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Pimenta vê “participação direta” do governo Bolsonaro nos crimes citad

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, diz que as informações divulgadas nesta terça-feira (19), durante a Operação Contragolpe, mostram de forma clara “participação direta do núcleo do governo [de Jair] Bolsonaro” na tentativa de golpe de Estado que culminaria no assassinato do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva; de seu vice, Geraldo Alckmin; e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Pimenta fez referência a trechos de documentos divulgados hoje pelo STF, citando reuniões prévias para as ações que culminariam nos assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes. Uma delas teria ocorrido no dia 12 de novembro de 2022 na casa do general Walter Braga Netto.

Ministro da Casa Civil durante o governo Bolsonaro, Braga Netto foi também candidato a vice-presidente na chapa do ex-presidente. Uma das reuniões citadas no documento teve a participação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid; e do ex-assessor da Presidência Marcelo Câmara – ambos tenentes-coronéis do Exército.

Petição

“Além de ter participação em diversos atos pretéritos já reportados em outros momentos da investigação, como a reunião na residência do general Braga Netto, onde o planejamento operacional para a atuação dos ‘kids pretos’ (integrantes das forças especiais do Exército) foi apresentada e aprovada, há indícios de [participação em] atividades relacionadas ao monitoramento para prisão/execução do ministro Alexandre de Moraes”, diz trecho da petição 13.236 divulgada pelo STF, com detalhes da investigação.

Em outro trecho, a petição diz que o ex-ministro interino da Secretaria-Geral da Presidência do governo Bolsonaro, general Mário Fernandes, teria citado diretamente o plano para assassinar Lula e Alckmin. “O objetivo do grupo criminoso era não apenas neutralizar o ministro Alexandre de Moraes, mas também extinguir a chapa presidencial vencedora, mediante o assassinato do presidente Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin, conforme disposto no planejamento operacional denominado ‘Punhal Verde Amarelo’, elaborado pelo general Mário Fernandes”.

Golpe e assassinatos

Segundo Pimenta, as investigações mostram que o grupo que fazia o planejamento do golpe e dos assassinatos tinha claramente o objetivo de, através da força, impedir o cumprimento da vontade popular manifestada no pleito que elegeu Lula presidente.

“A suspeita da PF é de que reuniões possam ter ocorrido dentro da casa do Braga Neto, que nada mais é do que a figura que foi candidata a vice-presidente e que coordenava uma casa, lá em Brasília, que funcionava como quartel-general, inclusive para a organização dos acampamentos. São fatos extremamente graves que levam para uma outra dimensão e para outro patamar a participação direta do núcleo do governo Bolsonaro na ação”, argumentou Pimenta nesta terça-feira durante evento do G20.

Ainda segundo o ministro, esse ambiente estimulado por Bolsonaro, financiado por pessoas próximas a ele, levou o Brasil à beira do abismo. “Nós só não tivemos uma tragédia por um detalhe, que poderia ter acontecido no 8 de janeiro. Poderia ter acontecido no dia em que eles tentaram explodir o aeroporto”, disse.

“E poderia também ter ocorrido se essa Operação Punhal Verde Amarelo tivesse tido êxito, com a audácia de matar o presidente da República e o vice. No relatório, eles falam da necessidade de aniquilar a chapa, composta, então, pelo presidente Lula e pelo Alckmin, além de sequestrar para tirar a vida do Alexandre de Moraes. Segundo eles, havia a necessidade de que os três fossem aniquilados; fossem abatidos, para que a ação criminosa pudesse chegar ao seu objetivo”, acrescentou.

Perplexidade

De acordo com Pimenta, tanto Lula, como as demais autoridades receberam com perplexidade as informações sobre a Operação Contragolpe, “pela gravidade, pelos envolvidos, pela audácia, pelo risco à democracia”, disse ao lembrar que a diplomação do presidente Lula ocorreu no dia 12 de dezembro, data em que diversos ataques foram cometidos nas proximidades da sede da Polícia Federal, em um lugar muito próximo ao hotel onde Lula estava hospedado.

“Provavelmente nós temos, pela primeira vez, informações sobre a participação de oficiais da ativa e também de integrante da PF. Todos eles, pessoas muito próximas ao núcleo de poder do governo anterior. Por um computador do Mauro Cid, a PF encontrou os detalhes dessa operação que tinha por objetivo assassinar o presidente da República, o vice-presidente e também o ministro Alexandre de Moraes”, reiterou Pimenta.

“Não estamos falando de figuras que estavam longe do núcleo de poder. Estavam dentro do Palácio do Planalto, o que leva essa investigação cada vez mais para porta do gabinete do próprio Bolsonaro”, complementou.

Bolsonaro ainda não se manifestou sobre a Operação Contragolpe. Já o advogado de Braga Netto, Luís Prata, disse só ter tomado conhecimento da operação por meio da mídia, e que precisa, ainda, ter acesso à petição do STF para uma “possível manifestação”.

Plano para matar Lula só não ocorreu por detalhe, diz Pimenta

Ao comentar a operação deflagrada nesta terça-feira (19) pela Polícia Federal (PF), o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, avaliou que o plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes “só não ocorreu por detalhe”.

“Estamos falando de uma ação concreta, objetiva, que traz elementos novos, extremamente graves, sobre a participação de pessoas do núcleo de poder do governo [Jair] Bolsonaro no golpe que tentaram executar no Brasil, impedindo a posse do presidente e do vice-presidente eleitos”, disse, ao conversar com a imprensa em meio à programação do G 20, no Rio de Janeiro.

“Vocês lembram que, nesse período, houve a tentativa de explosão do caminhão próximo ao aeroporto [de Brasília]. Tudo isso acabou culminando no 8 de janeiro. São fatos que se relacionam entre si, os personagens são os mesmos, os mesmos personagens que financiaram a presença dos acampados em frente aos quartéis estão envolvidos também nesses episódios.”

“O indivíduo que morreu em Brasília estava acampado em frente aos quartéis. As pessoas que participaram da tentativa de explosão do caminhão no aeroporto também estavam. Então, há uma relação entre os financiadores, os que planejaram as ações criminosas. Eles precisam responder por isso e essa operação da Polícia Federal hoje é muito importante.”

Kids pretos

Pimenta também comentou sobre a participação dos chamados kids pretos (integrantes das forças especiais do Exército) nos planos de tentativa de golpe de Estado. “O que se sabe é que havia um plano para ser executado no dia 15 de dezembro e que tinha por objetivo atentar diretamente contra a vida do presidente Lula e do vice-presidente. Eles falavam em chapa, em atentar contra a chapa, então, tanto o presidente Lula quanto o ministro Alckmin eram alvo”.    

“Havia, claramente, por parte dos criminosos, uma preocupação de executar essa ação antes da posse. Num primeiro momento, eles pretendiam fazer a ação antes da diplomação. Como ocorreu a diplomação no dia 12, eles planejaram a ação criminosa para o dia 15. E tinham também o objetivo de sequestrar e assassinar o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).”

“Consideramos que esse episódio, essa investigação da Polícia Federal traz elementos novos sobre a questão da tentativa de golpe que aconteceu no país. Estamos falando de general, coronéis da ativa, integrantes da Polícia Federal. Existem elementos bastante concretos de que, de fato, havia um plano para, no dia 15 de dezembro, atingir diretamente o presidente da República, o vice-presidente e o ministro Alexandre de Moraes”, disse Pimenta.

A PF confirmou que cinco investigados foram presos nesta terça-feira. Com base na decisão do ministro Alexandre de Moraes, que determinou as prisões, são eles: tenente-coronel Hélio Ferreira de Lima, que, em seu currículo nas redes sociais, cita participação no curso de operações especiais do Exército; general da reserva Mário Fernandes, que ocupou cargos na Secretaria-Geral da Presidência da República; major Rafael Martins de Oliveira; policial federal Wladimir Matos Soares; oficial Rodrigo Bezerra Azevedo, que, em seu currículo nas redes sociais, ele também cita participação no curso de operações especiais do Exército.

Anistia

Para Pimenta, a investigação da Polícia Federal “acaba colocando por terra” o discurso de que as pessoas que participaram do 8 de janeiro o fizeram “de forma democrática, protestando”. 

“O que houve foi uma tentativa de golpe de Estado, com a participação de pessoas diretamente ligadas ao ex-presidente”, disse.

“Esse general [alvo da operação da PF] era secretário-executivo da Secretaria de Governo, portanto, atuava dentro do Palácio do Planalto. Esses coronéis [também alvos da operação] são de uma área muito sensível do Exército Brasileiro, de operações especiais. E essa investigação precisa ser levada às últimas consequências para que realmente todos aqueles que atentam contra a democracia sejam identificados e paguem por esse crime.”

“A sociedade precisa definitivamente compreender que crime contra a democracia é algo que não pode ser tolerado. Por isso que a gente não pode falar em anistia e não pode falar em impunidade”, concluiu o ministro.

Questionado sobre a presença de alguns dos investigados no esquema de segurança da Cúpula dos Líderes do G20, Pimenta avaliou que “não há nenhum risco”. “Na realidade, a Polícia Federal, o Exército, os órgãos de Estado têm os seus procedimento e os seus protocolos internos. É dessa maneira que eles se integram e participam das ações de governo, inclusive nessa ação que diz respeito ao G20”.

* Colaborou Lucas Pordeus León

Taxação de super-ricos será vitória do Brasil no G20, diz Pimenta

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, disse nesta segunda-feira (18) que a introdução da taxação de super-ricos na declaração final dos líderes do G20 será uma grande vitória do Brasil. Segundo ele, o país trabalhou sobre esse tema durante todo o ano.

“Estamos muito esperançosos de que a gente consiga, pela primeira vez, ter como resultado de uma cúpula do G20 uma resolução que aponte para a necessidade do que a gente chama de taxação dos super-ricos”, disse Pimenta, em entrevista ao Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

O ministro afirmou que o Brasil já conseguiu deixar um legado em sua gestão à frente do G20: a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, lançada hoje, na abertura da cúpula do grupo.

“Uma das críticas que muitas vezes ocorre nesses fóruns internacionais é a falta de resultados concretos. A criação da Aliança já é um resultado. Ela já tem uma agenda, um financiamento e tem objetivos. Evidentemente, isso é uma marca muito importante da esperança e do legado do Brasil no G20”, afirmou.

Trump deve ficar isolado com negacionismo climático, diz Pimenta

A postura do presidente eleito dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, de negar a crise climática e defender a expansão do uso dos combustíveis fósseis – responsáveis pelo aquecimento da terra – deve isolar o novo mandatário da Casa Branca do resto do mundo, avaliou o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta.

“O mundo hoje está muito multilateral. Nós temos o Sul Global, temos outros países com força, como a Índia, como a própria China, que não tinha essa força há algumas décadas. O Brics passa a ser outro vetor importante desta geopolítica internacional. Então, se os Estados Unidos acabar, em função do Trump, para essas pautas específicas, fugindo desse esforço internacional, se a Argentina eventualmente optar por também seguir esse caminho, eu tendo a achar que eles ficarão numa posição de isolamento”, explicou Pimenta, que avalia que a Argentina pode seguir a posição dos EUA.

O combate à crise climática é uma das prioridades do Brasil no plano internacional e foi selecionado pelo governo como um dos grandes temas do debate da cúpula do G20, que começa nesta segunda-feira (18), no Rio de Janeiro (RJ). O ministro Pimenta comentou o tema em entrevista ao programa Giro Social, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), com participação da Agência Brasil.

Pimenta citou alguns desastres climáticos recentes, como o do Rio Grande do Sul (RS), o de Valência, na Espanha, e da chuva atípica no deserto do Saara, na África, o que torna difícil até para Trump negar a crise climática.

“O aumento da temperatura global, o aumento da temperatura dos oceanos, não é mais um tema de natureza acadêmica. Não é mais uma hipótese futura. Ela é uma realidade presente que diz respeito à vida de todas as pessoas”, comentou, acrescentando que o mercado vem exigindo adaptações para enfrentar as mudanças climáticas.

“Independentemente do Trump, você acha que os grandes grupos econômicos americanos vão ignorar essas exigências do mercado para garantir que seus produtos possam ser vendidos na Europa ou em outras regiões do planeta? Evidente que não”, disse. 

Para o ministro, mesmo que Trump não participe presencialmente desses debates e fóruns internacionais sobre clima, “o mundo vai caminhar e não vai ficar refém dos Estados Unidos ou de condutas negacionistas de ninguém. E o Brasil cada vez mais tem um papel, um protagonismo, uma importância nesse cenário”.

Financiamento climático

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem cobrado os países ricos para que financiem a adaptação e mitigação das mudanças climáticas nos países mais pobres, uma vez que os países desenvolvidos, ao liderarem Revolução Industrial, foram os que mais emitiram gases do efeito estufa.

No Acordo de Paris, em 2015, foi prometida a criação de um fundo com o aporte de US$ 100 bilhões por ano, que seria financiado pelas principais potências para financiar a transição energética e a adaptação à mudança climática. Porém, esse financiamento nunca ocorreu.  

Para o ministro Pimenta, um acordo para financiar a transição energética e a adaptação e mitigação das mudanças climáticas pode ser um dos legados do G20 no Brasil.  

“Ao longo dos últimos meses, foram inúmeras agendas realizadas com esse objetivo. E eu não vejo outra forma de financiar políticas públicas de combate à fome, à desigualdade no mundo e também com relação à questão das mudanças climáticas, sem que aqueles que mais ganharam com isso, sem que os países mais ricos possam, de alguma forma, pagar a maior parte dessa conta”, finalizou o ministro.

 

Família de Gabriel Sales Pimenta recebe desculpas do Estado brasileiro

O Estado brasileiro, por meio do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), fez um pedido oficial de desculpas à família de Gabriel Sales Pimenta, defensor dos direitos humanos e advogado de trabalhadores rurais, assassinado há 42 anos em Marabá, no Pará. Na época, Gabriel tinha 27 anos de idade.

Em junho de 2022, o Brasil foi condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH) pela impunidade dos assassinos e pelo descumprimento de investigar crimes contra defensores de direitos humanos. A condenação foi acompanhada de uma série de exigências ao governo brasileiro. Depois do crime, o processo penal se arrastou por décadas, sem que ninguém tenha sido condenado ou preso.

Na cerimônia realizada nessa quarta-feira (30) no Teatro Paschoal Carlos Magno, em Juiz de Fora, Minas Gerais, o ministro Silvio Almeida reconheceu a responsabilidade do Estado e reconheceu a luta dos familiares de Gabriel para que o caso tivesse uma sentença no âmbito internacional.

“Peço as mais sinceras desculpas do Estado às vítimas aqui presentes”, disse o ministro. “Que por meio desse ato formal, a família encontre pelo menos em parte conforto em saber que o Estado brasileiro reconhece que Gabriel Sales Pimenta foi um corajoso defensor dos direitos humanos e que a sua luta ao lado dos trabalhadores rurais desse país é também a luta de todos nós brasileiros. Reconhecemos o trabalho de defensores dos direitos humanos em todo o Brasil e condenamos qualquer tipo de atentados e crimes”.

O ministro destacou que o caso de Gabriel não é isolado na história do país, uma vez que passados mais de 40 anos do assassinato, ameaças e mortes de defensores e trabalhadores continuam sendo uma realidade. E que, por isso, é preciso continuar implantando uma política de memória e reparação.

“É um momento que nos evoca, ao mesmo tempo, um sentimento de profunda tristeza por mais uma vida que foi ceifada diante das grandes injustiças que são características da sociedade brasileira. Mas hoje também, de maneira contraditória, é o momento de celebrar. Por que é um desses raros momentos em que o Brasil se encontra consigo mesmo. Diante de tanta tragédia e tanta tristeza, consegue reunir forças para que políticas de memória, verdade e justiça, e os gritos dados pela não repetição possam se firmar como parte fundamental da construção de qualquer projeto de país que viemos a ter”, disse o ministro Silvio Almeida.

Presidente do Instituto Gabriel Pimenta de Direitos Humanos e irmão da vítima, o advogado Rafael Sales Pimenta considerou um passo importante o pedido público de desculpas do Estado, mas destacou a situação de violência no país que ainda se prolonga:

“Sabemos que o Gabriel sofreu uma violência e uma impunidade que continuam hoje em outras pessoas. E o que mudou? Só na compreensão política que vemos aqui; na atitude concreta do governo federal em vir se desculpar com a sociedade em Juiz de Fora. Mas a violência do latifúndio continua a mesma. As comissões de direitos humanos estão sofrendo pressão o tempo inteiro.”

Rafael Pimenta pediu a união dos movimentos sociais no país contra os violadores de direitos humanos e cobrou das autoridades medidas que impeçam a repetição de assassinatos como o do irmão Gabriel.

“Precisamos de uma política real de defensores dos direitos humanos. Advogados, lideranças, quilombolas, indígenas, gente do povo, estão sendo ameaçadas ou mortas pela violência do latifúndio ou das milícias em todos os cantos do Brasil. Devemos buscar por meio do comando da sentença da Corte as causas dessa violência e elaborar linhas de ação para superá-las”, disse Rafael.

Além do ministro e familiares de Gabriel, participaram do evento o assessor especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade do MDHC, Nilmário Miranda; o procurador-geral da União, Marcelo Eugênio Feitosa Almeida; e o secretário de Igualdade Racial de Direitos Humanos do Pará, Jarbas do Carmo.

O MDHC informou que implementa outras ações relativas à sentença da Corte IDH, como o pagamento de indenizações, a instituição do Grupo de Trabalho Técnico (GTT) Sales Pimenta, no âmbito da pasta, e a criação do Grupo de Trabalho Sales Pimenta, no âmbito do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O objetivo anunciado é o identificar fatores causadores da impunidade, propor medidas de reparação, tratamento psicológico aos familiares da vítima, implementação de medidas de satisfação, garantias de não repetição e indenizações compensatórias para a família.

Auxílio Reconstrução já chegou a 350 mil famílias do RS, diz Pimenta

O número de famílias gaúchas beneficiadas com o Auxílio Reconstrução no valor de R$ 5,1 mil chegou a 350 mil. A informação é do ministro Extraordinário de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul , Paulo Pimenta. 

“O Auxílio Reconstrução foi criado pelo governo federal para apoiar as famílias que tiveram suas casas atingidas pela enchente. Com esse recurso, elas podem comprar móveis, eletrodomésticos, para recomeçar. É o apoio do recomeço”, disse Pimenta nesta sexta-feira (19), no programa A Voz do Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). 

A meta do governo federal é atender 375 mil famílias gaúchas, representando R$ 1,9 bilhão de recursos destinados ao benefício, que garante o valor de R$ 5,1 mil, em parcela única, para ajudar na recuperação de bens perdidos nas enchentes. Não há critério definido para a utilização do recurso. O valor pode ser usado da maneira que as vítimas acharem melhor.

Pimenta também anunciou o aumento do limite da subvenção econômica em mais R$ 1 bilhão para o programa Pronampe Solidário, de apoio às micro e pequenas empresas do estado. “Somados a outros recursos já autorizados, chegarão a R$ 5 bilhões de apoio às pequenas empresas do programa pronamp solidario”, disse Pimenta, destacando que o governo assume 40% do valor financiado.  

Também estão sendo disponibilizados outros tipos de apoio , como linha de crédito de R$ 3 bilhões para pequenos e médios agricultores e uma linha do BNDES de R$ 15 bilhões para capital de giro, compra de máquinas e equipamentos e para a reconstrução de danos civis. 

“Isso demonstra nosso compromisso com o Rio Grande do Sul, com a manutenção dos empregos e com o apoio à atividade econômica no estado”, destacou Pimenta. 

Segundo o ministro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou como prioridade a agilidade na distribuição de recursos para o estado. “O presidente determinou que a gente possa flexibilizar o que for possível, para dar agilidade, para que o recurso chegue com rapidez até as famílias, as empresas, os agricultores. É preciso que o recurso chegue no tempo necessario”.  

Fake news sobre ações no RS revelam o pior das pessoas, diz Pimenta

O ministro da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, disse nesta terça-feira (11) que a motivação do governo ao pedir que a Polícia Federal investigue a divulgação de fake news sobre ações dos governos nas enchentes do Rio Grande do Sul foi para estancar a indústria de mentiras e desinformação que, segundo ele, tem o único motivo de prejudicar a capacidade de resposta governamental.  

“Infelizmente, em momentos como esse, a gente assiste as pessoas revelando o que elas têm de pior. Como é possível que, em uma hora como essa, pessoas se dediquem a sentar atrás de um computador para produzir fake news, desinformar, prejudicar o trabalho das autoridades e prejudicar a ação de resgate das pessoas?”, questionou o ministro. 

Ele participou de audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados sobre o pedido do governo para que a Polícia Federal investigue as notícias falsas sobre a tragédia.  

Na audiência, deputados de oposição criticaram o que consideram o uso da PF contra opositores ao governo. A deputada Bia Kicis (PSL-DF) argumentou o pedido do governo para a investigação tem como alvo críticas e opiniões de brasileiros que expressavam sua insatisfação com a atuação do governo federal, que considerou essas opiniões como fake news. 

“Que momento sombrio da história estamos vivendo quando opositores e voluntários dessa tragédia são perseguidos alegando-se que fazem fake news, quando só queremos mostrar a verdade. Não se combate desinformação com censura e perseguição, mas com informação”, disse a deputada. 

Pimenta garantiu que o governo sabe diferenciar debate político de fake news e conteúdo criminoso. Segundo ele, quem vai analisar se há ou não crime nas postagens é a Polícia Federal, o Ministério Público e o Poder Judiciário. 

“A atitude tomada foi para estancar a onda de fake news, que naquele momento específico era altamente prejudicial ao trabalho de resgate, de salvamentos e da chegada de donativos no estado do Rio Grande do Sul. Eu comuniquei à autoridade para que avalie a necessidade ou não de investigação. Portanto, aqueles que não cometeram crimes não têm o que temer”, disse Pimenta.  

Outros questionamentos 

Pimenta foi questionado por deputados da oposição sobre o fato de ter utilizado um helicóptero das Forças Armadas para se deslocar de Porto Alegre a Santa Maria, acompanhado da esposa. Ele confirmou a informação, explicando que as aeronaves da Operação Taquari 2 estão à disposição do ministério. “E é dessa maneira que eu me desloco”, disse, acrescentando que tem orgulho de ter sua esposa o acompanhando na delegação. 

Ele também foi perguntado sobre a ida a uma churrascaria em Porto Alegre para encontro com empresários, que também foi confirmada pelo ministro. “Tinha um evento, eu fui convidado por uma entidade de empresários, foi marcado em uma churrascaria, eu vou sempre que me convidarem”, disse. 

O deputado Gilvan da Federal (PL-ES) criticou o ministro por estar usando a jaqueta dos servidores da Defesa Civil. “É ridícula essa jaqueta que você usa”, disse o parlamentar. Pimenta rebateu dizendo que era uma homenagem aos trabalhadores “que deram sua vida para salvar outras vidas”.  

O ministro, que era convidado para participar da audiência pública, havia avisado que ficaria até as 18h, mas ao sair, foi criticado por parlamentares da oposição, que o chamaram de “fujão” por não responder a todas as perguntas.

RS: Pimenta diz que prioridade de hoje é drenar água empoçada

O ministro extraordinário da Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, disse nesta quinta-feira (16) que o governo federal estuda, junto a prefeitos e ao governo do Rio Grande do Sul, uma forma de escoar a água que está empoçada na cidade de Porto Alegre e em municípios da região metropolitana da capital gaúcha. 

Em entrevista à Radio Guaíba nesta quinta-feira (16), o ministro citou que os gaúchos poderão usar bombas vindas de São Paulo, da Companhia de Saneamento Básico do Estado, e também as usadas na transposição do São Francisco. “Nós estamos tentando ajudar no transporte”, diz Pimenta, ao citar que pode envolver as Forças Armadas na operação.  “Se nós não tivermos um sistema capaz de jogar essa água para fora, ela vai demorar meses”, acrescentou.

Diques

Pimenta explicou que a região metropolitana de Porto Alegre fica quase no nível do mar e é permeada por muitos rios, por isso, a área é protegida por sistema de diques, para impedir a entrada de água nas cheias. “Infelizmente, nessa grande enchente, vários desses diques vazaram. Com isso, as cidades estão embaixo d’água. Mesmo que o rio baixe, a água não vai embora. São milhares de residências. Isso não nos permite sequer saber quantas casas foram atingidas, quantas casas ainda poderão ser recuperadas” explicou Pimenta, em pronunciamento transmitido pelas redes sociais.

Desabrigados

Na manhã de hoje, o  ministro esteve reunido com prefeituras de Porto Alegre, São Leopoldo, Canoas, Guaíba, El Dourado, Nova Santa Rita e outros municípios gaúchos que registram grandes áreas embaixo d’água e um número muito alto de pessoas acolhidas em abrigos.

“São 80 mil pessoas em abrigos. Essa é uma questão chave para nós agora. As condições dos abrigos. Garantir alimentação, água potável, remédio, assistência”, disse, ao citar que as prefeituras de municípios gaúchos podem incluir nos planos de trabalho apresentados à defesa civil a contratação de serviços para a retirada de água empoçada.

Números

Dados divulgados nesta quinta-feira pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul apontam que as enchentes no estado deixaram, até o momento, 151 mortos, 104 desaparecidos e 2,2 milhões de pessoas afetadas, sendo 615,3 mil desalojados e desabrigados. Pelo menos 460 municípios gaúchos de um total de 497 foram atingidos pelos fortes temporais.

Paulo Pimenta será ministro extraordinário pela reconstrução do RS

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, assumirá o cargo de ministro extraordinário que atuará na articulação para a reconstrução do Rio Grande do Sul, estado afetado por uma catástrofe climática que já matou 149 pessoas e deixou mais de 617,7 mil pessoas desabrigadas e desalojadas, segundo o último balanço desta terça-feira (14). A informação foi confirmada pela Agência Brasil.

A criação do cargo já havia sido anunciada pelo governo mais cedo. A ideia é que o representante presidencial, com status de ministro, atue de forma permanente no Rio Grande do Sul enquanto durar a calamidade pública no estado, coordenando uma estrutura administrativa das ações federais na região. 

A oficialização de Pimenta e os detalhes sobre a nova pasta serão dados durante visita do presidente ao estado, prevista para esta quarta-feira (15), quando serão anunciadas novas medidas de socorro à população gaúcha.

Lula irá a São Leopoldo do Sul em uma comitiva que inclui os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

A expectativa é que, na ocasião, seja lançado um auxílio financeiro temporário para as pessoas afetadas pela catástrofe climática. O valor não foi informado. Com a saída de Pimenta da Secom, o cargo será assumido de forma interina pelo jornalista Laércio Portela. 

Larissa Pimenta é ouro e 1º pódio do Brasil no GP de judô da Áustria

A judoca Larissa Pimenta enfileirou cinco vitórias seguidas até conquistar o ouro para o Brasil na categoria dos 52 quilos, a primeira medalha do país no Grand Prix da Áustria, na cidade de Linz, que começou nesta sexta-feira (8). Na luta final, a paulista de São Vicente foi campeã ao desferir um ippon contra a suíça Binta Ndiaye. A competição tem transmissão ao vivo na internet (on streaming) na Judo TV – lutas preliminares a partir das 6h30 (horário de Brasília) –  e na conta do Time Brasil no YouTube (finais a partir das 13h). O Grand Prix da Áustria conta pontos para o ranking classificatório à Olimpíada de Paris, cujo fechamento ocorrerá em julho. 

Aquele momento que passa o filme, né @lariCpimenta ?!

MUITO orgulho da nossa CAMPEÃ!

Play no hino nacional 🇧🇷

Larissa Pimenta 🥇🇧🇷 Grand Prix Upper Austria

🎥: Canal Olímpico do Brasil pic.twitter.com/1xIKRXHafs

— CBJ (@JudoCBJ) March 8, 2024

Antes da disputa do ouro, Larissa triunfou na estreia contra a italiana Martina Castagnola nas punições (3-0), avançando as oitavas. Depois, superou a húngara Roza Gyertas com um waza-ari no golden score (tempo exta) aos cinco minutos. Nas quartas, a brasileira levou a melhor contra a portuguesa Maria Siderot, ao aplicar a técnica de estrangulamento. Na sequência, Larissa cravou mais uma vitória, desta vez sobre a carioca Jéssica Pereira, nas punições (3 a 2), garantindo a classificação à final.

Após a derrota para Larissa, Jéssica disputou o bronze ddos 52 kg contra a holandesa Naomi Van Krevel. A carioca, nascida no Morro do Dendê, na zona norte do Rio de Janeiro, aplicou um ippon em Van Krevel, mas a arbitragem desclassificou a brasileira, após revisar o lance, devido a uma irregularidade: Jéssica apoiou a cabeça no tatame durante a projeção para o golpe e levou um hansouku-make (desclassificação).

5º lugar para Jéssica Pereira 52kg no Grand Prix de #Judoupperaustria

Gosto muito amargo para a brasileira que jogou de ippon, comemorou a medalha, mas foi desclassificada na revisão de vídeo. O toque da cabeça da Jéssica no chão foi o suficiente para o hansoku. Que pena! pic.twitter.com/1NVXqAmvj9

— CBJ (@JudoCBJ) March 8, 2024

A nova regra de arbitragem que eliminou Jéssica faz parte de um conjunto de alterações publicado pela Federação Internacional de Judô (IJF, na sigla inglês) em 30 de dezembro de 2021, para vigorar no período de competições para o ciclo olímpico de Paris 2024.

Mais brasileiros no tatame

Neste sábado (9), outros sete brasileiros estreiam no Grand Prix da Áustria:  Daniel Cargnin (-73kg), Vinícius Ardina (-73kg). Ketleyn Quadros (-63kg), Nauana Silva (-63kg), Guilherme Schimidt (-81kg), Ellen Froner (-70kg) e Luana Carvalho (-70kg).

Corrida olímpica por vaga em Paris 

A totalização de pontos no ranking da (IJF) teve início em julho de 2022 e só termina em junho deste ano. A modalidade reunirá 372 atletas em Paris (igualmente divididos entre homens e mulheres). 

Os 17 primeiros colocados no ranking de cada categoria asseguram vaga em Paris 2024 (com o limite de um judoca por país). A partir das 18ª colocação no ranking, as vagas serão distribuídas por continente: Américas (21 vagas), África (24), Europa (25), Ásia (20) e Oceania (10).