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Falha em subestação deixa São Paulo sem luz por duas horas

Uma falha em uma subestação de distribuição de energia da Eletrobras, em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, deixou cerca de 3 milhões de pessoas sem luz na cidade e em bairros do centro e zona norte da capital paulista por duas horas na tarde desse sábado (31).

A empresa informou, por meio da assessoria, que subestação foi religada e está operando, “tendo sido restabelecido o fornecimento ao sistema interligado nacional”. “Os times técnicos estão no local e as causas do desligamento estão sendo investigadas e serão informadas posteriormente”, disse.

A interrupção ocorreu às 17h31 de sábado (31), segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), afetando o fornecimento de cerca de 870 MW, interrompendo as cargas da distribuidora Enel para as subestações Norte e Miguel Reale.

Assim que identificou a situação, o ONS informou ter sido iniciada ação conjunta com os agentes para restabelecer a energia. A recuperação do serviço se deu por fases, começando às 17h33. Às 19h58, foi concluída a recomposição das cargas de toda a rede. O Operador também irá investigar as causas.

Em nota divulgada nesse sábado, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que a falha foi registrada em sistemas de transmissão e distribuição de São Paulo. Segundo a agência, o ocorrido será fiscalizado para identificação das causas e apuração de responsabilidades.

A Enel informou que 8% dos clientes em São Paulo foram afetados, um total de 650 mil ligações de energia da distribuidora. Parte deles voltaram a ter luz a partir do fornecimento de outras subestações, antes da retomada da distribuição pela Eletrobras.

Consultado sobre impactos e medidas, o governo estadual não se manifestou. As prefeituras de São Paulo e Guarulhos não retornaram contato da reportagem até o momento.

Rede Global de Acadêmicos da Liberdade é lançada em São Paulo

“A maioria das vezes quem escrevia as cartas era eu.” Da comunidade de Realengo, no Rio de Janeiro, Cristiano Silva de Oliveira trabalhava em uma empresa pública e foi acusado de cometer um crime de ordem econômica e sentenciado a 14 anos e 8 meses. Entrou no sistema prisional com 33 anos e ensino médio e hoje, já fora dele, tem o ensino superior completo e mantém o EuSouEu, que tem duas frentes: uma de facilitação da comunicação entre presos e familiares e outra de educação.

 Casa de prisão Provisória em Aparecida de Goiânia. Foto: Luiz Silveira/Agência CNJ

Sua evolução, contudo, não tem o dedo de agentes de segurança nem resulta da chamada ressocialização ou da indulgência de outra figura semelhante. Pelo contrário, Oliveira terminou a graduação porque contestou contra o sistema, e fez isso coletivamente. É essa a meta, de reduzir a distância entre os presos e o canudo de diploma universitário, que a Rede Global de Acadêmicos da Liberdade será lançada neste sábado (31), na capital paulista.

A iniciativa é da organização Incarceration Nations Network, que conta com o apoio do projeto Nova Rota, criado em 2019 por ex-alunos da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Pioneira no Brasil, a iniciativa oferece bolsas de estudo, mentoria e apoio multidisciplinar a pessoas egressas do sistema prisional. Atualmente, 22 alunos estão matriculados em cursos de graduação de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Com a prisão, Oliveira começou a refletir mais criticamente sobre as condições do sistema carcerário do país, o terceiro maior do mundo, com mais de 642 mil pessoas no segundo semestre de 2023, das quais 615 mil eram do gênero masculino.

Ainda de acordo com os dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública, no período, apenas 8.381 detentos tinham ensino superior incompleto e 4.851 ensino superior completo. Uma parcela pequena, de 434 presos, tinha ido além da graduação.

Na época em que Oliveira ficou detido, seu encarceramento se dividiu em dois momentos: primeiro, em uma cela da Polícia Civil. Segundo, quando foi transferido para uma unidade prisional que ficava a cargo da Secretaria de Administração Penitenciária. Na carceragem da Polícia Civil, havia uma superlotação que chegava a ser de três vezes a capacidade de detentos. “Era algo bárbaro, traumático, que chega a dar arrepio quando essa imagem vem à minha mente. Uma situação muito caótica”, conta o líder comunitário.

“Ainda não existia audiência de custódia quando eu fui preso. Então, fiquei aguardando uma sentença por oito meses, em uma carceragem. E as audiências eram super demoradas, não saía nenhum veredito ali e aí ficava nesse ir e voltar. Quando saiu a sentença, saiu de 14 anos e 8 meses para um crime de baixa potencialidade [baixo potencial ofensivo]. Mas, já que se tratava de um crime de patrimônio, em que você fere as instituições financeiras, a pena foi elevada ao máximo”, acrescenta, observando que é equiparável à pena imposta a alguém que comete homicídio, questão discutida entre especialistas do abolicionismo penal.

Conforme ressalta Oliveira, “o direito está diretamente ligado à proteção do patrimônio”. “Não sou pesquisador da cadeia, mas sou essa pessoa que vivenciou a cadeia e conseguiu observar as diferenças, as discrepâncias de artigos [do Código Penal]”, pontua.

Oliveira acabou cumprindo 5 anos e 8 meses e recebeu a extinção de punibilidade no final de 2021. Assim, experimentou o que é o regime fechado e o semiaberto e a condicional. Durante um ano, teve o benefício extramuro, em que ia trabalhar de dia e voltava à noite para dormir na unidade.

O líder do EuSouEu lembra que viu uma bandeira quando foi transferido de unidade, que dizia “Ressocializar para o futuro conquistar”. “Aquela frase foi um divisor de águas para mim, para eu querer entender como essas engrenagens do aprisionamento funcionam. Por que ‘ressocializar’, se nem a socialização foi disponibilizada a uma população vulnerabilizada, que tem histórico de escravidão? Como é que é isso?”, indaga.

Ainda aprisionado, obtinha livros com a ajuda de familiares que levavam para que ele lesse, sendo que não necessariamente chegavam até o destino, já que dependia da boa vontade dos agentes que estivessem no plantão. “É muito subjetivo. Tem as resoluções do sistema, mas quem define o que vai entrar ou não é o plantão do dia”, explica.

Oliveira define sua trajetória na crítica ao sistema como uma observação de “todo esse método de reprimir, de fazer esses corpos permanecerem nesse sistema, em um ciclo viciante”. “Antes eu via o sistema como algo extremamente necessário, algo que tinha que ser brutal mesmo, punitivo mesmo, dentro dessa perspectiva da ordem, da classe social, ser severo mesmo, para que houvesse uma recuperação”, reconhece, destacando que também repensou sobre o que fazem os programas de TV sensacionalistas.

Nova Rota

A advogada Katherine Martins, que coordena o Nova Rota há quatro anos, também assume que mudou de opinião, deixando para trás a visão punitivista que tinha ao pisar em uma prisão pela primeira vez. De classe média alta, compreendeu que se trata de um espaço que perpetua desigualdades que prejudicam, sobretudo, os jovens, negros e pobres.

“Educação não é para remissão, para conseguir emprego. Educação é para si mesmo, se formar, se potencializar e modificar a si e o que está ao redor”, afirma a coordenadora.

A cada semestre, há cerca de 200 inscritos disputando duas ou três vagas que o Nota Rota disponibiliza para ajudar com os planos de cursar graduação, o que prova que há grande interesse dos egressos em construir uma nova vida. “São muitas iniciativas voltadas à empregabilidade, mas poucos para a educação”, pondera, adicionando que o modelo foi sendo alterado para atender melhor às demandas, como oferecer alimento aos participantes, internet, acompanhamento psicológico, mentoria, vale-transporte, vale-alimentação, bolsas para a alfabetização, cursos técnicos, supletivo.

“Quando você sai, estudar não é o mais importante? Não, comer é o mais importante”, justifica.

A egressa Patrícia Rodrigues do Nascimento desempenhou uma função essencial na hora de identificar e conseguir atender as necessidades dos participantes do projeto, quebrando vergonha e outros sentimentos que impediam a coordenação de chegar. Ela se tornou a pessoa que nota quem está constrangido e não quer dizer que está passando fome em casa ou que tem dificuldade de mexer no computador.

“Patrícia é bolsista. Fez toda a diferença no acompanhamento do projeto ela ter ingressado”, afirma Katherine.

Katherine ainda menciona o rumo de outro bolsista, Eder Henrique Dourado, outra “Fernanda Montenegro da prisão” (referência ao filme Central do Brasil, em que a atriz interpreta a personagem de uma ex-professora, Dora, que escrevia cartas para pessoas analfabetas na Estação Central do Brasil, no Rio), porque, como Oliveira, escrevia as cartas de colegas de cela que não sabiam ler e escrever. Ele entrou no projeto durante a pandemia e conseguiu fazer supletivo e, em seguida, engenharia da computação. “Ele fala: ‘Meus filhos vão ser a primeira geração que não passou por cárcere.”

Kaio Nunes, analista de projetos da ONG Ação pela Paz, parceira do Nova Rota, ressalta que a maioria dos detentos não reincide na criminalidade, algo comprovado estatisticamente e que se deve abandonar o discurso que enfatiza a minoria que retorna a esse contexto. Ele cita, ainda, outras histórias parecidas com a de Cristiano da Silva Oliveira, como a de um egresso que permaneceu quase oito anos em regime fechado e, quando saiu, começou a fomentar e organizar uma organização social, com o apoio da família.

“A gente sabe que o mundo de fora não está preparado, pensando em família, amigos, o meio social onde vai ela vai estar inserida, e isso se reflete também nas empresas, que acabam replicando esse olhar que toda a sociedade tem. A pessoa tem, infelizmente, um carimbo nas costas de que egressa”, diz ele, que atua na área de pessoas egressas do sistema prisional. 

Segundo Nunes, é importante também que as pessoas tenham em mente que têm simetrias com os egressos. “Eles também são pais de família, responsáveis pelos seus e que trabalham dentro da unidade para pagar algo para sua família.”

BNDES financia projetos de geração elétrica em São Paulo e Ceará

Projetos de geração elétrica a partir da fonte solar nos estados de São Paulo e do Ceará, com financiamento de cerca de R$ 1,14 bilhão foram aprovados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os dois complexos dos grupos EDP e Powerchina, juntos, adicionam aproximadamente 402 MW de potência instalada ao sistema elétrico nacional, com garantia física de geração de 116,5 megawatts (MW) médios, energia suficiente para abastecer cerca de 524 mil residências.

Com mais esses projetos, o BNDES atinge a marca de R$ 11,8 bilhões em financiamentos a usinas fotovoltaicas, desde a primeira operação, em 2017. Até então, já foram aprovados 23 projetos, com quase 4,5 gigawatts (GW) de potência instalada e garantia física para atender a mais de 5 milhões de residências. 

Somente de janeiro de 2023 a agosto deste ano, foram aprovados R$ 4,1 bilhões para nove projetos, que somam cerca de 1,5 GW de potência instalada e capacidade para abastecer 1,6 milhão de residências.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, disse que “os investimentos reafirmam o papel do BNDES como maior financiador de energia renovável do mundo, segundo ranking da Bloomberg, e estão alinhados à estratégia do governo do presidente Lula de promover a transição energética no país. Hoje, o Brasil já é líder em energia limpa no G20, com 89% da nossa matriz elétrica limpa e com 49% da nossa matriz energética limpa”.

Sobe para dez número de presos por queimadas em São Paulo

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que prendeu, nessa quinta-feira (29), o décimo suspeito de envolvimento em incêndio no estado desde o último dia 21.

O homem, de 39 anos, ateou fogo em diversos pontos de uma plantação de cana na cidade de Pindorama, próxima de São José do Rio Preto. O fogo se alastrou por área extensa da lavoura, cenário que tem sido comum devido ao tempo excepcionalmente seco das últimas semanas. A prisão foi em flagrante após os vigilantes de uma empresa perto do local chamarem a polícia.

Com o homem, foram apreendidos uma bicicleta, um isqueiro, uma caixa de fósforos e R$ 158. Em depoimento à polícia, ele disse ter usado drogas antes do crime. O homem foi encaminhado à Cadeia Pública de Catanduva.

Esse caso e os outros nove que resultaram em prisões recentes por incêndio não possuem relação entre si, segundo a SSP-SP.

A onda de queimadas no estado já tem prejuízo estimado de mais de R$ 1 bilhão, segundo o governo estadual. Mais de 7 mil agentes públicos trabalharam no combate às chamas na última semana. Duas pessoas morreram no combate às queimadas.

 

São Paulo empata com Grêmio e chega à semi do Brasileiro Feminino

O São Paulo garantiu a última vaga para as semifinais do Campeonato Brasileiro de futebol feminino após empatar sem gols com o Grêmio, na tarde desta quinta-feira (29), no estádio do Canindé, em São Paulo, em partida transmitida ao vivo pela TV Brasil.

Tudo igual no jogo de volta! Melhor para o @SaoPauloFC_Fem, que garantiu a vaga para a semifinal! pic.twitter.com/NInId4bK2s

— Brasileirão Feminino Neoenergia (@BRFeminino) August 29, 2024

Após triunfarem por 2 a 1 em casa na última segunda-feira (26), as Soberanas jogaram com o regulamento para garantirem o 0 a 0 e avançarem para a próxima fase da competição.

O próximo adversário do São Paulo na competição será a Ferroviária, que superou o Internacional nas quartas. Na outra semifinal o confronto será entre Corinthians e Palmeiras.

Tudo definido para as semifinais do #BrasileirãoFemininoNeoenergia! ✅️

Teremos clássicos paulistas dos dois lados da chave! E aí, quais times vão chegar na grande final? 🤔 pic.twitter.com/e0nG1y9Pzr

— Brasileirão Feminino Neoenergia (@BRFeminino) August 29, 2024

Veja aqui a tabela atualizada do Campeonato Brasileiro de futebol feminino.

* Colaboração de Pedro Amorim (estagiário) sob supervisão de Paulo Garritano.

Brasileiro Feminino: São Paulo e Grêmio disputam vaga na semifinal

São Paulo e Grêmio se enfrentam, a partir das 14h45 (horário de Brasília) desta quinta-feira (29) no estádio do Canindé, em São Paulo, pelo segundo jogo das quartas de final da Série A1 do Campeonato Brasileiro de futebol feminino. A partida terá transmissão ao vivo da TV Brasil. O time paulista tem vantagem, após a vitória de virada por 2 a 1 na primeira partida.

Jogando em casa, o São Paulo tenta manter o bom retrospecto na competição. Como mandantes, as Soberanas têm apenas uma derrota: para o Palmeiras, na antepenúltima rodada da primeira fase. Nos outros sete jogos, foram seis vitórias e um empate. O técnico Thiago Viana deve repetir a escalação do primeiro confronto com o Grêmio, já que não tem nenhum desfalque para a partida desta quinta.

Já o time gaúcho tenta reverter o resultado do confronto de ida para chegar pela primeira vez na história a uma semifinal do Brasileiro Feminino. Para isso, as Gurias Gremistas precisam vencer por dois gols de diferença para avançarem direto, já que um triunfo por diferença de um gol leva a decisão para as penalidades máximas.

A técnica Thaísa Passos não poderá contar com a atacante Raquel Fernandes, que está suspensa. Além dela, a volante Jessica Penã é dúvida após sentir um desconforto muscular na posterior da coxa esquerda na partida de ida.

Quem avançar entre São Paulo e Grêmio enfrenta na semifinal a Ferroviária, que deixou o Internacional pelo caminho.

Veja aqui a tabela atualizada do Brasileirão Feminino

* Colaboração de Pedro Amorim (estagiário) sob supervisão de Paulo Garritano.

São Paulo terá espaços públicos para acompanhar a Paralimpíada

O Parque do Ibirapuera e unidades do Sesc irão transmitir os Jogos Paralímpicos e oferecer atividades relacionadas à competição, que terá início nessa quarta-feira (28) em Paris e irão até o dia 8 de setembro. 

A delegação brasileira terá 280 atletas paralímpicos, que só é menor em comparação à do Parapan do Rio de Janeiro, em 2016. A expectativa é que a delegação repita ou supere o desempenho de Tóquio, 2020, quando foram conquistadas 400 medalhas.

A cerimônia de abertura e as competições serão transmitidas na íntegra pelo canal do Comitê Paralímpico Internacional, no Youtube.

No Ibirapuera, o público poderá assistir aos jogos nos dias 31 de agosto e 1º de setembro em frente ao Planetário, das 9h às 17h. Haverá ainda uma arena com atividades de atletismo, vôlei sentado, basquete em cadeira de rodas e futebol de cegos. 

No Sesc Campo Limpo, as atividades de tênis de mesa adaptado irão até o dia 8 de setembro, além de futebol de 5. As unidades de São José dos Campos, Sorocaba e Taubaté também vão oferecer atividades neste final de semana.

EBC nas Paralimpíadas

A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) irá trazer todas as informações sobre as Paralimpíadas, com o repórter Lincoln Chaves e com o cinegrafista Gilmar Vaz, da TV Brasil, que já estão em Paris.

A cobertura será apresentada na TV Brasil, em parceria com os veículos da Rede Nacional de Comunicação Pública.

Risco de incêndio aumenta em São Paulo nos próximos dias

A Defesa Civil estadual divulgou os mapas de risco para incêndio no estado para os próximos dias. Segundo a previsão do órgão, o risco para incêndio que já configurava situação de alerta em 48 cidades do interior passará para situação de emergência até o próximo sábado (31), na maior parte do estado.

A piora das condições começará na região de Ribeirão Preto, onde as aulas foram suspensas nesta segunda-feira (26), na rede municipal, devido à fuligem acumulada pelas queimadas nos últimos dias. A situação de Emergência atingirá a área da cidade de Campinas e ficará a menos de 80 quilômetros do norte e do oeste da Região Metropolitana de São Paulo.

Gabinete de crise

A piora na seca e o aumento dos focos de incêndio no final da semana passada levou à constituição de um gabinete de crise estadual, para coordenar mais de 7 mil trabalhadores, entre bombeiros e membros das Forças Armadas e civis.

Atuam na região três helicópteros da Polícia Militar, uma aeronave KC-390 e dois helicópteros da Força Aérea Brasileira e cerca de 30 veículos pesados, além de drones, usados principalmente para debelar incêndios na Área de Proteção Ambiental (APA) de Ibitinga, e de equipamentos e equipes cedidos pela iniciativa privada.

Segundo a Defesa Civil, no momento não há nenhum foco ativo de incêndio no estado. Dentre as vítimas das queimadas, houve 66 feridos nos municípios de Ribeirão Preto e Barretos, além de dois brigadistas mortos, na cidade de Urupês, em um acidente com caminhão durante o combate às chamas, na Usina Santa Isabel.

Prisões

A Secretaria de Segurança Pública do estado confirmou três prisões. Na manhã de sábado (24), a Polícia Militar deteve um idoso, de 76 anos, após ele atear fogo em lixo, em uma área de mata no Jardim Maracanã, em São José do Rio Preto.

Na manhã de domingo (25), na cidade de Batatais, um homem de 42 anos foi flagrado ateando fogo em uma área de mata. Segundo a Polícia Militar, ele disse aos policiais que faz parte de uma facção e chegou a gravar um vídeo comemorando o ato criminoso. Os policiais apreenderam uma garrafa com gasolina e um isqueiro com ele, que tem passagens por roubo, furto, homicídio e posse de droga.

Hoje, na cidade de Guaraci, na região de Barretos, foi preso um homem de 26 anos em flagrante por atear fogo em vários pontos de um canavial localizado próximo à área urbana. Com ele, foram apreendidos dois isqueiros.

Além dessas prisões, a Polícia Militar Ambiental aplicou mais de R$ 15 mil em multas a dois homens, em Porto Ferreira, por incêndio para limpeza de vegetação em Área de Preservação Permanente. Foram registrados seis autos de infração ambiental.

São Paulo mantém aulas em cidades atingidas por queimadas

O governo do estado de São Paulo decidiu manter as aulas na rede estadual de ensino das cidades atingidas pelas queimadas no interior paulista. Ao todo 48 cidades estão em alerta máximo para incêndio.

A decisão veio após avaliação das secretarias de Estado da Educação e da Defesa Civil. As escolas técnicas estaduais (Etecs) de Ribeirão Preto, Serrana, São Joaquim da Barra, Classe descentralizada de Morro Agudo, Batatais, Miguelópolis, Franca e Igarapava terão aulas remotas nesta segunda-feira (26). Caso também se aplica à Faculdade de Tecnologia (Fatec) de Jaboticabal.

Na rede municipal de Ribeirão Preto as atividades estão suspensas e serão retomadas amanhã (27). A mesma situação ocorre em Jardinópolis. O objetivo é garantir a saúde e segurança dos estudantes e profissionais da educação, após a constatação de acúmulo de fuligem nas escolas.

“Uma higienização rigorosa deve ser realizada em todas as unidades escolares, a fim de evitar ou agravar problemas de saúde, que podem afetar particularmente bebês e crianças”, informou a prefeitura, em nota.

Segundo a Secretaria Municipal de Educação, a situação do município está sendo acompanhada atentamente pela pasta e eventuais medidas de contingência vão ser anunciadas, caso haja necessidade. A reposição das aulas de hoje (26) será feita no dia 14 de outubro. A rede municipal de Ribeirão tem 50 mil alunos e 140 escolas.

Já a prefeitura de Franca informa que as aulas retornaram normalmente no período da tarde e que casos excepcionais serão tratados com os pais dos alunos e com a comunidade escolar.

O governo de São Paulo segue com os trabalhos do gabinete de crise e do posto avançado em Ribeirão Preto para monitorar a situação. Segundo nota do governo estadual, nesta segunda-feira (26) não há focos ativos de incêndio.

O gabinete de crise foi implantado na última sexta-feira (23) e o governador Tarcísio de Freitas decretou situação de emergência, por 180 dias, nas áreas de 45 municípios paulistas.

Governo aciona PF com suspeita de novo “dia do fogo” em São Paulo

O governo federal acionou a Polícia Federal (PF) para investigar a possível origem criminosa das queimadas que se espalharam pelo estado de São Paulo nesta semana. A informação foi confirmada neste domingo (25) pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que esteve na sede do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), em Brasília.

A ministra disse que o governo trabalha com a suspeita de uma ação criminosa similar ao “dia do fogo”, numa referência ao 10 de agosto de 2019, quando uma ação orquestrada de criminosos ateou fogo em mais de 470 propriedades rurais. “Há uma forte suspeita de que está acontecendo de novo”, afirmou. 

“Nesse momento é uma verdadeira guerra contra o fogo e a criminalidade”, disse a ministra. “Tem uma situação atípica. Você começa a ter em uma semana, praticamente em dois dias, vários municípios queimando ao mesmo tempo. Isso não faz parte de nossa experiência de combate ao fogo.”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também compareceu à sala de situação montada há dois meses no Prevfogo para acompanhar a situação dos focos de incêndio. Ele assegurou recursos e ações do governo federal para debelar as chamas, que disse serem difíceis de apagar. “A gente acaba de apagar o fogo você vira as costas e ele acende outra vez.”