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No Rio, deputada estadual Lucinha perde mandato por desvio de verba

A deputada estadual Lucia Helena Pinto de Barros, conhecida como Lucinha (PSD-RJ), foi condenada a quatro anos e cinco meses de prisão, em regime semiaberto, por desvio de dinheiro público.

O Órgão Especial do Tribunal de Justiça também determinou a perda de mandato da parlamentar e a condenou a devolver cerca de R$ 174 mil mais juros. Cabe recurso da decisão.

Ela foi acusada de usar dinheiro público para pagar um pedreiro, que tinha sido nomeado como assessor parlamentar por Lucinha e que prestava serviços particulares nos centros comunitários mantidos pela parlamentar na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro.

As investigações começaram depois que o pedreiro Baltazar Menezes dos Santos entrou com uma ação trabalhista contra a deputada. Constatou-se que, no período de 2011 a 2015, a Alerj pagou R$ 174 mil em salários para o pedreiro.

A Agência Brasil tenta contato com o gabinete e está aberta a incluir posicionamento da parlamentar no texto.

Medina perde para australiano e fica fora da final do surfe

O brasileiro Gabriel Medina foi derrotado pelo australiano Jack Robinson por 12,33 a 6,33 e disputará o bronze no torneio masculino de surfe dos Jogos Olímpicos de Paris (França). Na disputa o tricampeão mundial acabou surfando apenas uma vez na bateria, sendo muito prejudicado pelas condições ruins do mar de Teahupoo (Taiti) e pela aposta em manter a prioridade para pegar uma boa onda.

Agora o surfista de São Sebastião disputa a medalha de bronze, ainda nesta segunda, contra o peruano Alonso Correa, que foi superado pelo francês Kauli Vaast na outra semifinal.

A disputa

Após a bateria começar, o australiano Jack Robinson teve que esperar oito minutos para pegar duas ondas na sequência, a primeira muito fraca, que lhe valeu apenas 0,50 ponto, e outra melhor na qual garantiu um 4,50. Logo depois Medina respondeu com uma boa onda, a sua única na disputa, na qual garantiu um 6,33.

Porém Robinson respondeu em grande estilo, conseguindo tirar um tubo da cartola em um mar muito pequeno, que lhe valeu um 7,83, e ficou em situação muito confortável. Com a intenção de assumir a liderança no placar e colocar pressão no adversário, o brasileiro, que passou a ter a preferência para pegar as ondas, apostou na paciência para ter uma boa oportunidade de apresentar seu melhor surfe.

Mas o tempo passou, as boas ondas não vieram e Medina não pegouo mais nenhuma onda, para ver seu adversário vencer para carimbar a passagem para a grande decisão.

Ana Sátila perde vaga para a final e acaba em oitavo no caiaque cross

Ana Sátila não se classificou para a final no caiaque cross feminino dos Jogos Olímpicos Paris 2024. Em uma corrida emocionante, na qual chegou a ocupar a segunda posição, a brasileira acabou se enrolando na última remonta, perdendo a posição para a francesa Angele Hug, classificada para a final ao lado da britânica Kimberley Woods, vencedora da bateria.

Sátila se manteve entre a segunda e a terceira posição, mas acabou sendo superada pelas demais competidoras, ficando na quarta e última posição. A estratégia adotada para a passagem na primeira remonta deu certo, possibilitando a ela assumir a segunda posição, até com uma certa folga.

Na última remonta, baliza que precisa ser contornada pelos competidores, ela acabou perdendo tempo, possibilitando a ultrapassagem de Hug. A quarta posição ficou com a suiça Alena Marx.

Oitavo lugar

Na sequência a brasileira participou de uma outra prova, para disputar o quinto lugar com outras três concorrentes. Ela, no entanto, não foi bem, acabando em quarto na bateria – e, consequentemente, em oitavo no geral da modalidade.

O ouro no caiaque cross feminino ficou com a australiana Noemie Fox. A medalha de prata foi para a francesa Angele Hug; e o bronze, para a britânica Kimberley Woods.

Calderano perde e vai disputar o bronze no tênis de mesa

O brasileiro Hugo Calderano perdeu, por 4 a 2, a semifinal do tênis de mesa nos Jogos Olímpicos Paris 2024, para o sueco Truls Moregard. Com a derrota, o mesatenista brasileiro, sexto no ranking da modalidade, disputará a medalha de bronze contra o francês Félix Nebrum no próximo domingo (4).

As duas primeiras parciais da partida foram vencidas pelo sueco. A primeira, por 12 a 10 após o brasileiro abrir uma vantagem de 10 a 4 e desperdiçar seis game points (pontos do jogo). O segundo set foi vencido por 16 a 4, possibilitando a Moregard abrir uma vantagem de 2 a 0.

O brasileiro então se recupera, vencendo o terceiro set por 11 a 7, mesmo placar obtido pelo sueco no quarto set. Calderano venceu o quinto set por 12 a 10, mas perdeu os dois últimos sets por 12 a 10 e 11 a 8.

Ao final da partida, Calderano lamentou não ter aproveitado as chances que teve. Ele elogiou o alto nível do adversário e disse ter sentido dificuldades para sair do estilo de jogo imposto por Moregard.

“Busquei soluções variando o jogo, procurando ser mais agressivo e colocando mais efeito, mas ele se adaptou. Foi uma vitória merecida. Mérito dele”, disse o brasileiro à Sportv. “Agora é assimilar a derrota para voltar com a cabeça bem agressiva e disputar o bronze. Será dificil porque o Félix joga em altíssimo nível e em casa”, acrescentou.

Primeiro set

Aproveitando alguns erros do sueco, Calderano abriu boas vantagens durante o primeiro set, chegando a marcar 10 a 4. Frio, o sueco não se desesperou e conseguiu quebrar seis game points do brasileiro, empatando em 10 a10 a partida. A vitória do set iria, então, para quem abrisse 2 pontos de vantagem.

Um erro de saque possibilitou o primeiro game point em favor do sueco, que fechou o primeiro set em 12 a 10.

Segundo set

Moregard começou empolgado o segundo set, após a virada no primeiro contra o brasileiro. Abriu de imediato uma vantagem de 2 pontos mas acabou cedendo empate em 3a3. O brasileiro então conseguiu abrir três pontos de vantagem, marcando 7 a 4 após bola na rede do sueco, que se recuperou, virando o placar para 8 a 7.

A partida segue equilibrada até o sueco ter seu primeiro game point quando o placar marcava 10 a 9 em seu favor. Na sequência, o brasileiro empata, levando a partida a dois. Calderano conseguiu dois game points, quando obteve vantagem de 12 a 11, e 13 a 12 no placar.

O sueco novamente se recupera, empatando o set em 13 a 13. Com uma diagonal, o brasileiro teve novo game point, em 14 a 13, mas, em outra diagonal, o sueco se recupera, empatando o set para então virar e ter o terceiro game point, em 15 a 14.

Calderano, então, erra ao colocar a bola na rede, permitindo ao sueco fechar o segundo set em 16 a 14.

Terceiro set

O terceiro set começa equilibrado até o brasileiro abrir vantagem de 2 pontos, marcando 6 a 4. Demonstrando mais confiança, ele manteve a agressividade, ampliando a vantagem para 9 a 5. O sueco ameaça uma recuperação após uma jogada invertida e um erro de recepção do brasileiro, com o set ficando em 9 a 7.

Um erro do sueco, na tentativa de fazer uma diagonal, deu ao brasileiro um game point que se confirmou após um bom saque, que fechou o set em 11 a 7. Com isso, a partida fica em 2 sets a 1 a favor de Moregard.

Quarto set

Moregard conseguiu abrir vantagem de 4 a 1 no quarto set, após um rali espetacular, onde fez diversos ataques bastante agressivos que colocaram o brasileiro distante da mesa. O momento era crítico, porque a situação para Calderano poderia se complicar, caso Moregard conseguisse ampliar ainda mais a vantagem.

O brasileiro fez então um ponto, mas, na sequência, permitiu ao sueco se recuperar e abrir grande vantagem, chegando a 9 a 3. Fazendo jogadas no contrapé do sueco, Calderano diminui em 2 pontos a diferença, mas permite a Moregard chegar ao primeiro game point no set, com o placar em 10 a 5.

Após duas tentativas frustradas de fechar o set, o sueco viu a diferença cair para 10 a 7, até ser fechada com o 11º ponto. Com isso, ele conquista o set, bastando vencer mais um para avançar para a final.

Quinto set

O brasileiro então inicia o quinto set com a obrigação de vencer, para que a partida fosse decidida no sexto set. Calderano, então, adota um tom agressivo, tentando impor seu jogo. A partida seque equilibrada até o 4 a 4, quando uma falha na recepção de um saque forçado e longo do brasileiro o coloca em vantagem para, na sequência, fazer 7 a 4.

A diferença entre 2 e 3 pontos se mantém até que, com uma diagonal, o sueco a diminui, deixando o placar em 9 a 8. O set entra na reta final, com pressão para os dois lados. Moregard faz então uma inversão de jogada e, com uma paralela, empata em 9 a 9 a partida.

A resposta brasileira veio com dois game points, até o set ser fechado em 12 a 10 a favor do brasileiro, que vence seu segundo set, deixando o placar em 3 a 2 a favor do sueco.

Sexto set

O sexto e decisivo set começa com um Moregard comemorando cada ponto de forma mais entusiasmada, abrindo vantagem de 3 a 1. Ele contou também com a sorte, após uma bola bater na rede e cair no campo do brasileiro, deixando-o em vantagem por 4 a 2 diante de Calderano.

O brasileiro então se recupera, a ponto de virar o placar, ficando em vantagem por 5 a 4. O sueco, então, se recupera, a ponto de , aproveitando seguidos erros do brasileiro, chegar a uma vantagem por 8 a 5.

Diante da situação, foi pedido tempo técnico pelo brasileiro, na tentativa de esfriar o jogo e evitar que a vantagem ficasse ainda maior neste decisivo set. Ele chega então ao sétimo ponto, quando novo tempo técnico é pedido, desta vez pelo sueco, para quebrar o ritmo do brasileiro.

A estratégia deu certo para o sueco, que conseguiu pontos decisivos até chegar ao primeiro match point (ponto do jogo), com o placar em 10 a 7, finalizando o set com uma vitória por 11 a 8. Fim de partida, com Moregard vencendo Calderano por 4 sets a 2.

Handebol feminino: Brasil perde para Holanda e se complica em Paris

Vindo de duas derrotas consecutivas para times europeus – Hungria e França – a seleção brasileira feminina de handebol tinha a difícil missão de se recuperar no torneio enfrentando a Holanda. O jogo começou equilibrado, mas logo as europeias abriram vantagem no placar, com um aproveitamento de 70% nos chutes a gol. No fim do primeiro tempo, 17 a 13 para as holandesas.

Na volta do intervalo, o Brasil melhorou em quadra, mas teve a pivô Tamires expulsa por falta antidesportiva. As adversárias se aproveitaram do momento para voltar a ampliar a margem na liderança. As brasileiras ainda buscaram, mas foi insuficiente para reverter a vantagem europeia. A Holanda fechou a partida em 31 a 24.

“A gente sabia que seria um jogo duro. Demos o nosso melhor, mas o importante agora é pensar no jogo contra Angola. Hoje, elas souberam aproveitar os nossos erros e a gente não levou bem. Agora é olhar para Angola. Sabíamos que seria difícil avançar mesmo com a vitória hoje”, disse Bruna de Paula, armadora e capitã do time.

O Brasil volta a entrar em quadra no sábado (3), às 8h (horário de Brasília), contra Angola. No momento a seleção ocupa a quinta posição no grupo B. O Brasil depende dos resultados dos demais jogos da chave nesta quinta (1º) para seguir sonhando com a classificação às quartas de final. A Espanha, lanterna do grupo, encara a Hungria. Já a líder França pega a Angola. Se Angola e Hungria – ambas com três pontos – vencerem, o Brasil dá adeus à competição. Caso contrário, no próximo sábado (3), a seleção precisa vencer Angola no último jogo da fase de grupos para avançar às quartas. .

A seleção estreou em Paris derrotando a Espanha por 29 a 18. Na segunda partida, foi derrotada pela Hungria por 25 a 24. Na sequência perdeu para a anfitriã França por 26 a 20.

“A gente sabia que contra França e Holanda seriam difíceis. Contra a Hungria a gente até estava muito bem. Mas agora é levantar a cabeça. Acredito que o time esteja bem. É todo mundo se reanimar para o jogo contra Angola. Não temos nada a perder e temos que deixar nossa vida em quadra”, completou Bruna.

Futebol feminino perde para a Espanha, mas avança para as oitavas

A seleção feminina de futebol do Brasil perdeu por 2 a 0 para a Espanha, campeã mundial na modalidade nesta quarta-feira (31) pelo Grupo C dos Jogos Olímpicos de Paris. A situação da equipe ficou mais complicada após a expulsão da principal jogadora brasileira, Marta, nos acréscimos do primeiro tempo. Marta levou cartão vermelho ao chegar atrasada em uma disputa de bola e chutar a cabeça da espanhola Olga Carmona. A partida foi disputada na cidade de Bordeaux.

Os gols espanhóis foram marcados por Athenea del Castilho, aos 13 minutos do segundo tempo, e Alexia Putellas, já nos acréscimos. Com o resultado, o Brasil encerrou a primeira fase na terceira posição do grupo, com apenas 3 pontos conquistados na partida de estreia, quando venceu a Nigéria por 1 a 0. As brasileiras deixaram o campo torcendo por uma vitória dos Estados Unidos contra a Austrália, para avançar às oitavas de finais – o que acabou acontecendo, pelo placar de 2 a 1.

Ainda não está definido quem serão as adversárias das brasileiras na próxima fase.

Domínio espanhol

A partida começou com as espanholas impondo seu jogo, com o primeiro chute a gol logo aos 2 minutos. Desde o início do jogo, ficou nítida a estratégia do técnico brasileiro, Arthur Elias, de posicionar o time defensivamente, apostando em contra-ataques.

Aos 9 minutos, o Brasil quase abriu o placar em uma jogada pela direita, na qual uma bola cruzada pela atacante Ludimila foi desviada pela zagueira Teresa Abelleira para, na sequência, bater na trave esquerda da goleira espanhola Cata Coll.

Perto dos 14 minutos, o Brasil leva susto ao sofrer um gol, corretamente anulado após marcação de impedimento da jogadora Patricia Guijarro, ao ajeitar uma bola para a cabeceada fatal de Lucia García.

Cruzamentos perigosos

A marcação nas laterais do campo de defesa do Brasil não conseguia evitar os cruzamentos perigosos do time espanhol. Foram várias oportunidades de gol, a partir de jogadas alçadas na área brasileira.

O Brasil apresentava também dificuldades na ocupação do meio de campo, com jogadoras mal posicionadas durante as saídas de bola, o que acabou resultando no controle da partida pelas espanholas que ocupavam ainda mais espaços graças à marcação em linha baixa, pelas brasileiras.

Aos 25 minutos, um bate-rebate quase resultou em gol espanhol por duas vezes, com duas bolas sendo salvas pela zaga brasileira. O primeiro chute, da jogadora Laia, foi bloqueado por Antônia. No rebote, Eva Navarro chutou ao gol brasileiro, mas a bola acabou não entrando após desvio feito por Tarciane.

A Espanha continuava muito à vontade, com repetidos cruzamentos perigosos contra a área brasileira. O Brasil permanecia recuado, esperando oportunidades para contra-atacar, mas foi pouco efetivo em suas tentativas.

O juiz deu 7 minutos de acréscimos no primeiro tempo. No quinto minuto, o que já estava complicado ficou ainda mais difícil, com a principal jogadora do Brasil, Marta, levando cartão vermelho após chegar atrasada em uma disputa de bola e acertar com um chute a cabeça da espanhola Olga Carmona.

Segundo tempo

No segundo tempo, a Espanha substituiu Eva Navarro por Salma Paralluelo e Lucía García por Mariona Caldentey. Assim como no primeiro tempo, a Espanha começou em ritmo forte, levando perigo ao gol brasileiro já nos primeiros minutos, com um chute que passou acima do travessão da goleira Lorena Leite.

A resposta brasileira veio aos 5 minutos do segundo tempo, com Ludimila perdendo boa oportunidade, ao chutar em cima da goleira Cata Coll. Na sequência, Kerolin perdeu outra oportunidade ao chutar fraco, para a defesa da goleira.

O técnico brasileiro tentou dar nova vida à seleção feminina substituindo Ludimila por Gabi Portilho, aos 9 minutos, e, na sequência, Tamires por Yasmim e Duda Sampaio por Jheniffer.

Na Espanha, Aitana Bonmatí entrou no lugar de Jenni Hermoso; e Alexia Putellas entrou no lugar de Patricia Guijarro. Mais tarde, devido a um choque que teve no nariz em uma disputa de bola, a goleira espanhola foi substituída, entrando em seu lugar María Rodriguez.

Gol espanhol

Aos 13 minutos, cruzamento feito pela espanhola Caldentey foi mal interceptado pela goleira Lorena e, no rebote, Athenea abriu o o placar. Mesmo com a vantagem, a Espanha manteve a postura ofensiva, levando perigo à meta brasileira.

Aos 33 minutos, o Brasil perdeu a oportunidade que poderia ter mudado a história do jogo, com Ana Vitória fazendo um contra-ataque e demorando a acionar jogadoras em melhor condição para finalização.

Aos 36 minutos da etapa final, nova oportunidade para a Espanha ampliar o placar, mas a zaga brasileira conseguiu evitar o segundo gol da partida.

Amarelo para os treinadores

Os dois treinadores receberam cartões amarelos, quando a partida caminhava para a etapa final no tempo regulamentar. Arthur Elias, do Brasil, por reclamação. Já a técnica espanhola, Tomé, por atrapalhar uma cobrança de lateral pelo time brasileiro.

O juiz concedeu 16 minutos de acréscimo, boa parte por causa dos atendimentos às duas goleiras. A Espanha manteve o domínio do jogo e, aos 12 minutos do tempo complementar, quase ampliou o marcador, mas a goleira do Brasil defendeu chute forte de dentro da área, à queima-roupa, de Athenea.

Contundida, a lateral Antônia deixa o campo após contusão no pé esquerdo. Com isso, o Brasil ficou com duas jogadoras a menos, uma vez que não era mais possível fazer substituições. Mesmo assim, em um suspiro final, a atacante Gabi Nunes quase marcou aos 15 da prorrogação. A cabeceada, no entanto, saiu fraca e nas mãos da goleira da Espanha.

Dominado, o Brasil sofreu o segundo gol nos descontos. Um chute colocado da jogadora Alexia Putellas, que havia entrado no lugar de Patricia Guijarro, estufou a rede brasileira, decretando o placar final da partida.

Futebol feminino perde para a Espanha, mas avança para as oitavas

A seleção feminina de futebol do Brasil perdeu por 2 a 0 para a Espanha, campeã mundial na modalidade nesta quarta-feira (31) pelo Grupo C dos Jogos Olímpicos de Paris. A situação da equipe ficou mais complicada após a expulsão da principal jogadora brasileira, Marta, nos acréscimos do primeiro tempo. Marta levou cartão vermelho ao chegar atrasada em uma disputa de bola e chutar a cabeça da espanhola Olga Carmona. A partida foi disputada na cidade de Bordeaux.

Os gols espanhóis foram marcados por Athenea del Castilho, aos 13 minutos do segundo tempo, e Alexia Putellas, já nos acréscimos. Com o resultado, o Brasil encerrou a primeira fase na terceira posição do grupo, com apenas 3 pontos conquistados na partida de estreia, quando venceu a Nigéria por 1 a 0. As brasileiras deixaram o campo torcendo por uma vitória dos Estados Unidos contra a Austrália, para avançar às oitavas de finais – o que acabou acontecendo, pelo placar de 2 a 1.

Ainda não está definido quem serão as adversárias das brasileiras na próxima fase.

Domínio espanhol

A partida começou com as espanholas impondo seu jogo, com o primeiro chute a gol logo aos 2 minutos. Desde o início do jogo, ficou nítida a estratégia do técnico brasileiro, Arthur Elias, de posicionar o time defensivamente, apostando em contra-ataques.

Aos 9 minutos, o Brasil quase abriu o placar em uma jogada pela direita, na qual uma bola cruzada pela atacante Ludimila foi desviada pela zagueira Teresa Abelleira para, na sequência, bater na trave esquerda da goleira espanhola Cata Coll.

Perto dos 14 minutos, o Brasil leva susto ao sofrer um gol, corretamente anulado após marcação de impedimento da jogadora Patricia Guijarro, ao ajeitar uma bola para a cabeceada fatal de Lucia García.

Cruzamentos perigosos

A marcação nas laterais do campo de defesa do Brasil não conseguia evitar os cruzamentos perigosos do time espanhol. Foram várias oportunidades de gol, a partir de jogadas alçadas na área brasileira.

O Brasil apresentava também dificuldades na ocupação do meio de campo, com jogadoras mal posicionadas durante as saídas de bola, o que acabou resultando no controle da partida pelas espanholas que ocupavam ainda mais espaços graças à marcação em linha baixa, pelas brasileiras.

Aos 25 minutos, um bate-rebate quase resultou em gol espanhol por duas vezes, com duas bolas sendo salvas pela zaga brasileira. O primeiro chute, da jogadora Laia, foi bloqueado por Antônia. No rebote, Eva Navarro chutou ao gol brasileiro, mas a bola acabou não entrando após desvio feito por Tarciane.

A Espanha continuava muito à vontade, com repetidos cruzamentos perigosos contra a área brasileira. O Brasil permanecia recuado, esperando oportunidades para contra-atacar, mas foi pouco efetivo em suas tentativas.

O juiz deu 7 minutos de acréscimos no primeiro tempo. No quinto minuto, o que já estava complicado ficou ainda mais difícil, com a principal jogadora do Brasil, Marta, levando cartão vermelho após chegar atrasada em uma disputa de bola e acertar com um chute a cabeça da espanhola Olga Carmona.

Segundo tempo

No segundo tempo, a Espanha substituiu Eva Navarro por Salma Paralluelo e Lucía García por Mariona Caldentey. Assim como no primeiro tempo, a Espanha começou em ritmo forte, levando perigo ao gol brasileiro já nos primeiros minutos, com um chute que passou acima do travessão da goleira Lorena Leite.

A resposta brasileira veio aos 5 minutos do segundo tempo, com Ludimila perdendo boa oportunidade, ao chutar em cima da goleira Cata Coll. Na sequência, Kerolin perdeu outra oportunidade ao chutar fraco, para a defesa da goleira.

O técnico brasileiro tentou dar nova vida à seleção feminina substituindo Ludimila por Gabi Portilho, aos 9 minutos, e, na sequência, Tamires por Yasmim e Duda Sampaio por Jheniffer.

Na Espanha, Aitana Bonmatí entrou no lugar de Jenni Hermoso; e Alexia Putellas entrou no lugar de Patricia Guijarro. Mais tarde, devido a um choque que teve no nariz em uma disputa de bola, a goleira espanhola foi substituída, entrando em seu lugar María Rodriguez.

Gol espanhol

Aos 13 minutos, cruzamento feito pela espanhola Caldentey foi mal interceptado pela goleira Lorena e, no rebote, Athenea abriu o o placar. Mesmo com a vantagem, a Espanha manteve a postura ofensiva, levando perigo à meta brasileira.

Aos 33 minutos, o Brasil perdeu a oportunidade que poderia ter mudado a história do jogo, com Ana Vitória fazendo um contra-ataque e demorando a acionar jogadoras em melhor condição para finalização.

Aos 36 minutos da etapa final, nova oportunidade para a Espanha ampliar o placar, mas a zaga brasileira conseguiu evitar o segundo gol da partida.

Amarelo para os treinadores

Os dois treinadores receberam cartões amarelos, quando a partida caminhava para a etapa final no tempo regulamentar. Arthur Elias, do Brasil, por reclamação. Já a técnica espanhola, Tomé, por atrapalhar uma cobrança de lateral pelo time brasileiro.

O juiz concedeu 16 minutos de acréscimo, boa parte por causa dos atendimentos às duas goleiras. A Espanha manteve o domínio do jogo e, aos 12 minutos do tempo complementar, quase ampliou o marcador, mas a goleira do Brasil defendeu chute forte de dentro da área, à queima-roupa, de Athenea.

Contundida, a lateral Antônia deixa o campo após contusão no pé esquerdo. Com isso, o Brasil ficou com duas jogadoras a menos, uma vez que não era mais possível fazer substituições. Mesmo assim, em um suspiro final, a atacante Gabi Nunes quase marcou aos 15 da prorrogação. A cabeceada, no entanto, saiu fraca e nas mãos da goleira da Espanha.

Dominado, o Brasil sofreu o segundo gol nos descontos. Um chute colocado da jogadora Alexia Putellas, que havia entrado no lugar de Patricia Guijarro, estufou a rede brasileira, decretando o placar final da partida.

Inflação do aluguel, IGP-M perde força e fecha julho em 0,61%

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), conhecido como inflação do aluguel, perdeu força na passagem de junho para julho e fechou o mês em 0,61%. No mês anterior, o índice tinha registrado 0,81%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (30), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas.

A desaceleração não significa que os preços ficaram mais baixos, mas que subiram menos dentro de um período de comparação.

No acumulado de 2024, o IGP-M marca 1,71%, e no somatório de 12 meses, alcança 3,82%.

A FGV calcula o IGP-M por meio da junção de três outros índices: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que apura a evolução dos preços no atacado, ou seja, para o produtor; o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede o custo da cesta de consumo das famílias; e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que se reflete nas obras.

Desaceleração

Os três componentes do IGP-M apresentaram desaceleração de junho para julho, apesar da desvalorização do real – que deixa produtos importados mais caros – e dos reajustes de preços administrados, como gasolina e energia.

“Destaca-se a queda expressiva nos preços dos alimentos in natura, tanto no índice ao produtor quanto ao consumidor. No âmbito do INCC, a alta da mão de obra foi menor, o que contribuiu para o arrefecimento da inflação neste segmento”, explica o coordenador da pesquisa, André Braz.

Dentro do IPA, a perda de força da inflação foi impulsionada, principalmente, pelo subgrupo de alimentos in natura, cuja taxa passou de 3% para -4,43%, entre junho e julho.

No IPC, das oito classes que compõem o índice, cinco registraram desaceleração. O maior impacto veio do grupo alimentação, cuja variação passou de 0,96% em junho para -0,84% em julho.

“Dentro desta classe de despesa, é importante destacar o subitem hortaliças e legumes, que passou de 5,36% na medição anterior para -8,78% na atual”, ressalta a FGV.

Doze meses

Apesar de a inflação ter desacelerado na passagem dos meses, o acumulado de 12 meses aumentou. Em junho, estava em 2,45%, variação que passou para 3,82% em julho. Isso se explica porque na base de cálculo saiu o dado de julho de 2023, que levava para o conjunto de meses uma deflação (recuo nos preços) de 0,72%.

O IGP-M é conhecido como inflação do aluguel porque serve como base para cálculo de reajuste anual de muitos contratos imobiliários.

Brasil perde para Camarões, mas avança no Pré-Olímpico de Basquete

O Brasil chegou a flertar com a eliminação nesta quinta-feira (4), em Riga (Letônia). A seleção masculina de basquete esteve 24 pontos atrás do placar contra Camarões. A reação depois do intervalo não evitou a derrota por 77 a 74, mas impediu a desclassificação precoce no Pré-Olímpico. A equipe comandada por Aleksandar Petrovic conseguiu garantir o primeiro lugar do grupo B mesmo com o revés e agora enfrenta Filipinas, às 9h30 (horário de Brasília) de sábado (6), para tentar alcançar a final do torneio. Letônia e Camarões fazem a outra semi. Somente o campeão se classifica a Paris 2024.

A vitória não veio, mas em jogo de recuperação, buscamos mais de 20 pontos para avançar como 1º do grupo para as semis!

Camarões 77 x 74 Brasil

Estatísticas

Meindl – 19pts e 5reb
Lucas Dias – 16pts e 6reb
Caboclo – 10pts e 4reb

No sábado, pegamos Filipinas nas semis! pic.twitter.com/zImA87jM75

— Basquete Brasil – CBB (@basquetebrasil) July 4, 2024

Tida como a seleção mais fraca da chave B, Camarões, que já fizera jogo duro com Montenegro na véspera, dificultou muito a vida do Brasil no primeiro tempo. Após um primeiro quarto equilibrado, que terminou com vantagem de dois pontos para a equipe africana depois de uma bola de três no fim, Camarões começou o segundo quarto com mais 20 pontos sem resposta brasileira, sequência alimentada por vários desperdícios de bola do Brasil e bolas de três camaronesas. Em um determinando momento, a seleção chegou a estar perdendo por 24 pontos. Como a derrota deixaria as três equipes da chave empatadas com a mesma campanha, o saldo de pontos seria o critério decisivo. Para se classificar, a seleção precisaria reduzir a desvantagem para no mínimo 13 pontos.

Após ir para o vestiário perdendo por 17 pontos (56 a 39), o Brasil começou a reagir na volta para o segundo tempo. O pivô Cristiano Felício estabilizou a defesa da equipe, que ainda foi para o último quarto perdendo por 13. Apertando ainda mais a defesa e melhorando a performance no ataque, o Brasil chegou a empatar a partida nos minutos finais. O ala Léo Meindl foi o cestinha da equipe brasileira, com 19 pontos. Jeremiah Hill, cestinha da partida com 22 pontos, acertou o arremesso que deu a vitória a Camarões.

Tem recado para a torcida brasileira! 🇧🇷🏀

O ala Léo Meindl fez o convite pra galera torcer pela Seleção Brasileira em busca de uma vaga em #Paris2024 ! Vamos! 👊@basquetebrasil @timebrasil pic.twitter.com/MmBDyrI9Mv

— Jogos Olímpicos (@JogosOlimpicos) July 4, 2024

Na entrevista coletiva após o jogo, Petrovic admitiu que forçar a prorrogação poderia não ser vantajoso para o Brasil, já que abriria uma nova possibilidade de derrota por placar mais elástico. O técnico croata disse que precisava de um descanso após o estresse vivido no primeiro tempo do jogo, mas já fez uma projeção do que esperar do duelo contra as Filipinas.

“Precisamos mostrar a vontade que mostramos no segundo tempo. Eles têm excelentes jogadores com grande talento individual. É um time muito técnico com vários atletas com alta minutagem. Será um desafio completamente diferente”, disse Petrovic.

* Igor Santos é comentarista de basquete no programa Stadium, da TV Brasil

Brasil perde para Japão e buscará bronze na Liga das Nações Feminina

Após 13 jogos de invencibilidade na Ligas das Nações de Vôlei Feminino (LNV), a seleção brasileira, atual líder do ranking mundial, sofreu o primeiro revés na semifinal contra o Japão, equipe que já fora derrotada pelo país na primeira fase desta edição do torneio. No entanto, no duelo deste sábado (22), em Bangacoc (Tailândia), quem levou a melhor foram as asiáticas, que chegaram pela primeira vez na história a uma final de LNV. Hoje, as brasileiras saíram atrás no placar, arrancaram o empate por duas vezes ao longo do jogo, mas sucumbiram no tie-break por 3 sets a 2 (6-24, 21-25, 25-22, e 12-15).

Neste domingo (23), a partir das 7h (horário de Brasília), a seleção comandada por José Roberto Guimarães volta à quadra contra a Polônia – derrotada pela Itália, na outra semi – para brigar pela medalha do bronze. A decisão do título da LNV ocorrerá na sequência, às 10h, entre Japão e Itália (campeã em 2022 ao derrotar o Brasil na final).

Em jogo definido no tie-break, o Brasil é superado pelo Japão e vai disputar o bronze da Liga das Nações. #VNL #LigaDasNacoes #Volei pic.twitter.com/zVC4v83n7d

— Vôlei Brasil (@volei) June 22, 2024

“Claro, é difícil falar agora. É sempre difícil jogar contra o Japão. Eles defendem muito. Nós também fazemos, mas hoje acho que nosso contra-ataque não foi tão bom. Nem foi o nosso saque. Elas colocaram muita velocidade em seus sets e chutes, então estávamos lutando um pouco com as posições certas”, disse Carol à VBTV, da  Federação Internacional de Voleibol (FIVB). “Foi um jogo difícil e agora é importante descansar, porque amanhã temos outro jogo e temos que estar prontos para voltar a lutar. Claro que é muito frustrante, porque queríamos vencer o torneio, mas o Japão fez um excelente trabalho”, analisou a ponteira. 

A sequência de 13 vitórias seguidas do Brasil na LNV alçou a seleção feminina à liderança do ranking mundial da Federação Internacional de Voleibol (FIVB). Ao assumir o topo da lista, o Brasil assegurou a posição número 1 (cabeça de chave) do Grupo B na Olimpíada de Paris. Na mesma chave da seleção está Polônia, Japão e Quênia. O torneio de vôlei em Paris 2024 está programado para o período de 27 de julho a 11 de agosto. 

Brasil encara França na LNV masculina

Após duas derrotas seguidas – contra Estados Unidos e Canadá – a seleção masculina de vôlei faz jogo decisivo contra a França, atual campeã olímpica, às 4h deste domingo (24), em Manila (Filipinas) para avançar às quartas de final. Sétimo colocado na classsificação geral, com 20 pontos, o Brasil precisa, no mínimo, ganhar dois sets na partida contra os franceses para garantir a classificação. A Franca ocupa a sétima posição, com 21 pontos. Apenas as sete seleções mais bem colocadas ao fim da primeira fase classificatória, mais a Polônia (por ser país-sede da fase final do torneio), avançam às quartas. A LNV reúne as 16 seleções mais bem ranqueadas do mundo.

Último jogo da fase classificatória da Liga das Nações! E a seleção masculina 🇧🇷 está de olho 👀 numa posição melhor na tabela 📊. #VNL #LigaDasNacoes #Volei pic.twitter.com/HAqLAAquRK

— Vôlei Brasil (@volei) June 22, 2024

No embate deste domingo (23) os brasileiros contarão com o reforço do levantador Bernardinho, já recuperado de lesão na panturrilha, que o tirou de quadra por mais de 15 dias.

Classificada para os Jogos de Paris, a seleção masculina busca o bicampeonato na LNV – o primeiro título foi obtido em 2021. A fase final da LNV masculina (a partir das quartas) ocorrerá de 27 a 30 de junho, em Lodz (Polônia).