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TV Brasil exibe três jogos da Série B do Brasileirão no meio da semana

A TV Brasil transmite, ao vivo, três partidas da quinta rodada do Campeonato Brasileiro da Série B no meio desta semana. As atrações da jornada esportiva do canal público são os confrontos Vila Nova (GO) x Novorizontino (SP) nesta terça (14), às 19h; Botafogo (SP) x Chapecoense (SC), no mesmo dia, na sequência, às 21h30; e Ponte Preta (SP) x Santos (SP), nesta quarta (15), também às 21h30.

A emissora faz um pré-jogo de 15 minutos antes de cada disputa da faixa que vai ao ar às 21h30. Durante esse aquecimento, a equipe de transmissão da TV Brasil apresenta notícias sobre os times, detalhes sobre as escalações e a tabela atualizada da competição.

Saiba como assistir aos jogos da Série B na TV Brasil

Pela abertura da quinta rodada, a TV Brasil acompanha amanhã o jogo entre Vila Nova  e Novorizontino. O clube goiano recebe o paulista no estádio Onésio Brasileiro Alvarenga, conhecido como OBA, em Goiânia. A partida tem narração de André Marques e comentários de Waldir Luiz e Brenda Balbi. As reportagens no local são de Daniel Ito.

Os adversários estão empatados na disputa da Série B do Campeonato Brasileiro. Vila Nova e Novorizontino tem 6 pontos e ocupam, respectivamente, a oitava e a nona posições na tabela da competição. Ambos venceram dois jogos e perderam dois e tem, até agora, 50% de aproveitamento.

Ainda na terça, logo depois do primeiro confronto, a TV Brasil transmite o segundo jogo da noite: Botafogo de São Paulo x Chapecoense, que deve começar às 21h30. A partir das 21h15, a equipe de transmissão apresenta os destaques sobre o duelo.

Luciana Zogaib narra a peleja, que será no Estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Os comentaristas escalados pela emissora para analisar a partida são Rodrigo Campos e Brenda Balbi. O repórter Juliano Justo traz as informações mais importantes do campo de jogo.

Mandante, o Botafogo está na zona de rebaixamento para a Série C, em décimo oitavo lugar. Com apenas 3 pontos, o clube ainda não venceu na competição. O time empatou os três primeiros embates e foi derrotado na última partida. Já o time catarinense ocupa a sexta colocação, com 7 pontos. A equipe venceu duas vezes, empatou uma e perdeu outra.

No dia seguinte, a TV Brasil começa a transmissão da Série B do Brasileirão com o pré-jogo do confronto entre dois times paulistas: Ponte Preta e Santos, que entram em campo às 21h30.

A transmissão da partida, a ser disputada no Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, terá narração de Rodrigo Campos e participação de dois convidados: JP Scofano e Fabio Augusto. O repórter Lincoln Chaves traz as notícias do gramado.

A Ponte Preta está em décimo segundo lugar na classificação, 5 pontos. O time da casa obteve uma vitória, dois empates e sofreu uma derrota. Já o visitante está na terceira posição do campeonato. O Santos tem 9 pontos na tabela. A equipe do litoral venceu três confrontos e perdeu um.

Série B

Neste ano, 20 clubes disputam o campeonato, que vai até novembro e vale vaga na Série A e na Copa do Brasil. Dos 380 jogos da competição, a TV Brasil selecionará três por rodada, totalizando 114 partidas transmitidas. 

A chegada da Série B faz parte da estratégia da emissora de ampliar a presença do esporte na sua programação. A TV Brasil também exibe atualmente o Brasileirão Feminino e a Liga de Basquete Feminino (LBF). 

Por meio da Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP), que reúne 98 emissoras afiliadas da TV Brasil, os torcedores de todo o país poderão assistir às partidas e acompanhar seus times na disputa pelo título.

Competição

Neste ano, a disputa na Série B somará 380 jogos e será disputada no sistema de pontos corridos, em turno e returno, com 19 jogos de ida e 19 de volta. Disputam a competição os seguintes clubes: Amazonas, do Amazonas; América, de Minas Gerais; Avaí, Brusque e Chapecoense, de Santa Catarina; Botafogo, Guarani, Ituano, Mirassol, Novorozontino, Ponte Preta e Santos, de São Paulo; Ceará, do Ceará; Coritiba e Operário, do Paraná; CRB, de Alagoas; Goiás e Vila Nova, de Goiás; Paysandu, do Pará; e Sport, de Pernambuco.

Os quatro primeiros conquistam uma vaga na Série A em 2025.

Serviço

Brasileirão Série B 2024 na TV Brasil
Terça-feira, dia 14, às 19h – Vila Nova x Novorizontino
Terça-feira, dia 14, às 21h15 – Botafogo x Chapecoense
Quarta-feira, dia 15, às 21h15 – Ponte Preta x Santos

RS: ao menos 47 pessoas são presas por crimes em meio à calamidade

Ao menos 47 pessoas já foram presas no Rio Grande do Sul, suspeitas de cometerem crimes em meio a calamidade pública provocada pelas consequências das fortes chuvas que atingem o estado desde o dia 26.

Segundo a secretaria estadual de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, 41 pessoas foram detidas em flagrante pela suposta participação em saques, e seis homens são suspeitos de cometer abusos sexuais.

De acordo com o governador Eduardo Leite, os seis casos de violência sexual ocorreram em abrigos que estão recebendo as pessoas cujas residências foram atingidas por efeitos adversos das chuvas como enxurradas, inundações, alagamentos, deslizamentos e desmoronamentos e que não tinham para onde ir. Em todo o estado, há 67.563 pessoas desabrigadas e pouco mais de 400 abrigos.

“Nos casos de abuso relatados, nossas equipes de segurança entraram imediatamente em operação e as pessoas [suspeitas] foram presas”, informou Leite, acrescentando que, nos seis casos, as vítimas eram crianças parentes das pessoas detidas.

“Lamentavelmente, envolvem familiares das crianças. O que sinaliza a possibilidade desses abusos acontecerem já anteriormente e que a situação nos abrigos, na verdade, escancarou, revelou isso, dando inclusive a oportunidade do Poder Público agir”, disse Eduardo Leite.

Diante do grande número de desabrigados, o governo estadual estuda abrir abrigos exclusivos para mulheres, crianças e jovens, disse o governador.

“É uma das nossas ações prioritárias dar a oportunidade de um abrigo em situação especialíssima para quem se sinta em uma situação vulnerável e precise de um acolhimento especial”, explicou Leite.

Saques

O secretário estadual da Segurança Pública, Sandro Caron, destacou a preocupação das forças de segurança em coibir saques. Segundo ele, em várias cidades agentes da Brigada Militar e da Polícia Civil têm usado embarcações para fazer o policiamento ostensivo em um cenário de ruas alagadas e edificações parcialmente submersas.

“Com isso, os saques já reduziram muito nos últimos dias”, garantiu Caron, sem fornecer números de ocorrências. Ainda segundo o secretário, até sábado (11), a pasta habilitará 1 mil reservistas da Brigada Militar, convocados por meio do Programa Mais Efetivo, para atuar no policiamento, inclusive para reforçar a segurança dos abrigos públicos.

“Temos este foco agora muito direcionado para os abrigos. Em alguns deles, já temos, permanentemente, integrantes da Brigada Militar e da Polícia Civil. Aqueles poucos que ousarem cometer crimes, especialmente dentro dos abrigos, serão presos”, garantiu Caron.

Médicos listam recomendações para evitar doenças em meio a enchentes

A Associação Brasileira de Medicina de Emergência publicou uma série de recomendações para se evitar doenças e dar mais segurança às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. A proposta é ajudar a prevenir o adoecimento da população em meio ao período de calamidade pública tendo como base a prática de especialistas que atendem em pronto-socorros e pronto-atendimentos.

A entidade alerta que tragédias de grandes proporções têm impactos significativos sobre a saúde da população e sobre a infraestrutura dos serviços de saúde. Após inundações, por exemplo, é possível que haja registro de casos de doenças como leptospirose, hepatite A e tétano acidental, além de problemas respiratórios e transtornos transmitidos por vetores.

Há ainda risco de acidentes provocados por animais, afogamentos, traumatismos e choques elétricos, comuns em cenários como o registrado ao longo dos últimos dias no Rio Grande do Sul.

Uma das principais orientações está relacionada a ações preventivas de desinfecção da água para consumo humano. De acordo com a associação, nos locais em que a rede de abastecimento estiver comprometida, é indispensável que a população consuma água de fontes seguras, como garrafas e galões lacrados.

“Na impossibilidade de consumir água mineral, é necessário realizar o procedimento de desinfecção caseira da água. Para tanto, é possível aplicar a seguinte fórmula: a cada um litro de água, utilizar duas gotas de solução de hipoclorito de sódio a 2,5%, deixando a mistura repousar depois por 30 minutos.

Outras recomendações de especialistas em medicina de emergência são:

– Em caso de chuva forte, saia de locais de risco o mais rápido possível. Além do risco imediato nas inundações, há ainda riscos tardios, relacionados à leptospirose, ao tétano e a outras infecções.

– Pessoas atingidas por enchentes estão mais suscetíveis a adoecer. Fique atento a sintomas de doenças infecciosas, como diarréia, febre, fadiga e dores no corpo. Caso verifique alguma alteração, procure atendimento médico.

– Ao enfrentar uma inundação, se possível, proteja-se com botas plásticas, roupas resistentes e luvas. Se necessário, não hesite em pedir ajuda a órgãos públicos e não se coloque em situações de risco.

– Em caso de resgate por barco, sinalize o lugar no qual você se encontra pendurando um pano vermelho ou uma lanterna no local para auxiliar a identificação por parte da equipe de resgate.

– Atendimentos em emergência serão mais intensos nesta fase. Por isso, procure os serviços com consciência.

– Caso sua caderneta de vacinação esteja desatualizada, vacine-se o mais rápido possível. A orientação vale para crianças e adultos.

– Observe, a todo tempo, as recomendações das autoridades sanitárias e da defesa civil, evitando o pânico ou iniciativas individuais.

As tensões entre Japão e Rússia aumentam devido à guerra na Ucrânia em meio a disputas de terras que duram décadas

Ilhas disputadas em questão: Ilhas Habomai, Shikotan, Kunashiri (Kunashir) e Etorofu (Iturup)

8 de maio de 2024

 

A fricção entre o Japão e a Rússia provavelmente aumentará no meio da crescente guerra na Ucrânia, com os conflitos terrestres de décadas a não mostrarem sinais de descongelamento.

O Kremlin proibiu recentemente navios não-russos de águas próximas das Ilhas Curilas – conhecidas no Japão como Territórios do Norte – atualmente ocupadas pela Rússia, mas reivindicadas pelo Japão.

Tóquio viu a medida como parte de uma série de ameaças de Moscou após a recente aliança de segurança entre os Estados Unidos e o Japão.

Haverá mais retaliações de Moscovo contra o Japão, de acordo com James DJ Brown, professor de ciência política na Universidade Temple do Japão.

“O regime de Putin sente a obrigação de retaliar contra o que considera ações hostis do Japão”, disse Brown à VOA News. “Cada vez que Tóquio faz algo mais para ajudar a Ucrânia ou para fortalecer os laços militares com os Estados Unidos, Moscovo toma algumas medidas para punir o Japão.”

Ele disse que, como o Japão provavelmente introduzirá mais sanções para apoiar Kiev, a retaliação de Moscou está “quase garantida”.

As medidas retaliatórias não visam apenas Tóquio. Um russo residente nas Ilhas Curilas foi avisado em março por um tribunal russo sobre as suas declarações à imprensa japonesa de que o território tinha pertencido ao Japão no passado.

No início deste ano, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que visitaria as Ilhas Curilas, freando as esperanças de negociações sobre a soberania que ambos os países vêm tentando há décadas.

As disputas por terras são profundas

As Ilhas Curilas com nomes russos. Fronteiras do Tratado de Shimoda (1855) e do Tratado de São Petersburgo (1875) mostradas em vermelho. Desde 1945, todas as ilhas a nordeste de Hokkaido são administradas pela Rússia.

As reivindicações concorrentes da Rússia e do Japão sobre as quatro ilhas ao largo da costa nordeste de Hokkaido – a segunda maior ilha do Japão – remontam pelo menos ao século XIX. Perto do final da Segunda Guerra Mundial, a então União Soviética começou a ocupar totalmente as Ilhas Curilas.

O Japão alegou que a União Soviética os incorporou “sem qualquer fundamento legal” e recusou-se a assinar um tratado de paz. Tóquio disse que cerca de 17 mil residentes japoneses foram deportados das ilhas. O público russo, disse Brown, vê as Ilhas Curilas como uma recompensa pelos sacrifícios do povo soviético durante a guerra.

Os dois países mantiveram conversações intermitentes durante décadas para chegar a um acordo, mas sem sucesso.

O conflito acalmou-se em 2016, quando os dois países acordaram actividades económicas conjuntas, incluindo projectos turísticos nas ilhas, bem como visitas isentas de visto para cidadãos japoneses.

Dois anos depois, o ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe propôs uma divisão das quatro ilhas, devolvendo duas ilhas ao Japão, mas Putin rejeitou-a. Akihiro Iwashita, professor do Centro de Investigação Eslavo-Eurasiático da Universidade Hokkaido, no Japão, chamou a isto a “diplomacia falhada” de Putin em relação ao Japão, que acabou por levar Tóquio a adoptar uma abordagem mais linha-dura contra Moscovo.

“Se Putin tivesse demonstrado boa vontade para com o Japão, negociando com Shinzo Abe o tratado de paz, o Japão não teria assumido uma posição crítica sobre a guerra na Ucrânia”, disse Iwashita à VOA News. “Lembram-se da hesitação do Japão em sancionar a Rússia após a agressão de 2014 contra a Ucrânia? O Japão agora não precisa restringir a sua política em relação à Rússia.”

Tensões sobre a guerra na Ucrânia

Pouco depois de a Rússia ter invadido a Ucrânia em Fevereiro de 2022, Moscovo suspendeu todas as negociações do tratado de paz com o Japão e suspendeu as actividades económicas previamente acordadas e as visitas isentas de visto às ilhas para cidadãos japoneses. Isto seguiu-se ao apoio do primeiro-ministro Fumio Kishida à Ucrânia na guerra, com Kishida a chamar a suspensão de “extremamente injusta”.

O Japão tem prestado assistência à Ucrânia contra a invasão da Rússia, incluindo o fornecimento de sistemas de defesa aérea Patriot no ano passado. Kishida foi o primeiro líder japonês a visitar uma zona de guerra ativa, para mostrar solidariedade à Ucrânia e aos EUA.

Moscou alertou sobre “graves consequências” para seus laços com Tóquio. Isso não impediu o Japão de prometer 4,5 mil milhões de dólares em ajuda à Ucrânia devastada pela guerra em Dezembro passado, incluindo mil milhões de dólares para fins humanitários.

A ajuda do Japão à Ucrânia afetou os residentes de Hokkaido. Uma pesquisa realizada pelas autoridades de Hokkaido e pelo Hokkaido Shimbun no ano passado mostrou que mais de metade dos entrevistados perto da fronteira entre a Rússia e o Japão, no norte, sentiram um efeito negativo da guerra na Ucrânia na vida local, incluindo a redução das atividades pesqueiras e do comércio, e da redução humana. Contatos.

Em Outubro do ano passado, a Rússia proibiu todas as importações de marisco do Japão, citando a libertação de águas residuais da central nuclear de Fukushima por Tóquio.

“Moscou usou a pretensão da ameaça de radiação da água de tratamento da usina de Fukushima. Na realidade, foi uma tentativa de Moscovo de punir o Japão pelo seu apoio à Ucrânia”, disse Brown.

Na pesquisa, muitos também disseram que não conseguem prever uma solução para os territórios do norte, mas a maioria disse apoiar a política de Tóquio contra a Rússia.

Ambos os especialistas disseram que a Rússia não representa atualmente uma ameaça militar ao Japão. Brown disse: “os militares russos estão presentes nas ilhas disputadas, mas o seu papel é defender o Mar de Okhotsk, que é importante como bastião dos submarinos nucleares russos. Não tem capacidade nas ilhas para lançar um ataque anfíbio a Hokkaido.”

Espera-se que as negociações do tratado de paz continuem congeladas num futuro próximo, apesar dos apelos de Kishida para a sua retomada em Fevereiro deste ano.

“Kishida está demonstrando boa vontade diplomática para com a Rússia, mas sem expectativas de que seja retribuída… Há pouco espaço para preencher a lacuna de interesse entre os dois”, disse Iwashita.

Ele acrescentou que a pressão da Rússia sobre o Japão “não levará a nenhum resultado”.

Fonte
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Em meio a quase 100 mortos e 336 cidades em calamidade, nova frente fria ruma para o RS

7 de maio de 2024

 

As cheias históricas que atingem o Rio Grande do Sul (RS) desde a semana passada já levaram à morte quase 100 pessoas e há 336 cidades em estado de calamidade pública, enquanto novos alertas para tempo ruim são divulgados. Mais de 1,60 milhões de pessoas foram afetadas de alguma forma.

Segundo a Metsul, uma nova frente fria associada a um ciclone extratropical que ser formará na altura da Argentina causará mais chuvas, que podem ser localmente fortes. “O Rio Grande do Sul será atingido por novo evento de chuva excessiva com volumes muito altos em parte do estado”, reportou a Metsul.

A frente fria encontrará a massa de ar quente que está estacionada sobre o centro-sul do Brasil, o que, precisamente, causará a precipitação, além de outros inconvenientes, como granizo e vento, de forma isolada.

Novos riscos

O governador do RS, Eduardo Leite, usou as redes sociais para fazer o alerta. “Háverá muitos transtornos e a temperatura deve baixar a partir da noite de amanhã”. Ele também disse que as novas chuvas devem preocupar os moradores das regiões mais atingidas, como a Serra e os Vales, e enfatizou: “não é hora de voltar para casa”.

“O novo episódio de chuva é extremamente preocupante porque se dá com o estado ainda em condição critica. Cairá muita águas nas cabeceiras dos rios com elevadíssima probabilidade de mais deslizamentos de terra e quedas de barreiras em rodovias”, enfatizou a Metsul.

Boletim das 18h desta terça-feira

Municípios atingidos: 401
Óbitos: 95
Óbitos em investigação: 4
Feridos: 372
Desaparecidos: 131
Pessoas em abrigos: 48.799
Desalojados: 159.036
Afetados: 1.443.950

As cidades onde mais morreram pessoas são Cruzeiro do Sul (8), Gramado (7) e Bento Gonçalves (6).

Referências
Enchentes no Rio Grande do Sul em abril de 2024, Wikipédia.
Enchente de 1941 em Porto Alegre, Wikipédia.
Muro da Mauá, Wikipédia.Notícias Relacionadas
Câmara aprova reconhecimento de estado de calamidade no Rio Grande do Sul]
Guaíba segue subindo e alcança 5,3 metros; problemas crescem em Porto Alegre
Número de mortes nas cheias históricas no RS chega a 55
 
 
 
 
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A Metsul permite a cópia de pequenos trechos de seu material, desde que citada a fonte e fornecido o link para o texto original.

O impacto dos alimentos ultraprocessados no meio ambiente

Pizza e outros congelados

7 de maio de 2024

 

Jornal da USP

De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens) da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, 98,8% dos ultraprocessados analisados encontrados nos comércios brasileiros contêm sódio, gorduras e açúcares livres em excesso. Com esse dado, pode-se dizer que o impacto deles no corpo humano não é dos melhores. Mas o que pouco se fala é do impacto de sua produção no meio ambiente.

“Apesar de ainda estarem em estágio inicial, os estudos acerca do impacto ambiental dos alimentos ultraprocessados, realizados principalmente em países de alta renda, demonstram relações entre a produção e consumo desses produtos e a perda de biodiversidade“, diz Fernanda Marrocos, pesquisadora da Cátedra Josué de Castro de Sistemas Alimentares Saudáveis e Sustentáveis da FSP e do Nupens.

A pesquisadora explica que isso tem relação com os ingredientes utilizados, como os de origem animal e óleo de palma, cacau, café — que são frequentemente relacionados com as mudanças no uso da terra. “Esses produtos também estão associados às emissões de gases de efeito estufa, degradação do solo e aos impactos na qualidade e escassez da água”, completa.

O plástico e o transporte
Em 2022, o Brasil gerou 13,7 milhões de toneladas de plástico, segundo uma pesquisa da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). Essa quantidade corresponde a quase 64 quilos de plástico por brasileiro.

Esses resíduos também estão relacionados com os ultraprocessados, sobretudo na embalagem desses produtos. “O fato de os alimentos ultraprocessados terem como uma de suas características principais uma longa vida de prateleira faz com que eles dependam amplamente do uso de embalagens elaboradas a partir de diferentes tipos de materiais que serão, posteriormente, descartadas no meio ambiente”, explica a pesquisadora.

Segundo o relatório publicado pela Talking Trash em 2020, dentre os maiores poluidores apontados no documento estão as transnacionais de bebidas açucaradas, incluindo os líderes de venda de refrigerantes. “Por isso, o consumo excessivo desses produtos, estimulado por propagandas e por suas características de sabor e textura, implica um volume grande de resíduos gerados a partir do descarte das embalagens utilizadas na produção e em sua distribuição”, ressalta.

O transporte também não fica de fora. O gasto de energia nas diversas fases da cadeia produtiva é alto e complexo. “Isso é principalmente devido ao fato de serem submetidos a etapas adicionais de processamento industrial ou ultraprocessamento e de percorrerem longas distâncias — desde sua produção até as redes de distribuição e consumo”, comenta Fernanda.

Fonte
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Esta notícia é uma transcrição parcial ou total do Jornal da Universidade de São Paulo. Este texto pode ser utilizado desde que seja atribuído corretamente aos autores e ao sítio oficial.
Veja os termos de uso (copyright) na página do Jornal da USP

RS contabiliza meio milhão de pessoas afetadas pelas chuvas

As fortes chuvas que atingem o estado do Rio Grande do Sul já afetaram 510.585 pessoas, segundo balanço divulgado pela Defesa Civil do estado, às 18h, deste sábado. Dos 497 municípios, pelo menos 317 já sofreram alguma consequência dos temporais que atingem a região desde o início da semana. 

A Defesa Civil confirma a morte de 55 pessoas e informa que ainda há 7 em investigação. Os municípios com mais óbitos são Gramado (6) e Santa Maria (6).  Até o momento, há 107 feridos e 74 cidadãos desaparecidos. 

Em todo o estado, há 69 mil desalojados em 13 mil pessoas em abrigos. 

Pelo menos 418,2 mil pontos estão sem energia elétrica. Há ainda 1 milhão de domicílios sem abastecimento de água (34% do total), segundo a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan).

Os municípios também estão com dificuldade de acesso a telefonia e dados móveis. De acordo com as operadoras, 90 cidades estão sem serviços da TIM, 43 sem os serviços da Vivo e 53 municípios não conseguem acesso pela Claro. 

TV Brasil exibe 2 jogos no meio de semana pelo Brasileirão Feminino

A TV Brasil acompanha dois confrontos válidos pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro Feminino Série A1, competição que reúne as principais equipes da categoria, neste meio de semana. O pré-jogo, com as notícias sobre as partidas programadas pela emissora pública, começa 15 minutos antes da bola rolar.

A transmissão de Palmeiras (SP) x Real Brasília (DF) é o destaque da programação na manhã desta quarta-feira (1º), ao vivo, a partir das 9h45. A TV Brasil exibe o duelo Santos (SP) x Fluminense (RJ) na noite de quinta (2), ao vivo, a partir das 20h45.

Saiba como assistir aos jogos do Brasileirão Feminino Série A1 na TV Brasil

A partida Palmeiras (SP) x Real Brasília (DF) começa às 10h no estádio Jayme Cintra, em Jundiaí, no interior de São Paulo, mas a transmissão começa, ao vivo, às 9h45, com as notícias do pré-jogo. A jornalista Luciana Jogaib narra o embate que tem os comentários de Brenda Balbi e da convidada Yasmin Queiroz.

Acompanhe a tabela do Brasileirão Feminino

A equipe alviverde paulista ocupa a quinta colocação na tabela com 13 pontos. As Palestrinas conquistaram quatro vitórias, tiveram um empate e perderam dois jogos. Já o time do Real Brasília está em nono lugar, com 10 pontos. O clube ganhou duas partidas, empatou quatro e perdeu uma.

A TV Brasil transmite o jogo Santos (SP) x Fluminense (RJ) na quinta, às 21h, com aquecimento, ao vivo, a partir das 20h45. A disputa ocorre no estádio Ulrico Mursa, na cidade de Santos, no litoral paulista. A narração é de Luciana Zogaib com os comentários de Brenda Balbi e de Giordana Krumpanzer, da TV Cultura do Pará.

As Sereias da Vila estão na 11ª posição do campeonato com 7 pontos. O time venceu duas partidas, empatou uma e foi derrotado em quatro. Já as tricolores estão no 13º lugar do Brasileirão. As atletas das Laranjeiras conseguiram ganhar um jogo, empataram dois e perderam quatro.

Sobre a competição

Com 16 clubes, a edição de 2024 da Série A 1 reúne a elite do futebol feminino brasileiro e terá seis meses de disputa. A final está programada para o dia 22 de setembro. Os times que participam são América (MG), Atlético Mineiro (MG), Avaí-Kindermann (SC), Botafogo (RJ), Corinthians (SP), Cruzeiro (MG), Ferroviária (SP), Flamengo (RJ), Fluminense (RJ), Grêmio (RS), Internacional (RS), Palmeiras (SP), Real Brasília (DF), Red Bull Bragantino (SP), Santos (SP) e São Paulo (SP).

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Em meio às tensões na China, Índia entrega mísseis de cruzeiro supersônicos às Filipinas

23 de abril de 2024

 

A Índia começou a entregar mísseis de cruzeiro supersônicos às Filipinas, enquanto os dois países estreitam os laços estratégicos e de defesa em meio às crescentes tensões entre a nação do Leste Asiático e a China sobre disputas marítimas no Mar do Sul da China.

Os mísseis BrahMos estão sendo adquiridos pelas Filipinas sob um acordo de US$ 375 milhões assinado em 2022.

“Agora também exportamos mísseis BrahMos. O primeiro lote deste míssil vai hoje para as Filipinas”, disse o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, na sexta-feira, num comício eleitoral.

A Índia e as Filipinas intensificaram a cooperação em defesa à medida que as preocupações sobre uma China cada vez mais assertiva se aprofundam em ambos os países.

As tensões entre as Filipinas e a China aumentaram ao longo do ano passado, à medida que Pequim, citando direitos históricos, pressiona as suas reivindicações sobre áreas dentro da zona económica exclusiva de Manila. Os esforços para resolver o impasse militar de quatro anos entre Nova Deli e Pequim ao longo da disputada fronteira com o Himalaia fizeram pouco progresso.

Em Nova Deli, analistas dizem que a Índia quer fazer parte de uma reação maior contra a China no Mar da China Meridional, à medida que aumentam as preocupações com as ambições territoriais de Pequim.

“A entrega de mísseis BrahMos às Filipinas não é, por si só, uma mudança de jogo. Mas a ideia é que façamos parte de uma coligação mais ampla de países, incluindo os EUA, que tentam desenvolver a força e reforçar a segurança de países mais pequenos como as Filipinas. É o que chamamos de estratégia de trabalho em rede”, segundo Sreeram Chaulia, reitor da Escola Jindal de Assuntos Internacionais.

As tensões entre as Filipinas e Pequim aumentaram após os recentes confrontos entre as guardas costeiras e outras embarcações dos dois países.

A China, que reivindica quase todo o Mar da China Meridional, destaca navios da guarda costeira para patrulhar o que considera serem as suas águas – além das Filipinas, Pequim também tem disputas marítimas com países como o Vietname, a Indonésia e a Malásia.

Os mísseis fornecidos pela Índia são produzidos em joint venture com a Rússia. Eles são um sistema anti-navio baseado em terra com um alcance de 290 quilômetros. Segundo o acordo, a Índia fornecerá três versões do sistema de mísseis, de acordo com relatos da mídia nacional em Nova Delhi.

O diretor-geral assistente do Conselho de Segurança Nacional das Filipinas, Jonathan Malaya, disse a repórteres em Manila que os mísseis serão implantados pelos fuzileiros navais filipinos.

“Isso acrescenta uma camada importante e prática de dissuasão para as Filipinas em meio aos seus recursos militares limitados em relação à China”, disse à VOA Don McLain Gill, analista geopolítico e professor do Departamento de Estudos Internacionais da Universidade De La Salle, Manila. em comentários enviados por e-mail. Ele disse que os mísseis irão “reforçar a sua defesa costeira para exercer mais eficazmente a sua soberania e direitos soberanos no Mar das Filipinas Ocidental, num momento em que a China tem perseguido incansavelmente as suas ambições expansionistas contra o direito internacional”.

Analistas dizem que a construção da cooperação em defesa com as Filipinas também sinaliza que Nova Deli está agora a ultrapassar o Oceano Índico para contribuir para a manutenção da estabilidade na região Indo-Pacífico.

Durante uma visita a Manila no mês passado, o ministro dos Negócios Estrangeiros indiano, Subrahmanyam Jaishankar, reiterou “o apoio da Índia às Filipinas na defesa da sua soberania nacional”.

Fonte
 

Brasil não trata meio ambiente com seriedade, diz promotor

A Associação de Membros do Ministério Público do Meio Ambiente (Abrampa) promove, entre os dias 24 e 26 de abril, em Belém, no Pará, a 22ª edição do Congresso Brasileiro do Ministério Público de Meio Ambiente. O tema é “Amazônia e Mudanças Climáticas: uma atuação socioambiental estratégica e integrada”. Mais de 30 especialistas vão discutir os desafios e as soluções para lidar com os impactos das mudanças climáticas.

Promotor Alexandre Gaio defende ações efetivas de defesa do meio ambiente e da Amazônia. Foto arquivo pessoal

A Agência Brasil entrevistou o presidente da Abrampa, Alexandre Gaio. Ele falou sobre os principais problemas relacionados à preservação do meio ambiente, em especial, os que envolvem a atuação dos Ministérios Públicos estaduais e federal. O promotor destacou a falta de seriedade com que o país ainda lida com questões ambientais, o crescimento do crime organizado, a falta de proteção com ativistas e comunidades tradicionais, assim como os riscos de que os desmatamentos em curso nos principais biomas do Brasil se tornem irreversíveis.

Agência Brasil: O Congresso Brasileiro do Ministério Público de Meio Ambiente vai reunir dezenas de especialistas para debates e palestras. Sendo um setor que demanda ações urgentes, como esse encontro pode resultar em medidas práticas e efetivas de proteção do meio ambiente no Brasil?
Alexandre Gaio: Os congressos da Abrampa tradicionalmente buscam palestrantes de várias instituições, que têm uma atuação prática nas temáticas discutidas. Não se trata apenas de trazer diagnósticos, mas também proposições do que precisa ser feito para o enfrentamento dos problemas levantados. Nossos convidados são escolhidos pela atuação destacada para que possam servir de exemplo e referência, e os conhecimentos serem replicados nas mais variadas regiões do Brasil.

Também temos participado, seja a partir dos procuradores ou das instituições de forma ativa de Conferências das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP). A Abrampa foi nas duas últimas e vai estar presente na próxima. É um processo contínuo de debate e discussão, de convencimento em relação a prioridades e de enfrentamento às mudanças climáticas. Temos defendido nossos pontos de vista. É um espaço para discutir questões jurídicas e qual deve ser a política de Estado para enfrentar os problemas climáticos.

Agência Brasil: Hoje é possível dizer que o país enfrenta uma série de desafios ambientais. Um, que parece ter cada vez mais ramificações nacionais, é a criminalidade ambiental organizada. Como lidar com essas redes ilícitas complexas?
Alexandre Gaio: Esse tema precisa de muita atenção não só dos Ministérios Públicos, mas das demais instituições públicas do Poder Judiciário e da própria sociedade. A gente sabe que há crimes ambientais em todo o Brasil. E eles são constantes, ocorrem rotineiramente, merecem uma atenção destacada dos órgãos do sistema judiciário. Envolvem grupos especializados, associados com outros ilícitos. Atuam no desmatamento, na dinâmica ilegal do comércio da madeira, entre outras coisas. Há organizações que tratam do desmatamento ligado à grilagem de terras públicas. Outras que são especializadas no tráfico de animais silvestres. Essas situações merecem atuação também especializada dos órgãos de fiscalização, dos Ministérios públicos e do Poder Judiciário. Caso contrário, não teremos uma resposta proporcional a esse tipo de crime, que envolve complexidades, necessita de aprofundamento de investigações e técnicas diferenciadas. Primeiro, precisamos de disposição dos Ministérios Públicos, dos órgãos de Segurança Pública e dos órgãos de fiscalização, especialmente de fiscalização ambiental. E todos esses órgãos devem dispor de recursos humanos, de planejamento, de capacitação e de uma atuação articulada e integrada entre eles. Há uma série de elementos necessários para que esse enfrentamento ocorra de modo efetivo. Dentre esses elementos a gente pode citar a implementação de grupos de atuação especializada na defesa de Meio Ambiente. A gente tem buscado estimular, junto com o Conselho Nacional do Ministério Público, os Ministérios Públicos estaduais a formarem esses grupos. Que tenham equipes técnicas com uso de tecnologia, com integração com os órgãos de segurança pública e com órgãos de fiscalização ambiental. Isso tudo vai permitir uma atuação minimamente à altura das organizações que trabalham na criminalidade ambiental.

Agência Brasil: O país é conhecido negativamente pelo número alto de perseguições e assassinatos de ativistas. No que estamos falhando e como melhorar a proteção de lideranças e de instituições que atuam em defesa do meio ambiente?
Alexandre Gaio: Primeiro, precisamos de recepção e tratamento mais adequados para esses casos de agressões, ameaças e violências contra ativistas, lideranças de organizações ambientais, de povos indígenas e populações tradicionais. Um protocolo ou uma prioridade de atuação em relação a esses casos, porque são atores importantes, que muitas vezes são desestimulados a continuar a luta por causa dessas violências. E quando não há respostas efetivas rápidas a crimes praticados contra os ativistas fica uma sensação de impunidade e de que não haverá resposta estatal à altura. Em segundo lugar, existe a questão do discurso, de como se maneja o discurso ambientalista pela mídia, poder público, sociedade civil. Há ainda um menosprezo em relação aos argumentos ambientais. A pauta ambiental não é tratada com a seriedade que deveria ser tratada, a ponto de se conscientizar e se convencer a sociedade brasileira de que crimes ambientais são fatos de gravidade. Que eles afetam toda a comunidade, a qualidade de vida geral e a própria possibilidade de as gerações futuras usufruírem de um meio minimamente equilibrado.

Agência Brasil: Em relação às questões sociais, ainda estamos muito aquém do que deveríamos na proteção de comunidades tradicionais. Que inclusive são reconhecidas como protetoras do meio ambiente. O que pode ser feito nesse sentido?
Alexandre Gaio: As populações tradicionais são fundamentais para o combate ao desmatamento, à grilagem e às queimadas. São fundamentais para a defesa da biodiversidade. E têm sido vítimas de pressão de grileiros e de proprietários de terras, que querem expandir suas fronteiras agrícolas. E muitas vezes há violações de direitos dessas populações. É preciso ouvir a voz delas e entender suas dinâmicas. O Estado deve proteger e auxiliar os que trazem essas demandas. Atuar fortemente na resposta a essas violações de direitos, garantir a consulta prévia e livre às informações de qualquer atividade, obra ou empreendimento que possa afetar diretos ou modos de vida tradicionais desses povos. Há uma série de medidas, iniciativas e atuações indispensáveis para a defesa dessas comunidades e desses povos. Também vale destacar as discussões que faremos sobre o tema das desigualdades socioambientais. A questão do racismo ambiental, como as decisões de governança, decisões de políticas públicas, são diferentes quando é para atender, por exemplo, grandes empreendimentos e quando é para atender populações socialmente vulneráveis. E como essas populações são atingidas com muito mais frequência do que aquelas mais favorecidas do ponto de vista econômico.

Agência Brasil: Recentemente, o chefe do clima da Organização das Nações Unidas disse, enfaticamente, que a humanidade tem dois anos para tentar salvar o planeta. Uma frase forte, que alerta para a gravidade da proteção ao meio ambiente. Como estamos contribuindo no Brasil para salvar o planeta? Estamos avançando bem ou construindo um futuro sombrio?
Alexandre Gaio: Os desafios são atuais e constantes. O Brasil tem demonstrado esforços, desde o ano passado até abril desse ano, para a redução do desmatamento da Amazônia. É necessário reconhecer esse esforço, especialmente dos órgãos de fiscalização, dos integrantes do Ministério do Meio Ambiente no governo federal. E também a participação de alguns estados e municípios. É um avanço importante, mas há muito a ser feito. A situação é muito delicada, muito preocupante. Primeiro, porque o índice de grilagem de terras públicas na Amazônia ainda é muito alto. Houve redução do desmatamento, mas ele continua acontecendo. Em outros biomas, o desmatamento continua com índices bem elevados, exemplo do cerrado. E a gente continua com muitas dificuldades de estabelecer atuações integradas, planejadas, articuladas e constantes nesse combate ao desmatamento. Ele é a principal causa de emissão de gases do efeito estufa, considerando a alteração no uso do solo. Essa deve ser uma prioridade absoluta: que todas as instituições atuem no combate ao desmatamento ilegal. Há uma série de iniciativas que ainda precisam ser concatenadas com a fiscalização do desmatamento. Por exemplo, a interrupção dos financiamentos feitos por instituições financeiras. A capacidade de rastrear os produtos, algo que não funciona de modo adequado. A cadeia econômica do gado, da madeira.

Além da questão do desmatamento, estamos a passos muito lentos em relação à questão climática. Quando se fala em geração de energia, por exemplo, a transição energética é muito lenta. A matriz de impactos climáticos não é observada nos grandes licenciamentos ambientais. A Abrampa tem um trabalho sobre isso, produziu uma matriz de impactos climáticos e disponibilizou para todos os estados e todos os Ministérios Públicos para fazer o convencimento dos órgãos ambientais. Para que os MPs estaduais convençam os órgãos ambientais de que é necessário se observar condicionantes e pressupostos relacionados às mudanças climáticas nos grandes licenciamentos.

Os desafios são muito grandes. E não tem nada para ser comemorado. Pelo contrário. Há grandes porções territoriais da Amazônia que já não conseguem resgatar mais as suas funções ecológicas. Ou seja, entraram em um processo de irreversibilidade, que já afeta o regime hídrico não só da Amazônia, mas de outras regiões brasileiras. O cerrado, então, que abrange e dá origem a maior parte das bacias hidrográficas brasileiras, tem índices de desmatamento galopantes, que precisam de uma resposta imediata. Isso, sob pena também de irreversibilidade. O cenário não é positivo e a gente precisa ter uma atuação mais efetiva do poder público e da sociedade para freá-lo. Precisamos cumprir as metas que nos obrigamos a cumprir internacionalmente pelo Acordo de Paris. Estamos muito longe de conseguir isso.