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Feira do Livro de São Paulo divulga primeira lista de convidados

A Feira do Livro, festival literário gratuito realizado na capital paulista desde 2022, divulgou nesta terça-feira (19) a primeira lista de autores convidados. Instalada na Praça Charles Miller, em frente ao Estádio do Pacaembu, a edição deste ano terá maior duração, com 9 dias de programação, de 29 de junho a 7 de julho.

Entre os autores convidados, estão a escritora e dramaturga Maria Adelaide Amaral; o cantor, compositor e escritor Martinho da Vila; a psiquiatra e autora de Copo Vazio e Pequenas Chances, Natalia Timerman; a chef de cozinha e autora de livros sobre culinária Rita Lobo; o documentarista João Moreira Salles; e o jornalista da Revista Piauí e coordenador do podcast A Terra É Redonda, Bernardo Esteves.

O diretor geral da Feira do Livro, Paulo Werneck, enfatiza que “a programação buscou convidar autores que caíram no gosto dos leitores e promovem debates relevantes para o Brasil e o mundo”. Realizada pela Associação Quatro Cinco Um e Maré Produções, a feira pretende reunir alguns dos destaques da cena literária brasileira e internacional para os debates.

Um dos destaques deste ano, Natalia Timerman é médica psiquiatra e trabalhou no Centro Hospitalar do Sistema Penitenciário de São Paulo de 2012 a 2020, de onde reuniu vivências de funcionários e detentos para construir seu livro de estreia, em 2017, Desterros: histórias de um hospital-prisão. Depois do romance Copo Vazio, lançou ainda As Pequenas Chances, com inspiração autobiográfica na morte de seu pai.

“Amei o livro. Além de ser uma aula cultural dos rituais judaicos que envolvem a morte, a sensibilidade da autora me tocou, especialmente na cena da irmã voltando ao Brasil na iminência da morte do pai. Só de lembrar me emociono novamente”, relatou a empresária Ligia Secco.

A psicóloga Paula Tavares destacou a facilidade de se identificar com os personagens de Natalia Timerman. “Em Copo Vazio, ela fala da questão do abandono. Ela descreve muito bem os sentimentos da personagem, faz você vivenciar aquilo, sentir o que aquela personagem sente. Apesar de ser uma mulher bem resolvida na vida e bem sucedida, também sente a vulnerabilidade ao ser abandonada pela pessoa amada. Ela descreve esses sentimentos de uma forma muito clara, é uma escrita muito envolvente”.

Paula Tavares se interessa pelos escritos de outra convidada da feira, a psicanalista Vera Iaconelli, autora de Manifesto antimaternalista, O Mal-estar na Maternidade e Criar Filhos no Século XXI. 

“Ela traz uma visão psicanalítica sobre a parentalidade no mundo moderno. Em Manifesto antimaternalista, o ponto central do livro é maravilhoso porque vai contra essa visão de que só a mãe sabe cuidar do bebê, só a mãe sabe o que o filho está sentindo e que o filho quer sempre a mãe. Ela foca no papel do cuidador principal – que pode ser o pai, a mãe, uma avó, um avô – e isso, para nossa sociedade, ainda é um choque”, enfatizou.

Na lista de convidados, estão também os renomados historiadores Luiz Felipe de Alencastro, professor emérito da Sorbonne e especialista em escravismo e história do Atlântico Sul, e Henry Louis Gates Jr., professor de Harvard e especialista em culturas africanas e afro-americanas. Mais dois autores de não ficção, convidados do evento, são o linguista Marcos Bagno e o matemático Marcelo Viana.

Da literatura nacional, o evento terá a presença de Stênio Gardel, primeiro brasileiro a levar o National Book Award, prêmio literário mais importante dos Estados Unidos. Na categoria Literatura Traduzida, o título premiado foi seu romance de estreia A palavra que resta (2021). Já da literatura contemporânea internacional, as escritoras argentinas Camila Sosa Villada, Camila Fabbri e Claudia Piñeiro; a romancista Jamaica Kincaid e o romancista e historiador Jabari Asim integram a programação do evento.

Também destaque na feira, o médico endocrinologista Carlos Monteiro é um dos criadores do Guia Alimentar para a População Brasileira. A cozinheira Nana Favorito enfatizou a maneira leve com que o guia traz a perspectiva nutricional, sua importância para o combate à pobreza nutricional e acredita que espaços de troca como esses, durante a feira, são fundamentais para o aprendizado.

“O guia é muito didático. Acho lindo como ele aborda, a maneira de explicar, o que são os tipos de alimento, como tem questões de alimentação regional, como ele mostra que o brasileiro tem sim um hábito saudável de alimentação, mas que isso vem se perdendo por conta do alto consumo de ultraprocessados”, avaliou. 

Em 2019, Monteiro escreveu uma síntese sobre alimentos ultraprocessados para a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).

Nana Favorito tem usado bastante a versão de 0 a 2 anos do guia, por conta da introdução alimentar do filho. “É um norte que me ensinou – e me lembrou mais de uma vez nos momentos de desespero – que os bebês precisam mesmo é de leite materno no primeiro ano de vida, que o volume médio que eles comem é muito menor do que a gente imagina”, disse.

Palcos

Os autores se apresentarão em dois palcos, com funcionamento simultâneo. Um montado na praça e outro no Museu do Futebol, parceiro do evento. Neste ano, a organização prevê ainda palcos menores, em formato pocket, para debates e lançamentos de uma programação paralela proposta pelas editoras participantes do evento.

A Feira do Livro tem mais de 150 expositores, entre editoras e livrarias, que vendem seus livros em tendas e bancadas montadas na praça. No ano passado, em cinco dias de evento, foram 35 mil visitantes e mais de 100 autores convidados na programação.

Confira a primeira lista de convidados divulgada pela organização da Feira do Livro:

Bernardo Esteves

Caetano W. Galindo

Camila Fabbri

Camila Sosa Villada

Carlos Monteiro

Claudia Piñeiro

Dan

Henry Louis Gates Jr.

Iara Biderman

Jabari Asim

Jamaica Kincaid

João Moreira Salles

Luiz Felipe de Alencastro

Marcelo Viana

Maria Adelaide Amaral

Martinho da Vila

Nara Vidal

Natalia Timerman

Rita Lobo

Rodrigo Hübner Mendes

Rosa Freire d’Aguiar

Stênio Gardel

Tatiana Salem Levy

Vera Iaconelli

Parte do centro de São Paulo está há 30 horas sem energia elétrica

Parte da região central da capital paulista está há cerca de 30 horas sem energia elétrica. O apagão, que afeta bairros como Consolação, Bela Vista, Higienópolis, Vila Buarque e Santa Cecília, teve início na segunda-feira (18) por volta das 10h30. No meio da manhã desta terça-feira (19), a energia foi restabelecida em alguns pontos. Segundo o Ministério de Minas e Energia, a falta de energia atingiu 35 mil pessoas.

A concessionária responsável pelo fornecimento de energia, a Enel, foi procurada, mas não respondeu. Ontem, a empresa disse que o apagão foi causado por uma obra da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) – que negou ter sido a responsável pelo corte da energia.

No site da concessionária há um único comunicado aos consumidores de São Paulo, publicado às 19h de ontem, informando que chuvas e ventos “que atingiram parte da área de concessão na tarde desta segunda-feira (18) causaram a interrupção do fornecimento de energia para alguns clientes”. O texto não traz nenhuma previsão de retorno do fornecimento.

Em comunicado enviado por e-mail aos consumidores, a concessionária não deu uma previsão de retorno do fornecimento, apenas informou que os reparos são “complexos”.

“Sabemos que você está sem energia e isso se deve a uma ocorrência na rede subterrânea que atende a região Central da cidade de São Paulo, ocasionando assim a interrupção do fornecimento. Os reparos são complexos e nossos técnicos estão trabalhando para restabelecer a energia o mais rápido possível”.

Hospitais afetados

A Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, no bairro de Santa Cecília, ficou quase 24 horas sem energia elétrica e precisou utilizar geradores para manter em funcionamento as áreas de internação e emergência. Atendimentos ambulatoriais e exames foram adiados. A instituição informou que apenas na manhã de hoje teve a energia religada.

O Hospital Santa Isabel, da Rede D’Or, também precisou da ajuda de geradores para manter o centro médico em funcionamento. Pacientes que precisaram fazer tomografias e ressonâncias tiveram de ser remanejados para outras unidades. A energia só foi restabelecida no local hoje às 10h.

A OMA, empresa que administra condomínios na região da Bela Vista, encaminhou na tarde de hoje informe aos moradores pedindo para que façam economia de água, já que, sem o funcionamento das bombas elétricas, os reservatórios estão com nível baixo. No bairro, a energia ainda não havia retornado em sua totalidade até as 15h de hoje.

Providências

O Procon-SP notificou a concessionária Enel Eletropaulo, para que envie informações detalhadas sobre as diversas interrupções no fornecimento de energia elétrica que vêm ocorrendo na capital paulista desde a última sexta-feira (15), quando o aeroporto de Congonhas precisou interromper suas operações. No sábado (16), a falta de energia foi relatada na região da Rua 25 de Março durante a manhã.

Em nota, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que oficiou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) determinando “célere e rígida apuração dos fatos, bem como responsabilização e punição rigorosa da concessionária, que tem de forma reiterada apresentado problemas na qualidade da prestação dos serviços”.

Silveira convocou o presidente da concessionária à sede do Ministério de Minas e Energia, em Brasília, para que preste esclarecimentos. “A interrupção nesta segunda-feira se soma a diversas outras falhas na prestação dos serviços de energia elétrica pela concessionária Enel, que tem demonstrado incapacidade de prestação dos serviços de qualidade à população”. “É urgente a comprovação de que a empresa seja capaz de continuar atuando em suas concessões no Brasil”, disse na nota.

A Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) foi procurada, mas ainda não se manifestou.

São Paulo tem madrugada mais abafada do ano

A capital paulista enfrentou neste domingo (17) a madrugada mais abafada do ano, com média de 23,8º C, informou o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas de São Paulo (CGE).  A cidade apresentou a maior temperatura mínima absoluta, que foi registrada na estação encontrada na subprefeitura da Sé, no centro da capital, onde a temperatura chegou a 26,5º C.

Até então, a maior temperatura mínima havia sido registrada no sábado (16), com 23,1°C de média e absoluta de 25°C na região de Santo Amaro, na zona sul paulista.

Por causa do forte calor, a Defesa Civil de São Paulo está mantendo toda a cidade em estado de alerta para altas temperaturas.

Março tem sido um mês de muito calor e de poucas chuvas na cidade. Segundo dados do CGE, o mês de março acumulou até agora 71,9 milímetros (mm) de chuva, o que corresponde a apenas 40,3% dos 178,5 mm que são esperados para o mês.

Para este domingo, a expectativa é de rápida elevação das temperaturas na capital, com a temperatura chegando a 35º C e índice baixo de umidade, em torno de 35%. No final da tarde e início da noite podem ocorrer pancadas isoladas de chuvas. Para amanhã (18), os termômetros devem variar entre mínima de 24°C e máxima de 33°C. Entre o final da tarde e o início da noite, a propagação de áreas de instabilidade provoca chuvas na forma de pancadas, com pontos de moderada a forte intensidade, raios e rajadas localizadas de vento.

Cidade de São Paulo registra temperatura mais quente do ano

A temperatura na cidade de São Paulo alcançou nesta sexta-feira (15) a marca de 34,3oC, maior temperatura para um mês de março desde 2012, quando a mesma marca já havia sido atingida. O dado é do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Essa marca também iguala a maior temperatura já registrada para este ano na cidade, que ocorreu nos dias 8 e 9 de janeiro.

O Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) de São Paulo, que também faz a medição de temperatura, informou que a tarde desta sexta-feira registrou a maior temperatura máxima do ano, com 34,3oC de média na cidade. Já a maior máxima absoluta, que é aquela temperatura registrada em um único local, foi registrada na estação meteorológica localizada na Mooca, zona leste da capital paulista, com 35,7°C.

De acordo com o CGE, essa não foi a maior máxima absoluta do ano, que segue sendo a de 9 de janeiro, quando as estações da Mooca e da Vila Maria/Guilherme, na zona norte, registraram a marca de 36,4°C.

A maior máxima média já registrada em um mês de março, de acordo com dados do CGE, ocorreu no dia 1o de março de 2012, com 35,3°C. Já a maior máxima absoluta, aquela registrada em um único local, ocorreu nos dias 9 e 10 de março de 2005, com 38,4°C em Parelheiros, zona sul da capital.

Nesta semana, a Defesa Civil colocou a cidade de São Paulo em alerta para altas temperaturas. Neste sábado (16), a previsão é de outro dia de muito calor. De acordo com o CGE, a mínima deve oscilar em torno dos 22°C, enquanto a máxima pode superar os 35°C. No final da tarde, a chegada de uma brisa marítima pode provocar chuvas rápidas e muito isoladas na capital.

São Paulo anuncia ações de reforço no combate à dengue

A capital paulista terá incremento de R$ 240 milhões para ações de reforço no combate à dengue. Os recursos são para ampliação do horário de funcionamento das unidades de atendimento médico ambulatorial (AMA) até 22h, contratação de mais 500 médicos, 30 caminhonetes para nebulização, e a inclusão de 3,2 mil agentes do programa operação trabalho (POT) – 100 em cada uma das 32 subprefeituras.

O anúncio foi feito hoje (13) pelo prefeito Ricardo Nunes, que ressaltou a importância dos agentes para a conscientização da população. Segundo ele, 80% dos casos de dengue estão dentro das residências.

A partir de segunda-feira (18), as 80 unidades passam a ter três horas a mais de atendimento todos os dias, ficando abertas até as 22h. A capital passa a contar com um total de 96 veículos equipados com nebulizadores de inseticida (fumacê) contra o mosquito Aedes aegypti – atualmente são 66.

Haverá reforço na campanha de conscientização, com faixas em cruzamentos de vias, terminais de ônibus e dentro dos coletivos. Serão contratadas 6,5 mil mães pelo POT Mães Guardiãs, que terão curso de capacitação para orientação nas escolas municipais e agirem como agentes multiplicadores. Elas receberão R$ 988 para trabalhar quatro horas por dia na estratégia de conscientização.

Criadouros

Nunes destacou a importância de a população informar à prefeitura sobre a existência de possíveis criadouros do mosquito, por meio de mensagem para o Whatsapp, número 11937123805, com os dados do local. Os cidadãos podem fazer a solicitação por meio também do telefone 156 ou do site.

Segundo a gestão municipal, neste ano já houve aumento no número de agentes de saúde em ações contra o mosquito Aedes aegypti nas ruas e nas casas. Neste ano, mais de 3 milhões de ações já foram realizadas na cidade, como visitas casa a casa, vistorias a imóveis, bloqueios e nebulizações. Em 2023, foram 5 milhões durante o ano.

A prefeitura também aumentou em seis vezes o número de agentes nas ruas, de 2 mil para 12 mil, além do uso de drones que mapeiam e outros que lançam larvicidas em áreas de difícil acesso.

Levantamento mostra que a cidade de São Paulo está com um coeficiente de incidência (CI) 62% menor na comparação com a média do Brasil e 31% menor com relação ao estado.

São Paulo vence Ituano nos acréscimos e vai às quartas do Paulistão

O São Paulo venceu o Ituano por 3 a 2, na tarde deste domingo (10), no estádio Novelli Júnior, e avançou às quartas de final do Campeonato Paulista, em primeiro lugar do Grupo D. Com o triunfo, O Tricolor chegou aos 22 pontos e fechou a primeira fase na liderança do Grupo D. Já o Ituano encerrou o torneio com a pior campanha  e foi rebaixado para a Série A ado Estadual em 2025. O time da cidade de Itu somou apenas seis pontos no Paulistão e terminou o torneio na lanterna do Grupo A.

⚽️ Nos acréscimos, o gol de @LucasMoura7 que deu a vitória ao Tricolor!

Ituano 2️⃣ x 3️⃣ São Paulo #VamosSãoPaulo 🇾🇪 pic.twitter.com/s9o0ta5w2a

— São Paulo FC (@SaoPauloFC) March 10, 2024

A classificação do São Paulo foi dramática. O gol que garantiu a vitória e a vaga nas quartas saiu já aos 52 minutos da etapa final, marcado por Lucas Moura. Os outros gols do Tricolor foram de Ferreirinha, aos 18 minutos, e de Luciano, aos 35 da primeira etapa,. Na volta do intervalo, Zé Carlos fez os dois gols do Ituano de cabeça: o primeiro aos 26 minutos, contando com o desvio da zaga e o outro aos 43 da etapa final. 

O outro classificado do Grupo D foi o Novorizontino, que superou a Portuguesa por 2 a 0 jogando em casa. A equipe do interior paulista fechou a primeira fase na segunda colocação, com 22 pontos – mesmo total do São Paulo, mas com saldo de gols inferior. Os dois se enfrentarão nas quartas final. 

Já o São Bernardo venceu o Mirassol por 2 a 0 fora de casa, mas foi eliminado na terceira posição do Grupo D, com 21 pontos. O time, no entanto, encerrou a primeira fase entre os seis clubes com melhor campanha. O Mirassol também deu adeus ao Paulistão, na quarta e ficou em quarta e última posição do Grupo C,   

VAI PEGAR FOGO!
Assim ficaram os confrontos das quartas de final do Paulistão Sicredi 2024 🔥#PaulistãoSicredi pic.twitter.com/XIYK67ehH8

— Paulistão (@Paulistao) March 10, 2024

Água Santa dá adeus à classificação 

O Água Santa entrou em campo sonhando com a classificação diante do já eliminado Corinthians, mas não saiu do 0 a 0 em casa, em Diadema. A equipe do ABC Paulista encerrou a primeira fase em terceiro lugar do Grupo B, com 15 pontos, atrás do líder Palmeiras (28) e da Ponte Preta (17), segunda colocada. O Timão fechou a fase classificatória em terceiro no Grupo C com 14 pontos, atrás do Bragantino (21), primeiro da chave, e do Inter de Limeira (17), o vice-líder. 

Santo André só empata e está rebaixado

O Santo André chegou na tarde deste domingo (10) precisando de uma combinação de resultados para não ser rebaixado à Série A2 na próxima temporada. Além de vencer, e equipe dependia da derrota do Guarani diante do Red Bull Bragantino, já classificado às quartas na liderança do Grupo C.  O Santo André até fez a parte dele. Ganhou em casa da Ponte Preta por 1 a 0, no estádio Bruno José Daniel. Mas o Guarani também garantiu os três pontos na tabela ao ganhar do Bragantino por 1 a 0 em Campinas, e o Santo André acabou fora da zona de classificação em terceiro lugar do Grupo A  – o Santos (25) liderou a chave e a Portuguesa (10) ficou e segundo lugar. 

Penúltimo na classificação geral da primeira fase,com oito pontos, o Santo André  vai jogar a Série A2 do Paulistão em 2025. Já o Guarani escapou do rebaixamento, mesmo com a última colocação no Grupo B, ao somar 10 pontos. 

Em um mês, casos de dengue dobram em São Paulo

Os casos de dengue confirmados no estado de São Paulo chegaram, neste domingo (10), a 183.288, de acordo com dados da Secretaria da Saúde do estado paulista. A quantidade é 2,1 vezes a registrada em 10 de fevereiro, quando o estado tinha 87.012 casos confirmados. No ano todo de 2023, foram 319 mil casos.

Do total de casos registrados atualmente, 216 são de dengue grave (em que os pacientes apresentam deficiência respiratória, sangramento grave ou comprometimento grave de órgãos); e 2.346 são de dengue com sinal de alarme (situação em que, mesmo após o fim da febre, os pacientes continuam a apresentar dor abdominal, vômito, ou sangramento de mucosas).

Os óbitos já chegam a 51 no estado. A maioria das mortes, cinco, ocorreu em Guarulhos. Em Pindamonhangaba foram registradas quatro, assim como em Taubaté. São Paulo, Pederneiras, Marília e Campinas registraram três óbitos, cada cidade.

Os municípios com o maior número de infectados por 100 mil habitantes são Dois Córregos (6.013 casos em 100 mil habitantes), Mineiros do Tietê (3.909), e Pederneiras (4.015). As três cidades ficam na região de Bauru. Brodowski, na região de Ribeirão Preto, está com índice 6.281.

Na última terça-feira (5), o governo de São Paulo decretou estado de emergência para a dengue. No dia anterior, o estado havia atingido 300 casos confirmados de dengue por 100 mil habitantes.

 

Chuva causa alagamentos e deixa uma pessoa desaparecida em São Paulo

As chuvas que atingem o estado de São Paulo desde o fim da tarde deste sábado (10) causaram alagamentos em ao menos seis municípios e deixaram uma pessoa desaparecida, segundo a Defesa Civil. No município de Brotas, na Estrada do Gouvêa, um carro ocupado por duas pessoas foi arrastado pela enxurrada. Apenas uma delas conseguiu deixar o veículo em segurança. Uma mulher de 20 anos está desaparecida.

No mesmo município, duas pontes tiveram a estrutura danificada e foram interditadas preventivamente. A chuva causou ainda a queda de um muro de arrimo e o solapamento de um trecho da avenida Jauber da Silva Braga.

No município de Salesópolis, a precipitação causou o transbordamento do Rio Paraitinga, do Córrego das Antas e do Córrego da Fartura. A inundação atingiu 32 casas e deixou 20 pontos de alagamento na cidade. Os bairros mais afetados foram Totozinho Cardoso, Centro, São Vicente, Jardim Nídia, Sandoval e Fartura. Não houve o registro de desalojados ou desabrigados. 

No município de Potirendaba, a chuva forte causou um deslizamento de terra e duas residências precisaram ser interditadas. A Represa Municipal transbordou, o que provocou inundações em pontos do bairro Alta Floresta. As águas atingiram 14 residências. No bairro Nova Alvorada, duas pessoas foram arrastadas pela enxurrada e precisaram ser hospitalizadas com escoriações leves.

Em Campinas, a precipitação de forte intensidade causou a inundação de quatro casas e deixou veículos submersos no bairro Taquaral. Também foi registrada queda de um muro de arrimo no loteamento Arboreto dos Jequitibás.

No município de Mogi das Cruzes, a chuva resultou em pontos de alagamentos e desabamento de muros. No bairro de Sabaúna, dois veículos ficaram submersos e foram arrastados pela força das águas. Houve ainda o registro de dois desabamentos de muros: um deles sobre uma residência, localizada na Vila São Paulo. Quatro pessoas ficaram desalojadas e foram encaminhadas para a casa de familiares. 

No município de Guararema, a chuva de forte intensidade resultou em pontos de alagamentos nos bairros Nogueira e Dona Anisia, onde o Corpo de Bombeiros precisou atuar com botes. 

Tarcísio é denunciado à ONU por operações letais em São Paulo

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, foi denunciado ao Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), durante reunião realizada hoje (8), em Genebra, pela escalada da letalidade policial no estado. Atualmente está em curso uma das operações consideradas mais letais do estado, na Baixada Santista.

Apresentada pela Conectas Direitos Humanos e pela Comissão Arns, a denúncia aponta que a situação na região é resultado de ação deliberada de Tarcísio “que vem investindo na violência policial contra pessoas negras e pobres”.

“O governador Tarcísio de Freitas promove atualmente uma das operações mais letais da história do Estado: a Operação Escudo, na região Baixada Santista. Há denúncias de execuções sumárias, tortura, prisões forjadas, e outras violações de direitos humanos, bem como a ausência deliberada de uso das câmeras corporais na operação”, relatou Camila Asano, diretora-executiva da Conectas, em discurso durante a reunião do conselho. A declaração ocorreu de forma remota.

Asano pediu que o Conselho leve o Estado brasileiro a estabelecer medidas de controle à violência policial no estado de São Paulo, assegurando a implementação do programa de câmeras corporais, investigando de forma independente e responsabilizando os agentes públicos e a cadeia de comando envolvida na prática de abusos e execuções sumárias.

Em relação às câmeras corporais, entre 2020 e 2022, com sua implementação nos uniformes de policiais militares, as mortes de policiais em serviço reduziram 53,7% e os índices de letalidade policial, 63,7%. “Apesar dos números, o governador Tarcísio de Freitas questiona eficácia e a continuidade da política pública”, relatou Asano.

As entidades pedem ainda que seja garantido atendimento adequado a vítimas, familiares e testemunhas de casos de violência policial. Como resposta à denúncia, a ONU pode cobrar que o Estado brasileiro se posicione, diante de compromissos internacionais que o país tem em relação ao combate à violência policial e ao racismo estrutural.

Operações mais letais

Desde o ano passado, a Baixada tem sido alvo de grandes operações do estado, após policiais militares serem mortos na região. O número de pessoas mortas por PMs em serviço na região aumentou mais de cinco vezes nos dois primeiros meses deste ano. Em janeiro e fevereiro, os agentes mataram 57 pessoas, segundo dados divulgados pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP). No primeiro bimestre de 2023, foram registradas dez mortes por policiais em serviço na região. 

No ano passado, ocasião da primeira operação na região que deixou 28 pessoas mortas em 40 dias de duração, o presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), Dimitri Sales, já havia apontado que a operação era o evento mais violento da Baixada Santista desde a ocorrência dos Crimes de Maio, em 2006. 

Em maio de 2006, as forças de segurança do estado mataram 118 pessoas, em supostos confrontos após ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Os dados são do Centro de Antropologia e Arqueologia Forense (CAAF) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Na ocasião, um total de 564 pessoas foram mortas no estado, de 12 a 21 de maio daquele ano, entre civis e agentes públicos, no que ficou conhecido como Crimes de Maio. Do total, 505 mortos eram civis e 59, agentes públicos.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo disse, em nota, que o governo do estado é comprometido com a proteção da população e a correta aplicação das leis vigentes. “As forças de segurança do Estado são instituições legalistas que operam estritamente dentro de seu dever constitucional, seguindo protocolos operacionais rigorosos. Não toleram excessos, indisciplina ou desvios de conduta, sendo todas essas práticas rigorosamente investigadas e punidas pelas corporações”, diz a nota.

Chuvas deixam um desaparecido, e muro de cemitério desaba em São Paulo

Uma pessoa ficou desaparecida durante as chuvas que atingiram a capital paulista nessa terça-feira (5). Segundo o Corpo de Bombeiros, duas pessoas caíram em um córrego no Jardim Lourdes, zona leste paulistana.

Uma mulher foi resgatada e encaminhada ao pronto-socorro. Um homem de 42 anos continua desaparecido até a manhã desta quarta-feira (6).

Os bombeiros receberam sete chamadas para atendimentos relativos a alagamentos. Quatro pessoas tiveram que ser resgatadas após ficarem ilhadas em veículos no Vale do Anhangabau. Poças de água se formaram dentro das estações República e Luz do metrô.

O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da prefeitura registrou 37 pontos de alagamento em toda a cidade, sendo que 26 chegaram a ficar intransitáveis. A chuva atingiu com mais força a parte central da cidade, onde bateu os 68 milímetros.

Cemitério da Consolação

Um pedaço do muro do Cemitério da Consolação, na região central, desabou com as chuvas. O mais antigo cemitério paulistano tem túmulos de diversas personalidades importantes da história brasileira, como a pintora Tarsila do Amaral, os escritores Mário de Andrade e Monteiro Lobato e o mausoléu da Família Matarazzo.

Há ainda obras de arte de artistas como o escultor Victor Brecheret que adornam as lápides. O Córrego do Sapateiro, que fica no Parque Ibirapuera, zona sul paulistana, transbordou.

Previsão

Para esta quarta-feira, o CGE prevê que o tempo permaneça instável com a passagem de uma frente fria pelo litoral paulista. O solo encharcado pelas chuvas dos últimos dias aumentam o risco de alagamentos e deslizamentos de terra.