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Cristian Ribera chega ao terceiro ouro na Copa do Mundo de Para Ski

O brasileiro Cristian Ribera conquistou, nesta sexta-feira (20), a sua terceira medalha de ouro na Copa do Mundo de Para Ski Cross Country, que está sendo disputada em Vuokatti (Finlândia). A última vitória da equipe do Brasil foi na prova de mass start 10 km, completando o trajeto em 28min27s3.

O primeiro ouro de Ribera na competição disputada em Vuokatti veio, na última terça-feira (17), na prova de sprint masculino, na qual o brasileiro superou os chineses Liu Zixu e Liu Mengtao para ficar com a medalha de ouro.

Já a segunda conquista dourada do atleta do Brasil foi alcançada na última quinta-feira (19), desta vez na prova distance 10 km na categoria sitting. Em uma prova muito acirrada, Ribera completou o percurso em 30min59s3, dividindo a primeira colocação com o chinês Peng Zheng, que finalizou a distância com o mesmo tempo. O chinês Zhongwu Mao completou o pódio em terceiro lugar.

PF investiga grupo que comercializava ouro ilegal de terras indígenas

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (11), a Operação Flygold II. Visa combater organizações criminosas que teriam transportado ilegalmente ouro extraído de terras indígenas. Estima-se que mais de R$ 4 bilhões foram movimentados pelo grupo criminoso.

Entre as localidades de onde o ouro foi retirado está a Terra Indígena Munduruku, no Pará. Segundo os investigadores, o metal precioso tinha como destino tanto o exterior como estados brasileiros.

De acordo com a PF, 19 mandados de busca e apreensão e nove mandados de prisão estão sendo cumpridos em São Paulo, Pará, Paraná, Roraima, Amapá e Goiás. Mais de R$ 615 milhões, em bens e valores, foram apreendidos pelos policiais.

Ilegalidade

“Durante um ano de investigações, constatou-se que, aproximadamente, uma tonelada de ouro foi transportada de maneira ilegal, além da movimentação de mais de R$ 4 bilhões entre os envolvidos [no crime], incluindo pessoas interpostas e empresas fantasmas””, informou a Polícia Federal.

Ainda segundo os investigadores, os integrantes da organização criminosa recrutavam principalmente estrangeiros usados para despachar em voos  comerciais bagagens carregadas com ouro.

Estevão e Vic Albuquerque levam Bola de Ouro do Campeonato Brasileiro

O atacante do Palmeiras Estêvão e a meio-campista do Corinthians Vic Albuquerque conquistaram o Bola de Ouro, a mais importante categoria do prêmio Bola de Prata da ESPN, o principal do futebol nacional masculino e feminino. Estêvão, de 17 anos, foi contemplado pela primeira vez e se tonou o único jogador mais jovem do país a faturar o Bola de Ouro e, de quebra, ganhou também como revelação do Brasileirão masculino. Já Vic Albuquerque foi reconhecida por fazer história este ano ao completar o 100º gol com a camisa alvinegra, ganhando o título de maior artilheira do Timão feminino.  Confira todas as premiações ao final do texto.

O atacante do Verdão, que chegou ao clube com 14 anos, estreou como profissional na última rodada do Brasileirão de 2023, quando o time paulista confirmou o bicampeonato seguido. De lá para cá ele entrou em campo em 31 jogos, balançou a rede 13 vezes e prestou nove assistências em sua única temporada completa no futebol brasileiro. O jovem craque já foi negociado como Chelsea (Inglaterra), para onde será transferido em meados de 2025, assim que completar 18 anos.

Já Vic Albuquerque, apelidada pela torcida corintiana de “Mágica da Fiel” fez uma campanha impecável na Série A1 (primeira divisão) do Brasileiro Feminino, com 13 gols marcados e três assistências nos 20 jogos em que atuou. A camisa 17, decisiva em jogos mata-mata, marcou os dois gols da vitória Corinthians na final contra o São Paulo, que selou o pentacampeonato seguido das Brabas do Timão. A jogadora, que coleciona 16 títulos com o Timão, levou o Bola de Ouro pela terceira vez na carreira: a primeira foi em 2021 e a segunda no ano passado.  

O time feminino do Corinthians foi o que mais emplacou jogadoras – ao todo seis – no time ideal do Bola de Prata da ESPN, além do próprio técnico.  

Na escolha do time ideal masculino, o Botafogo, recém-campeão brasileiro, dominou a escalação cinco jogadores eleitos.

Premiação feminina

Prêmio Revelação

Leticia Monteiro (Internacional)

Artilheiras

Amanda Gutierrez (Palmeiras)

Gol mais bonito

Bia Menezes (São Paulo) – marcado em jogo contra o Corinthians (10ª rodada)

Bola de ouro

Vic Albuquerque (Corinthians)

Time ideal

Carlinha (São Paulo); Daniela Arias (Corinthians), Luana Sartório (Ferroviária), Tamires (Corinthians); Kati (Ferroviária); Vitória Yaya (Corinthians), Duda Sampaio (Corinthians); Micaelly (Ferroviária) Vic Albuquerque (Corinthians), Amanda Gutierrez (Palmeiras) e Gabi portilho (Corinthians) Técnico: Lucas Piccinato (Corinthians).

Premiação masculina

Prêmio Revelação

Estêvão (Palmeiras)

Artilheiros

Yuri Alberto (Corinthians) e Alerrandro (Vitória)

Gol mais bonito

Alerrandro (Vitória) – marcado no jogo contra o Cruzeiro (23ª rodada)

Bola de ouro

Estêvão (Palmeiras)

Time ideal

John (Botafogo); William (Cruzeiro), Bastos (Botafogo), Gustavo Gómez (Palmeiras) e Bernabei (Internacional); Marlon Freitas (Botafogo), Allan Patrick (Internacional) e Rodrigo Garro (Corinthians); Jefferson Savarino (Botafogo), Estêvão (Palmeiras) e Luiz Henrique (Botafogo). Técnico: Artur Jorge.

Filme “Ainda estou Aqui”  é indicado ao Globo de Ouro

Dirigido por Walter Salles, o longa Ainda estou Aqui  foi indicado ao prêmio Globo de Ouro de filme de língua estrangeira. A atriz Fernanda Torres também foi indicada a melhor atriz junto com Tilda Swinton, Kate Winslet, Angelina Jolie e Nicole Kidman.

Ainda estou Aqui narra a vida da família Paiva – a mãe, Eunice, e os cinco filhos – após o desaparecimento do marido de Eunice, o deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar.

O longa  é o filme escolhido pela Academia Brasileira de Cinema para ser o representante brasileiro a concorrer à indicação ao Oscar 2025. O filme foi recebido com comoção pelas plateias e premiado em vários festivais internacionais, levando o prêmio de melhor roteiro no festival de Veneza.

O filme é baseado no livro biográfico do jornalista Marcelo Rubens Paiva, filho caçula de Eunice e Rubens Paiva. Lançado em 2015, o livro conta a história da mãe dele, símbolo da luta contra a ditadura, que viveu até 2018, e morreu aos 86 anos, com Alzheimer.

Eunice Paiva criou os cinco filhos e se tornou advogada de direitos humanos e indígenas após a prisão e o desaparecimento do marido, em 1971, durante a ditadura, no Rio de Janeiro.

PF deflagra ação contra extração de ouro em terras indígenas no Pará

Policiais federais prenderam, nesta quinta-feira (28), em caráter preventivo, a dois servidores públicos e dois empresários suspeitos de participar de uma suposta organização criminosa dedicada a cometer crimes ambientais na região do Tapajós, no oeste do Pará.

Segundo os investigadores, empresários pagavam uma espécie de “mesada” para que os servidores públicos os ajudassem a extrair ouro de garimpos ilegais abertos em terras indígenas e áreas de reserva legal do estado.

“O dinheiro seria para que os servidores públicos facilitassem ou não reprimissem os crimes ambientais cometidos pelas empresas, além de atuarem na logística e segurança do ouro ilegal”, aponta a Superintendência da Polícia Federal no Pará, em nota.

Ao longo da investigação, os agentes federais reuniram indícios de que o ouro que parte dos investigados comercializou foi extraído ilegalmente do interior e do entorno da Terra Indígena Munduruku, uma das áreas da União destinadas ao usufruto exclusivo indígena mais devastadas por atividades ilícitas e que, no momento, é palco de uma operação federal para retirada dos não-indígenas.

Além dos quatro mandados judiciais de prisão, os policiais federais estão cumprindo 21 mandados de busca em Altamira, Itaituba e Santarém, além de Goiânia e Rio de Janeiro. O Poder Judiciário também autorizou o sequestro de bens e a aplicação de medidas cautelares, como o afastamento dos servidores de suas funções públicas. Ao menos oito carros de luxo foram apreendidos, além de joias, telefones celulares e uma quantia em dinheiro e ouro ainda não contabilizada.

PF prende suspeitos de ajudar garimpos ilegais. Foto: Polícia Federal/divulgação

Por razões legais, as identidades dos investigados e os órgãos para os quais trabalhavam não foram confirmados até a publicação desta reportagem. Segundo a PF, só um deles recebia R$ 4 mil mensais “para não embaraçar o negócio ilegal”. Outros dividiam R$ 10 mil mensais para se colocarem à disposição da suposta organização criminosa – da qual faz parte um empresário condenado anteriormente por tráfico de drogas, receptação, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação para o tráfico.

A Operação Cobiça, conforme foi batizada a ação deflagrada esta manhã, surgiu da Operação Ganância, que a PF realizou em Rondônia, em 2022, para apurar o desvio de recursos públicos federais na prestação de serviços de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aérea. Na atual operação, os crimes investigados são: lavagem de dinheiro, usurpação de bens da União e organização criminosa.

 

Espanhol Rodri supera Vinicius Júnior e conquista Bola de Ouro

O volante espanhol Rodri, do Manchester City (Inglaterra), conquistou a Bola de Ouro, que premia os melhores da temporada 2023/2024, nesta segunda-feira (28) em cerimônia realizada no Théâtre du Châtelet, em Paris (França). Já o brasileiro Vinicius Júnior, do Real Madrid (Espanha), acabou fincando em segundo na premiação, enquanto o inglês Jude Bellingham, também da equipe espanhola, garantiu a terceira posição.

HERE IS THE 2024 BALLON D’OR RANKING! #ballondor @ChampionsLeague pic.twitter.com/3aPyAe5yAr

— Ballon d’Or (@ballondor) October 28, 2024

Rodri, que conquistou o prêmio pela primeira vez, foi fundamental para ajudar sua equipe a conquistar o quarto título consecutivo do Campeonato Inglês. Além disso, ele foi eleito o melhor jogador da Eurocopa deste ano, após a Espanha conquistar seu quarto título, um recorde. O madrilenho de 28 anos é o primeiro meio-campista defensivo a ganhar a Bola de Ouro desde o alemão Lothar Matthaus em 1990 e o terceiro espanhol a garantir o prêmio, depois de Alfredo Di Stéfano (1957 e 1959) e Luis Suárez (1960).

Na votação, que conta apenas com votos de jornalistas esportivos, ele superou entre outros Vinicius Júnior, que aparecia com grande favoritismo após uma temporada 2023/2024 na qual marcou 24 gols e deu nove assistências em 39 partidas pelo Real Madrid, conquistando os títulos da Liga dos Campeões, do Campeonato Espanhol e da Supercopa da Espanha.

Entre as mulheres a honra de levar o troféu da Bola de Ouro para casa também ficou com uma atleta da Espanha, a meio-campista Aitana Bonmatí, que foi peça importante na conquista da Liga dos Campeões pelo Barcelona (Espanha) e da Copa do Mundo com o seu país.

Women’s Ballon d’Or! A @FCBfemeni business! 💙❤️#ballondor @UWCL @weuro2025 pic.twitter.com/DolFfvBbRr

— Ballon d’Or (@ballondor) October 28, 2024

Bola de Ouro

A Bola de Ouro é um prêmio dado pela revista France Football. Ele teve a sua primeira edição no ano de 1956. Inicialmente ele era entregue apenas a jogadores nascidos na Europa. Mas, a partir de 1995 atletas de fora da Europa que atuavam no Velho Continente também passaram a ser considerados na premiação.

Já em 2006 o leque de candidatos aumentou mais, passando a se considerar atletas que atuassem fora da Europa. O maior vencedor da história da Bola de Ouro é o craque argentino Lionel Messi, que já levou para casa oito desses troféus. O segundo maior vencedor é o português Cristiano Ronaldo, com cinco conquistas.

Apenas quatro jogadores nascidos no Brasil já receberam a honraria: Kaká (2007), Ronaldo (1997 e 2002), Rivaldo (1999) e Ronaldinho Gaúcho (2005).

*Com informações da agência de notícias Reuters.

Giulia Takahashi e Guilheme Teodoro são ouro no Pan de tênis de Mesa

Contrariando as expectativas, Giulia Takahashi e Guilherme Teodoro foram campeões nas duplas mistas do Pan-Americano de Tênis de mesa, em El Salvador, após vencerem de virada os experientes compatriotas, Hugo Calderano – número 6 do mundo – e Bruna Takahashi (19ª), irmã de Giulia. Após saírem atrás no placar, Guilherme (173º no ranking) e Giulia (92ª) travaram uma batalha acirrada para garantir a virada e a medalha de ouro, até vencerem por 3 sets a 2 (parciais de 5/11, 11/7, 11/9, 5/11 e 11/6). O casal Calderano e Bruna, namorados fora de quadra, ficaram com a prata. O Pan-Americano segue até domingo (20), com transmissão ao vivo no canal da Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF, na sigla em inglês).

DOBRADINHA BRASILEIRA E FINAL ELETRIZANTE🥇🥈

Na final 🇧🇷🆚🇧🇷, ouro 🥇 para Giulia Takahashi e Guilherme Teodoro, após vitória na final por 3️⃣ sets a 2️⃣

Na primeira competição desde a reestreia dos dois como dupla mista, Bruna Takahashi e Hugo Calderano ficam com a prata 🥈 pic.twitter.com/QvuHYt8cO8

— CBTM (@CBTM_TM) October 17, 2024

Logo mais, às 19h (horário de Brasília), Giulia pode arrematar seu segundo ouro na competição. Ela disputa a final das duplas femininas, ao lado de Laura Watanabe, contra as mexicanas Paulina Vega e Daniela Ortega.

Calderano e Ishiy fazem 2ª final 100% brasileira  

Na tarde desta quinta (17), Vitor Ishiy (78º no ranking) se classificou à final contra Calderano, que ocorre logo mais às 21h30. Ishiy derrotou na semi o compatriota Leonardo Iizuka (144º) por 4 sets a 0 (11/5, 11/8, 11/9 e 11/6). Pelo mesmo placar Calderano despachou o argentino Horacio Cifuentes (143º) com parciais de 11/7, 12/10, 11/6 e 11/9.

Bruna Takahashi também se garantiu na final de simples feminina, após vitória suada sobre a norte-americana Amy Wang (53ª no ranking mundial) por 4 sets a 3 (7/11, 12/14, 8/11, 11/6, 11/5, 12/10 e 11/6). A brasileira vai disputar o ouro contra a portorriquenha Adriana Diaz (13ª), que superou a irmã dela, Giulia, por 4 sets a 1 (11/8, 14/12, 11/3, 5/11 e 11/7).

Bronze nas duplas masculinas

Na noite de quarta (16), Guilherme Teodoro levou bronze com o parceiro Vitor Ishiy após derrota nas semifinais de duplas masculinas. Eles foram superados pelos argentinos Horacio Cifuentes e Santiago Lorenzo, por 3 sets a 1 (11/7, 11/5, 5/11 e 11/6). No tênis de mesa não há disputa da terceira posição no pódio: quem perde a semi assegura o bronze.

Maior fiscalização provoca queda de 84% na extração de ouro

O combate à extração ilegal e ao comércio ilegal de ouro no Brasil resultou em uma queda de 84% da produção de ouro registrada nos garimpos do país. Segundo o Instituto Escolhas, a diminuição na produção está relacionada às medidas de controle adotadas pelo governo brasileiro em 2023.

Entre as medidas citadas pelo instituto, está o uso obrigatório de notas fiscais eletrônicas para o comércio de ouro nos garimpos. “Até então, as notas fiscais eram em papel, preenchidas a mão, abrindo espaço para fraudes e dificultando o controle pelas autoridades”, diz o estudo.

Outra medida significativa para este resultado “imediato no mercado” foi o fim das transações de ouro em garimpos “com base na boa-fé dos envolvidos”. É o que mostra o estudo Ouro em Choque: Medidas que Abalaram o Mercado, divulgado esta semana pelo instituto.

“Prova disso é que, em 2022, os garimpos registraram uma produção de 31 toneladas de ouro. Em 2023, após as mudanças, o volume caiu para 17 toneladas, uma diminuição de 45%”, diz o estudo ao apresentar um balanço sobre o impacto das mudanças nas regras do comércio de ouro. Essa redução de 14 toneladas de ouro equivale a R$ 4,3 bilhões.

Em 2024, a queda já se mostra ainda mais acentuada. Entre janeiro e julho, o volume de produção dos garimpos é 84% menor do que o registrado no mesmo período em 2022.

O estudo mostra que mais de 70% dessa queda de produção do valioso metal ocorreu nos garimpos do Pará. Segundo o levantamento, a redução chegou a 57% (o que corresponde a 10 toneladas) no volume de ouro produzido entre 2022 e 2023 em solo paraense. Do total, a redução de 6 toneladas foi apenas em um município: Itaituba, no sudoeste do Pará.

“Entre janeiro e julho de 2024, o recuo na produção garimpeira do estado já é de 98% em comparação com o mesmo período de 2022”, acrescentou o instituto.

A pesquisa informa que, de acordo com os registros oficiais, o Brasil exportava, até 2022, mais ouro do que produzia – cerca de 7 toneladas a mais na média. “Esse número é um indício de ilegalidade no mercado, pois aponta para volumes de ouro, que, possivelmente, não eram registrados na produção oficial, mas chegaram aos mercados externos nos últimos anos”, diz o estudo.

“Em 2023, esse padrão mudou”, acrescentou, ao informar que, naquele ano, a produção brasileira de ouro registrou um excedente de 8 toneladas em relação à exportação. “Isso pode indicar que esse excedente tenha sido vendido por canais distintos das exportações oficiais”, complementou.

Exportações

Diante desse cenário mais controlado, as exportações de ouro caíram 29% em 2023; e 35% entre janeiro e julho de 2024 – volume 35% inferior ao registrado em igual período em 2022.

Os estados que registraram a maior queda nas exportações de ouro em 2023 foram São Paulo, “que não produz ouro, mas escoa o metal de garimpos na Amazônia”; e Mato Grosso, onde predomina a extração por garimpos.

Já com relação ao destino, o instituto chama atenção para a queda nas exportações para Índia, Emirados Árabes Unidos e Bélgica. Juntos, estes países deixaram de comprar 18 toneladas de ouro, principalmente de São Paulo, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Distrito Federal.

Portas fechadas para ouro ilegal

“O mercado de ouro entrou em choque. A produção oficialmente registrada e as exportações caíram significativamente, mesmo em um cenário de preços bastante elevados para o ouro, o que tenderia a elevar esses números”, detalhou o estudo, ao afirmar que esse movimento mostra que “uma porta importante foi fechada para o ouro ilegal”, aumentando custos e riscos de operações ilícitas de um ouro que, antes, era facilmente esquentado e exportado como legal.

De acordo com a diretora de Pesquisa do Instituto Escolhas, Larissa Rodrigues, sempre que medidas de controle legal são implementadas, naturalmente há um aumento de custo para aqueles que produzem ou comercializam o ouro de forma ilegal, inclusive para o exterior.

“E ao aumentarmos o custo da atividade ilícita, sufocamos o mercado ilegal”, disse a pesquisadora à Agência Brasil.

Segundo a diretora, essas medidas são apenas o início de um trabalho que pretende promover uma transformação completa no setor. “Combater a extração ilegal deve ser uma prioridade, porque ela provoca danos ambientais e sociais enormes e de difícil reversão”, justifica.

O Instituto Escolhas sugere, como próximos passos a serem dados, que o poder público aumente as exigências para as permissões de lavra garimpeira e apresentação de garantias financeiras para o cumprimento de obrigações ambientais e sociais, pelas empresas de mineração.

Foi também sugerido reforço das fiscalizações da atividade; cancelamento de processos minerários em locais onde a atividade não é permitida, como terras indígenas e unidades de conservação; e a criação de um sistema obrigatório de rastreabilidade de origem do ouro.

Histórico

No início de 2023, os danos causados pelo garimpo ilegal ganharam maior visibilidade devido aos problemas relacionados com a crise humanitária na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. Mas instituições públicas e organizações não-governamentais já vinham alertando para o cenário nos últimos anos. A expansão de garimpos na Amazônia brasileira quadruplicou entre 2010 e 2020, segundo um dossiê da Aliança em Defesa dos Territórios, entidade criada em 2021 por povos indígenas.

Vale identifica trincas superficiais em barragem em Ouro Preto

A Vale identificou trincas superficiais na barragem Forquilha III, na mina de Fábrica, em Ouro Preto, em Minas Gerais, conforme informou a própria companhia. Em nota, ela assegurou que as condições de estabilidade da estrutura seguem inalteradas.

Após a identificação das trincas, a Vale disse que está conduzindo verificações adicionais na barragem, que mantém os órgãos públicos competentes informados e executa um plano de ação para investigação e correções, conforme necessário. 

“A Vale mantém seus compromissos de avançar na descaracterização da estrutura e de buscar a redução de seu nível de emergência”, afirmou em nota.

A barragem Forquilha III está em nível de emergência 3 e é monitorada em caráter permanente. Ela conta com uma Estrutura de Contenção a Jusante e tem a respectiva Zona de Autossalvamento evacuada, sem a presença de comunidades.

Tragédia

Em 2024, completou cinco anos o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, em Minas Gerais. Na tragédia – em janeiro de 2019 – 272 pessoas perderam a vida, incluindo nessa conta dois bebês de mulheres que estavam grávidas. O colapso da estrutura liberou uma avalanche de rejeitos, o que também gerou grandes impactos em diversos municípios da bacia do Rio Paraopeba.

Após o desastre, foi sancionada a Lei Mar de Lama Nunca Mais, em 2019. A lei proíbe novas barragens a montante e determina que seja feita a descaracterização das que ainda estão ativas. Forquilha III passa por esse processo.

Barragens a montante são aquelas cujo corpo da barragem é construído com o uso de rejeito através de alteamentos sucessivos sobre o próprio rejeito depositado. Foi o método utilizado nas barragens rompidas em Mariana e Brumadinho.

Com direito a recorde paralímpico, Tayana Medeiros conquista o ouro

Com direito a recorde paralímpico, a carioca Tayana Medeiros levantou 156 quilos neste domingo (8) para conquistar a medalha de ouro da categoria até 86 quilos do halterofilismo nos Jogos Paralímpicos de Paris (França). Completaram o pódio a chinesa Feifei Zheng, prata com a marca de 155 quilos, e a chilena Marion Alejandra Serrano, bronze ao levantar 134 quilos.

“Nunca tinha feito [156 quilos], meu máximo hoje era 150 quilos. Quando analisamos tudo, meu técnico perguntou: ‘está preparada?’. Respondi: ‘estou mais que preparada’. Estou me preparando por três anos. Foram três anos de mudanças radicais, pelas quais hoje agradeço a Deus: ter largado o Rio, ter ido para Uberlância, ter deixado minha casa para ir morar em outro estado. Valeu a pena, pois estou levando ela [a medalha] para casa”, declarou a atleta de 31 anos de idade.

A medalha de Tayana, que é nascida e criada no Morro da Fé, uma das favelas do Complexo da Penha, no Rio, é a quarta do Brasil no halterofilismo nos Jogos de Paris. Mariana D’Andrea foi ouro na categoria até 73 quilos, Lara Lima bronze na categoria até 41 quilos e Maria Fátima de Castro bronze na categoria até 67 quilos.