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Operação cumpre mandados contra vereadora em Teresina

Operação deflagrada nesta terça-feira (17) pela Polícia Federal investiga facções criminosas que teriam atuado para eleger, em 2024, uma vereadora de Teresina, capital do Piauí. As suspeitas são de que esse financiamento teria sido feita com dinheiro lavado pela organização criminosa.

Segundo a PF, as investigações, relacionadas à Operação Escudo Eleitoral, tiveram início logo após a divulgação dos resultados das eleições municipais deste ano, quando surgiram “indícios de estreito vínculo” entre uma possível liderança da organização criminosa e uma candidata eleita pelo PSB para o cargo de vereadora.

Quatro mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos pela PF em “endereços vinculados aos investigados” na capital piauiense por determinação do 1º Juízo de Garantias do Núcleo I da Justiça Eleitoral no Piauí

“A investigação apura indícios de crimes de lavagem de dinheiro, vinculados à organização criminosa, com potencial de comprometer a integridade do processo democrático, sendo investigado o financiamento de campanha eleitoral através de recursos provenientes dessa organização criminosa”, informou a PF.

Silvio Mendes é eleito em Teresina

O candidato Silvio Mendes (União) venceu a disputa para a prefeitura de Teresina, com 52,27% dos votos válidos. Fábio Novo (PT) ficou em segundo lugar, com 43,17% dos votos válidos. Até agora foram apurados 99,24% das urnas. Mendes retorna ao comando do município, do qual foi prefeito de 2005 a 2010.

Silvio Mendes de Oliveira Filho tem 75 anos e é filiado ao União Brasil. Médico de formação e especializado em ortopedia, assumiu a Secretaria Municipal de Saúde na década de 1990 e ficou à frente do órgão por 12 anos. Foi eleito prefeito de Teresina pela primeira vez em 2004 e reeleito em 2008. Também foi presidente da Associação Piauiense de Medicina.

Teresina sedia reunião preparatória do G20 Social

Começou nesta segunda-feira (20) o encontro preparatório do G20 Social para a cúpula que reúne as maiores economias do mundo, que ocorrerá em novembro, no Rio de Janeiro. O evento vai até o dia 24, em Teresina, e reúne 54 delegações de países e organizações internacionais envolvidas na construção de uma agenda até 2030 para o combate à fome e à pobreza extrema.

Na abertura do evento, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, explicou que o foco da reunião é a retirada do mapa da fome de mais de 730 milhões de pessoas em todo o mundo que não têm condições de realizar três refeições diárias.

“O objetivo é que cada país faça a sua parte, indicando as experiências do mundo consideradas eficientes, que vão compor uma cesta de alternativas para que países mais desenvolvidos possam dar as mãos aos países mais pobres”, disse Wellington Dias.

Ao final do evento, será divulgado um documento com as sugestões e contribuições para o combate à fome e à pobreza extrema.

“Abrimos hoje com a escuta de lideranças sociais que trabalham nessa temática. Teremos, ao final, um relatório que será entregue à delegação brasileira, a quem caberá extrair as propostas que possam servir de base para aprovação e encaminhamento ao fórum do G20. O desejo é sair de Teresina com o entendimento técnico para produzir os termos da aliança global contra a fome e a pobreza”, acrescentou Wellington Dias.

A inclusão do tema é uma iniciativa da presidência brasileira do G20 e visa o compromisso de reverter o retrocesso no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de erradicação da pobreza e de fome zero e agricultura sustentável.

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, destacou que o debate faz parte da iniciativa do governo brasileiro de inserir nas discussões do G20 temáticas ligadas à promoção de direitos humanos e preservação do meio ambiente.

“O G20 tem duas grandes trilhas, a geopolítica, coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores, e a trilha econômica, coordenada pelo ministro [da Fazenda] Fernando Haddad. O presidente Lula, ao assumir a presidência do G20, criou uma terceira trilha. Com ineditismo, o G20 Social proporciona a inclusão da sociedade civil organizada para debater as políticas que serão decididas no G20, que são os receptores dessas políticas públicas a serem definidas”, disse.

A conclusão dos trabalhos do G20 Social será apresentada durante a Cúpula Social, nos dias 15, 16 e 17 de novembro. Na sequência, haverá a Cúpula de Líderes do G20, no Rio de Janeiro, nos dias 18 e 19 de novembro, com a presença das lideranças dos 19 países membros, mais a União Africana e a União Europeia.

De acordo com o calendário divulgado pelo governo brasileiro, até a realização da cúpula serão realizados mais de 120 eventos distribuídos ao longo do ano em diversas cidades do país. O cronograma inclui 93 reuniões técnicas, 26 videoconferências, dez encontros de vice-ministros e 23 reuniões ministeriais.