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Biden apela à rápida aprovação da ajuda à Ucrânia e Israel pelo Congresso

18 de abril de 2024

 

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, manifestou na quarta-feira, 17, o seu forte apoio a uma maior ajuda militar à Ucrânia e a Israel, e à assistência humanitária aos palestinianos em Gaza, depois de o Presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, ter afirmado que a Câmara irá votar os pacotes de financiamento na noite de sábado.

Johnson hesitou durante semanas em convocar uma votação sobre a ajuda externa, com alguns legisladores de direita da sua bancada republicana a oporem-se a mais assistência para a luta de dois anos da Ucrânia contra a invasão russa e a ameaçarem expulsá-lo da presidência da Câmara dos Representantes se procedesse a uma votação.

Biden defende que “a Câmara deve aprovar o pacote esta semana e o Senado deve seguir-se rapidamente”, afirmou acrescentando que “assinarei esta lei imediatamente para enviar uma mensagem ao mundo: estamos ao lado dos nossos amigos e não deixaremos que o Irão ou a Rússia tenham êxito”.

Num artigo de opinião do Wall Street Journal, Biden classificou a versão aprovada pelo Senado do pacote de ajuda à Ucrânia e a Israel como “forte e sensata”, acrescentando que “não deve continuar a ser refém de um pequeno grupo de membros republicanos extremistas da Câmara”.

Fonte
 

Relatório da ONU aponta rápida deterioração de direitos na Cisjordânia

Relatório das Nações Unidas publicado nesta quinta-feira (28) lamentou o que disse ser uma “rápida deterioração” dos direitos humanos na Cisjordânia ocupada por Israel e pediu às autoridades israelenses que acabem com a violência contra a população palestina no local.

O relatório, publicado pelo Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (Acnudh), informou que 300 palestinos foram mortos na Cisjordânia desde 7 de outubro, o dia em que atiradores do Hamas realizaram o ataque mortal no sul de Israel e levaram reféns para Gaza.

A maioria das mortes ocorreu durante operações das forças de segurança israelenses ou em confrontos com elas.

Pelo menos 105 mortes podem ser atribuídas a operações israelenses envolvendo ataques aéreos ou outras táticas militares em campos de refugiados ou outras áreas densamente povoadas. Pelo menos oito pessoas foram mortas por colonos judeus, segundo o relatório.

Não houve nenhum comentário imediato das autoridades israelenses sobre o relatório. Israel afirma que suas operações na Cisjordânia são preventivas e têm como objetivo conter as ameaças à segurança.

“O uso de meios táticos e armas militares em contextos de segurança, o uso de força desnecessária ou desproporcional e a aplicação de restrições de movimento amplas, arbitrárias e discriminatórias que afetam os palestinos são extremamente preocupantes”, disse o alto comissário da ONU para Direitos Humanos, Volker Turk.

“Peço a Israel que tome medidas imediatas, claras e eficazes para pôr fim à violência dos colonos contra a população palestina, para investigar todos os incidentes de violência por parte dos colonos e das forças de segurança israelenses, para garantir a proteção efetiva das comunidades palestinas.”

O Acnudh disse que também registrou detenções arbitrárias em massa, detenções ilegais e casos de tortura e outras formas de maus-tratos relatados contra detidos palestinos. Afirmou que cerca de 4.785 palestinos foram detidos na Cisjordânia desde 7 de outubro.

“Alguns foram despidos, vendados e mantidos presos por longas horas com algemas e com as pernas amarradas, enquanto os soldados israelenses pisavam em suas cabeças e costas, eram cuspidos, jogados contra paredes, ameaçados, insultados, humilhados e, em alguns casos, submetidos à violência sexual e de gênero”, disse o Acnudh.

A Cisjordânia já vinha experimentando os níveis mais altos de agitação em décadas durante os 18 meses que antecederam o ataque a Israel em 7 de outubro por homens armados do Hamas, mas os confrontos aumentaram acentuadamente quando Israel lançou uma invasão terrestre em Gaza.