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Noite de Natal pode ser chuvosa na maior parte do país

A noite de Natal poderá ser chuvosa na maior parte do país. Segundo as previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para este domingo (24), pancadas de chuvas e trovoadas isoladas são esperadas em diversas capitais das regiões Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

A exceção é a região Nordeste, que deverá ter em sua maior parte um céu com muitas nuvens, mas com menos chances de precipitações. Entre as capitais da região, a previsão indica chuvas apenas para Fortaleza.

Em algumas partes do país, o domingo poderá se iniciar com tempo aberto. É o caso do Rio de Janeiro, por exemplo, onde é esperada uma manhã ensolarada com aumento das nuvens no início da tarde.

Apesar das chuvas, deve ser uma noite quente em boa parte do país, com médias de temperatura acima de 25ºC. Entre as capitais, as maiores máximas estão previstas para Teresina (38ºC), Rio de Janeiro (36ºC), Palmas (36ºC) e Cuiabá (35ºC).

As temperaturas mais baixas podem ser alcançadas em Curitiba e Brasília, onde as mínimas estimadas são de 19ºC. A previsão também aponta que os termômetros de Goiânia e Belo Horizonte podem chegar a 20ºC.

 Noite de Natal pode ser chuvosa na maior parte do país Arte, segundo o Inmet – Reprodução/Inmet

Apreensão de fuzis no Rio é a maior desde o início da série histórica

O número de fuzis apreendidos no estado do Rio de Janeiro totalizou 568 em novembro, aumento de 26% em comparação com o mesmo mês do ano passado, com uma média de dois armamentos por dia. Este é o maior número de apreensões dos últimos 16 anos e a maior da série histórica. No mesmo período, 5.893 armas de fogo foram retiradas de circulação, cerca de 18 por dia. No comparativo com o mesmo período de 2022, o indicador registrou queda de 6%. Os dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), ligado à Polícia Civil,  foram divulgados nesta quinta-feira (14).

Os roubos de rua (roubo de aparelho celular, roubo a transeunte e roubo em coletivo) reduziram 11% no mês de novembro. Este foi o menor número de casos para o mês desde 2004. Na comparação do acumulado do ano, a queda foi 17% (9.560 roubos a menos no ano).

Ainda nos crimes contra o patrimônio, os roubos de carga caíram pela metade em novembro, registrando o menor valor para o mês desde 2008. Foram 450 casos em novembro do ano passado, contra 222 em novembro deste ano, representando uma redução de 51%. Já os roubos de veículos diminuíram 13% no penúltimo mês do ano, quando comparado com o mesmo período do ano passado.

Crimes violentos

Os crimes contra a vida alcançaram quedas históricas: o  indicador estratégico Letalidade Violenta – que engloba homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte, latrocínio, morte por intervenção por agente de Estado – atingiu o menor número de vítimas dos últimos 32 anos, tanto para o acumulado (5%) quanto para o mensal (13%).

“Destacamos, também, a queda significativa das mortes por intervenção de agente do Estado em território fluminense. No mês passado, houve declínio de 60% em relação a novembro do ano anterior, e ao longo dos últimos 11 meses, uma redução de 34%, índice mais baixo para o acumulado desde 2015”, diz o ISP.

Brasília recebe a maior feira de arte indígena já realizada no país

Oitenta e sete expositores indígenas, de 60 etnias originárias de todos os biomas nacionais e de todas as grandes regiões do Brasil estão na capital federal participando da inédita Feira de Arte dos Povos indígenas. O evento faz parte do Festival Brasil é Terra Indígena, que ocorre nesta quarta e quinta-feira (13 e 14), de 9h às 20h. A exposição está em prédio anexo ao Museu Nacional Honestino Guimarães, próximo à Rodoviária do Plano Piloto.

Entre as peças de artesanato indígena se destacam as roupas produzidas pelo povo Yawanawá (AC); esculturas dos Palikur (AP); bancos de madeira com imagens de bichos criados na aldeia Kaupuna no Alto Xingu (MT); as cestarias dos Baniwa (AM) e os trançados do povo Caingangue (Sul do Brasil).

A lista é uma sugestão da artista visual Daiara Tukano, de origem indígena. Ela mora em Brasília e se diz muito satisfeita com a feira. “Há peças raríssimas, de beleza fenomenal.” Segundo a artista indígena, a produção das peças tem base comum: o uso de plumagens, fibras, sementes e pigmentos naturais, mas cada artefato “tem sua maneira peculiar de produção, sua personalidade, conforme a cultura de cada povo.”

Empatia e histórias 

Daiara Tukano opina que além de conhecer o artesanato indígena, a visita à feira é uma oportunidade de cultivar a empatia. “Aqui não é um shopping. Você não é tratado por um vendedor que só quer seu dinheiro. Venha e converse com os parentes [indígenas], pergunte de onde são. Muitos vão querer contar as histórias que estão por traz das peças criadas.”

Foi para cultivar a empatia que a Terapeuta Isabela Curado Leme visitou a feira acompanhada do marido e do filho de um ano. “Essa feira é oportunidade única para conhecer e dar valor ao nosso povo de origem. Acredito que é isso que nos identifica como povo brasileiro. Ter um objeto de arte em casa ou usar uma peça bonita como as expostas aqui é um privilégio.”

A satisfação de quem visita a Feira de Arte dos Povos indígenas em Brasília é compartilhada por quem está expondo. “Eu fico feliz ao saber que alguém tem uma peça minha em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Recife ou Porto Alegre. O meu trabalho está me representando em lugares que não conheço e nunca vivi. Fico muito honrado”, revela Kulikyrda Mehinako de uma aldeia no Alto Xingu (MT)

Para participar de uma feira com dois dias de duração, ele viajou 24 horas de ônibus do norte do Mato Grosso até Brasília, e pagou excesso de bagagem com os bancos e as cestarias que trouxe. Apesar do cansaço e dos gastos, Kulikyrda acha que valeu a pena. “O artesanato é fonte de renda. Estamos levando nossa cultura para outros lugares, e nas aldeias estamos incentivando os mais jovens a também produzirem.”

Nova economia  

Para Adriana Ramos, secretária-executiva do Instituto Socioambiental (ISA), a feira é um exemplo de que existe uma economia indígena. “Ela é sustentável, muito diversa, e pode ser potencializada. É uma economia associada aos conhecimentos, ao trabalho, à forma de viver que produz serviços socioambientais.”

A ambientalista avalia que o evento em Brasília conecta as pessoas com uma nova economia, “uma economia de futuro, que mantém a floresta em pé e ajuda a gente no enfrentamento das mudanças climáticas. O artesanato mostra para a sociedade que não é preciso tirar os indígenas do mapa, que não podemos invadir terra indígena, e nem achar que a solução da vida deles é produzir soja.”

“O trabalho do artesão é feito com a mão e com o coração. Os artefatos vêm carregados de ancestralidade, de conhecimentos, histórias. Não são simplesmente produtos”, diz o curador da feira, o arquiteto Marcelo Rosenbaum

“Um objeto feito em território indígena transcende a sua materialidade. Está carregado de informações. Não é apenas uma peça decorativa, traz a força da floresta”, resume o curador.

Câmara aprova pena maior para registro não autorizado da intimidade sexual

9 de dezembro de 2023

 

A Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei (PL) 9930/18, que aumenta a pena para quem registra, sem autorização, a intimidade sexual de alguém. O crime já está previsto no Código Penal.

Pelo texto, quem produzir, fotografar, filmar ou divulgar conteúdo com cenas íntimas, de nudez ou ato sexual sem autorização dos participantes poderá ser condenado a pena de reclusão, de 1 a 4 anos, e multa. Hoje essa pena é de detenção, de 6 meses a 1 ano, e multa.

A mesma pena será aplicada a quem usar inteligência artificial para modificar imagem (de foto ou vídeo) para incluir pessoa em cena de nudez, ato sexual ou ato de caráter íntimo.

O projeto também eleva as penas para divulgação de cena de estupro de vulnerável (reclusão, de 2 a 6 anos); e para a simulação da participação de crianças em cenas de sexo (reclusão, de 2 a 6 anos, e multa).

O PL 9930/18 será enviado ao Senado.

O texto aprovado é um substitutivo da relatora, deputada Luisa Canziani (PSD-PR), ao PL 9930/18, e apensados. O substitutivo foi lido em Plenário pela deputada Jack Rocha (PT-ES). “Esse Plenário está dando um exemplo de sociedade que a gente quer construir, uma sociedade mais justa e igualitária”, disse Rocha.

A deputada Erika Kokay (PT-DF) afirmou que a divulgação das imagens provoca “um sofrimento intenso” nas vítimas. “Precisamos colocar na nossa legislação a atenção para esse tipo de crime que viola a intimidade”, disse.

“É um anseio da sociedade brasileira”, disse o deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB), que pediu ainda a reformulação do Código Penal, que é de 1940.