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Maioria pela 1ª vez, mulheres encabeçam sonhos de medalhas em Paris

Igualar ou superar, em Paris, o recorde de 21 medalhas da Olimpíada de Tóquio, no Japão, há três anos, passa necessariamente pelas mulheres. Pela primeira vez, o país terá uma delegação com predomínio feminina. Elas representam 153 dos 276 atletas assegurados na capital francesa, segundo o Comitê Olímpico do Brasil (COB).

Algumas modalidades explicam essa maior presença feminina, que é inédita. No futebol, no handebol e no rugby as seleções masculinas não se classificaram à Olimpíada, ao contrário das femininas. Na ginástica artística, as mulheres se garantiram na disputa por equipes, assegurando cinco vagas em Paris. Os homens não tiveram o mesmo resultado e terão apenas dois representantes em provas individuais.

No levantamento de peso, no wrestling e no pentatlo moderno as vagas conquistadas pelo Brasil foram todas com mulheres. Já no tiro esportivo, na esgrima, no tênis e nas águas abertas elas são maioria entre os atletas classificados.

Defina a Rebeca Andrade em uma palavra 👇💚#TimeBrasil pic.twitter.com/gv8niItmX2

— Time Brasil (@timebrasil) June 11, 2024

Para além de números absolutos, a delegação feminina apresenta candidatas reais a medalha em várias modalidades. Na ginástica artística, a campeã olímpica Rebeca Andrade se firmou, ao longo do ciclo de Paris, como maior ameaça à supremacia da norte-americana Simone Biles, chegando a superar a rival na prova do salto no Mundial do ano passado, na Antuérpia (Bélgica).

Prata em Tóquio, Beatriz Ferreira chega em Paris como bicampeã do mundo e atual detentora do cinturão da Federação Internacional de Boxe (IBF, na sigla em inglês) no peso leve. Rayssa Leal acumulou dois títulos do circuito de skate street, além de ter vencido o Mundial de Sharjah (Emirados Árabes Unidos) desde a segunda posição nos Jogos da capital japonesa.

Isto é Bia Ferreira 🥊🇧🇷

📸 Miriam Jeske/COB pic.twitter.com/KC2ohf4sA3

— Time Brasil (@timebrasil) August 5, 2021

No vôlei de quadra, mesmo caindo na semifinal, a seleção feminina emplacou 13 vitórias consecutivas na Liga das Nações, que reconduziram a equipe comandada por José Roberto Guimarães ao topo do ranking da modalidade. Na praia, a dupla formada por Duda e Ana Patrícia, campeã mundial em 2022 e vice no ano seguinte, também ocupa o posto de melhor do planeta.

No judô, após ficar fora de Tóquio por causa de um caso de doping, Rafaela Silva retornou com tudo, com direito a um bicampeonato mundial em 2022, querendo agora o segundo ouro olímpico da carreira. Tricampeã do mundo também há dois anos, Mayra Aguiar é forte candidata a conquistar a sua quarta medalha nos Jogos (quem sabe a primeira dourada após três bronzes entre 2012 e 2020).

As velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze podem se tornar as primeiras brasileiras a conquistarem três ouros olímpicos, caso repitam o resultado das duas edições anteriores. Ainda nas águas, mas na maratona aquática, Ana Marcela Cunha se recuperou de uma séria lesão no ombro e se mudou para a Itália há um ano com intuito de buscar o bi nos Jogos de Paris.

É OUROOOOOOOOOOO🥇

⛵MARTINE GRAEL E KAHENA KUNZE vencem a regata da medalha da 49erFX e são BICAMPEÃS OLÍMPICAS!

HISTÓRICO! HEROÍNAS!#TimeBrasil #Sailing #JogosOlimpicos #Tokyo2020

📸 Júlio César Guimarães/COB pic.twitter.com/oI7HJxpHwP

— Time Brasil (@timebrasil) August 3, 2021

Também há candidatas a surpresa na capital francesa. Caso de Nathalie Moellhausen, oitava do ranking da Federação Internacional de Esgrima (FIE) e campeã da etapa de Barcelona (Espanha) da Copa do Mundo, no ano passado. Ou da seleção de ginástica rítmica, que tem alcançado resultados históricos, como o quarto lugar na prova dos cinco arcos no Mundial de 2023, em Valência (Espanha). O Brasil, inclusive, sediará a próxima edição do evento, em 2025.

No tênis, Luísa Stefani foi bronze em Tóquio ao lado de Laura Pigossi. Em Paris, a principal duplista do país (e 12ª do mundo) terá Beatriz Haddad Maia como parceira. Apesar de priorizar as disputas de simples (é a 20º do ranking e número um do Brasil), Bia tem os melhores resultados da carreira nas duplas (entre eles uma final de Aberto da Austrália).

No surfe, Tatiana Weston-Webb tem um vice-campeonato do circuito mundial (WSL, sigla em inglês) em 2021 e um quarto lugar na temporada seguinte. Neste ano, a brasileira está em sétimo lugar, mas somente quatro rivais que estão à frente também competirão nos Jogos. Já no futebol, a seleção convocada por Arthur Elias tem a craque Marta na última Olimpíada da carreira, buscando o que seria a sua terceira medalha e do Brasil na história, após as pratas de 2004 e 2008.

Tatiana Weston-Webb está classificada para os @JogosOlimpicos Paris 2024 🇫🇷

O anúncio ocorreu na manhã desta terça pela @ISAsurfing.

Com a surfista garantida, o 🇧🇷 tem agora 20 vagas confirmadas em Paris! 🤩 pic.twitter.com/wiIPQmVcTm

— Time Brasil (@timebrasil) April 18, 2023

O cenário de protagonismo feminino nos resultados brasileiros já se observou nos Jogos Pan-Americanos de Santiago (Chile) em 2023. Das 205 medalhas conquistadas, um recorde, 95 vieram graças às mulheres, contra 92 dos homens e 18 em equipes mistas. Elas também foram maioria no total de ouros (66), garantindo metade deles.

A Olimpíada de Paris começa no próximo dia 26 de julho e segue até 11 de agosto. Pela primeira vez, o megaevento terá participação igualitária de homens e mulheres. Serão 5.250 atletas de cada gênero. Curiosamente, os Jogos que marcaram a estreia feminina também foram na capital francesa, em 1900. Na ocasião, elas representaram 2,2% (22) do total de competidores (997).

São Paulo cria mini Champs-Élysées para celebrar Olimpíadas de Paris

Uma pequena alameda que imita a famosa Champs-Élysées, em Paris, foi instalada esta semana no Parque Villa-Lobos, em São Paulo. A avenida é cercada por palmeiras e bandeiras de diversos países, entre elas a do Brasil. No fim da alameda, uma imensa estrutura imita o Arco do Triunfo.

Essa imitação parisiense é um convite ao público que não poderá estar em Paris a partir da próxima semana: o Parque Villa-Lobos recebe, a partir de hoje (20), uma Fanfest para celebrar as Olimpíadas, que começam na próxima sexta-feira, na capital francesa.

Pela primeira vez na história dos Jogos Olímpicos, uma fanfest oficial vai ocorrer fora da cidade-sede. E, segundo os organizadores, essa é também a maior fanfest do mundo.

“Nunca tivemos uma fanfest olímpica no Brasil ou em outra parte do mundo. Esse é o maior projeto olímpico brasileiro pós Rio-2016. E será mais legal torcer todo mundo junto na fanfest do que torcer sozinho”, disse Daniel Pignaton Azevedo, sócio-diretor da Agência Deponto, em entrevista coletiva concedida na manhã de hoje, na inauguração da fanfest.

Chamada de Festival Olímpico Parque Time Brasil, a fanfest vai acompanhar ao vivo o desempenho das delegações brasileiras em Paris por meio de sete mega-telões instalados no parque e que vão mostrar as competições destacando os atletas brasileiros. A programação também contará com interação com atletas e ex-atletas, megashows e uma área gastronômica. Entre os shows previstos estão o de Toni Garrido, Monobloco, Seu Jorge, Jota Quest e Alexandre Pires, Mart’Nalia, entre outros.

Além disso, a fanfest será o palco dos atletas brasileiros: ao retornarem de Paris, este será o primeiro lugar a recebê-los. O festival é uma iniciativa do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), em parceria com o DC Set Group e a Agência Deponto e será realizado até o dia 11 de agosto. A expectativa dos organizadores do evento é que mais de 200 mil pessoas frequentem o local.

“Aqui as pessoas vão ter acesso à cultura esportiva, uma experiência de transmissão do maior evento do mundo e vão poder celebrar seus grandes ídolos. Muitos medalhistas olímpicos estarão aqui conosco”, disse Rodrigo Mathias, diretor-executivo da DC Set. Entre esses medalhistas estarão Thiago Pereira, da natação, e Janeth, do basquete.

Um dos primeiros atletas a conhecer a estrutura foi o medalhista olímpico Maurício, levantador do time de vôlei. “Esse é um evento para todos, onde todos podem entender sobre todas as modalidades. Esse é um grande momento do esporte olímpico, que nos traz muita integração e união de povos. E esse é também um grande legado que está sendo deixado aqui pelo COB. Independente de você ser um atleta de alto nível, como eu fui, as grandes lições que tiramos dentro do esporte conseguimos levar para a nossa vida. O esporte tende a crescer muito”, disse Maurício, em entrevista.

Atividades

Após passar pelo Arco do Triunfo, o público entra definitivamente na fanfest. E na entrada poderá ser fotografado ao lado de esculturas do Ginga, o mascote do Time Brasil.

Andando por ali, o torcedor poderá participar também de ativações promovidas por patrocinadores do evento, tais como uma piscina de surf e uma parede de escalada. Há, ainda, restaurantes e áreas de descanso à  disposição do público.

A fanfest vai promover, também, uma corrida e caminhada para celebrar não só as Olimpíadas, como também os 60 anos de vida da cantora Zélia Duncan. Será no dia 4 de agosto, a partir das 8h da manhã e vai ser encerrado com um show da artista.

Mas o grande destaque fica com os sete telões que vão transmitir as competições. Para o atleta Thiago Pereira, esta será uma grande oportunidade para o público. “Você pode assistir uma Olimpíada em casa, na casa de um amigo, num bar, cada um assiste num lugar. Mas, você assistir uma experiência como essa num telão…muda, sabe?”, afirmou ele, em entrevista à Agência Brasil.

Festival é também um show de cores para o público acompanhar Olimpíadas de Paris-  foto – Paulo Pinto/Agência Brasil

Atleta medalhista, principal nome brasileiro do Pan, Pereira sabe a importância de lugares como esse para a valorização do esporte. “Acho que o grande problema nosso hoje no esporte em geral é a nossa base. Falta mesmo essa coisa da prática, que é o que eu acredito que os Estados Unidos fazem muito bem. Os Estados Unidos não investem na escola para ganhar medalha olímpica. Eles investem no esporte desde o início porque eles sabem a formação que aquilo vai gerar. O esporte ensina, esporte é saúde e educação. Imagina você vir aqui [na fanfest] e ver um ídolo. Daí você pensa: eu quero fazer isso. Na minha época eu vi o Gustavo [Borges], eu vi o Xuxa… A gente precisa trazer isso pra perto das pessoas”, acrescentou.

A entrada será gratuita para clínicas esportivas durante todos os dias e para a Arena Time Brasil das terças às sextas-feiras. Nos fins de semana, quando deverão ocorrer shows musicais, haverá cobrança de ingressos. Mais informações sobre o evento podem ser obtidas no site do evento.

Seleção de vôlei e delegação brasileira de judô desembarcam em Paris

Confiante em chegar ao pódio olímpico, a seleção brasileira feminina de vôlei desembarcou em Paris nesta segunda-feira (19), a uma semana da cerimônia de abertura dos Jogos, junto com parte da delegação nacional de judô. Os atletas foram direto para a Vila Olímpica, onde já está instalada a equipe da ginastica artística, que chegou na véspera – foi primeira delegação brasileira a inaugurar o amplo espaço reservado aos atletas, em Saint Ouen, no norte de Paris.

OLHA ELAS! 😁💚💛

Nossa seleção feminina de vôlei acaba de chegar na Vila Olímpica!

Falta pouquinho para #Paris2024! pic.twitter.com/lt3EiLIqsh

— Time Brasil (@timebrasil) July 19, 2024

“Expectativa muito grande. Dividimos o voo com a equipe do judô, encontramos a Rafaela Silva, já estamos vivendo um pouco dessa experiência. Estamos muito motivadas. A equipe cresceu muito desde de a LNV [Liga das Nações de Vôlei]. Foi um ciclo olímpico importante, passamos por muitas dificuldades e o time se fortaleceu. Não viemos aos Jogos Olímpicos apenas para participar. Nosso objetivo é conquistar a medalha de ouro”, projetou Gabi Guimarães, capitã da seleção.

Vice-líder no ranking mundial – atrás apenas da Itália – a seleção feminina estreia nos Jogos contra o Quênia, em 29 de julho (uma segunda-feira), às 8h (horário de Brasília), em partida pelo Grupo B, que tem ainda Polônia e Japão. Os demais jogos da seleção serão contra o Japão, em 1º de agosto, e contra a Polônia, em 4 de agosto. O torneio de vôlei em Paris reúne apenas 12 países. No Grupo A estão França, Estados Unidos, China e Sérvia, e na Chave C Itália, Turquia, Holanda e República Dominicana. Os dois primeiros colocados em cada chave e os dois melhores terceiros se classificam às quartas de final.

“Estamos no bolo. Existem no feminino sete ou oito equipes que podem lutar por uma medalha. Existe um equilíbrio muito grande nas forças do mundo. O importante é que o Brasil é uma delas. Vimos recentemente a participação na Liga das Nações. Tivemos três vitórias seguidas, depois duas derrotas, inclusive na disputa de terceiro e quarto [lugares]. Mas hoje o Brasil é o segundo do ranking. Está parelho. Temos noção de onde estamos”, analisou José Roberto Guimarães, técnico da seleção, que chega à sua 10ª participação olímpica em Paris 2024.

Bicampeã olímpica (Pequim 2008 e Londres 2012), a seleção coleciona ainda uma prata (Tóquio 2021) e dois bronzes (Atlanta 1996 e Sidney 2000). 

Primeiros judocas brasileiros em Paris

Seis dos 20 judocas convocados a representar o Brasil nos Jogos desembarcam nesta manhã em Paris. A delegação com Natasha Ferreira (48kg), Larissa Pimenta (52kg), Rafaela Silva (57kg), Michel Augusto (60kg), Willian Lima (66kg) e Daniel Cargnin (73kg) foi direto para Sainte-Geneviève-des-Bois para aclimatação antes de seguir para a Vila Olímpica, no dia 31 de julho.

Será que a nossa equipe de judô tá feliz? 😁😆

Os judocas do #TimeBrasil já chegaram a Paris e estão prontos para viver grandes momentos.

Pode avisar que Paris já está sendo invadida pelo carisma e felicidade brasileira, hein! 💚💛 pic.twitter.com/Pz6ntfN5El

— Time Brasil (@timebrasil) July 19, 2024

Medalha de ouro na Rio 2016, a carioca Rafaela Silva destacou a importância de manter a mente concentrada nos dias que antecedem a estreia nos Jogos.

“Nessa última semana a gente fica mais concentrado na estratégia, esperando o sorteio que acontece no dia 25, focado na perda de peso, que é fundamental, porque qualquer detalhe faz a diferença. Não dá para fazer um milagre em uma semana. Então, acredito que é manter o que a gente vem fazendo e se cuidar o máximo possível para evitar qualquer tipo de surpresa”, explicou a atleta, que nesta temporada faturou ouro em abril, no Pan-Americano de Judô, e um mês depois conquistou prata Grand Slam de Astana (Cazaquistão).

Agenda – Judô Brasil

Competição individual (lutas qualificatórias a partir das 5h e finais às 11h)

27 de julho (sábado)

Natasha Ferreira (48 kg)

Michel Augusto (60 kg)

28 de julho (domingo)

Larissa Pimenta (52 kg)

Willian Lima (66 kg)

29 de julho (segunda)

Rafaela Silva (57 kg)

Daniel Carginin (73 kg)

30 de julho (terça)

Ketleyn Quadros (63 kg)

Guilherme Schimdt (81 kg)

31 de julho (quarta)

Rafael Macedo (90 kg)

1º de agosto (quinta)

Mayra Aguiar (78 kg)

Leonardo Gonçalves (110 kg)

2 de agosto (sexta)

Beatriz Souza (78 kg)

Rafael Silva (100 kg)

3 de agosto (sábado)

Equipes mistas (lutas qualificatórias a partir das 3h e finais às 11h)

Ginástica rítmica: Brasil é prata em última competição antes de Paris

A 12 dias da Olimpíada de Paris, a equipe brasileira de ginástica rítmica faturou a medalha de prata na disputa do conjunto geral da etapa da Copa do Mundo em Cluj-Napoca (Romênia), última competição antes da abertura dos Jogos. Quem também brilhou foi a curitibana Bárbara Domingos, classificada para as finais dos quatro aparelhos (bola, arco, maças e fita), programadas para ocorrer a partir das 8h (horário de Brasília) deste domingo (14).

Tem jeito não! As leoas tão ON DEMAIS!!! 🔛🦁
No dia ✌🏼 da Copa do Mundo de Cluj-Napoca, na Romênia 🇷🇴, a nossa Seleção de Conjunto
brilhou mais uma vez! Dessa vez foi com a série mista e sua ode ao Brasil! 🥳🎉💃🏻

A nota dessa série?! 34.100!!! 🔝🔝🔝
Que espetáculo! Será que… pic.twitter.com/EilQdldnPy

— Confederação Brasileira de Ginástica (@cbginastica) July 13, 2024

O conjunto brasileiro, que se autodenomina “Leoas”, é formado por Sofia Madeira, Déborah Medrado, Duda Arakaki, Nicole Pircio e Victória Borges. O quinteto somou 71.850 pontos, ficando atrás apenas da campeã Bulgária (73.650), uma das principais potências na modalidade. O bronze ficou com de Israel (71.000). A equipe brasileira volta a competir neste domingo (14) nas finais das séries.

“O Brasil chegou. É isso. Nós chegamos, estamos aqui, dissemos a que viemos. Muitíssimo importante esta medalha de prata no geral. E devo dizer que tivemos duas falhas graves, uma em cada série. Nos cinco arcos, perdemos o valor de uma colaboração, porque não foi realizada uma passagem de atleta por dentro do arco. Perdemos 0,80 aí. No misto, uma bola caiu no chão, e fomos penalizadas em 0,50. Tivemos nota alta no geral porque fizemos ajustes. Elevamos o grau de dificuldade na série de arcos. Colocamos na cabeça que, na Olimpíada, todos os adversários vão acertar tudo. E aí o que decidirá será o nível de dificuldade”, analisou Camila Ferezin, treinadora do conjunto brasileiro.

O sábado (13) também foi bom para Bárbara Domingos, a Babi, sexta colocada na fase classificatória da disputa individual, a melhor posição de uma brasileira na história da Copa do Mundo. Ao totalizar 133.100 pontos, Bárbara avançou às finais dos quatro aparelhos (bola, arco, maças e fita), programadas para ocorrer a partir das 8h (horário de Brasília) deste domingo (14).

“Ela já competiu com três boas séries e alguma falha num ou noutro aparelho”, disse Márcia Naves, treinadora de Babi. “O nosso trabalho foi feito com maestria e competência. Nos Jogos Olímpicos, não basta ser especialista em um aparelho. A ginasta deve ser completa e estável nos quatro. É isso que trabalhamos e é isso que mostramos aqui”, concluiu a técnica.

Futebol: seleção feminina entra em reta final de preparação para Paris

As 18 jogadoras convocadas pelo técnico Arthur Elias estão reunidas no Centro de Treinamento da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a Granja Comary, em Teresópolis (RJ), em preparação para a estreia nos Jogos Olímpicos de Paris. Além do grupo que vai disputar a Olimpíada, Arthur Elias chamou quatro suplentes, que poderão substituir atletas em casos de lesões, e outras oito jogadoras que vão vivenciar o período de concentração e auxiliar a comissão técnica nos treinos. 

O grupo finaliza o treinamento na próxima quarta-feira (17), data em que embarca para Bordeaux, cidade francesa que será a base da seleção durante os Jogos. 

Treino com o grupo completo! ✅
Foco total na preparação! ✅

E assim… seguimos! VAAAI, BRASIL! 💪🇧🇷 pic.twitter.com/FNKVLkQwMz

— Seleção Feminina de Futebol (@SelecaoFeminina) July 11, 2024

A apresentação das atletas na Granja Comary começou no último dia Desde o dia 4 e o grupo ficou completo seis dias depois com a chegada das jogadoras que atuam nos Estados Unidos, incluindo a rainha Marta, que disputará a sexta Olimpíada da carreira. 

Em entrevista à CBF TV, Marta disse que a alegria é em vestir a camisa da seleção é sempre mesma. A primeira vez que representou o Brasil em Jogos Olímpicos foi em 2004, na edição de Atenas.

“Na minha primeira [Olimpíada], eu tinha 18 anos e tudo era novo pra mim. Eu estava descobrindo sobre o futebol feminino brasileiro. Eu já atuava na Suécia, mas tinha pouca oportunidade de estar na Seleção, que jogava menos naquela época, os amistosos eram em menor número. Hoje, a bagagem é um pouco maior, com muito mais experiência, e isso faz com que a gente saiba da responsabilidade, mas com tranquilidade”, pontuou a jogadora premiada seis vezes melhor do mundo. 

O Brasil está no Grupo C do futebol feminino da Olimpíada,  ao lado de Nigéria, Japão e da atual campeã mundial Espanha. A seleção estreia no dia 25 de julho contra a Nigéria, no Estádio de Bordeaux. Três dias depois, o país enfrenta o Japão no Parque dos Princípes e no dia 31 de julho encara a Espanha, encerrando a fase de grupos, novamente no Estádio de Bordeaux. 

A atacante Gabi Portilho vive a expectativa de disputar a primeira Olimpíada na carreira. “Minha ficha não caiu ainda, acho que só vai cair quando chegar lá” disse a jogadora, que já trabalhou sob comando de Athur Elias quando ele treinava o time feminino do Corinthians – Fabio Souza/CBF/Direitos Reservados

A equipe convocada pelo técnico Arthur Elias mescla veteranas como Marta, Adriana e Tamires com atletas que representam a renovação da seleção, como Jheniffer, Tarciane e Gabi Portilho. Estreante em Olimpíadas, Gabi Portilho atacante do Corinthians, conhece o trabalho de Elia, com que já trabalhou no time feminino do Timão. Ele comandou As Brabas – apelido da equipe – até 2023 e possui trajetória vitoriosa. 

“Estou muito feliz. Minha ficha não caiu ainda, acho que só vai cair quando chegar lá. A gente está super bem. É um grupo forte. Independente de quantas atacantes tiverem a gente é uma só. Isso faz a diferença lá, todo mundo trabalhando junto, se dedicando. Acho que a gente vai surpreender”, afirmou Portilho.

Brasil fecha delegação para Paris 2024 com inédita maioria de mulheres

O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) fechou a lista de atletas que representarão o país nos Jogos de Paris, que começam daqui a 15 dias. E pela primeira vez na história, a presença feminina superou a masculina. Do total de 277 atletas classificados, 55% são mulheres, 8% a mais que o registrado na última edição dos Jogos, em Tóquio.

Entre os fatores que contribuíram para mais atletas mulheres em Paris está a classificação em esportes coletivos, que detêm o maior número de vagas. As brasileiras disputarão as competições de futebol, vôlei, handebol e rugby. Já os homens só asseguram presença no vôlei e no basquete.

Com a ascensão de atletas brasileiras também aumenta a expectativa por conquista de mais medalhas que os homens. Além disso, grandes nomes do esporte nacional são mulheres que despontam como favoritas ao pódio, como Rebeca Andrade (ginástica artística), Beatriz Ferreira (boxe), Rayssa Leal (skate street), Ana Marcela Cunha (maratona aquática) e a dupla Ana Patrícia/Duda (vôlei de praia).

“Existe sim uma chance real de termos mais medalhistas mulheres do que homens pela primeira vez em Jogos Olímpicos. No Pan de Santiago já tivemos mais medalhas de mulheres, foi a primeira vez em um evento multiesportivo que isso aconteceu. E a chance de acontecer isso em Paris também é grande, porque temos mais mulheres na delegação e temos muitas delas com histórico recente de grandes desempenhos em nível internacional”, analisou  Rogério Sampaio, diretor-geral do COB e chefe da Missão Paris 2024.

Vila Olímpica

A equipe da ginástica artística será a primeira do Time Brasil a entrar na Vila Olímpica, no bairro de Saint Denis, subúrbio parisiense, às margens do Rio Sena. A chegada dos atletas brasileiros em Paris está prevista para a próxima quinta-feira (18).

Modalidades com brasileiros

O Brasil competirá em 39 modalidades, entre elas o judô, que mais vezes subiu ao pódio olímpico. Foram ao todo 24 medalhas (quatro ouros, três pratas e sete bronzes). Vela e atletismo aparecem em segundo lugar, com 19 medalhas cada. Confira a lista completa de modalidades com presença brasileira.

Confederação de Atletismo confirma 43 atletas do Brasil em Paris 2024

A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) anunciou a lista dos 43 atletas do país classificados à Olimpíada de Paris – 19 mulheres e 24 homens. Quinze atletas – entre eles Alison do Santos, número 2 do mundo nos 400 metros com barreiras – garantiram presença em Paris ao conseguirem o índice olímpico, mas a maioria carimbou o passaporte por meio de pontuação no ranking mundial da World Athletics (federação internacional da modalidade). A janela de pontuação chegou ao fim em 30 de junho. Confira a lista completa ao fim do texto. 

De acordo com Wlamir Motta Campos, presidente da CBAt, o Brasil pode contar ainda com outros três atletas que ficaram fora da lista de convocados em razão de exigências da World Athletics, relacionadas a realização dos testes antidoping. São eles: Max Batista (marcha atlética), Lívia Avancini (arremesso de peso) e Igor Gabriel Soares (revezamento 4x 100m). Segundo Campos, o trio fez ao menos três testes nos últimos meses, a contar de setembro de 2023, no período de 21 dias. No entanto, a World Athletics afirma que o período de 21 dias não teria sido respeitado, razão que inviabiliza a convocação do trio.

“A CBAt recorreu à World Athletics para que esses atletas estivessem elegíveis, para que pudéssemos fazer a convocação hoje, mas houve uma negativa. Então nós iremos recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS), na Suíça, vamos às últimas consequências para assegurar a participação desses atletas”, garantiu o dirigente.

Além de Alison dos Santos – invicto nesta temporada no ranking da Diamond League (circuito mundial) dos 400m com barreiras – o Brasil também tem chances de subir ao pódio olímpico na prova da marcha atlética (Caio Bonfim, Érica Sena e Viviane Lyra) e com Darlan Romani (arremesso de peso).

Até o momento, o Brasil totaliza 278 atletas confirmados nos Jogos de Paris, com abertura em 26 de julho. As provas de atletismo ocorrerão no período de 1º a 11 de agosto. 

Convocados

Equipe feminina

Vitória Rosa – 100m rasos
Ana Azevedo – 100m e 200m rasos
Lorraine Martins – 200m rasos
Tiffany Marinho – 400m rasos
Flávia Lima – 800m rasos
Chayenne Pereira da Silva – 400m com barreiras
Tatiane Raquel – 3000m com obstáculos
Valdileia Martins – salto em altura
Juliana Campos – salto com vara
Eliane Martins – salto em distância
Lissandra Campos – salto em distância
Gabriele Sousa – salto triplo
Ana Caroline da Silva – arremesso de peso
Izabela Rodrigues da Silva – lançamento de disco
Andressa Morais – lançamento de disco
Jucilene Lima – lançamento de dardo
Érica Sena – 20km marcha atlética
Gabriela Muniz – 20km marcha atlética
Viviane Lyra – 20km marcha atlética e revezamento misto

Equipe masculina

Felipe Bardi – 100m rasos e revezamento 4x100m
Erik Cardoso – 100m rasos e revezamento 4x100m
Paulo André Camilo – 100m rasos e revezamento 4x100m
Gabriel Garcia – revezamento 4x100m
Renan Gallina – 200m rasos e revezamento 4x100m
Matheus Lima – 400m rasos, 400m com barreiras e revezamento 4x400m
Lucas Carvalho – 400m rasos e 4x400m
Lucas Vilar – revezamento 4x400m
Jadson Lima – revezamento 4x400m
Douglas Hernandes – revezamento 4x400m
Rafael Pereira – 110m com barreiras
Eduardo de Deus – 110m com barreiras
Alison dos Santos – 400m com barreiras e revezamento 4x400m
Fernando Ferreira – salto em altura
Lucas Marcelino dos Santos – salto em distância
Almir Júnior – salto triplo
Darlan Romani – arremesso de peso
Wellington Morais – arremesso de peso
Luiz da Silva – lançamento de dardo
Pedro Henrique Rodrigues – lançamento de dardo
Caio Bonfim – 20km marcha atlética e revezamento misto
Matheus Correa – 20km marcha atlética
Daniel Nascimento – maratona
José Ferreira Santana – decatlo

Definidos os 12 convocados da seleção masculina de vôlei para Paris

A seleção brasileira masculina de vôlei foi convocada para a Olimpíada de Paris, com 12 jogadores, cinco deles estreantes em Jogos. O anúncio feito nominalmente nas redes sociais pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) no domingo (7).  Os debutantes em Olimpíadas chamados pelo técnico Bernardinho são os irmãos Alan e Darlan, Adriano, Flávio e Lukas Bergmann. Entre os experientes estão o levantador Bruninho, Lucão e Lucarelli, trio que faturou o ouro na edição Rio 2016. Confira a lista completa ao final do texto.

“A gente tem uma seleção muito forte, com muitos jogadores bons. Se a gente conseguir chegar coeso e um time bem organizado, temos grandes chances”, projetou Lucarelli, em entrevista ao portal olympics.com

Seleção masculina escalada! 🏐

Confira a lista final dos atletas que vão defender o #TimeBrasil nos Jogos Olímpicos #Paris2024! 🇫🇷

Vamos pra cima! 💪🏽🔥 pic.twitter.com/4CkMxCqt4O

— Time Brasil (@timebrasil) July 8, 2024

O técnico Bernardinho também chamou o ponteiro Honorato, atleta extra que entrará na seleção caso algum dos 12 convocados se lesione ao longo do torneio.  A regra do 13º jogador foi implementada nesta edição dos Jogos, e vale para todas as 12 equipes classificadas à Paris.

A estreia do Brasil na fase de grupos dos Jogos será contra a Itália, às 8h (horário de Brasília) de 27 de julho (um sábado). Quatro dias depois, numa quarta-feira, a seleção encara Polônia às 4h e, faz o último jogo da primeira fase contra o Egito, em 2 de agosto (sexta-feira), enfrenta o Egito às 8h do dia 2 de agosto (sexta-feira).

O Brasil busca o tetracampeonato olímpico em Paris. A seleção masculina conquistou o ouro nas edições de Barcelona (1992), Atenas (2004) e na Rio 2016.  Na edição de Pequim (2008), a seleção foi até a final, mas foi superada pelos Estados Unidos, e amealhou a primeira prata. A segunda viria quatro anos depois, quando o país tropeçou diante da Rússia na decisão do ouro. Na última edição dos Jogos (Tóquio 2020), a seleção terminou na quarta posição, após perder a disputa do bronze para a Argentina.

Convocados

Bruninho – levantador

Cachopa – levantador

Adriano – ponteiro

Leal – ponteiro

Lucarelli – ponteiro

Lukas Bergmann – ponteiro

Alan – oposto

Darlan – oposto

Flávio – central

Isac – central

Lucão – central

Thales – líbero

13º convoado – Honorato (ponteiro)

Brasil vence Letônia e se classifica para Paris 2024 no basquete

Na hora H, a seleção brasileira masculina de basquete encontrou a consistência que procurou durante todo o torneio Pré-Olímpico. Na grande final, diante dos donos da casa da Letônia, em Riga, o Brasil teve uma atuação quase perfeita, com ótima performance do início ao fim e venceu por 94 a 69. Com o triunfo, a equipe comandada por Aleksandar Petrovic está classificada para os Jogos de Paris.

A tônica da seleção durante os três primeiros duelos foi a mesma: sair atrás no placar e ter que buscar a reação no segundo tempo. Na grande decisão, o Brasil inverteu o script e teve uma atuação impressionante no início do jogo. Os dez primeiros minutos foram um recital brasileiro.

Além da defesa intensa que não deixou a seleção da casa confortável em nenhum momento para arremessar, o Brasil teve uma performance literalmente perfeita da linha dos três pontos. Foram oito arremessos convertidos em oito tentativas, com variados graus de dificuldade. O ponto de exclamação foi o último destes oito, convertido por Bruno Caboclo no estouro do cronômetro de antes do meio da quadra.

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— FIBA (@FIBA) July 7, 2024

O segundo quarto viu um esboço de reação da Letônia, que foi para o intervalo perdendo por 16 pontos (49 a 33). No entanto, na volta dos vestiários, o Brasil mostrou novamente que estava inspirado, com ênfase na defesa. Sufocando os adversários, a vantagem foi subindo novamente até terminar em 26 pontos (72 a 46).

O último quarto, que prometia tensão, viu o Brasil aguentando os golpes da Letônia, que aumentou a intensidade e cometeu algumas faltas duras. O triunfo e consequentemente a vaga olímpica nunca estiveram ameaçados. Time e torcida da casa entregaram os pontos nos minutos finais.

Os destaques do Brasil foram, mais uma vez, Bruno Caboclo (21 pontos), Léo Meindl (20 pontos e nove rebotes) e Georginho (14 pontos e cinco assistências). Gui Santos, com 12 pontos, sete rebotes e excelente performance defensiva, também chamou a atenção.

Classificado, o Brasil cai numa chave difícil na Olimpíada de Paris, com França, Alemanha (atual campeã do mundo) e Japão. A estreia será contra a seleção da casa, do fenômeno Victor Wembanyama, no dia 27 de julho.

Seleção de ginástica rítmica é convocada para Jogos Olímpicos de Paris

A Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) anunciou nesta sexta-feira (5) a lista de atletas convocadas para participar da Olimpíada de Paris na ginástica rítmica. Juntando conjunto e individual, com titulares e reservas, são 11 ginastas. Depois de um ciclo em que subiu de patamar, conquistando pódios em diversos eventos internacionais, a equipe vai em busca de uma inédita medalha olímpica na França.

As titulares do conjunto brasileiro serão: Débora Medrado, Maria Eduarda Arakaki, Nicole Pircio, Sofia Madeira e Victória Borges. A equipe comandada por Camila Ferezin e Bruna Rosa terá ainda as reservas Mariana Pinto, Giovanna Silva, Gabriella Coradine e Bárbara Urquiza.

Na prova individual, a titular brasileira será Bárbara Domingos, com Maria Eduarda Alexandre como suplente. A técnica é Márcia Naves.

A equipe já viaja para a Europa neste sábado. O próximo compromisso, que serve de preparação para os jogos, será na etapa romena da Copa do Mundo da modalidade, em Cluj-Napoca, entre 12 e 14 de julho.