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Museu da Democracia deve ter a cara do Brasil, diz ministra

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, afirmou, nesta quinta-feira (18), que o Museu da Democracia será criado para refletir sobre a história da democracia no país e também para reafirmar a diversidade e refletir sobre as lutas do povo brasileiro.

“Queremos que o Museu da Democracia tenha a cara do Brasil”, disse a ministra ao participar do lançamento do Programa (Re) Conexões, realizado no Museu Lasar Segall, na capital paulista. O Programa (Re)Conexões, que pretende ampliar o diálogo com a sociedade civil, ocorre no âmbito do Sistema Brasileiro de Museus (SBM), em parceria com o Sistema Paulista de Museus.

“Nesse museu, vamos contemplar a história da democracia no Brasil, mas também falar sobre a história da escravidão e a relação com os povos originários. Será um museu histórico, onde queremos que esteja a memória, conectando com outras manifestações democráticas que existem no Brasil. Será um museu onde teremos acolhimento e também refletiremos sobre esses acontecimentos com outros museus”, ressaltou a ministra.

Segundo a presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Fernanda Castro, as obras de construção do Museu da Democracia, que será instalado na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, devem começar em 2025. O empreendimento receberá R$ 40 milhões do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). “Pretendemos, ainda neste semestre, lançar um concurso para o projeto arquitetônico e de engenharia [do museu]. Temos a expectativa de uma construção rápida”, disse Fernanda.

Enquanto as obras não têm início, foi criado um repositório do Museu da Democracia, um ambiente virtual para sistematizar, organizar e difundir um catálogo de memória e desenvolvimento de coleções da sociedade civil sobre a democracia contemporânea no país. A plataforma também traz uma exposição virtual que destaca a resistência contra os atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023. Nesse site, a sociedade poderá ainda responder a um formulário para opinar sobre o que espera do novo museu.

“Teremos uma primeira entrega do museu, que começará a ser construído fisicamente em 2025, mas, até lá, queremos dialogar com a sociedade sobre como o museu vai ser e como serão seu acervo e suas ações. Por isso, lançamos a versão digital do museu, que é um repositório com uma curadoria e um memorial sobre o 8 de janeiro de 2023 e que tem ainda uma campanha em que os museus e pontos de memória vão poder explicar porque também são museus de democracia. Como a ministra falou, vamos concentrar e irradiar essa ideia de democracia, permeando as ações de todos os museus do país”, explicou a presidenta do Ibram, órgão vinculado ao Ministério da Cultura.

“O Ibram está muito focado na participação social. Teremos um grande evento em agosto deste ano, que é o Fórum Nacional de Museus, que será realizado em Fortaleza e, pela primeira vez, não será só para os profissionais de museus, mas vai reunir uma série de instituições culturais, promovendo ações e terá programação para a sociedade. Queremos que a sociedade venha junto com a gente para discutir orçamento e ações [para os museus]”, acrescentou.

Cinema

Durante o evento, a ministra Margareth Menezes destacou informou que o governo vai inaugurar novas salas de cinema em todo o país. Isso será feito por meio da Agência Nacional de Cinema (Ancine), com financiamento do Fundo Setorial do Audiovisual.

“Serão 118 novas salas de cinema que iremos abrir pelo Brasil todo, em 11 estados. E essa ação de abrir novas salas de cinema continuará. É uma política que estamos implementando também para [fazer] crescer esse parque de exibição da produção cinematográfica brasileira”, afirmou.

Museu do Futebol tem brincadeiras e exposição como atração de férias

Até o próximo dia 31 de janeiro, o Museu do Futebol, em São Paulo, está com uma programação de férias que envolve jogos e brincadeiras relacionadas ao futebol. As atividades são gratuitas e são realizadas na área externa do museu, situado na Praça Charles Miller, no Estádio Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu.

Entre os brinquedos estão mesas de pebolim (ou totó), futebol de botão e de futmesa (modalidade que mistura futebol, tênis de mesa e futevôlei). Há, também, atividades especiais que variam conforme o dia, com horário marcado, como oficinas de destrezas manuais e de confeccionar pipas, futsinuca, pula-pula de bola inflável, campeonato de embaixadinhas e desafio de chute a gol.

As atrações funcionam de terça-feira a domingo, das 9h às 18h (horário de Brasília), com entrada até 17h, voltadas a todas as faixas etárias, mas a predominância é da criançada. A aposentada Ivone Batista levou o afilhado Miguel Figueiredo, de 11 anos, para gastar energia de uma maneira diferente.

O final de semana em família pode ser ainda mais divertido! Vem para o Museu do Futebol! 🥳 pic.twitter.com/lenQ8IqtjK

— Museu do Futebol ⚽ (@museudofutebol) January 12, 2024

“Nunca tinha vindo [ao Museu do Futebol], mas é muito legal. Tem muitos jogos, dá para aprender muito”, disse Miguel.

“Chega de shopping, de ficar preso em telinha [de videogame]. Ele [Miguel] gosta de esporte e achei que era o melhor lugar para trazê-lo. Aqui ele brinca, faz amizades”, comentou Ivone.

E foi numa mesa de “tamancobol” (jogo em que o chute é feito com um apetrecho semelhante a um tamanco) que Miguel conheceu e brincou com Pedro Araújo Tucci. O garoto de 10 anos foi levado ao Museu pela mãe, a professora Nairla de Araújo Messias, que o apresentou ao futebol de botão.

“Eu já tinha conversado com ele sobre, mas nunca tive oportunidade de jogar com ele. E [mostrou] também o futmesa, que é um esporte mais atual”, contou Nairla.

“Estou adorando, tem muita coisa para fazer. Gostei de jogar o futebol de botão, achei difícil”, completou Pedro.

Futebol de Brinquedo

Além da programação de férias, o Museu do Futebol está com uma exposição temporária chamada “Futebol de Brinquedo”. Com curadoria do jornalista Marcelo Duarte, a mostra segue até abril e reúne artigos e jogos históricos, com mais de 60 anos, e outros mais recentes, para mexer com o imaginário dos visitantes de diferentes perfis de idade.

O futebol de mulheres mereceu destaque. Além de uma coleção de mini-craques (bonecos em miniatura de cabeças avantajadas em relação ao corpo, sucesso nos anos 1990) alusivos aos grandes nomes da seleção feminina, foram expostos times de botão referentes a times históricos como Radar-RJ, Saad-SP (pioneiros no profissionalismo), Centro Olímpico (primeiro campeão brasileiro, em 2013) e Avaí/Kindermann.

Você sabia que o futebol de botão é brasileiro? 🇧🇷

🔘 A modalidade foi ideia de Geraldo Cardoso Décourt. Ficou com curiosidade? Segue a thread 👇🧵 pic.twitter.com/PlrGMvAQSP

— Museu do Futebol ⚽ (@museudofutebol) January 10, 2024

“Temos, por exemplo, um jogo de tabuleiro que se chama Ludopédio, criado pelo Chico Buarque lá nos anos 1970. Em paralelo, temos caixinhas de futebol de botão antigas e também mais contemporâneas”, descreveu Maíra Corrêa Machado, coordenadora do Núcleo de Exposições e Programação Cultural do Museu do Futebol.

A mostra temporária é gratuita e funciona de terça a domingo, das 9h às 18h, com entrada até 17h. Ela será a única do Museu do Futebol até abril. A exposição principal está fechada desde 6 de novembro para obras de reformulação do acervo, que incluem atualização do parque tecnológico e inclusão de novas instalações e experiências. Em 15 anos de funcionamento, o local recebeu mais de quatro milhões de visitantes.

Beco na Lapa vira grande museu de arte urbana a céu aberto do Rio

O Beco dos Carmelitas, na Lapa, virou um grande museu de arte urbana a céu aberto do estado do Rio de Janeiro. O Corredor Cultural Beco do Pantera, criado no local, inaugura nova etapa no próximo sábado (13), com evento que reunirá diversas atividades gratuitas e shows, no horário de 10h às 22h. A classificação é livre.

Trata-se do Beco Verde, iniciativa da Tropa da Solidariedade. O projeto é liderado pelo rapper Shackal e inclui nomes de peso da arte urbana no Brasil e no mundo, entre os quais estão Bragga, Marcelo Ment, André Kajaman, Bella Phame, Juliana Angelino, Bruno Big, Thiago Tarm, Pandro Nobã, Juliana Fervo, Ivan Ninety e Feo Flip.

Em entrevista nesta quinta-feira (11) à Agência Brasil, Shackal revelou que quando a Tropa da Solidariedade entrou no beco, encontrou tudo escuro, com muitos moradores em situação de rua, e violência. “As pessoas precisando, porque não tinham onde morar. A rua estava escura, suja, cheia de lixo, com muita gente dormindo no chão. Entramos, fizemos parceria com os moradores, com o prédio da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), pedimos permissão para pintar a parede. Tiramos o que estava sujo ali. A agência ajudou com a iluminação. A tropa foi atrás da RioLuz, iluminamos a rua. Um depósito de ferro velho que havia ali fechou, a rua ficou mais tranquila”, contou Shackal.

Beco dos Carmelitas vai se transformar no maior museu de arte urbana a céu aberto do estado do Rio de Janeiro – Rapper Shackal. – Gabriel Cunha/Divulgação

Os artistas envolvidos na recuperação do local começaram a grafitar as paredes do beco antes da pandemia de covid-19 e retornaram após a suspensão das medidas de distanciamento social. A tropa criou uma sede no Beco dos Carmelitas número 09B e decidiu revitalizar o bairro através da arte urbana. “Criamos esse Corredor Cultural Beco do Pantera que vai até a Rua Teotônio Regadas, na Escada Selarón. A gente vem grafitando os muros baixos. Já deu outra cara para a rua”.

Envolvimento

“Nesse momento, os moradores que não acreditavam mais que poderiam melhorar o espaço já estão se envolvendo, decorando a rua, cuidando dos grafites. Tem vários murais. Já virou um ponto de visitação, mesmo a gente não tendo ainda lançado. O pessoal está fazendo tours, mostrando as artes, as obras. A rua já está voltando a viver”, completou.

A primeira intervenção, no sábado (13), terá barracas, feira, shows, “energia boa, com esperança, com desejo de mudança”, como assegura Shackal.

O rapper garante que o Beco dos Carmelitas, ou Beco do Pantera, será um museu em andamento porque as pinturas ficarão durante um tempo, depois virão outros artistas que as substituirão. “Porque são vários artistas ligados ao nosso projeto”. Será inaugurada no dia 13 uma parte significativa do projeto, que vai da Praça Paris até a Rua da Lapa, englobando dois quarteirões de pintura a céu aberto, reunindo grafiteiros de outros países, como Espanha e Alemanha. “O lugar está mais bonito, mais colorido, as pessoas estão mais felizes com a ideia. Acho que está valendo a pena”.

Segundo Shackal, a ideia é colocar o Beco dos Carmelitas no mapa, “como um ponto de cultura, espaço de entretenimento, de evolução do pensamento”. Para o rapper que a ideia não é mudar o nome do Beco dos Carmelitas para Beco do Pantera, porque o primeiro local já é lendário. “A gente não quer mudar, quer agregar, somar, trazer o projeto do Corredor Cultural Beco do Pantera para o Beco dos Carmelitas para que a gente possa divulgar melhor tanto um como o outro. Os dois estão andando bem, lado a lado. Essa amizade está fluindo e vai durar anos”. Até agora, mais de 30 artistas muralistas individuais e grafiteiros participam do projeto, fora os MCs (artistas que cantam e fazem performances no estilo ‘rap), B-boys (dançarinos de ‘hip-hop’). “A gente tem mais de 50 pessoas envolvidas e esse número tende a crescer a cada dia. Nós somos conexões. Você cria a sua realidade. Estou podendo ser útil à sociedade”.

Shackal passou uma vida difícil, foi dependente químico e se recuperou e, agora, está fazendo o que mais gosta que é arte, ao mesmo tempo em que ajuda outras pessoas. Quem quiser aderir à Tropa da Solidariedade pode acessar o grupo pelo Instagram @tropadasolidariedade ou no site do movimento. “Pode chegar, a casa está aberta. Somos todos amigos, a gente quer as pessoas felizes. É um espaço de comemoração, de evolução, para a gente se encontrar, trocar ideias, ver como podemos melhorar como pessoas. E por aí vai”, convidou Shackal.

Atrações

Além da exposição a céu aberto, o evento terá shows gratuitos de BNegão, Shackal, Vandal RJ, Akira Presidente, SD9, Baixa Santo Sound System, Bebel do Gueto, Old Dirty Bacon, Slam das Minas, Mixtério, Quase Nada Gang, Bloco da Tropa e DJs Foguinho, Egil e Mohamed. A programação contará também com apresentações circenses, batalhas de rimas, recreação para crianças, oficina de yoga, feira de artesanato e culinária com expositores locais, Flash Tattoo, ação social com entrega de alimentos e rodas de conversa. 

Museu do Amanhã prepara programação para o período de férias

Em tempo de férias escolares, as crianças e os adolescentes precisam de atividades atraentes para se divertir no período. Uma das possibilidades é ir ao Museu do Amanhã, que desde a sua inauguração, no dia 17 de dezembro de 2015, tem recebido este público com muitos eventos. O espaço cultural, na Praça Mauá, região portuária do Rio, preparou para este mês de janeiro, uma programação com duas exposições e diversas atividades do projeto Brincar é Ciência.

Na próxima terça-feira (9), será inaugurada a exposição Arte de Código Aberto, que seguirá até o dia 21 de abril. A mostra é um trabalho individual do artista-programador Vamoss, instalado no Laboratório de Atividades do Amanhã (LAA) e apresentado pelo banco Santander. “É uma oportunidade para o público compreender e ver de perto como operam os programas que influenciam o dia a dia da sociedade em áreas essenciais como nas máquinas hospitalares, nas escolas, nos celulares e nas redes sociais, por exemplo”, destacaram os organizadores.

Formado em design e mestre em economia criativa pela Escola Superior de Propaganda e Marketing do Rio (ESPM-Rio), o artista-programador Vamoss é doutorando em artes visuais no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGAV-UFRJ). Vamoss também é diretor de tecnologia na SuperUber, produtora com foco em experiências interativas em arte, tecnologia, arquitetura e design. Desde 2011, que o artista contribui para projetos de museus em todo o mundo.

Imersão

A outra exposição é a Sentir Mundo – Uma Jornada Imersiva, que será inaugurada no dia 30 de janeiro. Segundo os organizadores, a mostra “vai levar o público a um passeio pelas florestas, pelo solo e pela vida dos animais”. A exposição pode ser visitada até 2 de junho deste ano.

O público vai poder reforçar os seus sentidos no projeto que foi idealizado e desenvolvido pelo Sensory Odyssey Studio. Os visitantes vão passar pela parte visível da floresta, por dentro do solo e conferir a dança dos insetos por meio de painéis informativos, sons característicos, cheiros e acervo entomológico, que é uma coleção científica formada por insetos. “A exposição é uma versão reduzida de Odisseia Sensorial, que estreou em Paris, em parceria com o Museu Nacional de História Natural, e foi exibida em Singapura”, completaram os organizadores.

Brincadeiras

As atividades se estendem ao projeto Brincar é Ciência, apresentado pela ArcelorMittal A programação está prevista para todas as terças, sábados e domingos de janeiro. Na próxima terça-feira, os visitantes vão poder participar da homenagem ao Dia do Astronauta. Haverá uma oficina para construir naves espaciais e aprender sobre a profissão. O público poderá se divertir ainda com uma oficina de colagem e outra de holograma portáteis. No dia 14, em mais uma oficina lúdica com música, será a vez das crianças entre 3 e 6 anos, que participarão também de uma roda de contação de histórias. A programação prevê atividades até o dia 30 deste mês.

Os ingressos podem ser comprados pela internet ou na bilheteria do Museu do Amanhã.

Museu do Amanhã

O espaço cultural da Praça Mauá é um equipamento da prefeitura do Rio de Janeiro, cuja gestão cabe ao Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), uma organização social sem fins lucrativos especializada em administrar centros culturais públicos e programas ambientais.

União cede área em Brasília para construção do Museu da Democracia

O governo federal cedeu área na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para a construção do Museu da Democracia. Serão investidos R$ 40 milhões no empreendimento, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).  

Em comunicado publicado nesta sexta-feira (5), o Ministério da Cultura (MinC) informou que, desde o início de 2023, após os ataques antidemocráticos de 8 de janeiro, vem trabalhando para viabilizar a construção do museu. O local foi definido após tratativas entre o MinC e a Secretaria de Patrimônio da União. 

O terreno está localizado no setor cultural, lado norte da Esplanada dos Ministérios, ao lado do Teatro Nacional Claudio Santoro (foto). A destinação da área será formalizada nos próximos dias. Na sequência, o MinC e o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) devem lançar concurso nacional para escolher o projeto arquitetônico do espaço. Apenas após essa etapa será possível licitar a execução da obra, com expectativa para ser iniciada em 2025. 

Instituição plural

De acordo com o MinC, o museu será construído “com a união dos setores democráticos do país” e não estará ligado a um setor político. “O intuito é que seja uma instituição cívica, plural e construída em sintonia com todos aqueles que apoiam a democracia”, diz a nota. 

“Além disso, a institucionalização do Museu da Democracia deverá ser pautada por um processo participativo de consultas com especialistas, representantes de coletivos e entidades reconhecidamente engajadas em processos culturais e educativos voltados à valorização da democracia e dos direitos humanos”, acrescentou o MinC. 

Na próxima segunda-feira (8), o Ibram também lançará o repositório do Museu da Democracia, um ambiente virtual para sistematizar, organizar e difundir um catálogo de memória e desenvolvimento de coleções da sociedade civil sobre a democracia contemporânea do país.   

“Além de abrigar um memorial sobre os ataques antidemocráticos do ano passado, o repositório servirá de base para uma campanha para mobilizar museus e pontos de memória a refletirem enquanto agentes de um estado democrático e protagonistas de sua própria história, de maneira a enfatizar a importância da participação e do envolvimento social pela construção de direitos em nível local”, explicou o MinC.

No Rio, Casa Museu Eva Klabin tem programação gratuita para as férias

O Programa de Educação da Casa Museu Eva Klabin, localizada na Lagoa, zona sul do Rio de Janeiro, oferece programação gratuita durante as férias, já a partir desta quarta-feira (3), voltada a crianças, jovens e adultos. As atividades serão oferecidas nos dias úteis, de quarta a sexta-feira, às 10h e às 15h e, nos finais de semana e feriados, às 15h.

A oficina Arte com Bolhas de Sabão está marcada para os dias 3, 13, 19 e 24 de janeiro e 2 de fevereiro. A ideia é estimular a criatividade e a produção artística com o uso da bolha de sabão, elemento que faz parte das memórias de infância de muita gente. Essa atividade é sugerida para crianças a partir de 3 anos e, também, para jovens e adultos.

Inspirada nos peixes que habitam o lago da casa, a oficina inédita Carpa-Colagem será oferecida nos dias 4, 12, 18, 26 e 31 deste mês. Nessa atividade, a técnica de recorte e colagem e o trabalho com texturas serão aplicados para a produção de imagens inspiradas nos peixes. A oficina também é destinada para crianças a partir de 3 anos de idade, jovens e adultos.

Com o objetivo de desenvolver e explorar a expressão corporal, a Casa Museu Eva Klabin traz a oficina de Teatro de Sombras nos dias 5, 10, 21 e 26 de janeiro e 1º de fevereiro. Oriundo do continente asiático, o teatro de sombras é baseado em um jogo que envolve corpo, luz e sombra. Na oficina, os participantes são convidados a explorarem sua expressividade corporal para dar vida a diferentes personagens e histórias. Atividade sugerida para crianças com mais de 3 anos, jovens e adultos.

Arte educação

Os arte educadores do museu oferecem também oficinas de cologravura, para criação de símbolos, nos dias 3, 14 e 19 de janeiro e 1º de fevereiro, para crianças a partir de 4 anos, jovens e adultos; oficinas de autorretratos, para reprodução de imagens dos rostos dos visitantes a partir da técnica do desenho, nos dias 5, 11, 20, 28 e 31 deste mês: e pintura de paisagens, nos dias 6, 11, 17 e 25 de janeiro e 4 de fevereiro. Essa atividade visa promover aos participantes a experiência da pintura de paisagens a partir da observação do jardim de Eva Klabin e da natureza presente no entorno da Casa Museu.

Já a atividade Memes no Museu, programada para os dias 4, 10, 17 e 25 deste mês e 2 de fevereiro, explora o acervo do equipamento, que reúne mais de 2 mil peças, desde o Antigo Egito até o Impressionismo. O público faz uma visita mediada associando as obras de arte a situações do cotidiano. De acordo com os organizadores, trata-se de uma experiência interativa e divertida que promove um exercício criativo por meio do uso de diferentes elementos, como a imagem, a palavra e a tecnologia. A atividade tem classificação a partir de 5 anos.

Na oficina Rap no Museu, os participantes vão experimentar a composição musical e a percussão corporal, sendo convidados a criar letras a partir do acervo da Casa Museu Eva Klabin para uni-las a um beat (compasso) de rap. Será nos dias 7, 12, 18 e 24 de janeiro e 3 de fevereiro, para crianças acima de 5 anos, jovens e adultos.

Cada uma das oficinas envolve até 30 pessoas. A retirada das senhas é feita dez minutos antes das atividades. A Casa Museu Eva Klabin fica na Avenida Epitácio Pessoa, 2.480, na Lagoa. Os administradores do museu informam que não há vagas de estacionamento nas imediações e que a casa não dispõe de estacionamento próprio. Por isso, a instituição recomenda que o público utilize transporte público ou por aplicativo.

Pessoas físicas podem ajudar na reconstrução do Museu Nacional do Rio

Pessoas físicas e empresas podem ajudar na reconstrução do Museu Nacional no Rio de Janeiro, destruído por um incêndio em 2018, doando parte do imposto de renda devido ao Leão. 

O Museu está inscrito no Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac) da Lei Rouanet e pode receber doações dedutíveis do IR. As doações devem ser feitas ainda este ano e deduzidas na declaração do ano que vem.  

Os recursos serão aplicados na modernização das instalações da Biblioteca do Horto Botânico e na segunda fase das obras de restauração do Paço de São Cristóvão, o edifício tombado pelo IPHAN que abriga o Museu. 

O diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, explicou como a doação pode ser feita por pessoas físicas.

“De cada 100 reais que qualquer pessoas terá que pagar ao fisco no ano que vem, ela poderá destinar 6 reais, ou seja 6%, para um Pronac, que, no nosso caso, envolve a restauração do palácio. Mas essa doação terá que ser feita ainda neste ano e, depois disso, a pessoa receberá o comprovante da doação e um recibo que depois pode apresentar no seu imposto de renda e abater no montante que teria que pagar.”

Para empresas, o limite de deduções é de 4% do imposto devido. Já as pessoas físicas devem optar pelas deduções legais, permitidas apenas para quem faz a declaração completa.

O orçamento estimado pelo Projeto Museu Nacional Vive para reconstrução do Museu é de R$ 445 milhões. Segundo Kellner, ainda faltam cerca de R$ 200 milhões para dar continuidade às obras. 

O diretor avalia que R$ 90 milhões podem ser captados em doações do IR e R$ 20 milhões em doação prometida pela Assembleia Legislativa do Estado. Kellner afirmou, no entanto, que tem tentado, sem sucesso, agendar uma reunião com a presidência da Alerj para tratar do assunto. 

Desses recursos dependem as próximas inaugurações. A fachada principal do Paço de São Cristóvão já foi inteiramente restaurada e inaugurada na comemoração dos 205 anos da instituição, em junho deste ano. 

Meteorito Bendegó

Em setembro de 2024, quando se completam 6 anos do incêndio, está prevista a abertura da sala do meteorito Bendegó e da escadaria monumental do palácio histórico. Alexander Kellner também confirma que a reabertura parcial do museu está prevista para abril de 2026. “Então teremos algo em torno de três mil metros quadrados de área expositiva juntamente com todas as facilidades e importantes adaptações para acessibilidade universal da nossa instituição, sem esquecer da parte educativa que terá uma área de apoximadamente de 400 a 500 metros quadrados.

Mas a reabertura total do museu só deve acontecer mesmo em 2028. Em nota, a Alerj afirmou que os R$ 20 milhões de reais doados ainda não foram repassados, porque o Museu até o momento não cumpriu exigências do termo firmado com a UFRJ, que é a responsável pelo prédio histórico. Ainda de acordo com a nota, o Museu queria receber a doação por meio da Associação dos Amigos do Museu Nacional, o que não é possível.,

Quem desejar fazer uma doação aos projetos de recuperação do Museu Nacional com dedução no Imposto de Renda pode acessar os dados para transferência no site.

Ouça na Radioagência: 

Fósseis repatriados da França vão para museu no Ceará

A secretária de Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Ceará, Sandra Monteiro, recebeu nesta quinta-feira (14) os 998 fósseis datados do período cretáceo, com mais de 90 milhões de anos, repatriados da França. As peças já haviam sido simbolicamente entregues ao Brasil no ano passado, em uma cerimônia na França.

A devolução pelo governo francês finaliza o caso iniciado em 2013, quando os bens contrabandeados foram apreendidos durante inspeção de rotina realizada por funcionários da Alfândega francesa, em um contêiner que saiu do Brasil em direção ao país europeu. Foram descobertas 650 placas de Formação Crato com fósseis de crustáceos, insetos e plantas e 348 nódulos de animais fossilizados em cobertura de argila.

Após a apreensão, as peças passaram por perícias em museus da França, que confirmaram a origem e autenticidade do material.

Os fósseis de pterossauros, peixes, plantas, insetos e outras espécies de animais, foram retirados ilegalmente da bacia que corta a Chapada do Araripe, no Cariri cearense. Algumas peças estão em perfeito estado de conservação dos tecidos.

Agora, as peças vão integrar o acervo do Museu de Paleontologia da Universidade Regional do Cariri, em Santana do Cariri. Os fósseis também serão exibidos em exposições itinerantes.