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Aos 34 anos, Gabriel Attal é o mais jovem primeiro-ministro da França

Emmanuel Macron nomeou o ministro da Educação, Gabriel Attal, de 34 anos, como seu novo primeiro-ministro, nesta terça-feira (9). A nomeação ocorre no momento em que o presidente francês busca dar novo fôlego ao seu segundo mandato antes das eleições para o Parlamento Europeu.

A medida não levará necessariamente a qualquer mudança política importante, mas sinaliza o desejo de Macron de tentar ir além das impopulares reformas da previdência e de imigração do ano passado e melhorar as chances de seu partido de centro na votação da União Europeia em junho.

As pesquisas de opinião mostram que a ala de Macron está atrás do partido da líder de extrema-direita Marine Le Pen por cerca de oito a dez pontos percentuais.

Attal, um aliado próximo de Macron que se tornou um nome conhecido como porta-voz do governo durante a pandemia da covid-19, substituirá a primeira-ministra Elisabeth Borne.

Um dos políticos mais populares do país em pesquisas de opinião recentes, Attal se mostrou um ministro atuante, à vontade em programas de rádio e no Parlamento.

“Caro Gabriel Attal, sei que posso contar com a sua energia e o seu empenho para implementar o projeto de revitalização que anunciei”, disse Macron, que no final do ano passado afirmou que iria anunciar novas iniciativas políticas.

Attal será o primeiro-ministro mais jovem da França e o primeiro abertamente gay.

“Gabriel Attal é um pouco como o Macron de 2017”, disse o deputado Patrick Vignal, referindo-se ao momento em que o presidente assumiu o cargo pela primeira vez como o líder mais jovem da história moderna da França, na época uma figura popular entre os eleitores.

Vignal, que pertence ao partido Renascimento de Macron e conhece Attal há mais de dez anos, acrescentou que o ministro da Educação “é claro, tem autoridade”.

Macron tem tido dificuldade para lidar com um Parlamento mais turbulento desde que perdeu a maioria absoluta logo após ser reeleito em 2022.

“A dupla Macron-Attal pode trazer um novo sopro de vida (ao governo)”, disse Jean-Daniel Levy, pesquisador da Harris Interactive.

Mas os líderes da oposição foram rápidos em dizer que não esperam muito da mudança de primeiro-ministro, com o próprio Macron assumindo grande parte da tomada de decisões.

“Elisabeth Borne, Gabriel Attal ou outra pessoa, não me importa, serão apenas as mesmas políticas”, disse o líder do Partido Socialista, Olivier Faure, à rádio France Inter.

*É proibida a reprodução deste conteúdo

Forças israelenses atacam o centro e o sul de Gaza; ao todo mais de 22 mil mortos

8 de janeiro de 2024

 

Israel disse na segunda-feira que as suas forças realizaram novos ataques no centro e sul de Gaza, bem como ataques aéreos contra o Hezbollah no sul do Líbano.

Os ataques ocorreram no momento em que as autoridades israelitas se preparavam para uma visita do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que disse que levantaria a questão de Israel fazer mais para evitar vítimas civis nas suas operações em Gaza e para facilitar a entrega de ajuda humanitária a civis palestinianos.

Anteriormente, os Estados Unidos, maior aliado de Israel, se posicionou contra um cessar-fogo.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu continuar a guerra durante seu discurso em uma reunião semanal de gabinete no domingo.

“A guerra não deve parar até que alcancemos todos os objetivos: a eliminação do Hamas, o regresso de todos os nossos reféns e garantir que Gaza não represente mais uma ameaça para Israel”, disse ele no domingo. “Digo isso tanto para nossos inimigos quanto para nossos amigos.”

A campanha israelita deixou grandes áreas da Faixa de Gaza em ruínas. O Ministério da Saúde em Gaza disse que a ofensiva israelense matou mais de 22.800 pessoas. O ministério não faz distinção entre militantes e civis, mas afirma que 70% dos mortos eram mulheres e crianças.

A agência da ONU para os refugiados palestinos diz que quase 1,9 milhão dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza estão abrigados nos locais da agência em ou perto de Gaza.

Até domingo, 79 jornalistas haviam sido mortos, segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas. A organização disse que entre os mortos estavam 72 palestinos, quatro israelenses e três jornalistas libaneses.

“O CPJ enfatiza que os jornalistas são civis que realizam um trabalho importante em tempos de crise e não devem ser alvo das partes em conflito”, afirmou Sherif Mansour num comunicado.

A Al Jazeera condenou a morte de dois jornalistas, um deles independente da rede, que foram mortos num ataque aéreo israelita enquanto viajavam no seu carro cobrindo a guerra perto de Rafah.

A rede Al Jazeera, sediada no Qatar, afirmou num comunicado que os últimos assassinatos demonstram “sem dúvida a determinação das forças israelitas em continuar estes ataques brutais contra jornalistas e suas famílias, com o objetivo de dissuadi-los de cumprir a sua missão, violando os princípios da liberdade de expressão”.

A Al Jazeera instou “o Tribunal Penal Internacional, os governos, as organizações de direitos humanos e as Nações Unidas a responsabilizar Israel pelos seus crimes hediondos” e exigiu “o fim dos ataques e assassinatos de jornalistas”.

Os militares de Israel não comentaram o ataque, mas numa declaração de 16 de dezembro, em resposta à morte de outro jornalista da Al Jazeera em Gaza, os militares disseram: “As FDI nunca atacaram deliberadamente jornalistas, nem o farão”.

 

Diretora-geral da OMM: “As alterações climáticas podem ser mais extremas este ano”

7 de janeiro de 2024

 

As mudanças climáticas podem ser ainda mais extremas este ano, disse a diretora-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Celeste Saulo.

Saulo, que tomou posse no dia 1º, disse em comunicado de imprensa: “A humanidade viveu o ano mais quente já registrado no ano passado” e “uma vez que o impacto do El Niño na temperatura e fenômenos climáticos forem totalmente revelados, neste ano podem ocorrer eventos climáticos muito mais quentes e extremos”, alertou.

As alterações climáticas são “a maior ameaça global do nosso tempo”, disse a secretária-geral Saulo.

No cargo, ela disse que promoveria o fortalecimento da diversidade geográfica dentro do Secretariado da OMM e manteria relações estreitas com o setor privado para estabelecer um sistema de alerta precoce em preparação para as alterações climáticas.

Anteriormente, a OMM afirmou num relatório que 2023 foi considerado como o ano mais quente da história, registando uma temperatura cerca de 1,4°C superior à temperatura média pré-industrial, quebrando por uma larga margem o recorde anterior de 1,2°C estabelecido em 2016.

 

Israel mata mais um dos líderes dos ataques de outubro

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6 de janeiro de 2024

 

Israel anunciou hoje que matou Ismail Sarraj, terrorista do Hamas que liderou um dos batalhões que atacou comunidades na fronteira com Gaza no dia 07 de outubro passado, quando morreram mais de 1.200 judeus.

O incidente deu origem a um conflito que já dura três meses.

https://www.europapress.es/internacional/noticia-ejercito-israel-anuncia-muerte-comandante-batallon-hamas-20240106210136.html

Saiba mais sobre câncer que acomete filho de Bruno Pereira

A antropóloga e diretora do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Beatriz Matos, lançou esta semana uma campanha para arrecadar recursos em prol do tratamento de Pedro, de cinco anos, filho dela com o indigenista Bruno Pereira, assassinado em 2022. Pedro foi diagnosticado com neuroblastoma, estágio 4 e deverá ser submetido a um transplante de medula óssea. Após o transplante, necessitará do medicamento betadinutuximabe, que tem de ser importado e ainda não é oferecido pelo SUS.

A mobilização em favor da vida de Pedro revela um drama de muitas famílias, já que esse tipo de câncer é o terceiro mais recorrente entre crianças, depois da leucemia e de tumores cerebrais. É o tumor sólido extracraniano mais comum entre a população pediátrica, representando 8% a 10% de todos os tumores infantis.

O aumento do volume abdominal é um dos possíveis sintomas do neuroblastoma. Por isso, segundo especialistas, o tumor pode ser descoberto a partir da queixa de uma criança com dor na barriga ou até com incômodo no tórax. É mais comum, para os pesquisadores, que o problema ocorra até os cinco anos de idade, incluindo os recém-nascidos.

Segundo a médica Arissa Ikeda, que é oncologista pediátrica do Instituto Nacional do Câncer (Inca), sempre que os responsáveis pela criança identificarem sinais como a presença de massa no abdômen, devem procurar atendimento.

“Quando não há alteração do quadro, é sempre bom levar crianças para uma avaliação por profissionais de saúde para ser submetida a um exame físico e associado, quando necessário, a exames de imagem”, afirma.

A especialista explica que, além do problema ser identificado por um incômodo abdominal, pode haver  também, nos casos em que há metástase, uma dor óssea. É considerado de alto risco o neuroblastoma que se manifesta em um estágio tardio da doença e está espalhado pelo corpo, podendo haver febre, palidez, emagrecimento, dor e irritabilidade.

O neurocirurgião pediátrico Márcio Marcelino, do Hospital da Criança de Brasília José Alencar, acrescenta que é raro ele acontecer em idades mais velhas e que a criança pode nascer com esse tumor.

“Eu já tive casos, inclusive, em que crianças nasceram com um tumor que invadia a coluna e com sequelas neurológicas”. Ele explica que pode também se propagar para a região mais posterior do tronco da criança e aí envolver a coluna.

 

Cirurgia

Entre os sinais, o médico recorda a necessidade de atenção a uma perda de peso sem uma razão específica, enfraquecimento e fadiga. “Se estiver no tórax, pode causar também sintomas de compressão nessa região. Na coluna, pode comprimir nervos e a medula. Muitas vezes, pode precisar, no caso da neurocirurgia, que possamos fazer alguma intervenção. No fígado, pode causar alterações de função hepática”.

Os especialistas chamam a atenção que os primeiros sintomas podem ser leves e que podem até confundir os responsáveis pela criança. No entanto, como se trata de uma doença agressiva, a evolução é rápida, segundo o médico Márcio Marcelino. Seria improvável, por isso, que uma criança demore muito a ter necessidade de atendimento especializado desde o momento que apareçam os primeiros sintomas.

A médica Arissa Ikeda pondera que a história familiar dos pacientes representa apenas 1% a 2% dos casos da doença. “O neuroblastoma pode estar associado a algumas síndromes genéticas”, afirma.

Tratamento

Os pesquisadores explicam que o tratamento varia de acordo com o risco apresentado para cada paciente. “Para aqueles pacientes de baixo risco ou intermediário, basicamente são necessárias cirurgia e algumas vezes com associação de quimioterapia. Para aqueles pacientes de alto risco, para a gente garantir uma melhora, busca-se um um tratamento mais intensivo”, afirma Arissa Ikeda. Nesses casos, pode haver necessidade da cirurgia para retirada do tumor e quimioterapia e até radioterapia para evitar que o problema reapareça.

A médica chama a atenção para o fato de que o tratamento tem envolvido também a utilização de transplante de medula óssea (com células provenientes do próprio paciente). Essas indicações são oferecidas no sistema público de saúde. No entanto, há procedimentos de imunoterapia que são pagos (de alto custo, inclusive, que pode ir além de R$ 1 milhão).

“Para os pacientes que a gente considera de alto risco, na última década principalmente, existiu um grande esforço para a melhoria dos tratamentos dessas crianças. Têm surgido novas opções ao tratamento convencional, que hoje em dia a gente tem como um grande aliado ao tratamento, que é a utilização dos anticorpos monoclonais”, afirma a médica do Inca. O tratamento é considerado pela médica uma evolução importante no tratamento contra o neuroblastoma. Os tratamentos mais longos envolvem períodos de oito meses a mais de um ano.

Nessas situações especiais de atendimento pediátricos, os profissionais veem que há especificidade no tratamento das crianças que passam por problemas como esse. “O profissional de saúde deve estabelecer um relacionamento próximo com a criança, já que haverá a convivência por um tempo importante”, diz a médica do Inca.

Marcio Marcelino lembra que cuidar de criança é muito diferente do que lidar com adultos. “As estruturas são mais delicadas. As crianças em si, pela sua própria inocência e pelo jeito de ser, fazem com que a gente tenha uma energia redobrada. Eu posso garantir uma coisa: eles são muito mais fortes do que muita gente grande”.

SUS

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o medicamento que a família de Pedro pretende adquirir já possui registro do órgão. O betadinutuximabe, de nome fantasia Qarziba, é indicado para o tratamento de neuroblastoma de alto risco em pacientes a partir dos 12 meses, previamente tratados com quimioterapia de indução e que tenham alcançado pelo menos uma resposta parcial, seguida de terapêutica mieloablativa e transplante de células tronco, bem como em pacientes com história de recidiva ou neuroblastoma refratário, com ou sem doença residual.

Para que o remédio possa ser utilizado no Sistema Único de Saúde (SUS), ele precisa ser avaliado e aprovado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). O órgão é responsável pela análise da efetividade da tecnologia, comparando-a aos tratamentos já incorporados no rede pública.

“Caso a nova tecnologia demonstre superioridade em relação às já ofertadas no SUS, serão avaliados também a magnitude dos benefícios e riscos esperados, o custo de sua incorporação e os impactos orçamentário e logístico que trará ao sistema”, informou a Conitec.

Ainda de acordo com a comissão, qualquer pessoa ou instituição pode solicitar a análise para incorporação de medicamentos no elenco do SUS. Ao protocolar a proposta, o interessado deve entregar formulário específico integralmente preenchido, de acordo com o modelo disponível no endereço eletrônico da Conitec, juntamente com os documentos indicados no próprio formulário.

O prazo para análise é de 180 dias, contados a partir da data do protocolo de solicitação do pedido. Esse prazo pode ser prorrogado por mais 90 dias, quando as circunstâncias exigirem. Nesse período, está incluído o tempo de consulta pública e todas as etapas da análise do processo. A decisão final é publicada no Diário Oficial da União (DOU).

Governo investe mais de R$ 950 milhões em estradas vicinais

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou ter liberado, por meio de convênio, mais de R$ 951 milhões para estados, municípios e consórcios viabilizarem um total de 572 obras. O objetivo, segundo a pasta, é dar celeridade à recuperação e ampliação de estradas vicinais, melhorar o escoamento da safra e a infraestrutura logística da produção, além de facilitar o deslocamento da população rural. 

O projeto é executado pela secretaria executiva e pelas superintendências federais. Os recursos são provenientes de emendas parlamentares, com base nas portarias interministeriais 424/16 e 33/23.  

“A partir das normativas, é possível a aprovação de projetos que tiveram processos licitatórios antes mesmo da assinatura do instrumento de convênio, com a condição de que fique clara que a contratação é economicamente mais vantajosa em relação à realização de nova licitação e que esteja dentro das regras previstas na legislação”, destacou o ministério. 

Segundo a pasta, prefeituras que apresentaram projetos para análise técnica do Mapa estão com as obras em fase adiantada. Entre os primeiros projetos aprovados está o do município de Canarana (MT), cujas obras estão na terceira medição para a recuperação de mais de 160 quilômetros de estradas. 

Dados do ministério mostram que, em Minas Gerais, estão sendo executadas 84 obras em parceria com 69 municípios e com a Secretaria Estadual de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias. Paraíba e Rio Grande do Sul contam com 54 obras cada. Já no Maranhão, foram liberados mais de R$ 107 milhões para a execução de 40 obras.

Estado Islâmico reivindica atentado no Irã que matou mais de 80 pessoas

5 de janeiro de 2024

 

O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) assumiu ontem a responsabilidade pelos atentados que mataram cerca de 80 pessoas no Irã na quarta-feira durante uma procissão rumo ao túmulo do general da Guarda Revolucionária Qassem Soleimani, morto há quatro anos num ataque de drone dos Estados Unidos.

Num comunicado nas redes sociais, o EI disse que dois “irmãos mártires” se dirigiram ao túmulo de Soleimani em Kerman na quarta-feira, no sul do Irã, e “detonaram os seus cintos explosivos no meio da multidão”. O grupo Estado Islâmico sunita disse que o ataque ocorreu “pela graça de Alá” e faz parte de sua campanha “mate-os onde quer que os encontre”, visando seus inimigos e outros que considera infiéis, incluindo os muçulmanos xiitas no Irã.

Soleimani, que chefiou a Força Quds – o braço de operações estrangeiras da Guarda Revolucionária Iraniana – era um inimigo ferrenho do EI, um grupo extremista sunita que já realizou ataques anteriores no Irã, de maioria xiita, incluindo o anterior em outubro de 2022, que matou 15 pessoas num santuário religioso.

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Mais sete macacos bugios são soltos no Parque Nacional da Tijuca 

Um grupo de sete bugios-ruivos (Alouatta guariba) foi solto nessa terça-feira (2) no Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro. Essa é a segunda reintrodução da espécie no local, parte de um projeto iniciado em 2015. 

Os bugios-ruivos eram nativos do parque, área de conservação federal e uma das duas grandes regiões de Mata Atlântica da cidade do Rio de Janeiro, mas estavam extintos do local há cerca de 200 anos. 

Em 2015, um casal de bugios-ruivos foi solto no local. Eles se reproduziram e deram origem à população atual, que tem oito animais. O novo grupo, que veio do Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CPRJ), é composto por um macho e seis fêmeas, com idade entre oito meses e 15 anos. 

A expectativa é que eles interajam com a família que já vive no parque e possam garantir a diversidade genética da espécie no local. 

“Esse novo grupo, que está sendo reintroduzido agora, praticamente dobra o patrimônio genético dessa população, então as chances de a população se manter e crescer são muito maiores”, afirma a veterinária Silvia Bahadian Moreira, do CPRJ, órgão vinculado ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea). 

Segundo o biólogo Marcelo Rheingantz, do projeto Refauna e pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o projeto de reintrodução de bugios teve que ser interrompido em 2017, devido à epidemia de febre amarela entre primatas. 

Em 2020, os bugios já estavam vacinados contra a febre amarela e prontos para a soltura, mas a pandemia de covid-19 adiou mais uma vez o projeto. “Ano passado, a gente começou o processo todo de novo, porque os três animais [iniciais] viraram sete, então tivemos que vacinar os quatro novos”, conta Rheingantz. 

Segundo o biólogo, está prevista a reintrodução de novos animais. A meta é que a população de bugios na floresta chegue a 100. “Isso é fundamental para que a gente tenha uma população estabelecida num longo prazo, ou seja, com pelo menos dez grupos de bugios andando pela floresta”, diz Rheingantz, destacando que os bugios são um dos 25 primatas mais ameaçados do mundo. 

Rio de Janeiro – Soltura de antas do Projeto Refauna – Foto Vitor Marigo

As solturas dos primatas são parte do projeto Refauna, iniciado em 2009, com o objetivo de ampliar a população da floresta da Tijuca. Além dos bugios, já foram reintroduzidas no parque cutias-vermelhas (Dasyprocta leporina), jabutis-tinga (Chelonoidis denticulatus) e pássaros trinca-ferro (Saltator similis). 

“A floresta da Tijuca é maravilhosa, mas empobrecida de bichos. Nossa ideia é reconstruir a fauna e, com isso, o funcionamento do ecossistema, porque vamos reconstruir também as interações ecológicas das quais esses animais fazem parte, como a dispersão de sementes das árvores e a polinização”, explica Fernando Fernandez, pesquisador da UFRJ e diretor-presidente da organização não governamental Refauna, que executa o projeto. 

Irã: atentado mata mais de 100 durante homenagem a Soleimani

3 de janeiro de 2024

 

O governo do Irã anunciou que 103 pessoas morreram e ao menos 141 ficaram feridas em explosões durante uma procissão em homenagem ao general Qassem Soleimani, morto num ataque de drones pelos Estados Unidos (EU) em 2020. Centenas de pessoas caminhavam para o visitar o túmulo de Soleimani quando as explosões aconteceram. Um porta-voz iraniano “disse que se tratou de um “ataque terrorista”.

As explosões ocorreram em Kerman, cerca de 820 quilómetros a sudeste da capital Teerã.

A agência de notícias iraniana Tasnim reportou que fontes informaram que “dois sacos contendo bombas explodiram” no local. “Os autores deste incidente aparentemente detonaram as bombas por controle remoto”, reportou a Tasnim.

A agência de notícias IRNA citou o prefeito de Kerman, Saeed Tabrizi, como fonte que teria confirmado que os sacos explodiram com 10 minutos de intervalo.

Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado dos EU negou que o país tenha algo a ver com os atentados. “Os Estados Unidos não estão envolvidos de forma alguma (…) e não temos motivos para acreditar que Israel esteja envolvido nisso”, disse.

Analistas disseram que o Irã tem “vários inimigos” que podem ter levado a cabo os atentados, incluindo grupos iranianos exilados e organizações militantes de oposição ao regime dos aitatolás.

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Número de profissionais que atuam no Mais Médicos aumenta 105% em 2023

Balanço do Ministério da Saúde indica que o programa Mais Médicos registrou aumento de 105% no número de profissionais atuando em 2023. Com 28,2 mil vagas preenchidas em 82% do território nacional, 86 milhões de pessoas, segundo a pasta, foram beneficiadas pelo programa. Ao longo desse período, 744 novos municípios passaram a ser atendidos. 

Os números mostram ainda que todos os 34 distritos sanitários indígenas foram integrados ao Mais Médicos. “Um avanço importante diante da desassistência enfrentada por essa população nos últimos anos”, avaliou o ministério. No território Yanomami, o número de profissionais passou de nove para 28. Ao todo, 977 novos profissionais atuam na saúde indígena. 

Ainda segundo a pasta, 41% dos participantes desistiram do programa em edições anteriores, “por falta de perspectiva profissional”. “A partir da retomada, em 2023, o Mais Médicos trouxe aos profissionais oportunidade de qualificação e aperfeiçoamento, além de incentivos e benefícios”.  

O Mais Médicos é classificado pelo governo federal como uma grande estratégia nacional para a formação de especialistas. A expectativa é que, nos próximos anos, cada equipe de saúde da família passe a contar com um especialista. Atualmente, o país registra mais de 50 mil equipes de saúde da família e mais de 10 mil médicos de família e comunidade.