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G20: Presidente do Paraguai recebe alta

O presidente do Paraguai, Santiago Peña (foto), recebeu alta na manhã desta terça-feira (19). Ele foi internado na noite de ontem no Hospital Samaritano Botafogo, na zona sul do Rio, após sentir dores no peito, durante a reunião de líderes do G20,no Museu de Arte Moderna (MAM), também na zona sul.  

No Hospital Samaritano, foi submetido a exames que afastaram problemas cardíacos ou qualquer doença grave.

“O hospital Samaritano Botafogo informa que o Sr. Santiago Peña, presidente do Paraguai, deu entrada no início da noite de ontem (18/11), quando foram realizados exames e descartadas doenças do coração ou qualquer outra patologia grave”, informou – em nota – a unidade hospitalar.

Acrescentou que Santiago foi observado pela equipe médica ao longo da noite e mostrou indicadores estáveis, o que resultou na alta.

Indicadores estáveis

“O presidente passou a noite em observação, apresentando sono tranquilo e com todos os indicadores estáveis. O chefe de Estado recebeu alta hospitalar no início da manhã, com orientações médicas, sendo liberado para dar continuidade em sua agenda. A instituição segue à disposição”, concluiu a equipe médica do Hospital Samaritano Botafogo.

Em nota divulgada na noite de ontem, o Samaritano informou que o presidente paraguaio se sentiu mal no período da tarde, com dores no peito e indisposição e, por segurança, fez exames de diagnósticos na unidade hospitalar. Antes de seguir para o hospital, Peña chegou a ser medicado por uma equipe no MAM.

“O chefe de Estado passa bem e seu estado de saúde atual é estável”, indicou a nota de ontem.

Presidente do Paraguai passa mal durante cúpula do G20 e é internado

O presidente do Paraguai, Santiago Peña, de 46 anos, foi hospitalizado na noite desta segunda-feira, (18), no Hospital Samaritano, em Botafogo, zona sul do Rio..

Ele participa da Cúpula do G20, que ocorre no Museu de Arte Moderna (MAM), na zona sul do Rio de Janeiro e vai até esta terça-feira (19).

Em nota, o hospital Samaritano Botafogo informa que o presidente do Paraguai, Santiago Peña, deu entrada na unidade na noite de segunda. Ele se sentiu mal no período da tarde, com dores no peito e indisposição e, por segurança, foi fazer exames de diagnósticos na unidade hospitalar.

“O chefe de Estado passa bem e seu estado de saúde atual é estável”. Peña deve passar por uma bateria de exames clínicos.

Ele chegou a ser medicado por uma equipe no MAM e, em seguida, foi levado ao hospital Samaritano.

 

Rio Paraguai registra mínima histórica em ano mais seco no Pantanal

O Rio Paraguai chegou ao seu nível mais baixo já medido, segundo o Serviço Geológico Brasileiro (SGB), atingindo a marca de 62 centímetros abaixo da cota de referência. A série de medições foi iniciada pela Marinha em 1900, no posto de Ladário, junto à cidade de Corumbá (MS), na fronteira com Porto Quijarro (Bolívia). A mínima anterior, registrada em 1964, foi de 61 centímetros abaixo da cota.

A cota padrão é de 5 metros (m) de profundidade média, segundo o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), que já havia feito um alerta sobre o menor nível histórico do rio na última quarta-feira (9), a partir de medições próprias. A estação serve como referência para a Marinha na análise das condições para navegação e definição de medidas de restrições.

O Rio Paraguai corre pelos estados de Mato Grosso, onde nasce, e Mato Grosso do Sul, de onde segue para o Paraguai e a Argentina. Suas nascentes são alimentadas por águas que vêm da Amazônia, como as do Rio Negro. A região também passa por seca histórica. Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA) a Região Hidrográfica Paraguai ocupa 4,3% do território brasileiro, abrangendo parte dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o que inclui a maior parte do Pantanal mato-grossense, a maior área úmida contínua do planeta.

Para o SGB, a situação era esperada desde fevereiro, quando os pesquisadores alertaram sobre a possibilidade de se chegar a uma mínima histórica na região. “Essa seca vem sendo observada em razão das chuvas abaixo do normal durante toda estação chuvosa, desde outubro de 2023. Por isso, temos alertado sobre esse processo que se desenhava na bacia”, explica o pesquisador Marcus Suassuna na nota da instituição.

Segundo o Imasul, a queda no nível do Paraguai tem implicações diretas para a economia e para o meio ambiente, afetando turismo e pesca, além do abastecimento de comunidades ribeirinhas. ˜Especialistas associam essa redução drástica à variabilidade climática e à escassez de chuvas na bacia hidrográfica. O Pantanal, um dos biomas mais frágeis e importantes do planeta, está particularmente vulnerável a essas mudanças, que afetam tanto a biodiversidade quanto as comunidades humanas”, destaca o instituto em nota.

Recuperação lenta

De acordo com as projeções do SGB, a recuperação dos níveis na Bacia do Rio Paraguai será lenta. O nível em Ladário (MS) deve ficar abaixo da cota até a segunda quinzena de novembro. “Observamos que o ritmo de descida do rio tem diminuído consideravelmente e estava estabilizado desde a última segunda-feira (7) em razão dessas primeiras chuvas da estação chuvosa. As precipitações devem continuar, mas não em ritmo muito forte que vá contribuir para subidas rápidas neste trecho e em toda a bacia”, analisa Suassuna na nota.

A década tem sido marcada por estações chuvosas insuficientes para a recuperação das reservas. Segundo o SGB, durante a estação chuvosa iniciada em outubro de 2023, foi registrado um déficit acumulado de 395 (milímetros) mm de chuvas. O total estimado foi de 702 mm, enquanto a média esperada seria de 1.097 mm. Na década, considerando o acumulado de 2020 a 2024, o déficit foi de aproximadamente 1.020 mm, valor equivalente ao total de um ano hidrológico.

Ainda segundo o relatório do SGB, na última semana, a Bacia do Rio Paraguai registrou um volume de chuvas de 3 mm. Os rios da região apresentam níveis abaixo do normal para este período do ano, com exceção do Rio Cuiabá, que apresenta nível dentro do esperado. A situação do Rio Cuiabá, porém, deve-se à regularização das vazões ocasionada pela operação da Usina Hidrelétrica de Manso.

Em Barra do Bugres e Porto Murtinho, o Rio Paraguai alcançou o nível mais baixo do histórico de toda a série de monitoramento das estações. O estudo explica que as projeções utilizadas indicam acumulados de chuva de 27 mm nas próximas semanas, levando ao início da recuperação dos níveis em Cáceres, Ladário, Forte Coimbra e Porto Murtinho, além da estabilização em outros locais.

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), considerando a estimativa para a Energia Natural Afluente (ENA), a Região Sul deve atingir com 86% da Média de Longo Termo (MLT). A medida indica a capacidade dos sistemas hidrelétricos de geração. Para as demais regiões, os índices são os seguintes: Norte, com 49% da MLT; Sudeste/Centro-Oeste, com 45%; e Nordeste, com 34%. 

Riscos à navegação

A Marinha mantém uma série de alertas para o Rio Paraguai, boa parte indicando piora nas condições de navegação. Em um deles, afirma a necessidade de precaução de segurança. “Em virtude do rígido regime de seca observado no Rio Paraguai e o consequente afloramento de bancos de areia e rochas, os navegantes devem redobrar a atenção, fazendo uso da carta náutica em vigor, atentando para o balizamento e mantendo uma velocidade segura.”

Além disso, antes de iniciar a navegação, devem consultar o boletim diário de avisos-rádio náuticos disponível no site do Centro de Hidrografia e Navegação do Oeste, a fim de verificar a diferença entre o nível do rio e o nível de referência da carta náutica (nr), eventuais alterações no balizamento e outros avisos para segurança do navegante.

A região tem trânsito constante de barcos desde ao menos o século 18, estabelecendo importante corredor de integração com os países vizinhos. Hoje é uma das seis hidrovias cuja licitação para concessão à iniciativa privada está estabelecida como prioridade pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), junto com as hidrovias Madeira, Tapajós, Tocantins, Lagoa Mirim e Barra Norte. O projeto visa acelerar o transporte de cargas, especialmente de produção agrícola e mineral, para beneficiamento e exportação, o que deve favorecer o aumento da exploração desses itens na região, atividades que levam ao aumento do consumo de água.

Eliminatórias: Brasil joga mal e perde para o Paraguai por 1 a 0

Em uma partida na qual mostrou muito pouco, a seleção brasileira foi derrotada por 1 a 0, na noite desta terça-feira (10) no estádio Defensores del Chaco, em Assunção, em confronto válido pela 8ª rodada das Eliminatórias para Copa do Mundo de 2026. A Rádio Nacional transmitiu o jogo ao vivo.

Após este revés, o Brasil caiu para a 5ª posição da classificação com 10 pontos. A liderança continua com a Argentina (com 18 pontos), que foi derrotada pela Colômbia (2ª colocada com 16 pontos) por 2 a 1 nesta quarta.

Como forma de melhorar a performance de sua equipe, o técnico Dorival Júnior realizou uma mudança na escalação inicial, com a entrada de Endrick, no comando de ataque, no lugar de Luiz Henrique. No entanto, esta modificação não foi suficiente.

O Brasil atuou muito mal no primeiro tempo, diante de um Paraguai que apostou na força física e que não ofereceu oportunidades à equipe brasileira. Assim, o time de Dorival pouco criou e viu os donos da casa abrirem o placar aos 18 minutos, com o volante Diego Gómez acertando um belo gol de três dedos, da entrada da área, que superou o goleiro Alisson.

Após o intervalo o técnico Dorival Júnior realizou algumas mudanças que elevaram um pouco o nível de atuação da seleção brasileira. Mas, fora bons lances de Luiz Henrique e de João Pedro, o Brasil pouco criou e acabou derrotado.

Com Endrick titular, Brasil enfrenta o Paraguai pelas Eliminatórias

A seleção brasileira tem mais um compromisso pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. Desta vez o compromisso será diante do Paraguai, a partir das 21h30 (horário de Brasília) desta terça-feira (10) no estádio Defensores del Chaco, em Assunção. A Rádio Nacional transmite a partida ao vivo.

Ocupando a 4ª posição da classificação com 10 pontos, a expectativa é que a equipe de Dorival Júnior não encontre dificuldades, mesmo fora de casa, diante de um adversário que goleou por 4 a 1 em junho, durante a disputa da última edição da Copa América, realizada nos Estados Unidos.

A expectativa é que o Brasil tenha uma atuação melhor do que a da última sexta-feira, oportunidade na qual bateu o Equador por 1 a 0 no estádio Couto Pereira, em Curitiba, graças a um gol do atacante Rodrygo. Para isto o técnico Dorival Júnior deve realizar uma mudança importante na escalação inicial, a entrada do centroavante Endrick no lugar do ponta Luiz Henrique.

Desta forma a seleção brasileira deve iniciar o confronto com a seguinte formação: Alisson; Danilo, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Guilherme Arana; André, Bruno Guimarães e Lucas Paquetá; Rodrygo, Endrick e Vinicius Júnior.

“Percebo uma evolução como equipe, não em qualidade de espetáculo. Como equipe, estamos fortes na retomada de bola, na volta depois da perda e em quando o adversário troca dois, três passes e esboça uma transição. Como equipe, acredito que tenhamos evoluído, faltam detalhes perto da área adversária, uma opção mais confiável, jogada individual, detalhes que são fundamentais”, declarou Dorival Júnior em entrevista coletiva concedida na última segunda-feira (9).

Transmissão da Rádio Nacional

A Rádio Nacional transmite Paraguai e Brasil com a narração de André Marques, comentários de Rodrigo Campos e reportagem de Bruno Mendes. Você acompanha o Show de Bola Nacional aqui:

Vinicius Júnior brilha e Brasil derrota Paraguai na Copa América

Comandado pelo atacante Vinicius Júnior, o Brasil derrotou o Paraguai por 4 a 1, na noite desta sexta-feira (28) no Allegiant Stadium, em Las Vegas (Estados Unidos), para ficar muito perto da classificação para as quartas de final da Copa América. Após este triunfo, a seleção brasileira ocupa a segunda posição do Grupo D com quatro pontos em duas partidas.

Exhibición brasileña en Las Vegas 🥵 pic.twitter.com/W342MGbhRb

— CONMEBOL Copa América™️ (@CopaAmerica) June 29, 2024

Após um empate sem gols com a Costa Rica na estreia no principal torneio de seleções organizado pela Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), a equipe comandada pelo técnico Dorival Júnior precisava de uma atuação que apagasse a impressão negativa na última partida. E ela veio diante dos paraguaios.

Após um início de jogo no qual tanto o Brasil como o Paraguai pouco criaram, a seleção brasileira tomou conta da partida e teve a oportunidade de abrir o marcador aos 31 minutos, quando o meio-campista Lucas Paquetá cobrou pênalti, mas para fora. A partir daí começou a brilhar a estrela de Vinicius Junior. Aos 34 minutos o atacante do Real Madrid (Espanha) iniciou boa troca de passes no ataque (com a participação de Rodrygo, Bruno Guimarães e Paquetá) que ele mesmo concretizou com finalização por baixo do goleiro Morínigo.

Cuando el talento empieza a florecer 🙌 pic.twitter.com/28DZeKVPte

— CONMEBOL Copa América™️ (@CopaAmerica) June 29, 2024

Com a vantagem no marcador, o Brasil tomou conta de vez do confronto, inclusive acertando uma bola no travessão com Bruno Guimarães, mas o placar só voltou a ser alterado aos 42 minutos, quando Savinho aproveitou sobra de bola na pequena área, após grande jogada de Rodrygo, para marcar o segundo da seleção brasileira na partida. Mas ainda deu tempo para mais, e aos 49 Vinicius Junior aproveitou indecisão da defesa paraguaia para finalizar de primeira para superar novamente Morínigo.

Após o intervalo o Paraguai ainda ensaiou uma reação, quando o zagueiro Alderete acertou chute muito forte da entrada da área aos três minutos para superar Alisson. Mas o Brasil logo retomou o controle das ações e deu números finais ao placar aos 19 minutos com gol em cobrança de pênalti de Lucas Paquetá.

Colômbia vence

Em partida disputada mais cedo nesta sexta, a Colômbia garantiu de forma antecipada a presença nas quartas de final da competição após derrotar a Costa Rica por 3 a 0 no estádio State Farm, localizado em Glendale (Arizona). Com este resultado os Cafeteros mantêm 100% de aproveitamento, liderando o Grupo D com seis pontos.

Colombia va por todo 💪 pic.twitter.com/DGZnyUcNvp

— CONMEBOL Copa América™️ (@CopaAmerica) June 28, 2024

A vitória da Colômbia, que será a última adversária do Brasil na primeira fase da Copa América – a partir das 22h (horário de Brasília) da próxima terça-feira (2) no Levi´s Stadium, em Santa Clara, Califórnia -, foi construída com gols do zagueiro Davinson Sánchez e dos atacantes Luis Díaz e Córdoba.

Brasil enfrenta Paraguai em busca da primeira vitória na Copa América

O Brasil enfrenta o Paraguai, a partir das 22h (horário de Brasília) desta sexta-feira (28) no Allegiant Stadium, em Las Vegas (Estados Unidos), pela segunda rodada do Grupo D da Copa América. Nesta partida, a equipe comandada pelo técnico Dorival Júnior busca a primeira vitória na competição.

Depois de empatar sem gols com a Costa Rica na estreia no principal torneio de seleções organizado pela Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), a seleção brasileira divide com os costarriquenhos a vice-liderança da chave com apenas um ponto. A liderança é ocupada pela Colômbia, que derrotou o Paraguai por 2 a 1 para somar seus três primeiros pontos.

Em entrevista coletiva realizada na última quinta-feira (27), o técnico Dorival Júnior afirmou que uma explicação para a baixa performance diante da Costa Rica pode ser o atual momento da seleção brasileira, de estabelecimento de um novo modelo de jogo: “O que gostaria de colocar é que temos que tentar entender tudo o que vem acontecendo com a seleção nos últimos tempos. É um momento de mudança, de transição. Não se faz uma equipe de um dia para o outro, ainda que tenhamos aqui jogadores que já tenham tido uma vivência, uma experiência dentro da seleção. Nós temos grandes jogadores nesse grupo, que têm que ter um tempo para encontrar uma maturação e, acima de tudo, um equilíbrio dentro da carreira que já se mostra brilhante para muitos deles. É um processo natural”.

BORA, BRASIL! 🇧🇷

PRIMEIRO DIA DE TREINO EM LAS VEGAS! 🔥 pic.twitter.com/1P3tnmf5yX

— CBF Futebol (@CBF_Futebol) June 27, 2024

Porém, o comandante do Brasil afirmou também que é necessário manter a tranquilidade mesmo com o empate na estreia da Copa América: “Agora é só ter tranquilidade, equilíbrio e confiança naquilo que se realiza. Se, a cada partida, gerarmos dúvidas em relação a tudo aquilo que está sendo feito, você acaba não saindo do lugar. Acho que estou nesse mundo aí já há algum tempo, com uma vivência suficiente, para poder entender tudo aquilo que se faz e aquilo que nós estamos fazendo. Para o bem da seleção brasileira”.

Apesar do empate na estreia, o técnico Dorival Júnior deu pistas, no decorrer da entrevista, que não deve deve fazer mudanças na equipe titular. Com isso o Brasil deve iniciar o confronto com: Alisson; Danilo, Éder Militão, Marquinhos e Guilherme Arana; João Gomes, Bruno Guimarães e Lucas Paquetá; Vinicius Júnior, Raphinha e Rodrygo.

Paraguai e Itália enviam ajuda humanitária para o Rio Grande do Sul

O governo do Paraguai enviou nessa quarta-feira (29), pela Ponte da Amizade, 40 caminhões com itens de ajuda humanitária para os afetados pela tragédia climática que atinge o Rio Grande do Sul. O governo da Itália também enviou ajuda, por meio de um avião de carga que pousou na Base Aérea de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre.

Do Paraguai foram enviados itens como água mineral, colchões e material de limpeza, entre outros. Em sua conta na rede social X, o presidente paraguaio, Santiago Peña, prestou solidariedade aos gaúchos. “Estamos com o Brasil, porque nos une uma forte amizade e porque quando estamos unidos não há adversidade que não possamos enfrentar juntos”, escreveu.

Da Itália, vieram 30 toneladas de itens, incluindo medicamentos e suprimentos médicos suficientes para atender 100 mil pessoas por três meses, tendas capazes de abrigar 4,5 mil pessoas e cinco geradores com capacidade para 60 kVA/h.

A aeronave B-767 que veio da Itália trouxe ainda dois potabilizadores de água capazes de produzir 64 mil litros de água potável por dia e quatro tanques com capacidade de 10 mil litros. A viagem foi organizada pelo Ministério das Relações Exteriores italiano em parceria como o Programa Alimentar Mundial da Organização das Nações Unidas. A chegada do avião foi acompanhada pelo embaixador da Itália no Brasil, Alessandro Cortese.

De acordo com o balanço mais recente da Defesa Civil gaúcha, um mês após o início das fortes chuvas e enchentes que atingem o estado, há ainda mais de 580 mil pessoas desalojadas, além de 45.126 em abrigos temporários.

Erva-mate: o chá indígena da América do Sul, do Paraguai à Síria

Chá mate

21 de maio de 2024

 

Onde quer que você vá na Argentina ou no Uruguai, você verá pessoas envolvidas em um ritual antigo e muito querido: beber uma infusão quente e levemente amarga de folhas cafeinadas de uma cabaça seca através de um canudo de metal filtrado, antes de passar a cabaça para seus amigos. compartilhar. É a erva-mate, o chá indígena da América do Sul com uma longa e célebre história.

“Yerba mate” é o nome comum de Ilex paraguariensis, um arbusto nativo da América do Sul cujas folhas secas e curadas são fermentadas em água quente para produzir uma bebida popular com cafeína chamada mate. Há muito consumido pelos povos indígenas Guarani e Tupi do que hoje é o Paraguai, o mate se espalhou rapidamente pela América do Sul durante o Império Espanhol. Hoje, o mate é a bebida preferida do Paraguai, Argentina e Uruguai, além de partes do Chile, Brasil, Bolívia e até do Oriente Médio. Mas de onde se originou esta infusão sul-americana e como ela cativou tantos milhões de consumidores diários em todo o mundo?

Os primeiros povos conhecidos a cultivar e beber mate foram os povos guaranis do Paraguai pré-colombiano. Embora seu consumo fosse limitado a algumas regiões do Paraguai, o mate era pelo menos conhecido por outras comunidades indígenas da América do Sul. Embora o termo “erva” venha do espanhol, que significa “erva”, o termo “mate” deriva da palavra quíchua “mati”, referindo-se às cabaças de cabaça secas nas quais o mate é tradicionalmente servido. Vestígios de erva-mate encontrados em uma tumba quíchua perto de Lima sugerem que o mate pode ter tido prestígio longe de seu coração paraguaio, talvez devido às suas conotações medicinais e aplicações rituais. A etimologia quíchua também explica por que até hoje tanto a bebida quanto o recipiente em que é servida são conhecidos como “mate”.

Quando os colonizadores espanhóis chegaram ao Cone Sul – atuais Paraguai, Uruguai, Argentina e Chile – em meados do século XVI, logo encontraram as folhas cafeinadas sendo consumidas em grandes quantidades por diversas populações indígenas. No final do século XVI, o mate já era popular entre os espanhóis na região de Assunção, a eventual capital do Paraguai. O mate era tão popular em 1596 que um oficial espanhol em Assunção alegou que os espanhóis viciados em mate vendiam seus bens ou se endividavam para obter a preciosa erva. O governo colonial tentou brevemente controlar o comércio de mate na crença de que beber mate era um hábito perigoso – uma crença tingida de racismo com base nas suas origens indígenas. Mesmo assim, no início do século XVII a sua popularidade era tal que começou a espalhar-se por outros cantos do Império Espanhol. Durante algum tempo, a erva-mate foi uma mercadoria importante em cidades coloniais distantes de onde é comumente consumida hoje, como no Peru e no Equador.

Um dos capítulos mais importantes da história do mate ocorreu com a chegada da Ordem dos Jesuítas ao Paraguai no início do século XVII. Os Jesuítas, uma ordem sacerdotal católica, atuaram como uma força de vanguarda do colonialismo nas periferias do Império Espanhol. No Paraguai, estabeleceram uma série de assentamentos missionários, ou “reduções”, caracterizados pela autonomia política e económica da coroa espanhola. Como as reduções jesuítas precisavam estabelecer uma base econômica independente e a erva-mate era o produto mais valioso do Paraguai, muitos assentamentos se voltaram para o cultivo da erva-mate. Inicialmente, eles seguiram o método tradicional de envio de colheitadeiras indígenas por longas distâncias para colher folhas em povoamentos silvestres. No entanto, isto era dispendioso, demorado e perigoso, pelo que os jesuítas encontraram outra forma, tornando-se os primeiros a domesticar a planta – um feito que não se repetiu até ao século XIX, quando os jesuítas mantiveram os seus métodos em segredo. Em pouco tempo, os jesuítas detinham quase o monopólio da indústria colonial da erva-mate. O mate jesuíta acabou sendo tão barato e abundante que, na ausência de moedas de ouro, foi usado como moeda nas reduções.

Em 1767, a Ordem dos Jesuítas foi suprimida no Império Espanhol e as reduções paraguaias, juntamente com o seu monopólio de mate, entraram em declínio. Mesmo assim, o Paraguai continuou a ser o centro da indústria do mate e o consumo da bebida continuou a expandir-se por toda a América do Sul colonial, chegando mesmo ao sul da Europa no final do século XVIII – embora nunca tenha rivalizado com a popularidade de outras culturas comerciais coloniais como o cacau, o chá, e café, as três bebidas com cafeína mais importantes da Europa moderna. O Paraguai só perdeu sua posição de destaque como maior produtor de erva-mate após a independência, quando Argentina e Brasil começaram a disputar o controle do mercado de erva-mate. Naquela época, a Argentina também tinha a maior população consumidora, fato inalterado até hoje, onde o mate é celebrado como a bebida nacional. A ruinosa Guerra do Paraguai de 1864-1870, que devastou demográfica e economicamente o Paraguai em sua luta contra as forças combinadas da Argentina, do Brasil e do Uruguai, diminuiu ainda mais a indústria da erva-mate paraguaia durante décadas.

No final do século XIX e início do século XX, o mate competia com outras bebidas como o café e o chá. No Chile, por exemplo, o consumo de mate acabou por dar lugar a estas últimas bebidas na maioria das regiões, deixando o Paraguai, a Argentina e o Uruguai como o centro do consumo de mate.

Contudo, numa interessante reviravolta do destino, o mercado do mate estava destinado à expansão para uma região inesperada: a região do Levante no Médio Oriente, nomeadamente o Líbano e a Síria. O mate foi introduzido lá por imigrantes sírios na Argentina, que o trouxeram consigo quando retornaram. Até hoje, continua a ser uma tradição local popular, especialmente entre os drusos, uma comunidade etnorreligiosa secreta que habita principalmente a Síria e o Líbano. A popularidade do mate entre os drusos fez do Levante a região com maior consumo de mate fora da América do Sul. Nos últimos anos, o mate também ganhou popularidade na América do Norte e na Europa na forma de extratos de mate com cafeína em bebidas energéticas e elixires de saúde, embora a sua preparação tradicional ainda seja desconhecida pelos consumidores.

Ao celebrarmos o Dia Internacional do Chá, reconhecendo o significado histórico, cultural e económico do chá em todo o mundo, lembremo-nos também da importância da infusão indígena da América do Sul para milhões de pessoas na região e fora dela. Desde suas origens guaranis até sua popularidade contemporânea em lugares tão distantes quanto o Levante e a América do Norte, o mate conquistou seu lugar como uma das grandes tradições de chá do mundo.

Fonte
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Bacia do Paraguai tem escassez hídrica declarada até outubro

A Bacia do Paraguai, que abrange parte dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, foi declarada nesta terça-feira (14) em situação crítica de escassez de recursos hídricos pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). A seca na região afeta de forma intensa o Pantanal, maior área úmida contínua do planeta, uma vez que 36% de seus rios estão localizados no bioma.

De acordo com nota divulgada pela ANA, a situação foi constatada por meio da comparação de dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e do Serviço Geológico do Brasil (SGB), que apontaram que Rio Paraguai atingiu em abril o nível mais baixo desde o início da série histórica, após reduções observadas nas estações de monitoramento, desde o início deste ano.

Uma resolução publicada no Diário Oficial da União permitirá a adoção de medidas preventivas, como o estabelecimento de regras para o uso da água nos reservatórios e a adoção de tarifas diferenciadas de contingência, que viabilizem a gestão dos recursos hídricos na região.

A medida possibilita a declaração de situação de calamidade ou emergência por seca nos municípios ou estados atingidos, com vigência até o dia 31 de outubro de 2024. O prazo pode ser prorrogado ou antecipado, conforme haja permanência ou mudança nas condições críticas de escassez de recursos da bacia.

De acordo com a agência, desde o dia 7 de maio, uma sala de crise foi instalada na região, com a participação de gestores estaduais, representantes de usuários e do setor hídrico para acompanhamento e tomada de decisões.