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Bolsonaro já esteve três vezes com primeiro-ministro da Hungria

O ex-presidente Jair Bolsonaro já esteve reunido oficialmente pelo menos três vezes com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, a quem considerou como “praticamente um irmão”. No mês passado, Bolsonaro permaneceu dois dias na Embaixada da Hungria, em Brasília após ter tido seu passaporte apreendido pela Polícia Federal, noticiado pelo jornal norte-americano New York Times. 

Ao explicar a estadia na embaixada, a defesa do ex-presidente disse que o motivo era “para manter contatos com autoridades do país amigo”. Como é do conhecimento público, o ex-mandatário do país mantém um bom relacionamento com o premier húngaro, com quem se encontrou recentemente na posse do presidente Javier Milei, em Buenos Aires. “Nos dias em que esteve hospedado na embaixada magiar, a convite, o ex-presidente brasileiro conversou com inúmeras autoridades do país amigo atualizando os cenários políticos das duas nações”, diz a nota da defesa de Bolsonaro. 

O primeiro-ministro da Hungria está no posto desde 2010 e preside o Fidesz, partido de extrema-direita. Ele é alvo de críticas na comunidade internacional, principalmente pela política anti-imigratória implementada no país.  

Nesta terça-feira (26), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu prazo de 48 horas para que Bolsonaro esclareça sua permanência na embaixada da Hungria. A Polícia Federal informou que irá apurar as circunstâncias da hospedagem do ex-presidente na embaixada. 

Encontros

Antes de tomar posse, ainda em 2018, Bolsonaro conversou por telefone com Orbán para conversar sobre o resultado das eleições no Brasil e a possibilidade de firmar possíveis parcerias entre Brasil e Hungria. Na ocasião, Bolsonaro disse que a Hungria “sofreu muito com o comunismo no passado”. “A Hungria é um país que sofreu muito com o comunismo no passado, tem um povo que sabe o que é ditadura. O povo brasileiro não sabe o que é ditadura aqui ainda. Não sabe o que é sofrer nas mãos dessas pessoas.”

Orbán foi um dos dez chefes de Estado e de governo que participaram da posse de Bolsonaro, em janeiro de 2019. 

 Jair Bolsonaro cumprimenta primeiro-ministro Viktor Orbán em visita oficial à Hungria, em 2022 – Foto:Arquivo/ Alan Santos/PR

Em fevereiro de 2022, Bolsonaro fez uma visita oficial à Hungria, onde se reuniu com Viktor Orbán e participou da assinatura de memorandos de entendimento entre os dois países nas áreas de defesa, cooperação humanitária e gestão de recursos hídricos e saneamento de águas.

Na declaração à imprensa, o então presidente Jair Bolsonaro ressaltou que considera a Hungria um país irmão e destacou a boa relação com Orbán. “Essa passagem por aqui é rápida, mas deixará um grande legado para os nossos povos. Acredito na Hungria, acredito no prezado Orbán, que eu trato praticamente como um irmão, dada as afinidades que nós temos na defesa dos nossos povos e na integração dos mesmos”, concluiu.

Antes de deixar o país, Bolsonaro e a comitiva brasileira participaram de um almoço oferecido por Viktor Orbán. 

Redes sociais

Durante as eleições de 2022, Orbán gravou um vídeo dirigindo-se ao povo brasileiro para pedir a reeleição de Bolsonaro. “Estamos falando de um presidente que, apesar de toda a esquerda atual e o globalismo, foi corajoso o suficiente para colocar o Brasil em primeiro e Deus acima de tudo”, disse Orbán, no vídeo que foi reproduzido nas redes sociais de Bolsonaro. 

O brasileiro agradeceu o apoio do primeiro-ministro. “Meu muito obrigado ao Primeiro-Ministro da Hungria Viktor Orban pelo reconhecimento do trabalho que temos feito para recuperar nossa economia, controlar a inflação, gerar empregos, combater o crime e defender nossos valores”, disse Bolsonaro. 

Viktor Orbán e Bolsonaro na posse de Milei em dezembro de 2023 .Foto: Arquivo/Orbán Viktor/X

Em dezembro do ano passado, Bolsonaro e Orbán voltaram a se encontrar durante a posse do presidente da Argentina, Javier Milei. Na ocasião, Orbán publicou em suas redes sociais uma foto com Bolsonaro. “Estamos em Buenos Aires para celebrar a grande vitória do presidente Javier Milei. Tive o prazer de encontrar com meu grande amigo, o presidente Jair Bolsonaro. A direita está crescendo não apenas na Europa, mas por todo o mundo”, escreveu Orbán. 

Em resposta, Bolsonaro escreveu: “O prazer é meu, primeiro-ministro. Sempre é bom ver você e é incrível ler essas palavras”

Shehbaz Sharif eleito primeiro-ministro do novo governo paquistanês

3 de março de 2024

 

O ex-primeiro-ministro Shehbaz Sharif foi eleito novamente primeiro-ministro do novo governo de coalizão nas eleições realizadas na Câmara dos Representantes do Paquistão no dia 3.

Ayaz Sadiq disse que o ex-primeiro-ministro Sharif obteve 201 votos, derrotando Omar Ayub, que recebeu 92 votos.

O ex-primeiro-ministro Sharif precisou de apenas 169 votos para garantir a maioria.

Os resultados das eleições foram anunciados após um atraso incomum devido a uma interrupção da telefonia móvel em todo o país.

As autoridades disseram que o corte das comunicações era necessário para evitar ataques de militantes a candidatos e forças de segurança.

Críticos do ex-primeiro-ministro Imran Khan levantam suspeitas do processo eleitoral, alegando que as eleições gerais realizadas no dia 8 do mês passado foram fraudadas.

 

Primeiro-ministro palestino Mohammad Shtayyeh renuncia

O primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh, disse nesta segunda-feira (26) que estava renunciando para permitir a formação de amplo consenso entre os palestinos sobre os acordos políticos, em decorrência da guerra de Israel contra o grupo islâmico Hamas em Gaza.

A medida ocorre em meio à crescente pressão dos Estados Unidos sobre o presidente Mahmoud Abbas para que ele dê uma guinada na Autoridade Palestina (AP), à medida que os esforços internacionais se intensificam para acabar com os combates em Gaza e começar a trabalhar em uma estrutura política para governar o enclave após a guerra.

A renúncia ainda deve ser aceita por Abbas, que pode pedir que ele permaneça como interino até que um substituto permanente seja nomeado.

Em declaração ao gabinete, Shtayyeh, um economista acadêmico que assumiu o cargo em 2019, disse que a próxima etapa precisaria levar em conta a realidade em Gaza, que foi devastada por quase cinco meses de combates pesados.

Ele afirmou que a próxima etapa “exigirá novos arranjos governamentais e políticos que levem em conta a realidade emergente na Faixa de Gaza, as negociações de unidade nacional e a necessidade urgente de um consenso interpalestino”.

Além disso, seria necessária “a extensão da Autoridade sobre todo o território da Palestina”.

A Autoridade Palestina, formada há 30 anos sob os acordos de paz provisórios de Oslo, exerce governo limitado sobre partes da Cisjordânia ocupada, mas perdeu o poder em Gaza após luta com o Hamas em 2007.

Fatah, a facção que controla a AP, e o Hamas têm se esforçado para chegar a acordo sobre um governo de unidade e devem se reunir em Moscou na quarta-feira (28). Uma autoridade do Hamas disse que a medida deve ser seguida por um acordo mais amplo sobre a governança para os palestinos.

“A renúncia do governo de Shtayyeh só faz sentido se ocorrer dentro de um consenso nacional sobre os arranjos para a próxima fase”, disse à Reuters Sami Abu Zuhri, autoridade sênior do Hamas.

Israel prometeu destruir o Hamas e diz que, por motivos de segurança, não aceitará o governo da Autoridade Palestina sobre Gaza após a guerra, que eclodiu depois de um ataque liderado pelo Hamas no Sul de Israel em 7 de outubro. O ataque matou cerca de 1.200 israelenses e estrangeiros, de acordo com registros de Israel.

Até o momento, quase 30 mil palestinos foram mortos nos combates em Gaza, segundo autoridades de saúde, e quase toda a população foi expulsa de suas casas.

*(Reportagem adicional de Nidal al-Mughrabi)

*É proibida a reprodução deste conteúdo.Ele disse que é para permitir

Gabriel Attal se torna o primeiro-ministro mais jovem da França

10 de janeiro de 2024

 

Na terça-feira, o presidente francês Emmanuel Macron designou Gabriel Attal, de 34 anos e atual ministro da Educação, como o novo chefe de governo. Com a mudança, Attal se torna o primeiro-ministro mais jovem da história do país e também o primeiro a revelar publicamente que é gay.

Essa decisão faz parte dos esforços de Macron para ajudar seu partido antes das próximas eleições para o Parlamento Europeu. O governo realizou reformas controversas nas aposentadorias.

As pesquisas de opinião indicam que o partido de Macron está perdendo para o partido de extrema direita de Marine Le Pen por uma margem de oito a dez pontos percentuais.

Attal, que se tornou uma figura conhecida como porta-voz do governo durante a pandemia de COVID, assumirá o cargo da primeira-ministra Elisabeth Borne.

 

Aos 34 anos, Gabriel Attal é o mais jovem primeiro-ministro da França

Emmanuel Macron nomeou o ministro da Educação, Gabriel Attal, de 34 anos, como seu novo primeiro-ministro, nesta terça-feira (9). A nomeação ocorre no momento em que o presidente francês busca dar novo fôlego ao seu segundo mandato antes das eleições para o Parlamento Europeu.

A medida não levará necessariamente a qualquer mudança política importante, mas sinaliza o desejo de Macron de tentar ir além das impopulares reformas da previdência e de imigração do ano passado e melhorar as chances de seu partido de centro na votação da União Europeia em junho.

As pesquisas de opinião mostram que a ala de Macron está atrás do partido da líder de extrema-direita Marine Le Pen por cerca de oito a dez pontos percentuais.

Attal, um aliado próximo de Macron que se tornou um nome conhecido como porta-voz do governo durante a pandemia da covid-19, substituirá a primeira-ministra Elisabeth Borne.

Um dos políticos mais populares do país em pesquisas de opinião recentes, Attal se mostrou um ministro atuante, à vontade em programas de rádio e no Parlamento.

“Caro Gabriel Attal, sei que posso contar com a sua energia e o seu empenho para implementar o projeto de revitalização que anunciei”, disse Macron, que no final do ano passado afirmou que iria anunciar novas iniciativas políticas.

Attal será o primeiro-ministro mais jovem da França e o primeiro abertamente gay.

“Gabriel Attal é um pouco como o Macron de 2017”, disse o deputado Patrick Vignal, referindo-se ao momento em que o presidente assumiu o cargo pela primeira vez como o líder mais jovem da história moderna da França, na época uma figura popular entre os eleitores.

Vignal, que pertence ao partido Renascimento de Macron e conhece Attal há mais de dez anos, acrescentou que o ministro da Educação “é claro, tem autoridade”.

Macron tem tido dificuldade para lidar com um Parlamento mais turbulento desde que perdeu a maioria absoluta logo após ser reeleito em 2022.

“A dupla Macron-Attal pode trazer um novo sopro de vida (ao governo)”, disse Jean-Daniel Levy, pesquisador da Harris Interactive.

Mas os líderes da oposição foram rápidos em dizer que não esperam muito da mudança de primeiro-ministro, com o próprio Macron assumindo grande parte da tomada de decisões.

“Elisabeth Borne, Gabriel Attal ou outra pessoa, não me importa, serão apenas as mesmas políticas”, disse o líder do Partido Socialista, Olivier Faure, à rádio France Inter.

*É proibida a reprodução deste conteúdo

Primeiro-ministro de Israel, Netanyahu, conversa com Biden

26 de novembro de 2023

 

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversou com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sobre a libertação de reféns do Hamas durante a pausa planejada de quatro dias de Israel em sua ofensiva contra os militantes na Faixa de Gaza, o estreito território ao longo do Mar Mediterrâneo.

A Casa Branca disse num comunicado que Biden e Netanyahu também discutiram a pausa nos combates e o aumento da tão necessária assistência humanitária adicional a Gaza.

“O primeiro-ministro agradeceu ao presidente pelos seus esforços incansáveis para ajudar a mediar e implementar totalmente este acordo”, afirmou o comunicado. “Os dois líderes concordaram que o trabalho ainda não está concluído e que continuarão trabalhando para garantir a libertação de todos os reféns.”

A trégua está marcada para terminar na terça-feira, embora Israel tenha dito que estenderá o cessar-fogo por um dia para cada 10 reféns adicionais que o Hamas libertar, além do acordo agora em vigor – uma libertação de 50 reféns detidos pelo Hamas em troca de 150 prisioneiros palestinos. Israel libertou mais 39 prisioneiros palestinos no domingo.

A trégua temporária é a primeira interrupção do conflito desde que o Hamas, num ataque surpresa a Israel em 7 de outubro, matou 1.200 pessoas e fez cerca de 240 reféns. Israel, por sua vez, prometeu eliminar o Hamas e bombardeou Gaza com ataques aéreos e uma ofensiva terrestre que, segundo as autoridades palestinas, matou mais de 14 mil pessoas, cerca de 40% delas crianças.