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Produtos da ceia de Natal têm diferenças de quase 190% em São Paulo

Diferença de até 188% nos preços dos produtos mais comuns da ceia de Natal foi constatada por pesquisa do Procon de São Paulo. O levantamento levou em conta 122 itens alimentícios pesquisados em estabelecimentos comerciais de 11 municípios paulistas, incluindo São Paulo, entre 9 e 13 de dezembro. 

Na capital paulista, a maior diferença de preço encontrada foi de 126,2% no valor de um quilo de azeitonas verdes com caroço a granel – em um local o produto estava sendo vendido por R$ 69,90 e, em outro, por R$ 30,90.

No interior e litoral, a maior diferença de preços foi registrada na Baixada Santista, onde a farofa pronta tradicional da Yoki (400g), custava R$ 9,49 em um local e R$ 3,29 em outro, uma diferença de 188,4%.

Entre os panetones e chocotones, um dos itens mais consumidos nesta época, a maior diferença de preço na capital paulista foi 109,1%: o Panettone Frutas da Seven Boys (400g) custava R$ 22,99 em um estabelecimento e R$ 10,99 em outro.

Em Bauru, no interior do estado, houve grande variação, de 142,7%, em relação ao panetone gotas de chocolate da Panco (400g), era vendido a R$ 28,89 em um estabelecimento e R$ 11,90 em outro.

“Como não há tabelamento e as oscilações refletem tanto as cotações de mercado quanto a demanda, os valores podem sofrer alterações em função da data da compra, em função de descontos, ofertas e promoções. Além disso, até lojas de uma mesma rede podem praticar preços diferentes em regiões diferentes. Por isso a, recomendação é pesquisar, porque é a melhor ferramenta para economizar”, destacou o diretor executivo do Procon-SP, Luiz Orsatti Filho.

Além da capital paulista, a coleta de preços foi realizada em Sorocaba, Presidente Prudente, Bauru, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Campinas, Jundiaí e São José dos Campos. Já no litoral, os dados foram coletados em Santos e São Vicente.

A pesquisa completa pode ser vista aqui.

Mais paulistanos pretendem dar presentes neste Natal, diz FecomercioSP

O número de paulistanos que pretendem comprar presentes para parentes e amigos no Natal deste ano vai aumentar, revela sondagem divulgada nesta quinta-feira (19) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

No ano passado, 59% dos entrevistados pela FecomercioSP disseram que pretendiam comprar algum tipo de presente para a ocasião, mas, neste ano, o percentual subiu para 62%. De acordo com o levantamento, a estimativa é de que as pessoas gastem, em média, 5% a mais com presentes em 2024.

De acordo com a FecomercioSP, os filhos serão a prioridade para 34,4% dos entrevistados. Em seguida, estão as mães (24,3%), os namorados (21,1%), parentes e amigos (14,4%) e os pais (2,4%).

Conforme o levantamento, vestuário e calçados, brinquedos, perfumes e cosméticos são os itens mais procurados pelos que pretendem presentear alguém. Quanto ao valor das compras, a maioria (33,7%) dos que presentearão disse que pretende gastar entre R$ 200 e R$ 500.

A pesquisa da FecomercioSP indica ainda que 62% têm intenção de pagar à vista, usando cheque, Pix, dinheiro ou cartão de débito. Já 37,5% devem optar pelas compras a prazo, no cartão de crédito.

A entidade representativa do comércio também questionou os entrevistados sobre a situação financeira das famílias que têm intenção de comprar presentes. Segundo os que responderam à pesquisa, nesse quesito, as condições estão melhores para 33,5%, piores para 19,2%, e iguais para 42,1%.

Média de preços dos presentes de Natal está abaixo da inflação em SP

Estudo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) mostra que os preços de itens geralmente procurados para presentear familiares e amigos nessa época do ano estão abaixo da inflação. Segundo o levantamento nacional, divulgado nesta quarta-feira (18), os preços dos presentes estão, em média, 2,15% mais caros em dezembro do que no mesmo mês em 2023, enquanto a inflação até novembro de 2024 foi 4,77%.

A FecomercioSP utilizou na pesquisa um grupo de 50 itens como brinquedos, eletrônicos, flores, livros, sapatos e roupas. Os tênis, por exemplo, subiram 1,88% em 12 meses, enquanto as bermudas estão 0,76% mais caras. Alguns itens até deflacionaram, como as camisas infantis (-0,34%), bicicletas (-3,93%), e brinquedos (-4,46%).

Dos 50 itens pesquisados, apenas 12 tiveram elevações acima de 4,77% na comparação com o ano passado. Os produtos que mais encareceram foram flores naturais (15,9%), joias (13,7%), ar-condicionado (11%), livro não didático (9,7%), e saias (6,98%). Já aqueles que mais caíram de preço foram brinquedos (-4,4%), aparelhos telefônicos (-4%), bicicletas (-3,9%), máquina de lavar roupas (-2,6%), refrigeradores (-2%).

“Trata-se de uma conjuntura ideal para o varejo brasileiro, que chega ao fim deste ano com uma taxa de desemprego baixíssima (6,2%, no trimestre encerrado em outubro), massa de rendimentos mais alta (por consequência) e maior disponibilidade de crédito, sobretudo do cartão. Considerando as várias opções de pagamentos, como parcelamento ou Pix, espera-se que o fim do ano seja de vendas aquecidas no país”, destacou o FecomercioSP, em nota.

Ceia de Natal fica 10% mais cara neste ano, calcula FecomercioSP

A ceia de Natal dos brasileiros está 9,54% mais cara neste ano, em comparação com o final do ano passado, segundo levantamento realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Com base nas informações do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a entidade aponta que as altas de itens como batata, azeite, arroz e alho, ao longo de 2024, foram as maiores responsáveis pelo encarecimento da cesta de alimentos que integra o jantar natalino.

“É uma taxa acima até mesmo da inflação geral do país, que, no acumulado dos últimos 12 meses até novembro, ficou em 4,77%”, ressaltou a FecomercioSP.

A entidade orienta que os consumidores tentem fazer as compras em dias de promoção, que é uma estratégia comum dos estabelecimentos nesta época do ano. Aproveitar ofertas disponíveis em aplicativos e fazer os pagamentos das compras pelo PIX também podem garantir mais descontos.

A antecipação das compras é outra possibilidade apontada pela entidade “porque o consumo desses itens se aquece à medida que as festas de fim de ano se aproximam e, por isso, os produtos vão ficando mais raros (e caros) nas gôndolas”.

Itens

A batata-inglesa é o item da ceia de Natal que teve a maior alta de preço, com variação de 30,82% em um ano, segundo o levantamento da FecomercioSP. Na sequência, o preço do azeite de oliva ficou 28,58% maior. Outros produtos da ceia que encareceram são o leite (21,78%), o arroz (19,58%) e o alho (19,48%).

O preço das carnes em geral subiu 11,44% em um ano, enquanto os pescados tiveram uma elevação de preços mais sutil, de apenas 1,32%.

Os dados apontam que alguns produtos ficaram mais baratos no mesmo período, como a cenoura (-26,08%), o tomate (- 25,15%) e a cebola (-6,66%). “Embora não revertam os custos mais altos da ceia, são produtos que podem ser aproveitados pelos consumidores”, indicou a FecomercioSP.

Os produtos analisado são batata-inglesa, azeite de oliva, leite longa vida, arroz, alho, frutas, carnes, chocolates em barra e bombons, azeitona, chocolate em pó, frango inteiro, leite em pó, cheiro verde, coentro, refrigerante e água mineral, sorvete, cerveja, queijos, pão doce, pão francês, sal, pescados, açúcar refinado, farinha de trigo, farinha de mandioca, ovo de galinha, cebola, tomate e cenoura.

Na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), a alta é ainda maior. Os dados compilados pela entidade mostram que a alta será de 12,05%, analisando o conjunto de itens, exceto coentro e sal. Os produtos mais caros se repetem: batata-inglesa (34,07%), azeite de oliva (26,76%) e leite (25,77%).

 

Queda de árvore de Natal deixa um morto e dois feridos em Maricá

Uma pessoa morreu em um acidente na tarde desta segunda-feira (16) em Maricá (RJ), envolvendo uma grande árvore de Natal flutuante. Outras duas pessoas ficaram feridas.

A árvore de Natal com 56 metros de altura e com cerca de 360 mil microluzes estava sendo montada na Lagoa de Araçatiba. A prefeitura do município faria a inauguração às 20h desta terça-feira (17). Na ocasião, também seria apresentado o espetáculo Águas Dançantes.

Vídeos que viralizaram nas redes sociais mostram que havia uma forte ventania no momento do acidente. A estrutura cede e tomba sobre um grupo de trabalhadores envolvidos na montagem da árvore.

Em nota, a prefeitura de Maricá afirmou que a Defesa Civil emitiu um alerta de chuva forte às 15h45 e que a empresa contratada para instalar a estrutura iniciou a retirada dos funcionários.

“Nesse momento, os trabalhadores foram surpreendidos pela passagem de uma tempestade”, acrescenta o texto.

Ainda de acordo com o município, diante dos fortes ventos e de muita chuva, a estrutura foi derrubada em poucos segundos. “Imediatamente as vítimas foram socorridas por equipes do Samu, Defesa Civil, Guarda Municipal, Secretaria de Trânsito e Corpo de Bombeiros”, registra a nota.

Não foram reveladas as identidades das vítimas. O funcionário que morreu foi levado para o Hospital Municipal Conde Modesto Leal, mas não resistiu. Os outros dois feridos foram socorridos no Hospital Municipal Doutor Ernesto Che Guevara e estão fora de perigo. Um deles já recebeu alta.

Na nota, a prefeitura de Maricá também afirma lamentar profundamente o episódio e diz que está prestando apoio às vítimas e às suas famílias. O município informou ainda que irá apurar as causas do acidente.

 

Natal: instituto identifica itens da ceia com peso abaixo do anunciado

O Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem-SP), autarquia do governo estadual, constatou que 18 (9%) de 197 produtos comprados para se fazer a ceia de Natal tinham peso menor do que o indicado na embalagem. A Operação Pente Fino Natal fez a verificação entre 25 de novembro e 6 de dezembro. 

A ação contemplou mercados e padarias de diversos portes, na capital São Paulo e nos municípios de Andradina, Araçatuba, Bauru, Birigui, Campos do Jordão, Campinas e Marília.

O instituto selecionou para a análise itens que geralmente têm maior demanda nessa época do ano, como os diversos tipos de carnes servidos na ceia natalina, como peru, chester, codorna, tender, presunto, pernil, lombo e pescados. A checagem se estendeu a ingredientes como cereais e frutas secas e in natura e bolos, pães e panetones. 

Na lista disponibilizada pelo Ipem-SP, nota-se que, embora alguns itens tenham diferenças pequenas em relação ao que deveria ser entregue ao consumidor, há outros que representam um prejuízo significativo. Uma peça de frango temperado, por exemplo, que deveria ter 4,1 kg, pesava 961 g a menos e um tender vendido como se pesasse 1,4 kg apresentava 400 g a menos.

Ao todo, 11 dos 25 estabelecimentos fiscalizados foram autuados. O prazo para que apresentem sua defesa à autarquia é de dez dias. De acordo com a lei federal 9.933/99, as multas podem chegar a R$ 1,5 milhão.

A edição da operação no ano passado identificou 30 (14%) itens com peso inferior ao indicado na embalagem, de um total de 220 produtos verificados. As equipes percorreram estabelecimentos da capital, de Campo Limpo Paulista, Jarinu, Limeira, Rio Claro, São José dos Campos, São Roque, Sorocaba, Sumaré e Taubaté.

O Ipem-SP disponibiliza o Guia Prático de Consumo, que divulga orientações quanto a compras de produtos embalados, têxteis, eletrodomésticos, entre outros. O documento pode ser baixado no site da autarquia.

Encontro em Natal discute modelo de educação que não reprove estudante

A representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Erondina Silva, apesentou nessa terça-feira (10) em Natal, durante o seminário Desafios e Experiências da Educação no Nordeste, a proposta de um modelo de educação que não reprove os estudantes. 

O evento foi promovido pela Secretaria de Educação, do Esporte e do Lazer do Rio Grande do Norte, com o apoio do Instituto Cultiva e do Consórcio Nordeste. Compareceram autoridades do governo federal e dos nove estados da região. O encontro foi organizado com o propósito de divulgar ações regionais que têm melhorado índices educacionais e outros aspectos das comunidades escolares, como as relações entre professores, alunos e familiares dos estudantes.

Durante a apresentação do programa Avexadas para Aprender, implementado pelo governo do Rio Grande do Norte, pela União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e o Itaú Social, Erondina disse que considera a distorção idade-série a mais grave questão educacional. O motivo, explicou, é a ligação direta desse fator com o que se chama de fracasso escolar.

Natal – A oficial de Educação do Unicef, Erondina Silva, fala no seminário Desafios e Experiências da Educação no Nordeste. Foto Tânia Rêgo/Agência Brasil

O Avexadas para Aprender foi feito no contexto da estratégia Trajetórias de Sucesso Escolar, do Unicef e, na interpretação de Erondina, oferece uma forma de o estudante “contrariar destinos”. Segundo a representante do fundo esses fatores criam um ciclo difícil de se quebrar, em que o estudante se sente cada vez mais desmotivado para frequentar a escola.

Por essa razão, ela chama a atenção para a naturalização da reprovação de meninos e meninas do Norte e Nordeste, das periferias dos grandes centros urbanos, pretos, indígenas e pobres, que seriam, na sua perspectiva, endossada pelas famílias em geral. “Isso é uma cultura, está no nosso imaginário, inclusive das famílias. O pai, às vezes, fala: Vai ser melhor para ele”, evidenciando que há mais de 4,3 milhões de estudantes com distorção idade-série.

Os principais objetivos do programa são, de modo simples, atenuar o sentimento de desânimo que muitos estudantes sentem ao ter um desempenho considerado ruim – alguns deles, inclusive, encarando reprovações de série -, evitar que deixem a escola e enfrentar a distorção idade-série (de dois anos ou mais de atraso escolar).

Desde janeiro, o Avexadas para Aprender foi ganhando complexidade mês a mês. Em junho, por exemplo, as equipes já falavam de língua portuguesa, alfabetização e multiletramento, termo que comporta diversidades e se distancia, portanto, de um sistema escolar excessivamente rígido. Nesse caso, uma palavra que abarca o mundo digital, que não fica mais fora da rotina dos alunos e, consequentemente, dos currículos.

Escola rural 

A Bahia é um dos estados mais populosos do Brasil. Embora os ventos e as águas do mar da primeira capital do país ainda carreguem mensagens, grande parte delas é difundida pelos veículos digitais. Criado em 2023, pela Secretaria de Educação do estado e o Instituto Anísio Teixeira (IAT), o projeto Agência de Notícias na Escola adicionou criatividade ao demonstrar como assimila um princípio da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Natal (RN – O coordenador do Instituto Anísio Teixeira, Gabriel Luhan, fala sobre o programa Agência de Notícias na Escola, da Bahia. Foto Tânia Rêgo/Agência Brasil

Por meio da produção de notícias, os estudantes exercitam o pensamento crítico, a cidadania e o trabalho colaborativo referenciados na BNCC. Cada escola selecionada recebe R$ 20 mil, em média, para a compra de equipamentos como notebook, câmeras e microfones. 

O IAT colabora com formação e assessoria técnica e pedagógica. A abordagem tem como base o “aprender fazendo” (learning by doing), de Anísio Teixeira e outros pensadores. 

Em um ano de funcionamento, o projeto aumentou sua presença. O total de escolas participantes passou de 50 para 81, distribuídas em 74 municípios. Atualmente, 162 professores e 855 estudantes estão no programa, que proporcionou relações mais horizontais, em lugar das hierarquizadas, reconhecimento dos estudantes pelo que produzem, aprimoramento de habilidades de leitura, escrita, pesquisa e argumentação. Outros benefícios foram o maior contato com seus territórios e o desenvolvimento da autonomia e da responsabilidade, além de a agência poder ser uma via de expressão para eles.

Graduada em Letras e mestre em Linguagens, a educadora Charlene de Jesus diz que há cinco anos apenas é que foi se descobrir como mulher negra. Ali começou a dividir, com suas turmas, o que foi aprendendo sobre letramento racial.

Natal – A professora, Charlene Cristine de Jesus, fala sobre o programa Agência de Notícias na Escola, da Bahia. Foto Tânia Rêgo/Agência Brasil

Ela conta que os estudantes vão cobrir um evento que será realizado dentro de alguns dias, em Salvador, e que já estão fazendo até reuniões de pauta, como acontece no jornalismo profissional, em que repórteres e chefias definem o que será apurado e publicado. Uma das alunas, de 17 anos e que vem desempenhando a função de repórter, se identificou com a carreira. “Ela diz: minha vontade é continuar nessa área”, relata Charlene, que atua no Colégio Estadual Professor Carlos Valadares, no município de Santa Bárbara.

“É importante mostrar a eles que é necessário fazer um trabalho de qualidade, entregar a essa comunidade, a esses jovens. São jovens falando com jovens. Eles têm uma linguagem própria. Se eu falasse, talvez não tivesse o alcance que eles têm”, observa.

“A gente também trata de educação midiática, a importância de discutir fake news na escola, de trazer outros temas, como o Enem [Exame Nacional do Ensino Médio], o mercado de trabalho, valorizar o curso técnico que tem na escola”, acrescenta a educadora.

Os alunos do projeto já tiveram um momento emocionante na cobertura da agenda da ministra da Cultura, Margareth Menezes, na capital, durante os encontros de representantes do G20. Paralelamente, estão ativos mais dois veículos: o Suplemento Literário Escolar e o Sertãocast, tocados por outros professores.

“A gente tem que parar de diminuir o aluno. Essa educação que não permite mais eu me colocar em patamar acima do aluno. Eu sou mediadora daquele conhecimento, porque tenho mais experiência, mas ele fazem uma troca que é imensa”, finaliza Charlene.

*A repórter viajou a convite do Consórcio Nordeste, com o apoio do Instituto Cultiva.

Natal deste ano deve movimentar R$ 69,75 bilhões no varejo, diz CNC

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que o Natal deste ano movimente R$ 69,75 bilhões em vendas, o que representa aumento real de 1,3% (já descontada a inflação) no faturamento do varejo. Mesmo assim, o setor ainda não vai conseguir igualar o patamar pré-pandemia: em 2019, a movimentação foi de R$ 73,74 bilhões.

A estimativa é que super e hipermercados representem 45% (R$ 31,37 bilhões) da movimentação financeira. Na sequência, vêm lojas especializadas em itens de vestuário, calçados e acessórios, com 28,8% do total (R$ 20,07 bilhões), e estabelecimentos voltados para artigos de usos pessoal e doméstico, com 11,7% (R$ 8,16 bilhões).

“A atual dinâmica de consumo tem atuado no incremento das vendas neste fim de ano. Mas as condições menos favoráveis causadas pelo aperto monetário iniciado em setembro pelo Banco Central já são sentidas pelo consumidor final. Isso explica a curva de crescimento menos acentuada no comparativo com o ano passado, quando projetamos o aumento de 5,6%”, disse o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.

Os números são desfavoráveis para os que buscam um vaga de trabalho. A CNC estima a contratação de 98,1 mil funcionários temporários para atender ao volume de vendas do Natal, 2,3 mil trabalhadores a menos do que no ano passado.

“Curiosamente, o número é menor do que o do ano passado, quando mais de 100 mil temporários foram contratados. A razão disso é o fato de que o quadro de funcionários das empresas veio crescendo ao longo do ano, com o aumento de aproximadamente 3% na força de trabalho, nos últimos 12 meses, ou seja, mais de 240 mil vagas criadas”, afirmou o economista-chefe da CNC, Fábio Bentes. Segundo ele, isso faz com que o varejo dependa menos do trabalho temporário.

“Já para 2025, a expectativa do próprio setor é que sejam efetivados aproximadamente 8 mil desses trabalhadores temporários”, disse o economista.

A desvalorização cambial deve aumentar os preços dos produtos natalinos, com crescimento médio de 5,8%, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), na medição dos 12 meses encerrados em dezembro. O valor da cesta deve ser pressionado pela alta do valor dos livros (12,0%), dos produtos para a pele (9,5%) e dos alimentos em geral (8,3%). Por outro lado, devem ficar mais baratos presentes como bicicletas (queda de 6,2%), aparelhos telefônicos (redução de 5,5%) e brinquedos (diminuição de 3,5%).

Na análise por estados, São Paulo (R$ 20,96 bilhões), Minas Gerais (R$ 7,12 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 5,86 bilhões) e Rio Grande do Sul (R$ 4,77 bilhões) devem concentrar mais da metade (55,5%) da movimentação financeira prevista pela CNC. Paraná e Bahia são os estados com maiores projeções de avanço nas vendas: aumento no faturamento de 5,1% e 3,6%, respectivamente.

Prefeitura de Natal será disputada por Freire e Bonavides no 2º turno

Os candidatos Paulinho Freire (União) e Natália Bonavides (PT) vão disputar o segundo turno das eleições em Natal. Freire teve 44,08% dos votos válidos e Bonavides, teve 28,45%. Foram apuradas 100% das urnas.

Paulo Eduardo da Costa Freire, do União Brasil, tem 60 anos e é deputado federal. Foi vereador por vários mandatos não consecutivos, desde 1993 até 2022. Em 2002, foi eleito deputado estadual e, de 2009 a 2012, foi vice-prefeito de Natal.

Natália Bastos Bonavides, do PT, tem 36 anos e está em seu segundo mandato de deputada federal. Também foi vereadora em Natal em 2016. Advogada, Bonavides atuou com educação em direitos e foi advogada do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), trabalhando em acampamentos no Rio Grande do Norte.

JUBs Atléticas começa em Natal com quase 2 mil universitários

A segunda edição dos Jogos Universitários Brasileiros-Atléticas começou nesta quinta-feira (30) em Natal, com cerca de dois mil estudantes de 14 estados do país, que competem em 16 modalidades. A competição, organizada pela Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU), reúne 74 Atléticas: agremiações formadas em cursos de graduação que têm como objetivo integrar os estudantes à vida acadêmica, por meio do esporte. O total de participantes este ano é mais que o dobro do registrado na edição inaugural, no ano passado, em Maceió. Na ocasião foram 900 universitários de 53 Atléticas. 

Vôlei é uma das 16 modalidades em disputa no JUBs Atléticas, em Recife, até domingo (2 de junho) – Saulo Cruz/CBDU/Direitos Reservados

Atual campeã dos JUBs – Atléticas, a equipe Halterada, do curso de Educação Física da Universidade Federal de Pernambuco, chegou em peso a Natal,  em busca do bicampeonato. A maior delegação é também a equipe a ser batida. E no primeiro dia do JUBs, o time de handebol feminino não decepcionou: 13 a 2 sobre as Lendárias, da Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 

“Claro que viemos aqui para tentar mais um título. Ganhamos o primeiro JUBs Atléticas e a responsabilidade aumentou. Estamos com a maio delegação, com 121 atletas. Temos nossos rivais, mas queremos ser os melhores. Quando você ganha uma vez, passa a ser o time a ser batido, mas não tem problema”, garantiu Bruno Henrique Oliveira, presidente da Halterada. 

Bruno sabe que o resultado esportivo é bom e faz o esforço necessário para mais um título. Contudo, estar no JUBs representa muito mais do que vitórias dentro de quadra.

“Dentro do esporte universitário o estudante se conecta com a vivência acadêmica, encontra um apoio e ainda tem a oportunidade de estudar e aprender sobre gestão, planejamento. Na Halterada, inclusive, os alunos de Educação Física podem se tornar técnicos dos time da UFPE”.

Exemplo disso é a capitã da equipe de handebol da Halterada Pollyana Dutra. A primeira opção da Polly na universidade não era Educação Física, mas o amor pelo esporte mudou completamente o futuro dela.

“Eu comecei com Fisioterapia, mais por influência da família, que é da área de saúde. Mas o meu amor pelo handebol me trouxe para a Educação Física e foi a melhor escolha”.

Jogadora e técnica de handebol, Pollyana é um exemplo de como o esporte auxilia a vida acadêmica e profissional

“O dia a dia na universidade não é fácil. Ficamos em tempo integral, muitos estudos. Você precisa de algo para aliviar um pouco a pressão. Quando você entra em uma atlética, consegue amenizar estresse. Além disso, como atleta e técnica, te dá a oportunidade de treinar adultos, que é muito difícil. Há o crescimento profissional”, garante Polly.

E tem potiguar também na Halterada. Carol Araújo é de Natal e decidiu fazer a vida acadêmica em Pernambuco. Longe da família, ela encontrou na Atlética um lugar para se sentir em casa

“Por mais que Recife não seja tão longe de Natal, você vai para um lugar novo e não conhece ninguém. Então dentro da Atlética você recebe apoio, faz amizades e se integra ao ambiente”.

Jogar em casa como visitante está proporcionando um sentimento  diferente para a “Carol de Natal, como ela é chamada pelos colegas. Mas da para matar saudade.

“Nossa, cheguei aqui na quadra e encontrei alguns rostos conhecidos. Até árbitros vieram falar comigo e lembraram de mim, mesmo depois de tanto tempo fora de Natal. Eu estou jogando em casa, vim até uma semana antes para marcar saudade da minha família”, revelou Carol.

Estar perto ou longe da família, saindo com vitória ou derrota de quadra, a verdade é que realmente não dá para perder com o esporte no currículo acadêmico.

* O repórter Maurício Costa viajou à Natal a convite da CBDU.