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Corpo de Bombeiros encerra buscas por vítimas em Manacapuru

Após a localização e resgate dos corpos de Letícia Correa de Queiros, 6 anos, nessa quinta-feira (10) e de Franklin Pinheiro de Souza, 36, no dia anterior (9), o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) encerrou as buscas pelas vítimas do desabamento do Porto da Terra Preta, em Manacapuru, no Amazonas. Desde a segunda-feira (7), quando houve o deslizamento, equipes de mergulho e superfície atuavam na região.

A informação de que não há mais desaparecidos foi confirmada por meio de nota divulgada pela corporação nesta sexta-feira (11). “Com a localização da última vítima desaparecida, o Corpo de Bombeiros encerra as buscas realizadas no local do deslizamento de terra”, informou.

Segundo a secretária-adjunta de regionalização da Secretaria de Estado de Saúde, Rita Almeida, além dos dois mortos, dez feridos foram atendidos no Hospital Regional Lázaro Reis, no município de Manacapuru. Nove deram entrada no dia do desastre e uma senhor de 64 anos procurou a unidade na terça-feira (8), para tratar ferimentos leves.

De acordo com o governo do estado, a Secretaria de Assistência Social (Seas) ainda presta assistência psicossocial às vítimas, que também recebem orientação sobre prevenção e cadastro social. Outras famílias que vivem próximo ao local passam por diagnóstico social para identificação de vulnerabilidade em locais de risco.

A Polícia Civil do estado instaurou um inquérito para investigar as causas do desmoronamento. De acordo com a Delegacia Interativa de Polícia (DIP) já foram ouvidos moradores da região e familiares das vítimas e ainda serão notificados o proprietário do terreno e o responsável pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), “como parte da apuração das causas do incidente”.

Porto em Manacapuru, no Amazonas, desaba em meio a obras

Um desastre de grandes proporções aconteceu na tarde desta segunda-feira (7) no Porto da Terra Preta, em Manacapuru, no Amazonas. A terra que sustentava uma parte do porto deslizou. O local estava em obras, mas seguia funcionando como ponto estratégico para o transporte de mercadorias e passageiros.

Ainda não informações sobre as condições e o número de vítimas, mas o local conta com uma grande quantidade de pessoas que trabalham ali em atividades de carga e descarga de mercadorias. Também há pontos de táxis e mototáxis.

Comentários de testemunhas pelas redes sociais dão conta de que, pelo menos, 200 pessoas podem estar soterradas pela areia. Conforme relatos, uma família inteira em um flutuante teria sido soterrada.

No rio, há destroços de flutuantes, canos, casas e carros. Flutuantes são casas e hotéis que ficam sobre as águas do rio e são usados, em geral, para moradia e lazer. É possível ver pedaços desses flutuantes, canoas e destroços de casas e até carros.

Terras caídas

O Porto da Terra Preta é administrado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e abriga o Terminal Hidroviário e a Secretaria Municipal de Pesca (Sempa). O local é estratégico e conecta Manacapuru a diversas outras localidades da região.

O desastre pode ser resultado do fenômeno conhecido na região com “terras caídas”, às margens do Rio Solimões, que sofre a pior vazante da história.

Trata-se do termo como a população local descreve o processo de erosão fluvial, com escorregamentos, deslizamentos, desmoronamentos e desabamentos, que podem ter várias dimensões. Inclusive a que aconteceu agora.

A Prefeitura de Manacapuru divulgou nota em que lamenta o acidente ocorrido e informou que as equipes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) estão trabalhando no local.