio Camping World, em Orlando (Flórida), em sua última partida amistosa antes do início da próxima edição da Copa América, que será disputada entre os dias 20 de junho e 14 de julho. O confronto terá transmissão ao vivo da Rádio Nacional.

A expectativa para este último ensaio para a competição continental de seleções é que o técnico Dorival Júnior arme sua equipe com o que tem de melhor, ao contrário do que foi feito na vitória de 3 a 2 sobre o México.

Com uma formação alternativa, na qual suas principais peças entraram apenas na etapa final, o Brasil teve muitas dificuldades diante dos mexicanos. O objetivo era aproveitar o amistoso para dar oportunidade a novos jogadores, como afirmou o comandante da seleção brasileira em entrevista coletiva: “Na partida anterior, eu tinha como obrigação observar jogadores e botar as disputas em aberto. Seleção é o momento, é aproveitar o melhor de cada um no instante em que estão brigando por posição”.

Agora, o técnico Dorival Júnior deve colocar em campo o que tem de melhor diante dos norte-americanos para dar mais entrosamento à equipe titular, que deve ser formada por: Bento; Danilo, Marquinhos, Beraldo e Wendell; João Gomes, Bruno Guimarães e Lucas Paquetá; Rodrygo, Vinicius Júnior e Raphinha.

Um dos jogadores que espera aproveitar a oportunidade diante da seleção dos Estados Unidos é o volante Bruno Guimarães. “Quem está entrando quer mostrar serviço. Conosco não será diferente. Quero jogar. Meu último jogo na Premier League [Campeonato Inglês] foi dia 20 do mês passado. Vai ser um grande jogo, todo mundo empenhado para desempenhar o melhor e buscar a vitória”, declarou o jogador do Newcastle (Inglaterra).

Transmissão da Rádio Nacional

A Rádio Nacional transmitiu Brasil e Estados Unidos com a narração de Luciana Zogaib, comentários de Waldir Luiz e reportagem de Bruno Mendes. Você acompanha o Show de Bola Nacional aqui:

Brasil goleia Jamaica em último jogo antes da convocação para Paris

O Brasil goleou a Jamaica por 4 a 0, na noite desta terça-feira (4) na Arena Fonte Nova, em Salvador, no último jogo antes de o técnico Arthur Elias divulgar a lista de jogadoras convocadas para a próxima edição dos Jogos Olímpicos. A TV Brasil transmitiu o confronto ao vivo.

É O BRASAAA! VITÓRIA DO BRASIL! 🇧🇷

Um show da #SeleçãoFeminina na Arena Fonte Nova! Debinha, Jheniffer (2x) e Rainha Marta marcaram os gols! Isso é Brasil! 💚💛 pic.twitter.com/uDjG39DfQ9

— Seleção Feminina de Futebol (@SelecaoFeminina) June 5, 2024

Este foi o segundo triunfo da seleção brasileira diante das caribenhas em menos de uma semana, após a goleada de 4 a 0 no último sábado (1) em partida disputada na Arena Pernambuco, em Recife.

A partida começou em alta rotação, com o ataque da Jamaica superando a goleira Natascha aos quatro minutos do primeiro tempo com Jody Brown após jogada de McCoy. Mas o gol acabou sendo anulado por causa de posição de impedimento das jogadoras da Jamaica.

Porém, após o susto inicial, o Brasil foi eficiente em rápida jogada de contra-ataque aos seis minutos para abrir o marcador. Gabi Portilho recebeu na ponta direita e avançou em velocidade antes de cruzar rasteiro para Debinha, que teve apenas o trabalho de conferir de primeira.

Solta o grito, @Debinha7! Autora do nosso primeiro gol na partida! Vamos por mais! 🇧🇷

🇧🇷 1×0 🇯🇲 | #SeleçãoFeminina #BRAxJAM

📸 Lívia Villas Boas / CBF pic.twitter.com/d1L8vgdUVV

— Seleção Feminina de Futebol (@SelecaoFeminina) June 4, 2024

Dois minutos depois a equipe comandada pelo técnico Arthur Elias ficou muito perto de ampliar, mas Gabi Portilho acabou acertando o travessão do gol defendido pela goleira Schneider. O Brasil continuou dominando até o intervalo, mas as oportunidades criadas não foram aproveitadas.

O placar só voltou a ser alterado aos 18 minutos da etapa final. A bola foi levantada na área em cobrança de escanteio, Gabi Nunes subiu muito e cabeceou para defesa parcial de Schneider. Jheniffer, que entrou após o intervalo, aproveitou então o rebote e bateu de primeira para marcar.

Logo depois o técnico Arthur Elias colocou em campo Brena, Antônia e Cristiane, e a centroavante do Flamengo brilhou aos 33 minutos ao escorar a bola para Jheniffer na entrada da área, que bateu colocado para marcar o terceiro do Brasil.

Faz o coraçãozinho na Arena Fonte Nova! Ela crava, tá? Duas vezes! Simplesmente Jheniffer! 🫶⚽️⚽️

🇧🇷 4×0 🇯🇲 | #SeleçãoFeminina #BRAxJAM

📸 Lívia Villas Boas / CBF pic.twitter.com/93sYnYviEJ

— Seleção Feminina de Futebol (@SelecaoFeminina) June 5, 2024

Mas ainda faltava o gol da Rainha Marta. E ele veio em grande estilo, em cobrança de falta por cima da barreira aos 38 minutos.

Sabor especial

Para a seleção brasileira estas duas vitórias tiveram um sabor especial, pois foi um empate sem gols com a Jamaica que levou o Brasil à desclassificação, ainda na primeira fase, da Copa do Mundo de 2023, disputada na Austrália e na Nova Zelândia. A queda no Mundial levou à saída da técnica Pia Sundhage e à posterior contratação de Arthur Elias para o cargo.

Do grupo de 26 jogadoras que representaram o Brasil nestes jogos, somente 10 atletas estiveram na seleção brasileira que encarou a Jamaica no ano passado. As rivais, por sua vez, têm 17 remanescentes do Mundial entre as 23 convocadas pelo técnico Hubert Busby (que substituiu Lorne Donaldson, comandante das jamaicanas na Copa). A principal ausência é da estrela do futebol local: a atacante Khadija Shaw, do Manchester City (Inglaterra), que está lesionada.

Viviane Pereira vence luta de estreia no último Pré-Olímpico de Boxe

A delegação brasileira segue com 100% de aproveitamento no último Pré-Olímpico de Boxe, antes dos Jogos de Paris. Após as estreias exitosas de Cleisson Charles dos Santos e Wanderson ‘Shuga” de Oliveira, nesta segunda-feira (27) quem brilhou no Indoor Stadium, em Bangkok (Tailândia) foi a brasiliense Viviane Pereira, na categoria até 75 quilos. Única representante feminina do Brasil no Pré-Olímpico, Viviane avançou às oitavas de final após derrotar por 4 a 1 a norte-americana Naomi Graham, medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos (2019), na primeira rodada.

Também conhecida pelo apelido de Tanque, Viviane volta ao ringue na manhã de sábado (1º de junho) para enfrentar a nigeriana Patricia Adanma Nbataluta, recém-campeã nos Jogos Africanos. O Pré-Olímpico tem transmissão ao vivo (on streaming) no site Olympics.com

Única representante feminina do Brasil no Pré-Olímpico, Viviane “Tanque” Oliveira volta ao ringue na manhã de sábado (1º de junho) contra a nigeriana Patricia Adanma Nbataluta – Miriam Jeske/COB

Viviane, de 24 anos, luta por uma das últimas quatro vagas olímpicas femininas, nos 75 kg, distribuídas no torneio. A delegação brasileira já garantiu 10 pugilistas em Paris, cinco deles mulheres. Caroline Almeida (50kg), Tatiana Chagas (54kg), Jucielen Romeu (57kg), Beatriz Ferreira (60kg) e Barbara Santos (66kg).

Lutas de brasileiros nesta terça (28)

A partir das 3h (horário de Brasília) desta terça (28), Cleisson Charles encara o cubano Erislandy Alvarez, pela segunda rodada da categoria 63,5 kg. O brasileiro disputa uma das cinco últimas vagas na categoria. Na estreia, no domingo (27), ele superou o moçambicano Bernardo Delfina Marime, por decisão unânime (5 a 0).

Wanderson Shuga de Oliveira sonha em competir pela segunda vez em Olimpíadas. Na edição de Tóquio, o carioca parou nas quartas de final – Jonne Roriz/COB/Direitos reservados

O carioca Wanderson Shuga, bronze ano passado no Mundial da modalidade, também volta ao ringue, às 7h20, pela segunda rodada dos 71 kg. Também estão em jogo apenas cinco vagas olímpicas na categoria. Ele medirá forças com Stephen Zimba, da Zâmbia.

A equipe masculina em Paris já conta com cinco vagas masculinas: Michael Trindade (51kg), Wanderley Pereira (80kg), Keno Marley Machado (92kg), Abner Teixeira (+92kg) e Luiz Oliveira (57 kg).

Último Pré-Olímpico

Ao todo, o torneio em Bangcoc distribuirá 51 vagas para os Jogos de Paris 2024 –  23 delas no feminino e o restante no masculino – divididas por  13 categorias de peso do boxe olímpico (seis para mulheres e sete para homens). A delegação brasileira está em Bangcoc apenas com Viviane Pereira, Wanderson Shuga e Cleisson Charles.

Devedores têm último fim de semana para aderir ao Desenrola Brasil

Os devedores de até R$ 20 mil que ganhem até dois salários mínimos ou sejam inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) têm o último fim de semana para renegociarem os débitos no Desenrola Brasil. O prazo de adesão à Faixa 1 do programa especial acaba nesta segunda-feira (20).

Dados do Ministério da Fazenda apontam que, até a semana passada, 14,75 milhões de pessoas já haviam renegociado cerca de R$ 51,7 bilhões em dívidas.

Iniciada em outubro de 2023, a Faixa 1 engloba dívidas que tenham sido negativadas entre janeiro de 2019 e dezembro de 2022 e não podem ultrapassar o valor atualizado de R$ 20 mil cada (valor de cada dívida antes dos descontos do Desenrola).

Por meio do programa, os inadimplentes têm acesso a descontos de, em média, 83% sobre o valor das dívidas. Em algumas situações, segundo o ministério, o abatimento pode ultrapassar 96% do valor devido. Os pagamentos podem ser feitos à vista ou parcelados, sem entrada e em até 60 meses.

Fake news

Na reta final do prazo para renegociação das dívidas, a pasta desmentiu duas fake news que circulam sobre o programa. Uma delas diz que, ao negociar as dívidas pelo Desenrola, o cidadão perde o benefício social. Outra, que a pessoa fica com o nome sujo nos sistemas do Banco Central.

“O Relatório de Empréstimos e Financiamentos do sistema Registrato do Banco Central não é um cadastro restritivo. Ele exibe o “extrato consolidado” das dívidas bancárias, empréstimos e financiamentos, tanto do que está em dia quanto do que está em atraso. Isso permite que o cidadão acompanhe, em um só lugar, todo o seu histórico financeiro e se previna contra golpes”, informa o ministério.

“Assim, as dívidas que forem negociadas no Desenrola para pagamento parcelado vão aparecer no extrato emitido pelo Banco Central, assim como outras dívidas bancárias, para que possam ser acompanhadas somente pelo cidadão. Os bancos não acessam os relatórios das pessoas; eles conseguem ver apenas as informações consolidadas, quando o cidadão autoriza esse acesso”, explica ainda o Ministério da Fazenda.

Entenda

Além de dívidas bancárias como cartão de crédito, também podem ser negociadas contas atrasadas de estabelecimentos de ensino, energia, água, telefonia e comércio varejista. A plataforma do Desenrola permite parcelar a renegociação inclusive com bancos nos quais a pessoa não tenha conta, permitindo escolher o que oferece a melhor taxa na opção de pagamento parcelado.

Para quem tem duas ou mais dívidas, mesmo que com diferentes credores, é possível juntar todos os débitos e fazer uma só negociação, pagando à vista em um único boleto ou Pix ou financiando o valor total no banco de preferência.

Para ter acesso ao Desenrola, é necessário ter uma conta Gov.br. Usuários de todos os tipos de contas – bronze, prata e ouro – podem visualizar as ofertas de negociação e parcelar o pagamento. Caso o cidadão opte por canais parceiros, não há necessidade de uso da conta Gov.br.

Último episódio do podcast Golpe de 1964: Perdas e Danos já está no ar

O último episódio da primeira temporada do podcast Perdas e Danos relembra o incêndio da Vila Socó, favela de Cubatão (SP), para falar sobre o projeto de reforma habitacional que vinha sendo discutido antes do Golpe de 1964 e as políticas que  a ditadura colocou no lugar. 

O incêndio aconteceu em 1984, no final do governo de João Batista Figueiredo, o último presidente militar. Segundo o Ministério Público de São Paulo, o desastre deixou pelo menos 508 mortos e é o maior da história do Brasil. Mas como as investigações foram arquivadas, o número oficial de mortes é bem menor: 93 pessoas.

O caso da Vila Socó é exemplar do abandono que as pessoas de baixa renda enfrentaram ao longo de 21 anos de ditadura em que as políticas habitacionais priorizaram os sistemas de moradia vinculadas ao sistema financeiro: 

“O custo da habitação, na verdade, não estava previsto no salário do trabalhador. O trabalhador não ganhava o suficiente para pagar uma moradia adequada”, afirma Nabil Bonduki, urbanista e professor da USP. 

A alternativa para quem sem viu excluído do direito básico à moradia foi apelar para processos de “autoconstrução”. Em que as eram construídas em etapas, comprando aos poucos o material e erguendo habitações em loteamentos, legais ou clandestinos, sem estruturas básicas para uma vida digna, como rede de água e esgoto ou sistema de transporte público. As favelas e invasões que já existiam antes, mas que proliferaram no período, são resultado desse processo.  

Essa exclusão fica explícita em Cubatão, o principal pólo petroquímico do país, onde metade dos habitantes vivia em favelas. 

“Debaixo do telhado quente” discute a reforma habitacional, uma das propostas João Goulart em suas reformas de base, fio condutor para esse podcast. A mudança no setor habitacional que também foi anunciada no histórico comício da Central do Brasil, em 13 de março de 1964: 

“Dentro de poucas horas, outro decreto será também dado ao conhecimento da Nação. Trata-se do decreto que vai regulamentar o preço extorsivo e abominável dos apartamentos que encontram-se vazios”.

Jango falava de um problema que se desenrolava desde os tempos de Getúlio Vargas: o valor altíssimo dos aluguéis. Uma consequência da política de congelamento dos aluguéis e a baixa oferta de imóveis para alugar. 

“Debaixo Telhado Quente” é o sétimo episódio da temporada “Futuro Interrompido”. Os episódios que antecedem esse que foi ao ar nesta quinta-feira (16) também lançaram luz sobre as propostas de políticas públicas que estavam em debate no início dos anos de 1960 e que serviram de estopim para que a direita se unisse e interrompesse o processo democrático no Brasil

Reforma agrária, reforma fiscal, reforma educacional… As Reformas Estruturais de Base, apresentadas por João Goulart no comício na Central do Brasil, no dia 13 de março de 1964, foram o ponto de partida da investigação. 

Naquela época, um país com quase 80 milhões de pessoas, mais de 40% de analfabatos sem direito ao voto, a mesma proporção de pessoas vivendo no campo, mas enfrentando um sistema injusto de distribuição de terras, ao mesmo tempo que o país vivia uma política  industrialização que provocou um êxodo rural. 

Essas são as histórias recuperadas na primeira temporada de Perdas e Danos e os projetos que interromperam um processo de país, como disse a jornalista Mariluce Moura, no primeiro episódio, que foi ao ar no dia 1o de abril: 

“Eu acho que 1964 interrompeu um processo de país, eu não tenho nenhuma dúvida disso.”

O podcast Perdas e Danos vai contar ainda com uma segunda temporada, que dessa vez vai investigar as empresas que apoiaram a ruptura democrática e o que elas lucraram com isso. Nessa segunda temporada, com data de lançamento ainda a ser definida, o fio condutor vão ser as pesquisas sobre o tema coordenadas pelo Centro de Antropologia e Antropologia e Arqueologia Forense (CAAF) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). 

Para ouvir o episódio “Debaixo do telhado quente”  e todos os outros episódios de Perdas e Danos, acesse: aqui:

Ou confira por abaixo os já publicados na Radioagência Nacional:

Também é possível ouvir pelo Spotify.

Hoje é último dia para regularizar ou transferir título de eleitor

Esta quarta-feira (8) é o último dia para regularizar a situação do título de eleitor ou tirar o documento pela primeira vez a tempo de votar nas eleições municipais de outubro. Encerrado o prazo, o cadastro eleitoral é fechado, sendo reaberto somente depois do pleito.

Estão aptos a votar nas eleições deste ano todos que tenham completado 16 anos até 6 de outubro, data do primeiro turno. Segundo a Justiça Eleitoral, isso equivale a mais de 152 milhões de brasileiros. Eventual segundo turno, em cidades com mais de 200 mil habitantes, está marcado para 27 de outubro.

Encerra-se nesta quarta também o prazo para a transferência do domicílio eleitoral, caso o eleitor tenha mudado de endereço, indo morar em outro município, por exemplo. Vale lembrar que, neste ano, devido ao caráter local das eleições, não há possibilidade de voto em trânsito.

Quem precisa cadastrar a biometria junto à Justiça Eleitoral também tem nesta quarta a última oportunidade para realizar o procedimento. É possível ainda somente atualizar informações cadastrais, se necessário.

A data final de 8 de maio para alterações nos títulos eleitorais está prevista na Lei das Eleições, que determina o fechamento do cadastro eleitoral 150 dias antes da data de votação. O acesso ao sistema somente deverá voltar em 5 de novembro.

Neste ano, os eleitores vão votar para os cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador.

Primeiro título e biometria

Quem vai tirar o seu primeiro título de eleitor precisa necessariamente comparecer a um cartório eleitoral para se alistar. Qualquer pessoa que tenha 16 anos na data da votação pode solicitar o documento que a qualifica a votar.

Também precisam comparecer ao cartório eleitoral mais próximo os eleitores que ainda não possuem o cadastro de biometria.

É necessário levar um documento de identificação, preferencialmente com foto, que pode ser o registro geral (RG) ou a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), por exemplo. São aceitas certidão de nascimento ou de casamento.

Podem ser solicitados comprovantes de residência. No caso de homens que solicitam o primeiro título no ano em que completam 19 anos, é preciso apresentar certificado de quitação militar.

De acordo com a Constituição, o alistamento e o voto são obrigatórios a partir dos 18 anos de idade, e facultativos aos jovens de 16 e 17 anos, aos maiores de 70 anos e às pessoas analfabetas.

Transferência de domicílio

Para a transferência de domicílio eleitoral, é necessário comprovar vínculo com a localidade em que o eleitor pretende votar. “Os vínculos podem ser residencial, afetivo, familiar, profissional, comunitário ou de outra natureza que justifique a escolha da localidade”, informa a Justiça Eleitoral.

O procedimento, nesse caso, pode ser feito pela internet, por meio da plataforma Título Net.

Para requerer a transferência, é necessário que o eleitor resida há pelo menos três meses no novo município e já tenha transcorrido, no mínimo, um ano da data do alistamento eleitoral ou da última transferência do título – estão isentos dessa condição os servidores civis e militares, bem como seus familiares, que tenham se mudado em função de transferência ou remoção.

Macron chega ao Planalto para último dia de agenda no Brasil

O presidente da França, Emmanuel Macron, chegou ao Palácio do Planalto na manhã desta quinta-feira (28), onde foi recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para uma reunião bilateral entre os dois chefes de Estado.

A expectativa é de que às 13h sejam assinados e apresentados uma série de acordos firmados pelos dois presidentes, para, então, darem a uma declaração conjunta à imprensa. A agenda prevê, ainda, um almoço às 14h e uma reunião do presidente francês com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

Lula e Macron participaram de diversos eventos, desde a chegada do presidente francês ao Brasil. Macron chegou na terça-feira (26) e foi recebido por Lula em Belém, no Pará.

Após um passeio de barco na Ilha de Combu, os dois presidentes participaram de uma cerimônia na qual o cacique Raoni Metuktire, líder do povo kayapó e um dos representantes indígenas mais reconhecidos internacionalmente, foi condecorado com a ordem do cavaleiro da Legião de Honra da França, principal honraria concedida pela França a seus cidadãos e a estrangeiros que se destacam no cenário global.

No dia seguinte, os dois participaram da cerimônia de batismo e lançamento do submarino Toneleiro no Complexo Naval de Itaguaí, no Rio de Janeiro. A embarcação é fruto de uma parceria entre Brasil e França, no âmbito do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (ProSub).

Na sequência, Macron foi a São Paulo, onde participou do Fórum Econômico Brasil-França, organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista. Após o evento, o presidente francês fez críticas à tentativa de acordo que vem sendo costurado entre os países do Mercosul e a União Europeia.

Último manicômio do Sistema Único de Saúde no Rio fecha as portas

O Hospital Psiquiátrico Santa Mônica, em Petrópolis, na região serrana fluminense, encerrou suas atividades no último dia 8. A informação foi divulgada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que monitorava a situação da unidade e investigava, desde janeiro, a morte de 15 pacientes.

Segundo o MPRJ, o hospital privado era o último manicômio conveniado ao Sistema Único de Saúde (SUS) em funcionamento no estado do Rio. Um relatório de 2022 mostrou que o hospital atendia a 154 pacientes, dos quais 97 estavam internados havia dois anos. Quarenta e sete deles estavam na unidade entre dez e 25 anos.

Ainda de acordo com o MPRJ, a unidade não respeitava os direitos das pessoas internadas e nem oferecia os serviços de saúde mental necessários.

Segundo a prefeitura de Petrópolis, os últimos 29 pacientes que estavam internados na unidade, que não haviam sido reinseridos em suas famílias, foram encaminhados para residências terapêuticas na cidade.

Presidente da Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme), a pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (ENSP/Fiocruz) Ana Paula Guljor afirma que ainda há hospitais psiquiátricos com internações no Rio, mas que o Santa Mônica era a última grande instituição com lógica manicomial no estado.

“Hoje a gente ainda tem alguns locais [com internações], mas esses estão buscando uma transição [para um novo modelo]”, afirma a psiquiatra. “Mas acho que é um momento muito importante de a gente poder comemorar que estruturas com histórico de aprisionamento e exclusão de pessoas estejam se fechando, por mais que ainda existam esses outros”.

Segundo Guljor, os manicômios são estruturas caracterizadas por internações de longa permanência, ou seja, de mais de dois anos de duração, e onde as singularidades dos pacientes não são respeitadas.

“Aquele sujeito, sua identidade, seus desejos são silenciados. A existência daquele sujeito passa a ser uma existência que é padronizada com todos [os outros pacientes] e sua voz não é escutada”.

Para Ana Paula, as residências terapêuticas, uma das opções para receber os pacientes saídos dos manicômios, precisam ser vistas como parte de um sistema de reinserção dessas pessoas.

“Não basta ter a casa. Tem que ter o suporte, tem que ter projetos para uma efetiva inclusão, para não ficar institucionalizado também dentro da casa. É necessário criar uma rede, incluir [as pessoas] num sistema de assistência, em uma rede de articulação naquele território onde ele vai viver. É preciso recolocar as condições de existência desse sujeito. Com muitos deles, a gente consegue fazer um trabalho de retomada educacional, de trabalho em projetos de geração de renda etc”, afirma Ana Paula.

Petrópolis possui 12 residências terapêuticas, moradias assistidas com cuidados de saúde mental voltadas para os pacientes. “”Este é um processo de resgate da dignidade e dos direitos dessas pessoas, permitindo a elas uma vida mais autônoma e integrada à comunidade. Estamos empenhados em resgatar a cidadania dos portadores de transtornos mentais, garantindo a eles o direito de ir e vir”, afirmou o prefeito de Petrópolis, por meio de nota.

A prefeitura informou que inaugurou um novo Setor de Psiquiatria no Hospital Municipal Nélson de Sá Earp, que é referência no atendimento de emergência em Saúde Mental, com 11 leitos.

Quizomba faz último desfile do carnaval de rua de 2024 pregando o amor

Arte/Agência Brasil

Neste sábado (17), os blocos da Liga Amigos do Zé Pereira saem pela cidade do Rio de Janeiro para seu último desfile do carnaval. O Bloco Quizomba, por exemplo, vai desfilar pelas ruas da Lapa, na região central, indo até a Glória e retornando ao Circo Voador, onde a concentração está prevista para começar entre 10h e 11h. O cortejo deverá sair às 12h.

O bloco vem com o tema Faça amor, não faça guerra. “A gente quer levar para a rua um tema que vai reproduzir música que fale de amor, mas sem perder a originalidade do carnaval, a batucada, a força do carnaval, levando amor e alegria para a rua, porque a nossa função social e carnavalesca é essa”, disse à Agência Brasil o fundador do Quizomba e também maestro e diretor-geral do bloco, André Schmidt.

Bloco Quizomba, com a bateria Magnética, faz último desfile na Lapa – Foto: Quizomba/Divulgação

Durante o desfile, o Quizomba vai tocar um pot-pourri (mistura de várias músicas) do MC Marcinho com os funks Glamourosa e Princesa. “O Quizomba é um bloco que toca de tudo um pouco. A gente vai do samba ao ‘pop’, do funk ao rock, axé, sertanejo. Não pode esquecer o funk, que representa muito a música carioca”, destacou Schmidt .

Pela primeira vez, o bloco apresenta a cantora de samba Priscila Gouvêa como convidada especial, além de Anna Ratto, cantora conhecida no Rio de Janeiro e que acabou de lançar um álbum com Arnaldo Antunes, entre outros nomes. “Uma galera boa, uma galera de peso”, definiu o diretor-geral. 

O Quizomba foi criado em 2001, no Rio de Janeiro, a partir de uma oficina de percussão. A agremiação nasceu da reunião de amigos cujo objetivo era criar um bloco que levasse às ruas a diversidade musical brasileira em forma de festa.

Sustentabilidade

O Quizomba ministra oficina de percussão no Rio de Janeiro, em sua sede, no Circo Voador, desde 2004, e em São Paulo, no Espaço 170, em Vila Madalena, onde prepara os alunos para tocarem na bateria Magnética nas festas pré-carnavalescas e nos desfiles de rua. O bloco tem a cantora Roberta Sá como madrinha. 

Neste sábado (17), a bateria Magnética, do Quizomba, sairá com 200 integrantes, além do pessoal de apoio e produção. André Schmidt calcula que o público atrás do bloco deverá ter entre 40 mil a 50 mil pessoas. A previsão de tempo bom sem chuva ou sol a pino favorece o desfile, estimou. “Não chovendo nem fazendo sol de maçarico, que prende tênis no asfalto, vai favorecer o desfile”.

Bateria Magnética faz último desfile na Lapa, no Quizomba – Foto: Quizomba/Divulgação

O Quizomba, como os demais blocos da Liga Carnavalesca Amigos do Zé Pereira, leva em seus cortejos a conscientização sobre as questões ambientais, pregando a bandeira da sustentabilidade. O Quizomba tem parceria com uma associação de catadores para coleta de materiais recicláveis durante os cortejos e, também, na concentração.

Uma medição das horas de emissão de gases poluentes dos geradores dos trios elétricos será usada para compensação de carbono por meio do plantio de mudas no Parque Lage, no Jardim Botânico, zona sul do Rio, como resultado de parceria da Liga do Zé Pereira com o bloco Vagalume O Verde e o Parque Nacional da Tijuca, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). 

“No nosso último desfile antes da pandemia da covid-19, o Quizomba lançou o tema da sustentabilidade e a gente vem bem atrelado a ele, fazendo várias ações no sentido de a galera não sujar a rua, botar o lixo no saco, em associação com catadores”, explicou Schmidt.

Vitrine

Para o carioca, o objetivo do carnaval de rua é oferecer uma brincadeira gratuita e acessível a todos, lembra o presidente da Liga Zé Pereira e produtor cultural Rodrigo Rezende. “Cabe a nós, fazedores de cultura, provocarmos reflexões nas pessoas com responsabilidade”, disse. 

Bloco Quizomba, com a bateria Magnética, faz último desfile na Lapa – Foto: Quizomba/Divulgação

Para Rezende, a grande festa do carnaval serve de vitrine para que se possa abordar questões importantes na sociedade atual. Já André Schmidt avalia que enquanto força conjunta do carnaval, os blocos da liga entendem que essa é uma preocupação com o futuro do mundo. “Isso não é só para o carnaval. É para a vida toda. Esse é um tema que a gente tem carregado no nosso dia a dia e que enfatizamos bastante no carnaval, para os foliões e as agremiações carnavalescas”, disse.

No carnaval de rua do ano passado a Comlurb removeu cerca de 676,8 toneladas de resíduos. Desse total, 607,5 toneladas de lixo foram produzidas nas passagens dos blocos. 

Programação dos blocos que desfilam no pós-carnaval pelo Rio:

Sábado, 17/02

Bloco da Anitta
Local: Rua Primeiro de Março, 1 – Centro
Horário: das 7h às 12h

Bafafá
Local: Praça São Salvador, 6 – Laranjeiras
Horário: das 9h às 15h

B.C. Ciganas Feiticeiras de Olaria
Local: Rua Paranhos, 446 – Olaria
Horário: das 9h às 15h

Quizomba
Local: Avenida Mem de Sá, 10 – Centro
Horário: das 10h às 16h

Associação Carnavalesca Bloco Sepulta Carnaval
Local: Rua Ana Leonídia, 189 – Engenho de Dentro
Horário: das 14h às 20h

Mulheres de Chico
Local: Praça Almirante Júlio de Noronha, 86 – Leme
Horário: das 16h às 20h

Domingo, 18/02

Monobloco
Local: Rua Primeira de Março, 57 – Centro
Horário: das 7h às 12h

Conjunto Habitacional Barangal
Local: Avenida Vieira Souto – Ipanema
Horário: das 9h às 14h

Bloco Aí Sim!!
Local: Praça Comandante Xavier de Brito, s/n – Tijuca
Horário: das 12h às 18h

Bloco Cultural 7 de Paus
Local: Boulevard 28 de Setembro, 238 – Vila Isabel
Horário: das 16h às 22h