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STF pede esclarecimento ao governador do estado sobre operação na Maré

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, pediu esclarecimento ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, sobre operação ocorrida na Maré, nesta terça-feira, na zona norte da capital fluminense. “Intime-se mediante ofício, com urgência, a ser remetido pelo meio mais célere possível, o Excelentíssimo Governador do Estado do Rio de Janeiro, para que tome ciência da petição (eDOC 1008) protocolada neste Tribunal às 19h40, nesta data, e informe de pronto, nos autos, as providências tomadas”, escreveu Fachin.

Fachin atendeu pedido do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro que determina a necessidade de ambulâncias na incursão policial onde possam ocorrer mortes, e que a operação ou incursão seja necessariamente realizada por policiais portando câmeras corporais para gravação dos seus atos, de modo ininterrupto.

Confrontos armados entre policiais e criminosos no Complexo da Maré, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, deixaram um policial militar morto e outro ferido. Os tiroteios ocorreram no início da manhã dessa terça-feira, devido a uma operação da Polícia Militar (PM) na área para prender suspeitos de roubo de veículos em vias expressas da cidade. Até o período da noite, 24 pessoas foram presas e 11 fuzis foram apreendidos, além de outras armas e recuperação de veículos roubados, conforme balanço divulgado pela Polícia Militar. 

A reportagem entrou em contato com o governo estadual para obter posicionamento, mas não recebeu resposta até o fechamento desta edição.

STF pede esclarecimento ao governador do Rio sobre operação na Maré

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, pediu esclarecimento ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, sobre operação ocorrida na Maré, nesta terça-feira, na zona norte da capital fluminense. “Intime-se mediante ofício, com urgência, a ser remetido pelo meio mais célere possível, o Excelentíssimo Governador do Estado do Rio de Janeiro, para que tome ciência da petição (eDOC 1008) protocolada neste Tribunal às 19h40, nesta data, e informe de pronto, nos autos, as providências tomadas”, escreveu Fachin.

Fachin atendeu pedido do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro que determina a necessidade de ambulâncias na incursão policial onde possam ocorrer mortes, e que a operação ou incursão seja necessariamente realizada por policiais portando câmeras corporais para gravação dos seus atos, de modo ininterrupto.

Confrontos armados entre policiais e criminosos no Complexo da Maré, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, deixaram um policial militar morto e outro ferido. Os tiroteios ocorreram no início da manhã dessa terça-feira, devido a uma operação da Polícia Militar (PM) na área para prender suspeitos de roubo de veículos em vias expressas da cidade. Até o período da noite, 24 pessoas foram presas e 11 fuzis foram apreendidos, além de outras armas e recuperação de veículos roubados, conforme balanço divulgado pela Polícia Militar. 

A reportagem entrou em contato com o governo estadual para obter posicionamento, mas não recebeu resposta até o fechamento desta edição.

Fake news sobre ações no RS revelam o pior das pessoas, diz Pimenta

O ministro da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, disse nesta terça-feira (11) que a motivação do governo ao pedir que a Polícia Federal investigue a divulgação de fake news sobre ações dos governos nas enchentes do Rio Grande do Sul foi para estancar a indústria de mentiras e desinformação que, segundo ele, tem o único motivo de prejudicar a capacidade de resposta governamental.  

“Infelizmente, em momentos como esse, a gente assiste as pessoas revelando o que elas têm de pior. Como é possível que, em uma hora como essa, pessoas se dediquem a sentar atrás de um computador para produzir fake news, desinformar, prejudicar o trabalho das autoridades e prejudicar a ação de resgate das pessoas?”, questionou o ministro. 

Ele participou de audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados sobre o pedido do governo para que a Polícia Federal investigue as notícias falsas sobre a tragédia.  

Na audiência, deputados de oposição criticaram o que consideram o uso da PF contra opositores ao governo. A deputada Bia Kicis (PSL-DF) argumentou o pedido do governo para a investigação tem como alvo críticas e opiniões de brasileiros que expressavam sua insatisfação com a atuação do governo federal, que considerou essas opiniões como fake news. 

“Que momento sombrio da história estamos vivendo quando opositores e voluntários dessa tragédia são perseguidos alegando-se que fazem fake news, quando só queremos mostrar a verdade. Não se combate desinformação com censura e perseguição, mas com informação”, disse a deputada. 

Pimenta garantiu que o governo sabe diferenciar debate político de fake news e conteúdo criminoso. Segundo ele, quem vai analisar se há ou não crime nas postagens é a Polícia Federal, o Ministério Público e o Poder Judiciário. 

“A atitude tomada foi para estancar a onda de fake news, que naquele momento específico era altamente prejudicial ao trabalho de resgate, de salvamentos e da chegada de donativos no estado do Rio Grande do Sul. Eu comuniquei à autoridade para que avalie a necessidade ou não de investigação. Portanto, aqueles que não cometeram crimes não têm o que temer”, disse Pimenta.  

Outros questionamentos 

Pimenta foi questionado por deputados da oposição sobre o fato de ter utilizado um helicóptero das Forças Armadas para se deslocar de Porto Alegre a Santa Maria, acompanhado da esposa. Ele confirmou a informação, explicando que as aeronaves da Operação Taquari 2 estão à disposição do ministério. “E é dessa maneira que eu me desloco”, disse, acrescentando que tem orgulho de ter sua esposa o acompanhando na delegação. 

Ele também foi perguntado sobre a ida a uma churrascaria em Porto Alegre para encontro com empresários, que também foi confirmada pelo ministro. “Tinha um evento, eu fui convidado por uma entidade de empresários, foi marcado em uma churrascaria, eu vou sempre que me convidarem”, disse. 

O deputado Gilvan da Federal (PL-ES) criticou o ministro por estar usando a jaqueta dos servidores da Defesa Civil. “É ridícula essa jaqueta que você usa”, disse o parlamentar. Pimenta rebateu dizendo que era uma homenagem aos trabalhadores “que deram sua vida para salvar outras vidas”.  

O ministro, que era convidado para participar da audiência pública, havia avisado que ficaria até as 18h, mas ao sair, foi criticado por parlamentares da oposição, que o chamaram de “fujão” por não responder a todas as perguntas.

Barroso diz que SP deve seguir regras do MJ sobre câmeras para PM

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, decidiu nesta segunda-feira (10) que o governo de São Paulo deverá seguir os parâmetros do Ministério da Justiça e Segurança Pública na licitação para compra de câmeras corporais para a Polícia Militar do estado. A decisão do ministro foi motivada por ação da Defensoria Pública do estado. 

Barroso também decidiu que o governo deverá enviar ao Supremo um relatório sobre a efetividade dos equipamentos no prazo de seis meses após a implementação das câmeras. 

Segundo o ministro, o governo estadual se comprometeu a implantar as câmeras nas atividades policiais. No entanto, o cumprimento da portaria do Ministério da Justiça será monitorado pelo  STF.

“É preciso que o Núcleo de Processos Estruturais e Complexos do STF (Nupec) continue o monitoramento, de modo a assegurar que não haja retrocesso que possa comprometer a continuidade da política pública de uso de câmeras corporais”, argumentou Barroso.

Conforme a Portaria 648/2024 do MJ, os profissionais de segurança pública em todo o país devem usar as câmeras, quando disponíveis, em 16 situações que envolvem atendimento de ocorrências, buscas pessoais, patrulhamento, entre outras.

A norma também diz que a gravação das imagens captadas pode ser feita por acionamento do próprio policial ou por uma central. 

Mais cedo, a PM de São Paulo determinou que as câmeras corporais devem ser acionadas em todas as ocorrências e abordagens.

Médicos alertam gestantes sobre importância da vacinação no pré-natal

A cobertura da Dtpa, ou tríplice bacteriana acelular, foi de apenas 75% em 2023. Essa é uma vacina aplicada quase exclusivamente em grávidas e deve ser tomada em todas as gestações, justamente para proteger os recém-nascidos da coqueluche. Mas ela também protege a gestante e o bebê contra o tétano e a difteria. Muitas mulheres em fase de gestação, no entanto, não estão se vacinando.

A jornalista e atriz Natália Gadioli, está grávida pela segunda vez e vai tomar a Dtpa assim que atingir o tempo recomendado, de 20 semanas de gestação. Ela alerta, no entanto, sobre o que pode estar afastando as gestantes das salas de vacina. “Infelizmente, a gente vê muita fake news, muita desinformação, que tenta assustar as pessoas. E isso acaba prejudicando individualmente e coletivamente. É uma pena, sempre que posso tento combater de alguma forma e defender a vacina para todos. Especialmente nessa fase de gestação, quando é muito importante a gente se cuidar e proteger o bebê”.

O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Juarez Cunha, explica que a chamada hesitação vacinal é causada por muitos fatores. O maior deles é a falta de percepção de risco. No auge da pandemia, com 4 mil mortes por dia, todo mundo queria se vacinar contra a covid-19, por exemplo. Hoje, que o número de vítimas é menor, mas ainda soma centenas por semana, é difícil atingir a cobertura das doses de reforço. Cunha chama a atenção para o desafio da comunicação em tempos de infodemia – a pandemia de desinformação. Especialmente porque até profissionais da saúde têm disseminado discurso contra as vacinas, o que tem atingido em cheio as grávidas e os responsáveis por crianças.

“Se eu chego a ter 70%, 75% [de cobertura], significa que tenho ali uns 20% hesitantes. E é com esses hesitantes que a gente tem que falar. Por isso, é preciso preparar muito bem os profissionais da rede, que têm que saber responder, têm que estar bem informados. Se um médico te diz que não deve fazer de jeito nenhum e você chega a uma unidade de saúde e repassa essa informação, como é que o profissional vai questionar isso? Ele tem que estar muito bem informado”, afirma Cunha.

A última vez que o Brasil teve um surto de coqueluche foi em 2014, mas o Ministério da Saúde alertou, na semana passada, que vários países têm registrado aumento de casos e essa onda pode chegar por aqui. Até o começo de abril, foram 31 infecções comprovadas, e mais de 80% delas em bebês de até seis meses. O Sistema Único de Saúde (SUS) também vacina os bebês contra a coqueluche, mas apenas a partir dos dois meses de idade, completando o esquema aos seis meses. Ou seja, as maiores vítimas da coqueluche dependem totalmente da vacinação na gravidez para não adoecer.

Para a ginecologista Nilma Neves, os profissionais que acompanham o pré-natal devem não somente prescrever as vacinas, mas também conferir se elas foram tomadas e questionar as grávidas sobre suas dúvidas e receios. Até porque muitas têm medo de tomar qualquer substância ou remédio e acabar afetando o bebê. Nilma é vice-presidente da Comissão de Vacinas da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e chama a atenção para outro grande problema que tem afetado as coberturas vacinais

“As salas de vacinas dos postos de saúde não abrem aos sábados e muitas gestantes trabalham. Ela não consegue ir durante a semana. E até mesmo quando vão fazer o pré-natal, acontece de alguns postos só terem a técnica de enfermagem especializada em vacinas, de manhã ou só à tarde. Então, isso dificulta o acesso da gestante para tomar as vacinas”.

No caso da vacina contra a gripe, nem o chamado Dia D, com aplicação aos sábados, consegue fazer com que a meta de cobertura seja alcançada. Atualmente, as regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste estão em campanha. Mais de 1,7 milhão de grávidas fazem parte do público alvo e nem um quarto delas se vacinou. O imunizante protege contra três cepas do vírus Influenza. Ao contrário do que muitos pensam, não é só um resfriadinho. A influenza é um dos principais causadores da Síndrome Respiratória Aguda Grave, que pode levar à morte, especialmente de pessoas vulneráveis, como bebês e grávidas.

Outro grande causador da síndrome é a covid-19, que também pode provocar inflamação em diversas partes do corpo. Há evidências de relação entre a covid e efeitos como aborto espontâneo, restrição de crescimento no útero e parto prematuro. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) já identificou que o número de mortes entre grávidas ou pessoas que acabaram de dar à luz nos dois primeiros anos da pandemia foi quase 70% a mais do que o habitual. Ainda assim, a vacina contra a covid-19 encontra grande resistência. Gestantes e puérperas devem tomar a nova vacina monovalente xbb da Moderna, que está sendo aplicada pelo SUS.

A diretora médica de vacinas da América Latina da Adium, farmacêutica que distribui o imunizante no Brasil,  Glaucia Vespa, explica por que elas não devem ter medo. “Quando a gente desenvolve uma vacina, temos etapas. A primeira é o que chamamos de pré-clínica, que é quando fazemos as pesquisas no laboratório, aí começamos com a fase clínica que é onde a vacina é estudada em seres humanos. Concluído o desenvolvimento clínico, é feito um dossiê submetido às agências regulatórias. Quando o produto chega [à população], continuamos acompanhando. Por isso, as vacinas não mentem: sua eficácia e segurança são comprovadas em estudos”.

De acordo com o Ministério da Saúde, desde o início da vacinação contra a doença em 2021, quase 2,3 milhões de mulheres se vacinaram. Mas esse número é inferior à previsão de gestantes e puérperas que devem se vacinar somente este ano, cerca de 2,24 milhões. O gerente médico de vacinas da Farmacêutica GSK, Marcelo Freitas, destaca a importância do envolvimento familiar para que a estratégia vacinal das gestantes avance. Quando a família toda se vacina, é mais difícil que um indivíduo fique para trás, além de formar um círculo de proteção para o bebê. No caso da coqueluche, é inclusive recomendada a estratégia Coccoon, ou casulo.

“A coqueluche é uma infecção altamente contagiosa, e sabemos que as pessoas em volta da criança, que convivem mais com ela, têm papel fundamental na transmissão. Coccoon é justamente você cercar a criança de pessoas vacinadas, bloquear a transmissão. É preciso lembrar que as vacinas têm efeito muito importante individualmente – reduzem infecção, impedem a progressão para quadros graves, a hospitalizações e óbitos, mas também têm papel fundamental coletivamente, o de redução de transmissão de doenças em surtos e epidemias”.

O calendário básico de vacinação do SUS também recomenda que as gestantes recebam a vacina contra a hepatite B, caso não tenham sido imunizadas anteriormente, ou completem o esquema de três doses se ele estiver incompleto. Também é preciso iniciar ou completar a imunização com a DT, que protege contra tétano e difteria em três doses, com reforço a cada dez anos.

Nilma Neves reforça que o ideal é que antes mesmo de engravidar, as famílias confiram o cartão de vacinas da gestante. “É muito importante que ela receba a tríplice viral, por exemplo, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, e não pode ser tomada na gestação”.

Museu de Niterói abre neste sábado mostra sobre povo guarani

O Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC Niterói) apresenta, a partir deste sábado (8), a exposição fotográfica Yvy Marãey – A Terra sem Males, que aborda a busca ancestral do povo indígena guarani pela terra sem mal. São 38 fotografias de autoria do cineasta e fotógrafo Daniel Sul, que mostram a cultura e a mitologia do grupo Guarani Mbya, instalado há 11 anos na Aldeia Mata Verde Bonita, no município de Maricá, região metropolitana do Rio de Janeiro.

A mostra, que vai até 4 de agosto, é promovida pelo Instituto Terra Verde, organização não governamental (ONG) voltada para a defesa dos povos indígenas por meio da cultura e da memória, do etnoturismo, da segurança alimentar e geração de renda, entre outras ações.

“Eles sempre foram nômades, porque estavam em busca dessa terra sem males”, disse à Agência Brasil o presidente do Instituto Terra Verde e produtor executivo da exposição, Leonardo Brandão. Com o passar do tempo e o esgotamento de terras disponíveis,os indígenas acabaram se instalando em 2013 em Maricá, onde fundaram a Aldeia Mata Verde Bonita, que reúne atualmente cerca de 200 pessoas, descendentes da pajé Lidia Neves, de 92 anos. Sua filha, Jurema, é a cacica da aldeia.

De acordo com Brandão, a mostra destaca também a necessidade de demarcação das terras dos guaranis em Maricá. “O que a gente quer é usar a cultura para dar visibilidade à questão indígena por meio de uma exposição com qualidade e obras artísticas, enfatizando a necessidade das aldeias guaranis serem demarcadas”, afirmou o presidente do Instituto Terra Verde.

Segundo Brandão, a família veio migrando do Rio Grande do Sul, passou por Paraty e Camboinhas, em Niterói, e há 11 anos se estabeleceu na restinga de Maricá. Nesse município, há outra aldeia de guaranis, a Céu Azul, composta por 30 pessoas.

Tradição

Indígenas do grupo Guarani Mbya preservam tradições- Daniel Sul/Divulgação

Os guaranis preservam as tradições. Há, por exemplo, uma casa de reza (Opy), onde são realizadas todas as atividades religiosas da aldeia, como funerais, rituais de cura e bênção do milho antes do plantio. “Todos falam a língua guarani. O português é ensinado na escola onde eles estudam fora da aldeia, mas a língua corrente é o guarani. Eles fazem muito artesanato, têm as práticas de cantoria na língua guarani. É uma aldeia que preserva muito as tradições de seu povo”, disse Brandão.

A exposição ocupará toda a varanda externa do MAC Niterói. Na abertura da mostra, prevista para as 10h de sábado haverá apresentação do Coral Guarani da Aldeia Mata Verde Bonita. A entrada é franca e a classificação, livre. Nos demais dias, os ingressos custarão R$ 16 (inteira) e R$ 8 (meia entrada). Às quartas-feiras, a visitação será gratuita.

Haverá rodas de conversa com  moradores da aldeia, que falarão sobre a vida nacomunidade, além de feira de artesanato e outras atrações. A mostra estará aberta de terça-feira a domingo, das 10h às 18h, com entrada permitida até as 17h30.

A entrada será gratuita para crianças menores de 7 anos, estudantes da rede pública (ensino fundamental e médio), pessoas que moram ou nasceram em Niterói, servidores públicos municipais, pessoas com deficiência e visitantes que chegarem ao museu de bicicleta. Têm direito à meia-entrada pessoas com 60 anos ou mais, estudantes de escolas particulares e universidades, professores e portadores de Identidade Jovem (ID Jovem), que é uma carteira virtual, baixada por aplicativo ou emitida no site da Secretaria Nacional da Juventude (SNJ).

A exposição tem apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, do Ministério da Cultura, dos governos estadual e federal, através da Lei Paulo Gustavo, e da Secretaria Municipal das Culturas, da Fundação de Artes e da prefeitura de Niterói.

Aldeia

A Aldeia Mata Verde Bonita (Tekoa Ka’Aguy Hovy Porã), do povo Guarani Mbya, está estabelecida no bairro de São José, na cidade de Maricá, em área de 93 hectares cedida pela prefeitura da cidade em 2013. Devido, entretanto, à falta de titulação da terra, a comunidade está constantemente ameaçada por interesses privados, tendo sido vítima, em 2019, de um incêndio criminoso que por pouco não atingiu algumas casas da aldeia. Em 2013, foram convidados a se mudar para Maricá, após terem sido pressionados pela especulação imobiliária a deixarem a área onde viviam há sete anos, no bairro de Camboinhas, em Niterói, município também da região metropolitana do Rio.

Dia Livre de Impostos reforça debate sobre reforma tributária

A Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e da Câmara de Dirigentes Lojistas Jovem realizam, nesta quinta-feira (6), a campanha nacional Dia Livre de Impostos, para conscientizar a população, o varejo e o poder público sobre o que define como alta carga tributária paga no Brasil.

Neste dia, os lojistas participantes dos 26 estados e do Distrito Federal (DF) comercializam seus produtos isentos de impostos. O não repasse da tributação aos consumidores pode gerar descontos que chegam a 70% do valor final do produto.

Os lojistas participantes da campanha em cada região e as empresas de vendas online estão relacionados no site oficial do evento. No endereço eletrônico, os consumidores ainda podem comparar os valores de produtos e serviços com e sem os impostos cobrados.

O Dia Livre de Impostos é realizado há 18 anos pela CNDL. “Fazemos esse dia livre de impostos para conscientizar o povo brasileiro, os parlamentares que nos representam no Congresso Nacional para discutir e diminuir essa alta carga tributária que temos incidente sobre todos os tipos de produto no Brasil”, explicou o presidente da Confederação dos Dirigentes Lojistas do Distrito Federal (CDL-DF), Wagner da Silveira Jr, em entrevista à Rádio Nacional, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). 

O coordenador do CDL Jovem/DF, Hugo César Leite, reclamou da gestão dos impostos cobrados dos contribuintes para custeio de serviços públicos. “A gente não é a favor de zero imposto, o que é impossível. Mas, a carga tributária é muito alta, o brasileiro paga muito e tem pouco retorno, como educação e um sistema de saúde de alta qualidade. A segurança pública também deixa muita desejar.” Ele defende uma reforma tributária que vá além da simplificação de impostos. “Uma boa reforma tributária que realmente reduza os impostos, que traga mais poder de compra ao brasileiro — que vem sendo perdido ano após ano — e, consequentemente, mais qualidade de vida.”

Reforma tributária

Em nota, o presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), José César da Costa, declarou que o Dia Livre de Impostos a ação ganha ainda mais força neste momento em que o Congresso Nacional discute o avanço da Reforma Tributária. “O país necessita de um ambiente de negócios menos burocrático e oneroso, com um sistema de arrecadação justo, eficiente e que sirva de base para o aumento da competitividade, da produtividade e da redução das enormes diferenças sociais do Brasil”.

Para o conselheiro do do Conselho Federal de Economia (Cofecon) Antonio Corrêa de Lacerda, a carga tributária é bastante distorcida no Brasil, em especial, pela tributação brasileira ser maior no formato indireto (embutida nos produtos), na comparação com o imposto direto, que incide sobre a renda. 

“Na maioria dos países que têm bons sistemas tributários, essa relação é invertida. Cobra-se mais sobre a renda e menos sobre os produtos. Até porque, quando se cobra sobre os produtos, o nível de renda não é diferenciado.”  O economista entende que a reforma tributária tocada pelo governo federal tem avançado no país, depois de 30 anos sem muita evolução. “Essa reforma tributária é o começo de uma mudança que precisa ocorrer também nos impostos diretos, mas o que está ocorrendo, agora, nos impostos indiretos já representa uma evolução porque permite, primeiramente, a unificação das legislações tributárias de 26 estados e do Distrito Federal”.

Lojistas

Neste ano, mais de 100 mil lojas físicas e virtuais de todo o país participam da ação, em 1,5 mil municípios, entre lojas de rua do varejo, ⁠shopping centers, restaurantes e ⁠prestadores de serviços. 

De acordo com a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas, no Rio de Janeiro a gasolina e o gás natural veicular (GNV) foram vendidos sem imposto em um posto de combustíveis na Barra da Tijuca. Em um mercado em Nova Iguaçu, foram comercializadas mil cestas básicas sem imposto.

Em São Paulo, a campanha, entre outras, fez ações de conscientização na Avenida Paulista.

No centro de Brasília, um posto de combustíveis participa da campanha do dia livre sem imposto há uma década e, nesta quinta-feira, novamente, o estabelecimento aderiu ao dia livre de impostos, vendendo gasolina ao consumidor final, descontada a tributação. O valor do litro que vendo sendo comercializado a R$ 5,68, excepcionalmente neste dia, caiu para R$ 3,80, o litro, com o desconto de 33,1%. Quem comprou 20 litros deixou de desembolsar R$113,60 para pagar R$76.

Consumidores

A expectativa da CNDL é de que mais de 2 milhões de consumidores sejam beneficiados com os descontos neste dia, em todo o Brasil.

Em Brasília, uma fila com mais de cem veículos se formou até o posto de combustíveis. Motoristas atrás de gasolina mais barata. Caso do engenheiro de áudio Pedro Gontijo, morador de Sobradinho, cidade ao lado de Brasília, que esperou quatro horas para abastecer parcialmente o carro. “A gente tem que fazer um esforço para poder abastecer. A gasolina com preço desse não tem como a gente deixar passar. Vale a pena, compensa, sim.” Mesmo opinião da corretora de imóveis, Leni Silva, que rodou 30 quilômetros de Taguatinga até o posto para aproveitar a promoção. “Cheguei às 7 horas da manhã. Estou há três horas na fila. Vim só abastecer”.

O estudante Victor Elias, morador do Riacho Fundo, encarou a fila de carros, desde às 7h da manhã, porque enxerga vantagem no preço oferecido por litro, apesar da espera para abastecer. “Compensa esperar. Quando cheguei, fiquei no fim da fila que estava bem grande, mas está andando”.

Brasília (DF), 06/06/2024 – Consumidores fazem fila em posto de combustíveis durante o Dia Livre de Impostos Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

*colaborou Sayonara Moreno, repórter da Rádio Nacional

Rede Genômica Fiocruz cria novo painel de dados sobre dengue

A Rede Genômica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) acaba de implementar em seu site novo painel de visualização de dados sobre dengue. 

O Dashboard de Dengue foi desenvolvido por uma equipe de pesquisa com foco em bioinformática e ciência de dados e disponibiliza, para outros grupos de pesquisa, jornalistas, tomadores de decisão e a população em geral, dados sobre os sorotipos e genótipos de dengue em circulação no Brasil.

É possível analisar os dados individualizados de todos os estados e regiões do Brasil, com detalhes sobre a quantidade de genomas amostrados e sequenciados em mais de cinco décadas de circulação do vírus da dengue no país.

Segundo o virologista do Instituto Carlos Chagas (ICC/Fiocruz Paraná), Tiago Gräf, também coordenador do desenvolvimento do Dashboard de Dengue, o que chama atenção nos dados é o aumento do número de genomas que vem sendo gerados de dengue desde 2020. Genoma é o código genético do vírus.

“Isso é resultado do aumento da capacidade de sequenciamento de unidades. Essa questão da vigilância genômica foi muito importante na pandemia de covid-19. O mundo inteiro estava preocupado em sequenciar o genoma completo do vírus, o Sars-CoV-2. Então teve um incentivo para os países promoverem capacitação, criar infraestrutura, treinamento de pessoal para fazer isso. A gente vê essa infraestrutura e capacitação de pessoal agora funcionando para arboviroses como a dengue”.

De acordo com o virologista, o número de casos de dengue no país vem decrescendo em muitos estados, mas não de forma acelerada. “É bem heterogêneo. Alguns estados ainda têm mantido número de casos elevado. É super preocupante ainda, porque atingimos números elevadíssimos”.

Com quase 6,3 milhões de casos prováveis de dengue, sendo mais de 3 milhões confirmados em laboratório, o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking de países com maior número de notificações da doença em 2024. Em seguida estão Argentina, com 420 mil casos prováveis; Paraguai, com 257 mil casos prováveis; e Peru, com quase 200 mil casos prováveis.

“Semelhante ao dashboard (painel de gestão com interface gráfica) sobre o coronavírus pandêmico Sars-CoV-2, disponível no site desde o início da pandemia de covid-19, e desenvolvido em linguagem Python com dados referentes a genomas depositados no banco de dados EpiArbo do Gisaid, o painel de visualização de dados está disponível em português, inglês e espanhol.

Além disso, a frequência de circulação de sorotipos também é apresentada, com base nos resultados laboratoriais (PCR), disponibilizados pelo Ministério da Saúde (MS) no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) desde 2007”, diz a Fiocruz.

“Assim como no caso do painel sobre o Sars-CoV-2, a atualização dos dados será realizada quinzenalmente, para que se possa acompanhar o comportamento do vírus”, disse o virologista.

“Tais informações subsidiam a melhor compreensão acerca dos cenários epidemiológicos, da disseminação viral, das especificidades geográficas, dentre outros aspectos centrais que a adequação das políticas públicas, alocação de recursos e intervenções voltadas ao enfrentamento e resposta às epidemias e emergências em saúde pública,” disse a vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz, Lourdes Oliveira.

Toffoli mantém multa contra parlamentares por mentira sobre Lula

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter multa imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) à deputada Carla Zambelli (PL-SP) e ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) por disseminarem notícias falsas sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Os parlamentares foram condenados por terem divulgado em suas redes sociais vídeo que ligava Lula a supostos crimes financeiros e desvios de verbas públicas, afirmando que os prejuízos ao cofres públicos seriam arcadas “por meio de descontos em contracheques de aposentadoria”. 

O vídeo foi compartilhado durante a campanha presidencial de 2022, motivo pelo qual o TSE decidiu condenar ambos por propaganda eleitoral negativa e disseminação de fake news, condutas vedadas pela legislação eleitoral. Flávio foi condenado a pagar R$ 15 mil e Zambelli, R$ 30 mil. 

No Supremo, ambos alegaram que a mensagem compartilhada não afetou o processo eleitoral e que não fizeram mais do que exercer a liberdade de expressão. 

Ao negar andamento ao recurso, Toffoli escreveu que o direito à liberdade de expressão não é absoluto, e que para modificar a decisão do TSE seria necessário reexaminar as provas do caso, o que é vedado por súmula do Supremo. 

Governo autoriza construção de nova ponte sobre o Rio Caí, no RS

O ministro dos Transportes, Renan Filho, assinou com os prefeitos de Nova Petrópolis (RS), Jorge Darlei Wolf, e de Caxias do Sul (RS), Adiló Didomenico, na terça-feira (4), a ordem de serviço para construção de uma nova ponte sobre o Rio Caí, na divisa entre os dois municípios, na rodovia federal BR-116/RS.

Em maio, a ponte anterior cedeu no pilar central, instalado dentro do rio, após pressão do alto volume de águas das chuvas que atingiram a Serra Gaúcha. Em 12 de maio, devido aos danos estruturais e rachaduras no asfalto, a ponte foi interditada. Atualmente, é o único trecho totalmente bloqueado na BR-116/RS.

De acordo com o Ministério dos Transportes, a ponte definitiva custará cerca de R$ 31 milhões. O prazo para execução da obra será de oito meses. Porém, o ministro Renan Filho afirmou que a construtora e o governo tentarão dar celeridade à obra e entregar a nova ponte em menor tempo. “Nós já temos os recursos e queremos entregá-la, no máximo, em seis meses”, previu Renan Filho.

Nova ponte

O projeto prevê o uso de novas tecnologias na construção da ponte, sem a necessidade de um pilar central para sustentá-la. O ministro também explicou que equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) têm trabalhado para adaptação das margens do rio, com construção nas cabeceiras para receber a estrutura.

O projeto autorizado pelo governo federal inclui o serviço de demolição da ponte antiga, que neste momento tem um trecho rebaixado; e também a instalação de uma ponte metálica provisória que será erguida nos próximos dias pelo Exército. A instalação da ponte metálica permitirá o fim da interrupção da BR-116, enquanto durarem as obras da estrutura definitiva.

“O Exército Brasileiro pede até 15 dias para entregar a ponte provisória, mas a gente espera que ela fique pronta até o final da semana que vem”, estimou Renan Filho.