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Líderes internacionais cumprimentam novo presidente do Senegal

Os senegaleses foram às urnas na última semana para escolher o novo presidente do país. Foi eleito o candidato de oposição Bassirou Diomaye Faye, que se apresentou como figura antissistema. Os resultados definitivos foram publicados pelo Conselho Constitucional do Senegal. Bassirou Diomaye Faye venceu com 54,28% dos votos.

Neste sábado (30), o presidente angolano João Lourenço felicitou Faye, considerando que a sua vitória eleitoral vem confirmar a justeza dos ideais de justiça social e de patriotismo, acreditando em nova dinâmica nas relações bilaterais.

O novo dirigente recebeu cumprimentos de líderes internacionais. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, felicitou Faye. “Felicito Bassirou Diomaye Faye pela sua eleição como próximo presidente do Senegal. Envio cumprimentos calorosos ao povo senegalês, que demonstrou que o direito de votar – e de ter esse voto contado – continua a ser o limiar da liberdade da democracia”. 

A votação naquele país estava inicialmente prevista para 25 de fevereiro, mas um adiamento de última hora provocou distúrbios e várias semanas de confusão que puseram à prova as práticas democráticas do Senegal. O pleito foi realizou no último domingo (24).

Com uma população de 18 milhões de habitantes, o Senegal é um dos países mais estáveis de uma África Ocidental abalada por golpes de Estado, que tem mantido fortes relações com o Ocidente.

*Informações são da Agência Lusa

Parlamento do Senegal vota para adiar eleições presidenciais até 15 de dezembro

6 de fevereiro de 2024

 

O parlamento do Senegal votou na segunda-feira para adiar as eleições presidenciais do país até 15 de dezembro, num processo de votação caótico que ocorreu depois que as forças de segurança desmantelaram uma tentativa da oposição de bloquear a votação – e removeram à força esses legisladores do edifício legislativo.

Também na segunda-feira, dois candidatos da oposição apresentaram contestações legais contra a decisão do presidente Macky Sall de adiar as eleições de 25 de fevereiro.

Uma das disposições do projeto de lei sobre o adiamento das eleições, adotado pela Assembleia Nacional, significa que o mandato de Sall – que termina em 2 de abril – será prolongado até à realização de novas eleições.

Sall anunciou em julho que não iria concorrer a um terceiro mandato.

A União Africana instou o governo do Senegal a organizar as eleições “o mais rapidamente possível” e instou os candidatos da oposição “a resolverem qualquer disputa política através de consulta, compreensão e diálogo civilizado”.

Os protestos eclodiram em frente ao edifício parlamentar no domingo. As forças de segurança dispararam gás lacrimogêneo enquanto os manifestantes queimavam pneus, bloqueavam estradas e gritavam “ditador Macky Sall”. Várias pessoas foram detidas, juntamente com dois candidatos da oposição, incluindo a ex-primeira-ministra Aminata Touré, que foi posteriormente libertada.

Esta é a primeira vez na história do Senegal que uma eleição presidencial é adiada.

Na segunda-feira, o governo do Senegal também restringiu o acesso à internet móvel. E a rede de televisão privada Walf, cujo sinal foi cortado durante uma transmissão dos protestos de domingo, os gestores disseram que a sua licença de transmissão foi revogada.

“O encerramento abrupto do acesso à internet através de dados móveis e da transmissão da Walf TV por parte do governo constitui um ataque flagrante ao direito à liberdade de expressão e aos direitos de imprensa protegidos pela Constituição do Senegal”, afirmou o escritório regional da Amnistia Internacional para a África Ocidental e Central num comunicado.

O Ministério das Comunicações, Telecomunicações e Economia Digital defendeu a decisão e afirmou que os serviços de internet móvel foram cortados segunda-feira “devido à divulgação de diversas mensagens de ódio e subversivas veiculadas nas redes sociais no contexto de ameaças e perturbações à ordem pública”.