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Nove skatistas carimbam vaga a Paris em último Pré-Olímpico na Hungria

O Brasil ampliou para 10 o número de skatistas classificados para a Olimpíada de Paris. Além da maranhense Rayssa Leal, que já assegurara a vaga olímpica ao vencer a etapa de Xangai (China) em maio, outros nove atletas carimbaram o passaporte após resultados preliminares no Torneio Qualificatório (Pré-Olímpico) de Budapeste (Hungria). A competição, que vai até domingo (23), é a última oportunidade para os atletas pontuarem no ranking mundial, parâmetro para a definição das vagas. O Pré-Olímpico tem transmissão ao vivo do Canal Olímpico.

A Confederação Brasileira de Skateboarding (CBSk) confirmou nesta sexta-feira (21) a classificação de Pedro Barros, Luigi Cini e Augusto Akio (os três na modalidade park), além de Pâmela Rosa e Gabi Mazetto (ambas no estilo street, que se juntam à Rayssa Leal).  

Na noite de quinta (20), a CBSk já anunciara as vagas olímpicas de Raicca Ventura e Dora Varella no park; e Kelvin Hoefler e Giovanni Vianna no street. Com a confirmação dos nove skatistas durante o Pré-Olímpico de Budapeste, o Brasil totaliza 252 vagas em Paris 2024.

Para assegurar presença nos Jogos, os atletas precisam estar entre os 20 primeiros colocados no ranking mundial da World Skate (federação internacional). O Brasil pode classificar no máximo 12 skatistas (três em cada modalidade/gênero). O skate street em Paris está programado para os dias 27 e 28 de julho, e a modalidade park ocorrerá nos dias 6 e 7 de agosto.

Na estreia do skate na Olimpíada de Tóquio o Brasil se destacou ao faturar três medalhas de prata com Rayssa Leal e Kelvin Hoefler (ambos no estilo street) e Pedro Barros no skate park.

Tenista Thiago Monteiro tem vaga confirmada na Olimpíada de Paris

O tênis brasileiro na Olimpíada de Paris contará com Thiago Monteiro, além das paulistas  Beatriz Haddad Mais e Laura Pigossi também classificadas. A confirmação da vaga do atleta cearense foi anunciada nesta quinta-feira (20) pela Federação Internacional de Tênis (ITF, na sigla em inglês).

Medalhista de bronze ano passado nos Jogos Pan-Americanos de Santiago (Chile), Monteiro herdou a vaga olímpica que pertencia ao argentino Facundo Diaz Acosta, o vencedor do torneio de simples em Santiago.  Tanto o campeão pan-americano quanto o vice asseguraram presença em Paris. No entanto, Facundo Diaz não disputará os Jogos, porque a Argentina excedeu o número de tenistas classificados. Dessa forma,  Thiago Monteiro arrematou a  segunda vaga continental das Américas.  

Thiago Monteiro em #Paris2024! 🎾🇫🇷

O tenista se classificou para a chave de simples graças à medalha de bronze conquistada no Pan-Americano de Santiago, em 2023. A vaga foi confirmada hoje pela Federação Internacional de Tênis (ITF).#TimeBrasil #Smartfit pic.twitter.com/CgHXw7deI3

— Time Brasil (@timebrasil) June 20, 2024

“É um sonho realizado. É a conquista do meu objetivo do ano, muito feliz em poder viver esse sonho novamente. É sempre especial estar no ambiente olímpico, tendo essa experiência de estar com os melhores atletas das principais modalidades do mundo e voltar para o complexo de Roland Garros. Muito feliz e mais tranquilo com a oficialização dessa vaga, agora é me preparar para vivenciar tudo isso de novo e fazer uma boa campanha”, disse o tenista canhoto, de 30 anos, que estreou em Olimpíadas na última edição, em Tóquio.

Na atual temporada do circuito mundial, Monteiro se destacou em torneios com piso de saibro, furando os  qualifyings (classificatórios)  dos Masters 1000 de Roma e Madri,  e também o de Roland Garros. O brasileiro alcançou oitavas em Roma e chegou à terceira rodada em Madri. Antes da Olimpíada, Monteiro disputará o ATP 250 de Bastad (Suécia), também no saibro.

O número de tenistas brasileiros em Paris pode aumentar no próximo dia 2 de julho, com a divulgação da lista definitiva de atletas pela ITF. No mesmo dia a entidade anunciará as chaves de duplas masculina, feminina e mista.

Nos Jogos de Tóquio, o Brasil conquistou o bronze, primeira medalha olímpica do país no tênis, na chave de duplas femininas, com a parceria de Laura Pigossi e Luisa Stefani.

Paris 2024: Brasil conhece adversários do torneio feminino de vôlei

A seleção brasileira conheceu, nesta quarta-feira (19), os seus adversários na primeira fase do torneio de vôlei feminino da próxima edição dos Jogos Olímpicos, que serão disputados entre os dias 26 de julho e 11 de agosto em Paris (França). Um sorteio realizado em Bangkok (Tailândia) definiu que o Brasil será o cabeça de chave do Grupo B, que também conta com Polônia, Japão e Quênia.

Olho no grupo da seleção feminina na primeira fase dos Jogos Olímpicos! 🇧🇷 Já bateu a ansiedade? #paris #jogosolimpicos #grupob #volei #polonia #japao #quenia pic.twitter.com/A0UdjpEvgi

— Vôlei Brasil (@volei) June 19, 2024

O Grupo A da competição contará com França, Estados Unidos, China e Sérvia. Já o Grupo C será composto por Itália, Turquia, Holanda e República Dominicana.

“Enfim sabemos quem estará no nosso grupo nos Jogos Olímpicos. Na minha opinião, o grupo é muito difícil. A gente encontra com Quênia, Japão e Polônia, times que são velhos conhecidos nossos. Tivemos a oportunidade de jogar com o Quênia nos últimos Jogos Olímpicos, o Japão, que sempre enfrentamos em momentos decisivos e são jogos completamente difíceis, enquanto a Polônia conseguimos enfrentar na Liga das Nações depois de dois anos sem confrontos. Uma equipe que cresceu muito […]. Agora temos uma noção de como devemos nos preparar, do estilo de cada adversário da fase de grupos”, avaliou a ponteira Gabi, capitã da seleção brasileira.

Rio supera Paris em filmagens nas ruas

A cidade do Rio de Janeiro registrou 7.885 diárias de filmagens nas ruas em 2023. Com isso, a capital fluminense ultrapassou Paris, que registrou no ano passado, 7,4 mil diárias de filmagens. Isso significa que as paisagens do Rio, a cidade brasileira mais filmada, estão cada vez mais em filmes, séries e outras produções audiovisuais. 

Os dados são da Rio Film Commission, departamento da RioFilme – órgão da Secretaria Municipal de Cultura – que atende às produtoras que filmam no município. Segundo o órgão, a cada dia do ano passado, pelo menos 21 sets de filmagem estavam trabalhando nas ruas, praias, parques e praças da cidade.

Atrás do Rio, no Brasil, está São Paulo, a maior cidade da América Latina, que registrou 4.895 diárias de filmagens no ano passado. Na América Latina, o Rio superou a Cidade do México, que notificou 7.876 diárias.

A maior “fábrica” de fazer filmes do mundo é Los Angeles, onde  foram realizadas 24.873 diárias. À frente do Rio também está Madri, com 11.133 diárias. Na Europa, além de Paris, o Rio está à frente de Lisboa, com 1.309 diárias.

Produções

Em 2023, a Rio Film Commission atendeu 26 produções internacionais, que solicitaram autorização para 258 diárias de filmagem na cidade. Os países que mais filmaram no município foram, por ordem: Estados Unidos, França, Áustria, México, Japão, Índia, Equador, Cazaquistão, Canadá e Austrália. Os endereços mais procurados pelas produções internacionais ficam todos na orla carioca, entre eles a Avenida Atlântica, com sete produções, a Francisco Bhering (Ipanema), com quatro produções, e a Praia do Flamengo, com três produções internacionais.

Entre os filmes que tiveram o Rio de Janeiro como locação estão as superproduções Godzilla e Kong: O Novo Império e Rob Peace, além de realities e séries internacionais, como a mexicana Yo Soy Glória Trevi, da Televisa. Godzilla e Kong filmou em 35 sets espalhados pela cidade, durante seis dias. Os bairros escolhidos pela produção foram o centro (15 diárias), Santa Teresa (12), Leme (4) e Copacabana (4).

As ruas do Rio também receberam a gravação de videoclipes de artistas famosos no cenário internacional, além de brasileiros que estão no topo das paradas, como Ludmilla, Lexa, Dennis DJ, Mc Cabelinho e Tiago Iorc. Entre as estrelas internacionais, as locações cariocas foram escolhidas por Bollywood e Ed Sheeran para os próximos videoclipes. O endereço da cidade que mais recebeu gravações de videoclipes foi a orla de Botafogo (Avenida das Nações Unidas), seguida do Aterro do Flamengo e da Rua dos Arcos, na Lapa.

As produtoras cariocas que mais filmam na cidade, de acordo com a Rio Film Commission, são a Globo, que é responsável por 8,3% das solicitações de autorização de filmagem, Porta dos Fundos e Conspiração, com 1,8%, e na sequência, TV Zero, com 1,2%.

Seleção de vôlei sentado é bronze em torneio preparatório para Paris

A seleção feminina de vôlei sentado conquistou a medalha de bronze no World Super Six, último evento de preparação da modalidade para a próxima edição dos Jogos Paralímpicos. No torneio disputado em Nancy (França) no último final de semana, a seleção brasileira garantiu um lugar no pódio após derrotar a Itália por 3 sets a 0 (parciais de 25/13, 25/23 e 25/22) no domingo (16).

É BROOONZE! 🥉

Brasil conquista bronze no World Super Six de vôlei sentado feminino na França. 🏐

Saiba mais: https://t.co/Ba9YZK4W5Y#LoteriasCaixa

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@BraParalimpico) June 18, 2024

O torneio, que reuniu as melhores equipes do mundo (Brasil, França, Estados Unidos, Canadá, Itália e China), foi vencido pelos Estados Unidos, que superaram a China na grande decisão.

A seleção brasileira de vôlei sentado já tem vaga garantida na próxima edição dos Jogos Paralímpicos, que serão realizados entre os dias 28 de agosto e 8 de setembro, em Paris (França). A classificação foi conquistada com o título mundial da modalidade, em 2022 na Bósnia.

Rumo a Paris: Brasil é destaque no vôlei, canoagem e tênis de mesa

O esporte brasileiro abre a semana ainda em clima de comemoração pelas várias conquistas do fim de semana, a pouco mais de um mês para a Olimpíada de Paris. No domingo (16), o mesa-tenista carioca Hugo Calderano, número seis do mundo, foi campeão no WTT Contender de Ljubljana (Eslovênia), repetindo o êxito na etapa do WTT do Rio de Janeiro, no último dia 26. O brasileiro sobrou na final contra o francês Felix Lebrun, quinto no ranking mundial, por 4 sets a 0 (parciais de 11/9, 11/5, 11/7 e 11/9).

Também com presença assegurada em Paris 2024, a paulista Giulia Takahashi roubou a cena no Campeonato Sul-Americano, em Assunção (Paraguai) ao conquistar duas das seis medalhas de ouro obtidas pelo Brasil na competição (no quadro geral foram 10 medalhas). No individual. foi campeã ao superar a chilena Daniela Ortega e depois também faturou o título nas duplas ao lado de Laura Watanabe, sobre parceria chilena.

Nossos atletas são sensacionais! 👏🇧🇷 pic.twitter.com/0QPYvPR6dc

— Time Brasil (@timebrasil) June 17, 2024

Na Liga das Nações de Vôlei Feminino (LNV), a seleção brasileira derrotou a Turquia, atual campeã, por 3 sets a 0 (parciais de 25/14, 25/14 e 25/19), em Hong Kong (China). De quebra, além de manter a invencibilidade – 12 triunfos seguidos – a equipe comandada por José Roberto Guimarães assumiu a liderança do ranking mundial e derrubou a Turquia para a segunda colocação na lista.  As brasileiras buscam o título inédito na LNV e voltam à quadra na próxima quinta (20), às 10h30 (horário de Brasília), para o duelo de quartas de final  contra as tailandesas, em Bangcoc, casa das adversárias.

No tênis, a nova parceria do mineiro Marcelo Melo com o gaúcho Rafael Matos faturou seu primeiro título na grama. Eles venceram de virada a final de duplas do ATP 250 de Stuttgart (Alemanha), por 2 sets a 1 ( 3/6, 6/3 e 10/8). O torneio é preparatório para o Grand Slam de Wimbledon, em Londres.

“Muito feliz com a vitória. Primeiro torneio de grama jogando juntos, conseguimos o título. Fizemos belos jogos durante a semana toda. Jogamos muito confiantes nos momentos importantes do primeiro jogo à final. Acho que é uma fração de um belo caminho que temos pela frente. Eu e o Rafa estamos realmente muito contentes com esse titulo aqui em Stuttgart”, comemorou Marcelo Melo, após a vitória em Stuttgart. 

Prata do Brasil na canoagem slalom

No sábado (15), a mineira Ana Sátila foi medalha de prata na canoa individual (C1), na etapa da Copa do Mundo de Cracóvia (Polônia), a última antes de Paris 2024. Já com vaga olímpica assegurada nas categorias K1, C1 e Cross, Sátila completou o percurso em 105s99, ficando atrás apenas da campeã olímpica: a australiana Jéssica Fox (102s71),  A tcheca Martina Satkova (110s35) completou o pódio com o bronze.

Na disputa masculina do caiaque-cross, o paulista Pepê Gonçalves terminou na quarta colocação. Além do Kross, Pepê também competirá em Paris na K1 (caiaque individual). 

Paris 2024: atletas brasileiros reforçam cuidados com saúde mental

Pés descalços, mãos na enxada e uma roça inteira para cuidar. A rotina, comum a muitos trabalhadores rurais do Brasil, é parte da preparação de um atleta de alto rendimento. Quando Petrúcio Ferreira, bicampeão paralímpico de atletismo, precisa acalmar a mente, é para São José do Brejo do Cruz, no interior da Paraíba, que ele corre. Nas palavras do próprio atleta, é um “combustível”, que ajuda a melhorar a concentração e a chegar bem nas competições.

Petrúcio Ferreira – Alexandre Schneider/CPB/Direitos Reservados

“A vida do atleta, por mais que tenha muitas pessoas ao redor, acaba sendo uma vida solitária. Isso, porque é ele com o próprio sonho e pensamentos. [É] ele que precisa correr atrás nos dias de treino, que fica na dúvida se vai dar certo. Isso acaba exigindo muito da nossa mente. Estar longe da família, longe de casa. Isso exige muito”, diz Petrúcio. “Quando estou muito acelerado, volto para a casa dos meus pais, para relembrar um pouco das minhas origens e raízes, para lembrar de onde eu saí, onde eu estou e onde quero chegar.”

Por muito tempo, foi comum associar a imagem dos atletas à de máquinas ou de super-heróis. Em foco, o físico, os movimentos, a resistência, a força. Nos Jogos de Tóquio, realizados em 2021, uma dimensão geralmente invisível e mais humana ganhou destaque: a da saúde mental. Muito por conta da história de Simone Biles, ginasta norte-americana sete vezes medalhista olímpica, que deixou de competir em cinco finais para cuidar da parte psicológica.

Há pouco mais de um mês para o início da Olimpíada de Paris (26 de julho), e pouco mais de dois meses para a Paralimpíada (28 de agosto), atletas que vão participar dessas competições falaram com a reportagem da Agência Brasil sobre a importância da preparação mental. As conversas ocorreram no evento de apresentação do Time Petrobras, grupo de atletas patrocinado pela estatal.

Cada um lida com diferentes tipos de pressão. Medalha de ouro no Rio e em Tóquio, Petrúcio tenta ser o melhor no que faz pela terceira vez seguida. “Principalmente na prova dos 100 metros T47, os atletas têm esse parâmetro: aquele a ser batido nas grandes competições é o Petrúcio. Chegar ao topo pode ser mais fácil do que se manter, porque eu fico sem parâmetro. O que eu tenho de superar são meus próprios resultados e eu mesmo durante os treinos. Acaba sendo um pesinho a mais, mas consigo lidar muito bem com isso hoje. Não vou trazer isso como um fardo e uma cobrança”, afirma.

Milena Titoneli

A lutadora de taekwondo Milena Titonelirasil – Fernando Frazão/Agência Brasil

No caso da atleta de taekwondo Milena Titoneli, a preocupação com a saúde mental aumentou depois da experiência na Olimpíada passada, quando foi a quinta melhor na categoria que disputou.

“Em 2021, em Tóquio, eu tive muitos problemas. Questões bem pesadas, psicologicamente falando. Tive burnout [distúrbio psíquico causado pela exaustão extrema, causada por excesso de trabalho]. E, desde então, faço tratamento com psicólogo e com coach [treinador] esportivo.”

Milena conta que foi uma fase difícil e que chegou a ser atendida por um psiquiatra e a tomar medicação, mas que atualmente não está precisando. “Foi um período difícil, mas sempre digo que a parte mental é uma das mais importantes. O físico pode estar 100%, mas, se a cabeça não está boa, não flui. É uma das coisas a que a gente tem que dar importância como atleta. E eu venho fazendo o meu trabalho. Estou muito melhor do que estava em 2021. E acho que isso vai ter reflexo no resultado.”

Em Paris, Milena vai competir na categoria de equipes mistas. Com as vivências que acumulou até aqui, ela acredita estar mais preparada para ajudar também outros companheiros a não passar pelos problemas que enfrentou.

“Chego com muita expectativa de trazer o ouro com a equipe. Minha experiência no taekwondo pode contribuir, porque os outros atletas são um pouco mais novos do que eu. E acho que vamos ter um bom resultado, porque são atletas muito fortes que vão disputar junto comigo. Eu estou muito animada. Essa preparação foi bem intensa. Foram três anos sem descanso, buscando essa vaga para chegar em Paris e conseguir o melhor resultado possível”, resume.

Duda Lisboa e Ana Patrícia

Duda Lisboa e Ana Patrícia – Fernando Frazão/Agência Brasil

Vôlei de praia sempre foi sinônimo de medalha olímpica para o Brasil. Em Tóquio, pela primeira vez na história, nenhuma dupla brasileira conseguiu lugar no pódio. No caso das jogadoras Duda e Ana Patrícia, portanto, a pressão vem pela expectativa de retomada da hegemonia no esporte. Ainda mais depois de um ciclo vitorioso. Líderes do ranking mundial, elas chegam com moral e, ao mesmo tempo, cobranças por resultados.

“Existe um lado bom e um lado ruim. Se nós somos favoritas hoje, é porque performamos para estar nessa posição. E existe essa coisa da expectativa de todo mundo, por conta dos resultados que apresentamos. É inegável. Também sabemos que temos um grande potencial para trazer medalha. Carregamos essa responsabilidade e tentamos tirar o foco um pouco da pressão. É fazer o nosso trabalho e chegar bem preparadas em Paris”, diz Ana Patrícia.

Um dos aspectos em que as duas têm cuidado especial é com as redes sociais, onde ficam mais expostas a críticas e até a ataques mais agressivos.

“Temos uma psicóloga esportiva que está ao nosso lado e entendemos que este trabalho é muito importante. Hoje em dia, com a internet, é muito fácil ver algum tipo de julgamento nas redes sociais. A gente precisa trabalhar muito isso, para ter certeza de quem realmente somos, e manter o nosso foco. Eu faço terapia à parte também. É difícil estar todo dia treinando, e vir um julgamento totalmente diferente. Ninguém sabe a nossa rotina, ninguém sabe o que passamos no dia a dia”, diz Ana Lisboa.

Guilherme Costa

O nadador Guilherme Costa – Fernando Frazão/Agência Brasil

Pela segunda vez em uma Olimpíada, o nadador Guilherme Costa chega a Paris com um conjunto de bons resultados recentes. Nos Jogos Pan-Americanos de 2023, ganhou quatro medalhas de ouro. No Mundial de Esportes Aquáticos de 2024, terminou em quarto lugar nos 400 metros livres.

Guilherme precisará lidar com pelo menos dois desafios a partir do mês que vem. Além de tentar confirmar a trajetória crescente no esporte, precisa planejar muito bem o ritmo puxado de provas. Vai participar de quatro categorias diferentes nas piscinas: 200m, 400m, 800m, 4x200m livre. E uma prova de 10 quilômetros em águas abertas. O nadador acredita que pode se tornar referência em um esporte que, no Brasil, sempre esteve acostumado a ter nadadores velocistas em destaque, como Cesar Cielo, Fernando Scherer e Gustavo Borges.

“A gente vem mudando isso. Na seletiva, os principais resultados já foram nas provas mais de meio fundo. Além de mim, tem a Mafê [Maria Fernanda Costa] e a Gabi [Gabrielle Roncatto]. É muito bom ter grandes resultados em outras provas, porque as crianças começam a querer nadar essas provas também. E, no futuro, a gente pode ser muito bom na velocidade, no meio fundo, no fundo. Então, acho que tem espaço para todo mundo. Dá para ter todo mundo bem”, diz Guilherme.

A confiança e a tranquilidade com que fala da Olimpíada também se deve muito ao fato de Guilherme sempre ter valorizado o cuidado com a mente.

“Eu faço uma preparação mental. Toda semana tenho atendimento psicológico. Eu me sinto muito bem nessa parte, trabalho isso já há algum tempo. Então, estou muito acostumado com a pressão de grandes competições”, diz o nadador.

São Paulo terá fanfest para celebrar os Jogos Olímpicos de Paris

Pela primeira vez na história dos Jogos Olímpicos, uma fanfest oficial vai ocorrer fora da cidade-sede. A partir do dia 20 de julho, o Parque Villa-Lobos, na capital paulista, vai promover uma programação voltada para a Olimpíada de Paris, que acontece entre os dias 26 de julho e 11 de agosto na capital francesa.

Chamada de Festival Olímpico Parque Time Brasil, a fanfest vai acompanhar ao vivo o desempenho das delegações brasileiras em Paris por meio de mega telões que serão instalados no parque. A programação também contará com interação com atletas e ex-atletas, megashows e uma área gastronômica.

“O que a gente pretende é que as pessoas conheçam e vejam mais de perto os esportes e modalidades esportivas e não só aquelas que os brasileiros estão mais acostumados a ver, como vôlei, basquete e natação”, disse Camila Bahia, head de esportes e música nacional da DC Set Group e que lidera o projeto Parque Time Brasil, em entrevista à Agência Brasil.

A fanfest terá início no dia 20 de julho, seis dias antes da cerimônia de abertura da Olimpíada, funcionando como “um esquenta” para os jogos.

“Vamos trazer para dentro do Parque Villa-Lobos uma experiência de Olimpíada. Vamos seguir um storytelling, contando a história do que será abordado em Paris 2024. Pela primeira vez em uma Olimpíada, a abertura não será realizada dentro de um estádio ou ginásio, mas em um lugar aberto. Pela primeira vez, a maratona também vai acontecer em um formato aberto à população [com possibilidade de participação de atletas amadores]. Esse é um ano de muita inovação. Além disso, Paris vai falar muito de igualdade de gênero, igualando o número de atletas masculinos e femininos, e também abordando a diversidade, inclusão e democracia. Dentro desse contexto, vamos trazer a fanfest para dentro de um parque, uma área aberta”, explicou Camila Bahia.

Fanfest

Uma das áreas da fanfest será a Arena Time Brasil, que vai concentrar as atividades. Nesse espaço o público poderá acompanhar a Olimpíada por meio dos telões e onde acontecerão os megashows e o espaço gastronômico. A Arena também será o palco dos atletas, sejam eles medalhistas ou não. Ao retornarem de Paris, este será o primeiro lugar a recebê-los. “Nessa arena, vamos ter ativações de patrocinadores, mas nosso personagem principal serão os mega telões. Teremos ao todo seis telões e as pessoas vão poder assistir a todas essas competições”, falou Camila.

A fanfest também contará com clínicas esportivas, que pretende utilizar e deixar como legado a estrutura e quadras do parque revitalizadas para práticas esportivas. “Vamos ter clínicas esportivas, que estamos realizando em parceria e com projetos de ex-atletas olímpicos. Elas serão como oficinas, aulas que serão gratuitas, para todas as idades, de diversas modalidades, ocupando os equipamentos do parque”.

Já o Festival Cultural das Nações será um encontro de músicas, estilos e danças de diversos países e contará com performances circenses, teatrais e musicais.

O festival é uma iniciativa do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), em parceria com o DC Set Group e a Agência Deponto e será realizado até o dia 11 de agosto. “A ideia é a gente deixar um legado, não só para a cidade de São Paulo, mas também para as futuras gerações, fazendo com que a gente consiga expandir o nosso olhar para o esporte”, disse Camila.

A entrada será gratuita para clínicas esportivas durante todos os dias e para a Arena Time Brasil das terças às sextas-feiras. Aos finais de semana, quando deverão ocorrer shows musicais, haverá cobrança de ingressos. Mais informações sobre o evento podem ser obtidas no site do evento

Mesatenista Carla Maia vai disputar Paralimpíada de Paris

Após 20 anos dedicados ao tênis de mesa, Carla Maia vai disputar a primeira Paralimpíada da carreira esportiva. Ir aos Jogos não é novidade para a mesatenista, que também é repórter da TV Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), e cobriu in loco três Paralimpíadas (Atenas 2004, Londres 2012 e Rio de Janeiro 2016), mas desta vez ela integra a seleção do Brasil como atleta após ser convidada pela Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF) para competir nos Jogos de Paris 2024.

A notícia foi recebida com festa pela atleta e pela família nesta quinta-feira (13).

Mesatenista Carla Maia, que é repórter da TV Brasil, vai disputar Paralimpíada de Paris após 20 anos no esporte. – Divulgação/Arquivo pessoal

“Hoje de manhã o gerente de seleções da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa [Sandro Abrão] me mandou mensagem dando parabéns. Quando abri o celular eu já sabia. Comecei a gritar! Acordei a casa toda. Foi um momento muito legal. Na redação [da TV Brasil] também. Não é apenas a realização de um sonho meu. É mais alguém do Brasil nos Jogos de Paris”, festejou a atleta. 

Carla é a quinta mesatenista do mundo na classe 1 e a número 18 no ranking conjunto das classes 1 e 2. Ela foi oito vezes campeã brasileira nas classes 1 e 2.

O tênis de mesa paralímpico é dividido em 11 classes, as dez primeiras voltadas para atletas com deficiência física. Quanto menor o número da classe, maior é o comprometimento físico e motor do atleta. A classe 11 é voltada para atletas com deficiência intelectual. 

“Foram 20 anos tentando. Sempre fiquei perto, mas ainda não tinha conseguido”, lembrou Carla.

Ela ressaltou ainda que o convite da ITTF para a Paralimpíada foi muito disputado e que concorreu com atletas de todos os países. “Mais uma competição”, acrescentou ela.

Além de Carla, outros dois atletas brasileiros também foram convidados pela ITTF para a Paralimpíada de Paris: Luccas Arabian, de 18 anos, da classe 5; e Sophia Kelmer, de 17 anos, da classe 8. Com os três convidados, a delegação brasileira no tênis de mesa soma agora 15 atletas. Os Jogos Paralímpicos de Paris serão realizados entre os dias 28 de agosto e 8 de setembro.

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Ex-jogador Raí participará de revezamento da tocha olímpica de Paris

Campeão do mundo com a seleção brasileira de futebol em 1994, o ex-jogador Raí revelou no Instagram que irá carregar a tocha olímpica dos Jogos e Paris em 23 de julho, na cidade de Versalhes, três dias antes da cerimônia de abertura. O ex-atleta fez o anúncio nesta quarta-feira (12), com uma publicação comovente, na qual recorda seus primeiros dias na França, nos anos de 1990, quando foi contratado pelo clube Paris Saint-Germain (PSG).

“Cheguei ao país das Olimpíadas em 1993 como atleta profissional. Aqui vivi com família e filhas, fiz muitos amigos, fui Capitão do Paris Saint-Germain, me inspirei para criar a Gol de Letra, me tornei cidadão francês, mestre em Política Pública. Hoje sou embaixador do Paris FC e tenho muito orgulho de ser considerado símbolo desta relação França/Brasil, Brasil/França”, disse Raí na rede social. E concluiu: “Recebo este convite para carregar a tocha como um reconhecimento desta linda história de amor, aprendizados, conquistas e realizações, ainda longe de acabar”.

Antes do título mundial, Raí foi medalhista de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Indianápolis (Estados Unidos) em 1987. O ex-atleta sonhava em representar o Brasil nos Jogos no ano seguinte, em Seul (Coreia do Sul), mas sofreu uma lesão e ficou fora da lista de convocados. Na ocasião o Brasil faturou a prata no futebol. 

Raí se tornou ídolo do PSG, onde jogou até maio de 1998, quando retornou ao São Paulo, clube no qual já conquistara o bicampeonato da Libertadores e um título mundial. Encerrou a carreira no futebol em 2000 e passou a desenvolver projetos sociais voltados ao esporte. Na Olimpíada Rio 2016, Raí também foi um dos atletas selecionados para conduzir a tocha olímpica.