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Saúde divulga projetos de arquitetura de 339 novas UBSs

O Ministério da Saúde disponibilizou um dos projetos de referência de arquitetura e engenharia para unidades básicas de saúde (UBSs). Em nota, a pasta informou que os projetos serão destinados à construção de 339 unidades que, juntas, somam R$ 797 milhões, financiados pelo Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC).

Os projetos, de acordo com o ministério, têm como objetivo aprimorar a infraestrutura da atenção primária no país, além de acelerar processos de licitação pública e garantir maior eficiência e qualidade na construção de UBSs.

As propostas estão disponíveis para download no portal do Fundo Nacional de Saúde (FNS), incluindo documentos técnicos detalhados como projetos arquitetônicos, estruturais, hidrossanitários, elétricos e de climatização, elaborados por meio da metodologia Building Information Modeling (BIM), que consiste na representação digital e tridimensional das características físicas e funcionais da obra.

Inovações

Segundo a pasta, as novas UBSs vão contar com inovações como salas de amamentação, áreas comunitárias para práticas integrativas, espaços de atendimento para mulheres em situação de violência (Salas Lilás), salas de medicação em conformidade com normas sanitárias e consultórios acessíveis.

Também estão previstos espaços de vacinação ampliados, salas de telessaúde e soluções digitais que conectam a atenção primária à saúde especializada.

Sustentabilidade

Os projetos, de acordo com o ministério, adotam práticas sustentáveis, incluindo ventilação e iluminação naturais, sistemas de reuso de água, equipamentos de baixo consumo energético e captação de energia solar com painéis fotovoltaicos.

“O objetivo é garantir edificações resilientes e adaptáveis às mudanças climáticas, oferecendo conforto térmico tanto para usuários quanto para os profissionais.”

Humanização e fácil acesso

No comunicado, a pasta destacou ainda que as novas UBSs serão organizadas por meio de núcleos assistenciais temáticos, com foco na integralidade do cuidado e numa gestão clínica humanizada e multiprofissional. O layout dos espaços, segundo o ministério, prioriza o acesso facilitado e a compreensão dos serviços oferecidos.

SP: falta de luz leva centros de educação e UBSs a usar geradores

Pelo menos três unidades do Centro de Educação Infantil (CEI) da prefeitura de São Paulo funcionavam com geradores até a manhã desta quinta-feira (17), segundo informações da Secretaria Municipal de Educação: o CEI Santo Amaro, o CEI Jardim Umuarama e o CEI Guiomar Piccinali.

Entretanto, nas imediações do CEI Santo Amaro, os comerciantes já relatavam a volta da energia elétrica. Mesmo assim, as reclamações sobre prejuízos, tanto com a perda de mercadorias armazenadas quanto com o fechamento durante o período sem energia, predominavam na Praça Salim Farah Maluf, em Santo Amaro.

Na tarde de quarta-feira (16), o prefeito Ricardo Nunes informou que, passados cinco dias do temporal, ainda havia nove escolas e quatro unidades básicas de saúde (UBSs) funcionando à base de geradores. Segundo a prefeitura, as UBSs já voltaram ao funcionamento normal.

Com cinco dias sem energia, Ananias Mascarenhas perdeu o que estava na geladeira do bar, no bairro de Santo Amaro – Paulo Pinto/Agência Brasil

 

Proprietário de um bar, Ananias Mascarenhas dos Santos disse que ficou cinco dias sem energia elétrica e com as portas fechadas, porque nenhuma das máquinas que usa, como as de café, funcionavam. “Não tinha café, nem comida para servir. Perdemos o que tinha na geladeira, carnes, salgados, lanches. Durante esses dias deixamos de ganhar por volta de R$ 3 mil”.

Com a luz religada desde terça-feira à tarde, Ananias disse que o movimento está voltando gradativamente, mas tem ficado lento porque as pessoas ainda pensam que falta luz na região. “Meu receio agora é a nova tempestade prevista para sexta-feira.”

Dona de uma loja de roupas, Edna Maria Barbosa Lopes, trabalha na região há mais de 20 anos e nunca viu nada parecido. “Foi um vendaval, caiu árvore na praça, em cima do ônibus cheio de gente. Por pouco, não matou gente. Aí apagou tudo e só voltou na terça-feira”. Segundo Edna, normalmente, as vendas diárias variam de R$ 700 a R$ 1.000, valor que perdeu a cada dia com a loja fechada”. Para ela, o incidente é falta de cuidado e zeladoria com a cidade.

Em outro estabelecimento, onde funcionam um restaurante e uma lanchonete, o prejuízo poderia ter sido enorme se os proprietários não tivessem se prevenido com a instalação de geradores. Mesmo assim, o equipamento não é suficiente para todas as máquinas, então a ideia é investir em mais geradores para evitar futuros problemas. “Nossa energia foi embora na sexta-feira, às 19h, e voltou só na terça-feira. Não tivemos prejuízo, além do gasto com combustível, mas vamos nos preparar mais ainda, porque não é confiável. Eles não têm culpa, mas precisam estar preparados”, disse o gerente Raimundo Carneiro.

Restaurante do qual Raimundo Carneiro é gerente não teve prejuízos, além do gasto com combustível, porque houve prevenção – Pinto/Agência Brasil

Funcionária do restaurante, Miriam Silva Santana Rocha, moradora do Jardim São Francisco ficou sem luz entre a sexta-feira e o domingo à noite. Segundo Miriam, o prejuízo foi grande, com a perda de tudo que estava na geladeira e no congelador.

“Costumo armazenar bastante coisa e perdi não só congelados, como verduras e hortaliças. E esta não foi a primeira vez. Teve outra situação em que o apagão foi de três dias. Tem coisas que são da natureza, mas outras o homem pode prevenir para que não ocorram apagões. Podar as árvores, cuidar da manutenção”, afirmou.