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Comunidade no centro do Rio recebe festival de arte urbana

Localizado no bairro de Santo Cristo, no centro do Rio de Janeiro, o Morro do Pinto é a primeira comunidade a receber o festival de arte urbana e grafite Rua Walls, responsável pelos muros grafitados na zona portuária. A partir deste sábado (21), o projeto inaugura a primeira parte da galeria a céu aberto na comunidade, com murais criados por artistas nacionais e internacionais. O  projeto reúne 20 artistas, sendo oito de seis países estrangeiros — Argentina, México, Estados Unidos, Espanha, Itália e Nigéria.

Na edição deste ano, o evento propõe uma nova perspectiva sobre o papel da arte urbana na transformação das cidades e na construção de identidades culturais. O foco é a revitalização do Morro do Pinto e da zona portuária. “O Morro do Pinto foi escolhido por sua rica conexão com a cultura carioca e seu papel histórico na zona portuária, uma área em transformação. Com suas histórias únicas e uma comunidade ativa, o bairro representa perfeitamente os valores do Rua Walls de revitalização e inclusão”, afirma o realizador do festival, Caique Torrezão.

O realizador do evento disse à Agência Brasil que a localização estratégica da comunidade na região portuária facilita o diálogo entre tradição e modernidade, colocando o morro no mapa cultural do Rio de Janeiro”. Torrezão informou que serão criados mais 20 murais no local. Na comunidade, receberão intervenções artísticas pontos como a Fábrica Bhering, o Bar do Omar e o Bar do Molejão. Outros locais, como o Largo da Prainha, no bairro dae Saúde, e o hotel Intercity, em Santo Cristo, também integram o mapa do projeto.

Rua Walls 2024

Com início em 2019 no Rio de Janeiro, a proposta do Rua Walls é transformar a paisagem urbana por meio da arte. Segundo Torrezão, na edição deste ano, são abordados temas como sustentabilidade e revitalização urbana, destacando a conexão entre arte, preservação ambiental e recuperação de espaços urbanos; protagonismo comunitário, reforçando o papel do Morro do Pinto como centro cultural e valorizando as narrativas locais; e conexão entre global e local, com murais de artistas nacionais e internacionais dialogando com a história e a cultura carioca, além de ampliar as discussões sobre diversidade e pertencimento. 

“A edição de 2024 expande a proposta ao incluir iniciativas sustentáveis, como a revitalização do Parque Machado de Assis e o lançamento do programa Refloresta Favela, demonstrando o compromisso do festival com a transformação social e ambiental”, destacou Torrezão. Como parte do projeto, a comunidade do Morro do Pinto recebe também o Centro de Inovação e Reflexão, galpão cultural que funcionará como um espaço de troca, discussão e vivência artística. A inauguração está prevista para dezembro deste ano.

“Realizar o Rua Walls no Morro do Pinto tem um impacto significativo, incluindo empoderamento comunitário, pois a arte transforma o bairro em uma galeria a céu aberto, elevando a autoestima dos moradores e destacando o potencial cultural da região”, afirmou Torrezão, que ressaltou o compromisso do projeto com a descentralização da arte. “Levar o festival para um espaço fora do eixo central democratiza o acesso à arte e promove o reconhecimento das periferias como polos culturais”.

*Estagiária sob supervisão de Vinícius Lisboa

Xodó de Cozinha recebe o engenheiro ambiental Lucas Chiab

No terceiro episódio inédito do Xodó de Cozinha, que a TV Brasil exibe neste sábado (21), às 13h, a chef Regina Tchelly recebe o engenheiro ambiental Lucas Chiabi. Fundador do Ciclo Orgânico, primeiro serviço de coleta e compostagem de resíduos orgânicos residenciais do Brasil, o convidado bate um papo com a apresentadora e prepara três receitas à base de brócolis.

Durante a nova atração da emissora pública, Regina e Lucas falam sobre a compostagem e o ciclo completo dos alimentos. O conteúdo original fica disponível no app TV Brasil Play e pode ser acompanhado no YouTube da emissora pública.

A conversa descontraída destaca a compostagem como uma alternativa ao descarte de resíduos orgânicos. Quando sobra alguma parte dos alimentos que não pode ser aproveitada nas receitas, os restos vão para a composteira e voltam para terra.

Ainda ao longo do programa, o público confere o preparo de farofa com talos de brócolis, macarrão com palmito de brócolis e creme de milho e brócolis refogado. 

Alimento que pode ser aproveitado das flores ao talo, o brócolis foi um dos primeiros ingredientes que Regina Tchelly percebeu que, com criatividade, poderia render diversos pratos deliciosos.

Sobre o Xodó de Cozinha

Apresentado pela chef Regina Tchelly na TV Brasil, o programa Xodó de Cozinha busca incentivar a alimentação saudável e de baixo custo. A temporada de estreia tem 26 episódios. Cada edição conta com um convidado especial para preparar receitas com um alimento específico e conversar sobre um tema. A produção recebe personalidades como Bela Gil, André Trigueiro e Sidarta Ribeiro, entre outros.

Com seu afeto e carisma, a chef Regina Tchelly tem uma linguagem bastante característica para cativar o público e os entrevistados da nova atração televisiva. “Os convidados são incríveis e fico feliz de estar reunida com tanta gente que está fazendo acontecer, mostrando que é possível comer bem, de forma saudável e acessível”, diz.

Os assuntos discutidos na produção giram em torno de questões como sustentabilidade, combate à fome, sazonalidade dos alimentos, geração de renda, empreendedorismo e educação financeira. Além disso, o programa valoriza a cultura tradicional e afetiva, além de abordar pratos que evocam memórias e heranças culinárias.

A atração é gravada na cozinha do projeto Favela Orgânica, iniciativa idealizada por Regina Tchelly que há 13 anos promove a culinária saudável nas comunidades Babilônia e Chapéu Mangueira, na zona sul do Rio de Janeiro. 

Coprodução realizada pela TV Brasil com a Kromaki, o Xodó de Cozinha tem direção de Pedro Asbeg.

Sobre o Favela Orgânica

O Favela Orgânica já recebeu diversos prêmios, nacionais e internacionais, por suas ações que visam promover a segurança alimentar, capacitação profissional e uma mudança na cultura de consumo e desperdício de alimentos. Chef de cozinha, empreendedora social e fundadora do projeto, Regina é paraibana e mora no Rio de Janeiro há 20 anos.

Ao vivo e on demand

Acompanhe a programação da TV Brasil pelo canal aberto, TV por assinatura e parabólica. Sintonize: https://tvbrasil.ebc.com.br/comosintonizar.

Seus programas favoritos estão no TV Brasil Play, pelo site http://tvbrasilplay.com.br ou por aplicativo no smartphone. O app pode ser baixado gratuitamente e está disponível para Android e iOS. Assista também pela WebTV: https://tvbrasil.ebc.com.br/webtv.

Nos 30 anos do Tetra, No Mundo da Bola recebe o ex-jogador Branco

O programa No Mundo da Bola oferece um presente especial para o seu público em sua próxima edição, uma entrevista exclusiva com o ex-jogador Branco, que foi uma peça importante na campanha do tetracampeonato da seleção brasileira na Copa do Mundo de futebol, em 1994 nos Estados Unidos.

Na conversa, que será exibida pela TV Brasil a partir das 20h30 (horário de Brasília) do próximo domingo (22), o veterano fala sobre os 30 anos do Tetra, a sua trajetória nos gramados e o trabalho nas categorias de base do futebol nacional depois de pendurar as chuteiras.

No bate-papo com os jornalistas Paulo Garritano, Rodrigo Campos e Carlos Molinari, o craque Branco, que, após a aposentadoria, assumiu a coordenação das divisões de base da seleção brasileira, trata das expectativas para as novas gerações de atletas. A superação da Covid é outro assunto do encontro que emocionou o homenageado na entrevista inédita com o time de esportes da emissora pública.

Além disso, o ex-jogador comemora as quatro décadas do Campeonato Brasileiro de 1984 vencido pelo Fluminense, clube que o lateral-esquerdo defendeu em campo por várias temporadas. Este foi um dos títulos mais expressivos daquela geração do Tricolor das Laranjeiras.

Lula recebe visita de Chico Buarque em São Paulo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, nesta terça-feira (17), a visita do cantor Chico Buarque. Desde o último domingo (15), quando teve alta hospitalar, Lula está em sua residência na capital paulista e tem recebido visitas. 

Nas redes sociais, Lula postou uma foto com o artista. 

“Nada melhor que receber amigos em casa. Hoje, eu e Janjinha tivemos uma visita muito especial. Recebemos Chico Buarque e Carol Proner, em São Paulo. É sempre uma alegria poder ter vocês por perto. Um samba pra alegrar o dia”, disse na mensagem. 

Na manhã desta segunda-feira (16), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com o presidente da República em São Paulo. Haddad informou que um dos temas da reunião foi o pacote fiscal.

Lula está em recuperação de uma cirurgia de emergência, realizada na semana passada, para conter um sangramento intracraniano. Ele recebeu alta do Hospital Sírio-Libanês, mas ficará em sua residência no Alto de Pinheiros, em São Paulo, até pelo menos esta quinta-feira (19) para fazer exames e acompanhamento médico.

 

 

Lula recebe alta e deixará hospital ainda neste domingo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu alta médica e deixará o Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, ainda neste domingo (15). Ele ficará em sua residência, em São Paulo, até pelo menos a próxima quinta-feira (19).

A informação foi divulgada em coletiva de imprensa na manhã de hoje (15) no auditório do hospital, onde o presidente está internado desde a última terça-feira (10) para uma cirurgia de emergência em que precisou drenar um hematoma na cabeça, entre o osso do crânio e o cérebro.

A entrevista foi concedida pelo cardiologista Roberto Kalil Filho, o neurologista Rogério Tuma, o neurocirurgião Marcos Stávale, a médica do presidente, Ana Helena Gremoglio, e o médico José Guilherme Caldas, que realizou o procedimento de embolização no presidente.

“O quadro foi extremamente acima do esperado. Para minha felicidade e de toda a equipe, ele está de alta hospitalar”, disse a médica Ana Helena Gremoglio.

“Ele está de alta hospitalar, não alta médica”, esclareceu Kalil. Por isso, disse o médico, o presidente precisará continuar na capital paulista por mais alguns dias para acompanhamento. Na próxima quinta-feira, Lula deverá passar por exames no hospital, entre eles, uma tomografia. 

De acordo com Kalil, Lula poderá exercer suas atividades normalmente nesse período, só evitando exercícios físicos.

“Ele está estável, caminhando, se alimentando, falando normalmente. Ele teve um pós-operatório muito bom, dentro do que se esperava”, afirmou Kalil.

Histórico

Lula teve de ser hospitalizado por causa de uma queda doméstica que sofreu em outubro.

O presidente chegou a São Paulo na madrugada de terça-feira, após ter sentido dores de cabeça. Uma ressonância magnética feita no Hospital Sírio-Libanês, ainda em Brasília, mostrou uma hemorragia intracraniana, decorrente do acidente domiciliar sofrido no dia 19 de outubro. O presidente foi então transferido para a unidade do hospital, na capital paulista, onde passou pelo procedimento cirúrgico.

Na quinta-feira (12), dois dias após a cirurgia, o presidente foi submetido a um novo procedimento, para bloquear o fluxo de sangue e reduzir o risco de formação de novo hematoma. Já na última sexta-feira (13), Lula teve retirado o dreno intracraniano que havia sido colocado na cirurgia da última terça-feira (10). Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Lula apareceu caminhando ao lado do neurocirurgião Marcos Stavale.

Na mensagem publicada nas redes sociais, o presidente escreveu: “Estou firme e forte! Andando pelos corredores […], conversando bastante, me alimentando bem e, em breve, pronto para voltar para casa e seguir trabalhando e cuidando de cada família brasileira”.

No boletim médico, divulgado ontem (14), os médicos informaram que o presidente fez apenas exames de sangue.

 

Comissão da Alerj recebe 385 denúncias de violação de direitos humanos

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) recebeu 385 denúncias de violações este ano e mais da metade delas tinha como agravante alguma forma de violência de Estado. O número de novas denúncias registradas em 2024 já é 12,2% maior do que as recebidas no ano passado e quase 77% das pessoas atendidas são pretas ou pardas. Também houve aumento de 49% nos casos denunciados anteriormente que continuaram sendo acompanhados pela comissão, totalizando 225 encaminhamentos.

A deputada Dani Monteiro (PSOL), que preside a comissão, avalia que o volume crescente de denúncias demonstra a lacuna de mecanismos eficazes para a defesa dos direitos da população do estado. Segundo ela, o colegiado tem se consolidado como “um instrumento de resistência essencial” para as vítimas que não encontram apoio em outras esferas institucionais.

“Quem sofre uma violação, seja pela ação, seja pela omissão do Estado, se vê sem caminhos possíveis, já que esse grande ator social, que deveria garantir seus direitos, é justamente aquele que os viola. Isso é um fator muito importante de desamparo e de descrença nas instituições e na política”, destaca a parlamentar.

“Além disso, muitas pessoas ainda enfrentam a falta de informação ou medo de represálias. Essa lacuna reforça a importância de fortalecer não apenas a nossa comissão, mas também toda a rede de instituições de direitos humanos no estado”, completa.

Apesar de o envolvimento da comissão em casos de violência policial ter grande destaque público, essas não são as principais denúncias: ao longo de 2024, foram recebidas 12 deste tipo. Mas entre elas, há casos de grande repercussão como o do entregador Nilton Ramon de Oliveira, baleado à queima-roupa por um policial militar, e a abordagem truculenta e não justificada de três rapazes negros, que acabaram se revelando filhos de diplomatas.

Mas a presidente da comissão reforça a gravidade desse tipo de violação e diz que há um modus operandi comum em muitas denúncias dessa natureza. “Os casos mais relatados incluem abordagens policiais violentas, muitas vezes resultando em mortes ou lesões graves. Esses números evidenciam a urgência de reavaliarmos o modelo de segurança pública no estado, priorizando a proteção da vida e a garantia dos direitos fundamentais.”

O tipo de auxílio mais demandado foi o jurídico, com 26 pedidos diversos de judicialização para a garantia de algum direito. Em seguida, a comissão recebeu 22 denúncias de violações no sistema prisional e 21 demandas sociais, referentes a direitos básicos, como saúde, moradia e saneamento.

O principal resultado das denúncias é o acionamento das instituições responsáveis por investigar a violação denunciada, ou restabelecer o direito que não está sendo cumprido. Em 2024, a comissão enviou 118 ofícios para pedir informações e providências ou cobrar soluções das autoridades responsáveis.

Mas, de acordo com a deputada Dani Monteiro, nem sempre a comissão recebe respostas adequadas com a devida rapidez. “Nós sempre buscamos fazer o contato institucional porque é uma forma de chamar a atenção a partir da provocação de um órgão público inserido na estrutura do Legislativo, que tem a atribuição de fiscalizar. Mas, mesmo assim, é perceptível um interesse reduzido em fornecer informações que, no limite, podem atestar algum tipo de negligência do Estado.”

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Alerj faz atendimentos presenciais, de segunda a quinta-feira, das 10h às 17h, e também recebe denúncias pelo Zap da Cidadania, no número (21) 99670-1400. Os moradores de todos os municípios do Rio de Janeiro podem ainda acionar o órgão pelo telefone 0800-025-5108.

Ministra Sonia Guajajara recebe da ONU o Prêmio Campeões da Terra

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, foi uma das seis personalidades mundiais selecionadas nesta terça-feira (10) para receber o Prêmio Campeões da Terra, concedido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em reconhecimento às ações em defesa das pessoas e do planeta. A divulgação ocorreu em Nairóbi, na sede do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

“Reconhecimentos que valorizem e disseminem o nosso saber são extremamente importantes, como é o caso deste prêmio Campeões da Terra. Agradeço ao Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente pela premiação e pela parceria nessa trajetória pela preservação da biodiversidade”, declarou a ministra, após ser informada sobre a escolha.

Além de Sonia Guajajara, o prêmio também será concedido a Amy Bowers Cordalis, defensora indígena dos Estados Unidos; Gabriel Paun, defensor ambiental romeno e fundador da ONG Agent Green; Lu Qi, cientista chinês especializado em reflorestamento; Madhav Gadgil, ecologista indiano que promove a biodiversidade, e a Sekem, uma iniciativa de agricultura sustentável no Egito. Desde 2005, já foram reconhecidos para receber o prêmio, ao todo, 122 pessoas e organizações.

Para a ministra Sonia Guajajara, a premiação reforça a responsabilidade e o compromisso indígena com a defesa e conscientização das pessoas sobre a urgência de proteção do planeta e da biodiversidade. 

“Nossos modos de vida são baseados no respeito à Mãe Terra, no respeito à natureza e a todos os seres que partilham esse tempo e espaço conosco, seres humanos, na prevalência dos interesses coletivos em relação aos interesses individuais, no cuidado e na vivência em comunidade”, afirmou.

Maranhense, nascida no povo Guajajara – Tentehar, da Terra Indígena Arariboia, Sonia sempre foi atuante na luta contra a violação dos direitos indígena e pela conservação ambiental. Antes mesmo de se tornar a primeira ministra dos Povos Indígenas do Brasil, ela atuou na Coordenação das Organizações e Articulações dos Povos Indígenas do Maranhão (Coapima), passou pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) e atuou como coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).

Durante o último governo, denunciou os ataques aos direitos indígenas ao liderar a Jornada Sangue Indígena Nenhuma Gota a Menos, que percorreu grande parte do país e outros 12 países.

Sonia Guajajara também integrou o Conselho da Iniciativa Inter-religiosa pelas Florestas Tropicais do Brasil, iniciativa do Pnuma. Foi eleita uma das 100 pessoas mais influentes de 2022 pela revista TIME e, em 2023, apontada como uma das 100 mulheres inspiradoras e influentes no mundo pela BBC.

Rio recebe evento artístico de pessoas com deficiência intelectual

O Rio de Janeiro recebe esta semana, pela primeira vez, o Festival Nacional Nossa Arte, realizado pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) Brasil a cada três anos desde 1995. São esperadas mais de 2 mil pessoas, sendo 1,3 mil pessoas com deficiência (PCDs), seus familiares e cuidadores e profissionais das Apaes de todo o país, entre esta segunda-feira (9) e quinta-feira (12), no Expo Mag, no Centro do Rio de Janeiro.

O evento – que também marca os 70 anos da Apae Rio, a primeira do Brasil, contará com delegações de 23 estados e do Distrito Federal. Apenas os estados de Amapá, Espírito Santo e Roraima não confirmaram presença. A entrada é gratuita.

A abertura oficial será hoje às 19h30, com a presença do governador Cláudio Castro e da primeira-dama, Analine Castro, madrinha do festival. A Companhia Inclusiva de Arte Contemporânea Milonga, da Apae Rio, fará uma apresentação durante a abertura, seguida da escola de Samba Império da Tijuca.

O festival prossegue entre terça e quinta-feira, a partir das 14 horas. Nestes dias, haverá apresentações e espetáculos simultaneamente em três palcos de música, de dança e de teatro. Além disso, o público poderá conferir uma galeria de arte com 80 obras montada por pessoas com deficiência.

Na quarta-feira (11), o evento comemorativo dos 70 anos da Apae contará com transmissão ao vivo, com discursos, apresentações culturais e um show. No mesmo dia, haverá a Festa de 70 anos, para famílias Apae Rio, colaboradores e convidados especiais, no Clube Caiçaras, na Lagoa.

Fluminense recebe o Cuiabá podendo se garantir na Série A em 2025

Fluminense e Cuiabá se enfrentam nesta quinta-feira (5), a partir das 20h (horário de Brasília), no estádio do Maracanã, em confronto que tem contornos decisivos para o Tricolor. A equipe das Laranjeiras, que soma 40 pontos, garantirá sua permanência na Série A do Campeonato Brasileiro caso vença e o Bragantino (que encara o Athletico-PR no mesmo horário em Curitiba) não saia vencedor na rodada (os paulistas têm 38 pontos). O duelo terá transmissão da Rádio Nacional. A locução será de André Marques, com comentários de Waldir Luiz e reportagem de Carlos Molinari.

A expectativa é de grande público no Maracanã. O Fluminense realizou uma promoção, reduzindo o preço dos ingressos para a partida que pode trazer a salvação da temporada tricolor.

Ambas as equipes vêm em má fase. O Fluminense não vence há seis jogos, desde o triunfo sobre o rival Flamengo na 30ª rodada, em 17 de outubro. O Cuiabá (já rebaixado à Série B) teve como última vitória na competição um 2 a 0 sobre o São Paulo, pela 29ª rodada no início de outubro. A equipe do Pantanal tem apenas seis vitórias em todo o campeonato, somando 30 pontos.

O técnico Mano Menezes tem dois desfalques certos por suspensão: Paulo Henrique Ganso foi expulso na última partida, contra o Furacão, e Felipe Melo segue fora por punição imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

Já o Cuiabá, que não tem mais objetivos na temporada, convive com atletas em fim de contrato ou liberados. O volante Filipe Augusto e o atacante Jonathan Cafú, por exemplo, já não atuam mais pelo clube. Em compensação, o zagueiro Bruno Alves retorna de suspensão e estará à disposição do técnico Bernardo Franco.

A vitória do Flamengo sobre o Criciúma por 3 a 0 na última quarta-feira (4) facilitou a vida do Fluminense na briga pela continuidade na primeira divisão. O time catarinense estacionou nos 38 pontos. Uma vitória do Tricolor sobre o Cuiabá já tornará matematicamente impossível que o Tigre ultrapasse o Flu, e rebaixará o Criciúma.

Caso não vença (ou caso o Massa Bruta derrote o Furacão), o Fluminense decidirá seu futuro em um difícil compromisso contra o Palmeiras, fora de casa pela última rodada do campeonato, no próximo domingo (8). Já Bragantino e Criciúma se enfrentam em Bragança Paulista no mesmo dia.

Ministério recebe avaliações sobre acessibilidade em aeroportos

A Secretaria Nacional de Aviação Civil, subordinada ao Ministério de Portos e Aeroportos, está recebendo contribuições de pessoas com deficiência sobre a acessibilidade em aviões e aeroportos de todo o país. Os interessados poderão preencher um questionário com quatro blocos de perguntas, que abrangem desde o perfil do participante à sua avaliação quanto ao serviço das companhias e equipes dos aeroportos.

O questionário foi aberto em outubro de 2023 e coletará respostas até 31 de dezembro de 2027. Até o momento, foram registradas 31 respostas. O projeto é elaborado mediante parceria do governo federal com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Conforme explica o pesquisador Luiz Antonio Tonin, coordenador por parte da UFSCar, a iniciativa, que já completa cerca de cinco anos, em sua primeira etapa estabeleceu como objetivo compreender quais são as melhores práticas de acessibilidade. Ao final de 2023, foram enumeradas 92 delas, que serviram de parâmetro para classificar 57 aeroportos do país, sendo que cada um deles ganhou um selo conforme alinhamento ou desalinhamento diante do que oferecem nesse âmbito.

Com o preenchimento do formulário, será possível à equipe do projeto incluir na avaliação critérios relativos à percepção de passageiros sobre os recursos de acessibilidade que podem utilizar. Além disso, a previsão é de que, no início de 2025, qualquer pessoa possa visualizar como cada aeroporto está classificado.

Tonin comenta que, para poder situar melhor o Brasil no contexto global, a equipe do projeto viajou ao exterior e observou quais soluções aeroportos de outros países encontraram para se adequar às pessoas com deficiência. Como bons exemplos, ele menciona a disponibilização, com custeio do próprio aeroporto, de aplicativos semelhantes ao Be My Eyes (Seja Meus Olhos, em tradução livre), que auxilia pessoas com deficiência visual, ao conectá-las com voluntários que utilizam a própria câmera para guiá-las, e de cães-guia, estes ainda em fase de aprimoramento.

O coordenador da UFSCar afirma ainda que muitas das barreiras enfrentadas pelas pessoas com deficiência poderiam ser superadas se houvesse mais comunicação entre as companhias aéreas e os passageiros e entre as companhias e os aeroportos. Situações como aquelas em que o aeroporto opta por fazer embarque ou desembarque de um voo com um passageiro com deficiência de modo remoto, ou seja, por um portão distante da base central e que exige deslocamento com ônibus, podem ser tratadas de outra forma. “Isso acaba gerando diversos constrangimentos”, diz Tonin.

“Muitas vezes, o uso da infraestrutura é dificultado porque houve algum problema de comunicação.”

Formulário e manual

O questionário pode ser respondido em uma página do Participa + Brasil . Segundo Tonin, a equipe pretende lançar, em breve, uma interface mais acessível. No Aviação Acessível, é possível obter uma cópia do Manual de Acessibilidade na Aviação Civil.