Skip to content

São Paulo registra mais uma morte em decorrência das chuvas

Uma mulher morreu ontem (20) após ser arrastada por uma enxurrada, junto a uma criança, na cidade paulista de Aparecida, localizada no Vale do Paraíba. Ambos foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e levados à Santa Casa de Misericórdia, onde foi constatado o óbito da mulher. A criança ficou com escoriações e não corre risco de morte. As informações são da Defesa Civil do estado de São Paulo.

O município foi atingido por chuva de forte intensidade nas últimas 24 horas, o que causou enxurradas, pontos de alagamento e abalo em estrutura de imóveis. Desde o início da Operação São Paulo Sempre Alerta, em 1º de dezembro de 2023, já foram registradas 14 mortes em decorrência das chuvas.

Ainda em Aparecida, quatro residências tiveram danos em suas estruturas e, após passarem por vistoria preliminar, foram interditadas preventivamente. Doze pessoas ficaram desalojadas e foram encaminhadas para casa de parentes, e quatro pessoas ficaram desabrigadas e foram para o Albergue Municipal.

São Sebastião, no litoral norte paulista, também foi atingido por uma chuva de grande intensidade, causando diversos pontos de alagamento. Os bairros Pontal, Juquehy, Barra do Sahy, Camburi e Centro tiveram pontos de alagamento temporários, mas não houve vítimas, conforme divulgou a Defesa Civil do estado.

O Sistema de Alarme Remoto (SISAR) foi acionado após a quantidade de chuva ultrapassar o nível de segurança estipulado e a previsão do tempo para as próximas horas aponta para ocorrência de chuva moderada à forte. O abrigo localizado na Avenida Adelino Tavares, 301, na Vila Sahy, foi mobilizado para acolher os munícipes. Três homens, duas mulheres e duas crianças estão no abrigo.

Para atender a comunidade, um ônibus da prefeitura ficou à disposição para transportar as famílias da área de risco para o abrigo. Segundo a Defesa Civil, equipes permanecem em campo prestando apoio aos munícipes afetados e fazendo a limpeza das áreas atingidas.

No boletim divulgado às 8h de hoje (21), a Defesa Civil paulista informou que foram registrados os seguintes acumulados de chuva, nas 24h anteriores: Caraguatatuba 121mm, São Sebastião 117mm, Marília 85mm, Ribeirão Preto 83mm, Peruíbe 81mm, Monteiro Lobato 71mm, Lorena 68mm, Bertioga 65mm, Santa Branca 64mm, Aparecida 63mm, Canas 56mm, Guaratinguetá 55mm e Itanhaém 53mm.

Os municípios de Guaratinguetá, Caraguatatuba, Santa Cruz do Rio Pardo e Ubatuba também tiveram chuva de forte intensidade, com pontos de alagamento, mas sem registros de vítimas fatais até o momento.

Em Ubatuba, um deslizamento de terra levou à interdição preventiva de uma residência, após vistoria preliminar. Duas pessoas ficaram desalojadas e foram encaminhadas para casa de parentes. Na manhã desta quarta-feira, a previsão é que equipes da Defesa Civil Municipal juntamente com o engenheiro do município realizem nova vistoria no local.

DF registra 38 mortes por dengue e lidera ranking no país

O Distrito Federal contabiliza, desde o início do ano, 38 mortes por dengue. O número coloca a unidade federativa em primeiro lugar no ranking, na frente até mesmo de Minas Gerais, que tem o maior número de casos da doença em todo o país. O DF investiga ainda 78 mortes classificadas como suspeitas e que também podem ter sido provocadas pela dengue.

Dados da Secretaria de Saúde do DF mostram um total de 81.408 casos prováveis da doença até o último dia 17 – um aumento de 1.351% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 5.484 casos prováveis de dengue. A maioria das infecções foi identificada em mulheres e na faixa etária de 20 a 29 anos, seguida pelo grupo de 70 a 79 anos.

Emergência

Em janeiro, o DF decretou situação de emergência em saúde pública em meio a uma explosão de casos de dengue. O decreto, publicado no Diário Oficial da União, citava não apenas a expansão de casos da dengue, mas “risco de epidemia por doenças transmitidas pelo [mosquito] Aedes aegypti”, o que inclui enfermidades como zika e Chikungunya, além da febre amarela.

Vacinação

O DF foi a primeira unidade da Federação a iniciar a vacinação contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS). Desde o último dia 9, crianças de 10 e 11 anos podem ser imunizadas contra a doença. O esquema vacinal consiste em duas doses com intervalo de três meses. Ao todo, 15 unidades básicas de saúde (UBS) estão aplicando a vacina.

Para receber a dose, não é necessário agendamento – basta comparecer a um dos pontos que fazem a aplicação do imunizante acompanhado dos pais ou responsáveis e apresentar um documento de identificação e a caderneta de vacinação.

Ação na Baixada Santista registra 28 mortes e 700 prisões em fevereiro

Desde o início de fevereiro, 28 pessoas morreram na chamada Operação Verão na Baixada Santista, no litoral paulista. Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo (SSP), todas as mortes ocorreram em confronto com policiais. De acordo com o balanço da pasta, foram presas durante as ações 706 pessoas, das quais 261 eram foragidas da Justiça.

Entre os mortos está o líder de uma facção criminosa “envolvida com o tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro, tribunal do crime e atentado contra agentes públicos”, informou a SSP.

Na segunda-feira (19), o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, anunciou, pelas redes sociais, que policiais militares das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) mataram um homem que atirou contra os agentes na comunidade Caminho das Pedras, em Santos.

Durante 13 dias, o secretário esteve com o comando da pasta na Baixada Santista para acompanhar as operações. A decisão foi tomada como parte da reação ao assassinato de dois policiais em Santos.

Segundo levantamento do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público de São Paulo, neste ano, até o último dia 17 de fevereiro, 86 pessoas foram mortas por policiais militares em serviço em todo o estado. Dessas, 15 mortes foram em Santos, 14 em Guarujá, sete em Cubatão, nove em São Vicente e duas em Praia Grande, chegando a 47 mortes em municípios da Baixada Santista.

Ao longo dos meses de janeiro e fevereiro do ano passado, os policiais militares em serviço foram responsáveis 48 mortes em todo o estado de São Paulo.

CIDH e ONU

O elevado número de mortes nas ações em reação à morte dos policiais chamou a atenção de entidades de direitos humanos. Na semana passada, a Defensoria Pública de São Paulo enviou à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) pedido para que a entidade demande o fim da Operação Escudo no estado. A defensoria já havia solicitado acesso aos boletins de ocorrência das mortes causadas pelas ações policiais na Operação Escudo, que passou a ser chamada pelo governo estadual de Operação Verão.

A solicitação também é assinada pela organização não governamental Conectas Direitos Humanos e o pelo Instituto Vladimir Herzog, sendo endereçada ainda ao Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos na América do Sul. No pedido, as organizações pedem que seja demandada a obrigatoriedade do uso de câmeras corporais pelos agentes de segurança pública.

Denúncias de execução

Durante o carnaval, uma comitiva formada pela Ouvidoria da Polícia de São Paulo, pela Defensoria Pública e por deputados estaduais esteve na Baixada Santista. O grupo colheu relatos de moradores de bairros da periferia que denunciaram a prática de execuções, tortura e abordagens violentas por policiais militares da Operação Escudo contra a população local e egressos do sistema prisional.

A SSP afirma que a operação é “voltada ao combate à criminalidade e a garantia da segurança da população”.

Roraima registra 1.293 ocorrências de queimadas em 2024 e assume segunda posição no ranking nacional

Focos de queimadas na Amazônia

Roraima • 20 de fevereiro de 2024

 

Roraima documentou 1.293 ocorrências de focos de queimadas de janeiro até esta segunda-feira (19), de acordo com informações fornecidas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. O estado se encontra na segunda posição no cenário nacional de incidências de queimadas.

No total, foram notificados 689 focos de calor em fevereiro e 604 em janeiro. Comparando com o mesmo intervalo do ano anterior, que registrou 324 casos em janeiro, houve um aumento significativo de 86,42%.

No contexto estadual, Mato Grosso liderou com 1.385 registros, seguido por Pará com 803, Maranhão com 542 e Mato Grosso do Sul com 419 ocupando respectivamente a terceira, quarta e quinta posição.

Além de ocupar o segundo lugar nacional nas estatísticas de queimadas nos primeiros meses de 2024, Roraima destaca-se por ter sete dos dez municípios brasileiros com maior número de focos, vale ressaltar que o estado tem apenas 15 municípios.

Dentre esses Caracaraí, o maior em extensão territorial em Roraima, é o mais impactado por esse problema ambiental, assumindo a liderança no ranking nacional em quantidade de focos. Outros como Uiramutã enfrentam estiagem prolongada com mais 68 focos de queimadas registrados em 2024, tendo a prefeitura decretado situação de emergência no dia 15/02/2024.

Número de Registros

13851293803542419372366204186177
MTRRPAMAMSCEBAAMPIGO
Estado

Focos de queimadas nos 10 estados com maior ocorrência entre janeiro e fevereiro de 2024

Mapa dos focos de queimadas em Roraima entre janeiro e fevereiro de 2024

     

Faturamento de franquias registra crescimento de 13,8% em 2023

O faturamento das franquias no Brasil atingiu R$ 240,6 bilhões em 2023, um crescimento nominal de 13,8% em relação a 2022. Em comparação a 2019, na pré-pandemia, o aumento foi de 28,9%. Os dados são da Associação Brasileira de Franchising (ABF). 

O levantamento mostra ainda que o número de redes chegou a 3.311, crescimento de 7,6% em relação a 2022; e o número de empregos diretos gerados atingiu 1,7 milhão, um aumento de 7,1% em comparação ao ano anterior. Já o número de operações de franquias totalizou 195,8 mil, 7,8% superior a 2022.

A taxa média de abertura de novas operações alcançou 17,3% no ano passado, ante 14,9% em 2022; já a taxa média de operações que fecharam foi 5,9%, no ano anterior foi 6%, resultando num saldo positivo de 11,4%, acima dos 9,8% de 2022. 

“Os resultados mostram a capacidade de adaptação do setor, principalmente em relação à digitalização e ao ajuste de modelos de negócio. De outro lado, o desejo do consumidor por atividades sociais, principalmente eventos, encontros e confraternizações, movimentou o setor de forma geral, mas principalmente Alimentação e Turismo”, destacou o presidente da ABF, Tom Moreira Leite.

Alimentação – Food Service foi o segmento de franquias que mais cresceu e se destacou com alta de 17,9%, beneficiada pela forte retomada da vida social da população, das vendas por delivery, e da alta do tíquete médio. 

Saúde, Beleza e Bem-Estar vêm em seguida, com crescimento de 17,5%, justificado, segundo a ABF, pelo bom desempenho dos segmentos de clínicas de estética, odontologia, óticas e farmácias. 

O terceiro maior avanço ficou com Hotelaria e Turismo (16,4%), também beneficiado pela forte retomada das viagens, do aumento do tíquete médio das viagens aéreas, da demanda reprimida, e pelo retorno de eventos e lazer.

As projeções da Associação Brasileira de Franchising para o setor este ano são de um faturamento 10% maior, de expansão das operações em 5,5%; das redes, em 5%; e uma alta de 5,5% no número de empregos diretos gerados. 

Maiores do ramo

Entre as Top 10 franquias no país, o segmento de Alimentação continua sendo o mais representativo, com cinco, uma marca a mais que em 2022; e o segmento Saúde, Beleza e Bem-Estar se manteve em segundo, com três marcas.

A Cacau Show (Alimentação – Comércio e Distribuição) manteve a liderança do Ranking ABF das 50 Maiores Redes de Franquias no Brasil por Operação, com um total de 4.216 operações, o que representa um crescimento de 10,7% em relação à edição anterior. 

Em seguida, vem O Boticário (Saúde, Beleza e Bem-Estar), com 3.689 operações; McDonald’s (Alimentação – Food Service), com 2.662 operações (variação positiva de 2,50%); Colchões Ortobom (Casa e Construção), com 2.380 operações, e Odonto Company (Saúde, Beleza e Bem-Estar), com 1.899 operações. 

Na sexta vem a rede Lubrax+ (Serviços Automotivos), com 1.741 operações (1,7%), seguida de Subway (Alimentação – Food Service), com 1.574, e AM/PM (Alimentação – Comércio e Distribuição), com 1.540. Depois vem a Óticas Carol (Saúde, Beleza e Bem-Estar), com 1.400 operações, e o Burger King Brasil (Alimentação – Food Service) com 1.331 franquias (5,7%).

PRF registra 85 mortes nas estradas federais durante carnaval

 

A Operação Carnaval 2024, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), terminou nesta madrugada com registros do aumento no número de acidentes e mortes nas estradas de todo o país. Mas houve queda nos flagrantes de infração, na comparação com 2023.

De acordo com o balanço divulgado pela PRF, foram registrados 1.223 sinistros ao longo dos 6 dias de operação, o que representa um aumento de 10%, em relação aos 1.112 ocorridos no ano passado. Como consequência dos acidentes mais graves, 85 pessoas morreram, enquanto, na última operação de carnaval, foram 80 óbitos.

Este ano, em que as ações tiveram como foco o combate à combinação álcool e direção, esse tipo de autuação sofreu uma redução de 4%. Foram 1.867 motoristas autuados por dirigirem sob efeito de bebida alcoólica ou por recusarem fazer o teste do bafômetro. Já no ano passado, foram autuados por esse motivo 1.946 motoristas.

As prisões de motoristas por embriaguez ou sinais de alteração da capacidade psicomotora pelo efeito do álcool também diminuíram de 138 para 107, o que representa uma queda de 18%.

De acordo com a PRF, as medidas educativas e o reforço do policiamento e, principalmente da fiscalização, em todo o país, empregadas entre os dias 9 e 14 de fevereiro, aumentaram a segurança viária, não apenas na prevenção de acidentes e mortes, mas também no enfrentamento à criminalidade. Esse esforço resultou na prisão de 144 pessoas por outros crimes, além da apreensão de 20 armas transportadas sem autorização, além de 2.264 kg de maconha e 1.269 kg de cocaína.

DF registra mais de 20 mil casos prováveis de dengue em uma semana

O Distrito Federal registrou 20,4 mil casos prováveis de dengue em uma semana, totalizando 67.897 casos prováveis da doença desde o início do ano. Foram confirmados 23 óbitos pela doença enquanto 66 estão em investigação.

De acordo com o boletim epidemiológico, as regiões administrativas com mais notificações são Ceilândia (12.983), Taguatinga (3.772), Sol Nascente/Pôr do Sol (3.701), Brazlândia (3.305), Samambaia (2.819), Santa Maria (2.731), São Sebastião (1.968), Gama (1.785), Plano Piloto (1.490) e Guará (1.397).

“Porém, o documento mostra que a dengue foi identificada em todas as regiões do Distrito Federal, com aumento de 1.303,9% do número de casos prováveis entre moradores do DF, quando comparado ao mesmo período de 2023”, destacou a Secretaria de Saúde, em nota.

Segundo a pasta, cerca de 1.150 casos de dengue registrados no Distrito Federal evoluíram com sintomas que indicam o agravamento da doença, como sangramentos e vômitos persistentes. O número representa um aumento de 1.616,4 % em relação ao mesmo período de 2023.

Atendimentos

Ainda de acordo com a secretaria, entre 1º de janeiro e 13 de fevereiro, 114.023 atendimentos de pacientes com suspeita de dengue foram realizados em 176 unidades básicas de saúde (UBS) e nas nove tendas montadas junto a administrações regionais.

“Nas UBSs e tendas, são realizados os acolhimentos de todos os pacientes e o tratamento e hidratação daqueles classificados como leves. Em caso de gravidade, há o encaminhamento às unidades de pronto atendimento (UPA) e aos hospitais.”

O governo do Distrito Federal informou que vai instalar mais 11 tendas para atendimento de casos suspeitos de dengue e ampliar a frota de carros do fumacê por meio da contratação de mais dez veículos, totalizando 39.

Carnaval de Brasília registra queda de 23% nas ocorrências criminais

Balanço divulgado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) indica uma redução de 23% das ocorrências criminais durante o carnaval de 2024, na comparação com igual período do ano anterior.

De acordo com a Secretaria de Segurança pública, foram registradas 364 ocorrências durante o feriado, entre sexta (9) e terça-feira (13). Deste total, 67% foram relativas a furtos de celulares. No carnaval de 2023 foram 473 registros.

As demais ocorrências foram de crimes contra o patrimônio, “dividindo-se entre furto de veículos, receptação, furto e roubo à transeunte, furtos diversos e no interior de veículos, estelionato e furto mediante fraude”, informou o GDF.

As linhas de revistas feitas próximas aos blocos resultaram na apreensão de dez armas brancas. Houve, ainda 32 ocorrências registradas por posse de entorpecentes.

As ações de trânsito da Polícia Militar resultaram na autuação de 375 motoristas por alcoolemia; e 707 por uso de celular ao volante. Houve também, durante as ações das autoridades de trânsito quatro apreensões de entorpecentes.

Detran e Bombeiros

Ao longo do feriado, o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran) fez 1.515 abordagens, com 1.250 testes de etilômetro, 95 autuações por alcoolemia e 22 flagrantes de motoristas que não tinham habilitação. Foram realizadas, ainda, 83 remoções, tendo sido 24 motociclistas notificados por alterar os escapamentos.

O Corpo de Bombeiros prestou 95 atendimentos entre sexta e terça-feira. Destas, 42 foram por alcoolemia. “Os demais se dividiram entre crise de ansiedade, corte, escoriações, mal súbito, entorse e animal em situação de risco”, informou o GDF.

Ambulantes

No mesmo período foram feitas 630 abordagens a ambulantes. Além disso, as autoridades fiscalizaram 62 eventos de carnaval e outros 60 estabelecimentos que realizaram atividades carnavalescas.

Essas ações resultaram em quatro interdições de eventos e uma multa aplicada pelo descumprimento da interdição. As equipes apreenderam mais de 1 mil garrafas de bebidas alcoólicas sendo comercializadas irregularmente por 25 ambulantes.

Cidade de São Paulo registra primeira morte por dengue

A cidade de São Paulo confirmou nesta quinta-feira (8) a primeira morte por dengue, totalizando seis óbitos no estado, sendo outras duas em Pindamonhangaba, uma em Bebedouro, uma em Guarulhos e uma em Bauru. Segundo monitoramento diário da Secretaria Estadual da Saúde, agora são 34.995 casos confirmados da doença em 2024 e mais de 31 mil ocorrências em investigação.

O pesquisador e coordenador dos relatórios de monitoramento de arboviroses, com foco em dengue, do Instituto Todos pela Saúde (ITpS), Anderson Brito, explicou que casos de dengue aumentam quando as condições climáticas são favoráveis à proliferação do mosquito.

“Assim, observamos a subida dos casos nos períodos com maior volume de chuvas e altas temperaturas, que coincidem com os quatro primeiros meses do ano”, justificou.

Tendência de alta

Segundo ele, considerando a sazonalidade típica da doença e com base no histórico de diagnósticos dos laboratórios parceiros do ITpS, é esperado que a taxa de positividade de testes e o número de casos no estado de São Paulo sigam com tendência de aumento pelo menos até o fim de abril ou início de maio.

Para Brito, o combate à dengue é uma ação que depende tanto do poder público quanto da população. Ao poder público cabe adotar estratégias para o controle dos mosquitos vetores da doença, campanhas de comunicação e ações de atenção primária e especializada à saúde.

“No que tange ao controle de vetores, a zeladoria de equipamentos públicos com criadouros de mosquitos é de responsabilidade do poder público”, afirmou.

Ele disse que a sociedade precisa estar diretamente envolvida para apoiar ações de controle, não só em ambientes públicos como também por meio de intervenções em terrenos e residências com focos de mosquitos.

“A população pode e deve auxiliar a administração pública eliminando estruturas que acumulam água parada. Outra forma de ajudar é comunicando aos governos locais, pelas vias oficiais, sobre a localização de possíveis focos de mosquitos que possam ser eliminados pelas secretarias de saúde”, ressaltou o pesquisador.

Ações contra a dengue

O Centro de Operações de Emergências (COE) de São Paulo realizou a primeira reunião nesta quinta-feira (8) para alinhar os planos e investimentos criados para combater o vetor de doenças como a dengue, chikungunya e zika. O COE foi criado para definir estratégias e ações de combate ao Aedes aegypti, transmissor dessas doenças.

Além da participação de oito secretarias e do Conselho de Secretários Municipais (Cosems), que compõem o COE, o encontro contou com a representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no Brasil, Socorro Gross Galiano.

Entre os pontos discutidos, destacam-se o Plano de Contingência, um Dia D contra a dengue nas escolas, um plano de comunicação pública durante e após o carnaval, e as estratégias com os Departamentos Regionais de Saúde (DRS) e a Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross), visando priorizar a transferência e regulação de pacientes graves para um leito de UTI – Unidade de Tratamento Intensivo.

Segundo o secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva, ainda nesta semana o governo liberará 80% dos mais de R$ 200 milhões destinados aos 645 municípios paulistas.

“Também temos conversado com todas as nossas regiões para que preparem a rede hospitalar para receber os casos mais graves, além de treinamentos com os profissionais de saúde das pontas, que são os responsáveis por fazer esse primeiro atendimento nos municípios”, disse.

Para consulta da população, dos municípios e das autoridades envolvidas no combate às arboviroses, a Secretaria de Saúde inseriu no Painel de Monitoramento o Plano de Contingência com as diretrizes para a prevenção e controle da dengue, chikungunya e zika. O plano pode ser acessado diretamente pelo painel disponível no site dengue.saude.sp.gov.br.

A Defesa Civil de São Paulo também disponibilizou o telefone de seu gerenciamento de emergências para que os municípios acionem o órgão 24h por dia: (11) 2193-8888.

Guatemala registra casos de doença neurológica rara; suspeita é de Guillain-Barré

05 de fevereiro de 2024

 

O departamento de Suchitepéquez, Guatemala, está lidando com uma série de casos de uma enfermidade neurológica ainda não diagnosticada. Autoridades de saúde suspeitam que se trate de casos da Síndrome de Guillain-Barré

O Ministério da Saúde declarou alerta vermelho em 31 de janeiro e com o governo departamental colocou equipes nas ruas para visitar comerciantes e escolas a fim de orientar sobre cuidados de higiente. “Usar água potável e preparar os alimentos devidamente é uma parte vital do cuidado com a saúde da população”, alertou o Ministério. Autoridades também avisaram que “a população também desempenha um papel fundamental nisso”.

O início das aulas em Mazatenango e Escuintla foi adiado, enquanto os 44 Centros de Atenção Integral (CAI) do país estão detetizados.

Especialistas da OMS, da OPAS e do CDC dos Estados Unidos estão acompanhando a situação e prestarão apoio se necessário.

A médica Ericka Gaitán, da Direção de Epidemiologia e Gestão de Riscos do Ministério da Saúde, disse que “são casos que têm alguma relação ou vínculo epidemiológico (…) ou seja, água, alimentos, quaisquer toxinas, metais pesados, arbovirose”.

A Síndrome de Guillain Barré é uma desordem do sistema imunológico que por “erro” ataca os músculos e nervos do corpo, causando fraqueza muscular que algumas vezes pode levar a risco de morte, já que parte das pessoas apresentam fraqueza nos músculos respiratórios, necessitando de ventilação mecânica.

A causa da desordem é difusa, mas 50% dos casos ocorrem após infecções causadas por vírus, como gripes, ou micoplasma; 10% ocorrem após cirurgias e casos raros são associados com linfoma, carcinoma, gravidez, período pós-parto e até como reação a vacinas. A maioria dos casos evolui bem, mas cerca de 30% dos acometidos pode sentir fraqueza muscular por vários meses e até anos. Algumas pessoas ficam totalmente curadas e 7% dos casos são fatais.