Skip to content

Dólar sobe para R$ 5,45, pressionado por Brasil e exterior

O mercado financeiro voltou a ter um dia de nervosismo: o dólar superou novamente a marca de R$ 5,40 e a bolsa de valores caiu pela primeira vez após cinco altas consecutivas.

O dólar comercial encerrou a terça-feira (25) vendido a R$ 5,453, com alta de R$ 0,063 (+1,26%). A cotação iniciou o dia em torno de R$ 5,41, mas acelerou a subida após a abertura do mercado norte-americano, até fechar próxima da máxima do dia.

A moeda norte-americana acumula alta de 3,89% em junho. Em 2024, a divisa valoriza-se 12,36%.

No mercado de ações, o dia foi marcado por perdas. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 122.243 pontos, com queda de 0,32%. O indicador abriu em leve alta, mas inverteu o movimento e passou a cair ainda de manhã.

Tanto fatores internos como externos pressionaram o mercado financeiro. No Brasil, a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) confirmou a intenção do Banco Central (BC) de ser firme no controle da inflação. Isso afastou os investidores da bolsa, que preferem investimentos em renda fixa, como títulos do governo, em momentos de juros altos.

A ata do Copom, no entanto, não ajudou a conter o dólar. Após dias de trégua, as taxas dos títulos do Tesouro norte-americano, considerados os investimentos mais seguros do planeta, voltaram a subir. Isso estimula a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil, pressionando para cima a cotação.

No mercado interno, as discussões de medidas que aumentam os gastos públicos marcaram o dia. O debate em torno de renegociações da dívida dos estados e de ampliação de ajudas para o Rio Grande do Sul elevaram as preocupações com a sustentabilidade do novo arcabouço fiscal.

*Com informações da Reuters

Dólar encosta em R$ 5,21 pressionado por Brasil e exterior

Em um dia de nervosismo no Brasil e no exterior, o dólar ultrapassou a barreira de R$ 5,20 e atingiu o maior valor em 40 dias. A bolsa caiu pela segunda vez consecutiva e fechou na mínima do ano.

O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (29) vendido a R$ 5,209, com alta de R$ 0,037 (+1,07%). A cotação operou em alta durante toda a sessão. Na máxima do dia, por volta das 14h, chegou a R$ 5,21.

A moeda norte-americana está no maior nível desde 18 de abril, quando tinha fechado a R$ 5,25. A divisa acumula alta de 0,31% em maio e sobe 7,34% em 2024.

No mercado de ações, o dia também foi tenso. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 122.707 pontos, com queda de 0,87%. O indicador está no menor nível desde 13 de novembro do ano passado.

Apesar da queda na bolsa, as ações da Petrobras tiveram leve alta. Os papéis de varejistas brasileiras dispararam após a Câmara dos Deputados aprovar a taxação de 20% de compras de até US$ 50 em sites internacionais.

No exterior, as taxas dos títulos do Tesouro norte-americano dispararam para o maior nível em quatro semanas, em meio à possibilidade de o Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) adiar os cortes de juros para o próximo ano. Taxas mais altas nesses papéis, considerados os investimentos mais seguros do mundo, estimulam a fuga de capitais de países emergentes, pressionando o dólar e a bolsa.

No cenário doméstico, uma notícia positiva para a economia real, a queda no desemprego, foi mal recebida pelo mercado financeiro. A divulgação da maior criação de postos de trabalho no primeiro quadrimestre desde 2010  e de que a taxa de trimestral desemprego recuou para o menor nível desde 2014 provocaram tensões entre os investidores financeiros.

Para os investidores, o mercado de trabalho aquecido e o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul indicam que o Banco Central terá mais dificuldades no combate à inflação. A expectativa de juros altos por mais tempo afeta a bolsa de valores, ao estimular a migração de investidores de ações para investimentos em renda fixa, como títulos do Tesouro Nacional.

*Com informações da Reuters