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Guilherme Caribé é prata nos 100m livre no Mundial de piscina curta

O nadador baiano Guilherme Caribe faturou prata no 100 metros livre, a primeira medalha do Brasil no Mundial de piscina curta (25 metros) em Budapeste (Hungria), que vai até domingo (15). De quebra, ele estabeleceu novo recorde sul-americano, que até então pertencia ao compatriota César Cielo. Na final disputada nesta quinta-feira (12), terceiro dia da competição, o atleta de 21 anos completou a prova em 45s47, tempo 40 centésimos mais baixo que o de Cielo, obtido em 2010 no  Troféu José Finkel de Natação, no Rio de Janeiro.  O vencedor dos 100m livre em Budapeste foi o norte-americano Jack Alexy (45s38) e o bronze ficou com Jordan Crooks (45s48), nadador da Ilhas Cayman.  

H-I-S-T-Ó-R-I-C-O! ✅🏊

Com uma recuperação incrível, Guilherme Caribé fez história para o #TimeBrasil ao conquistar a medalha de prata no Mundial de Piscina Curta. 🥈 Para termos a dimensão desse feito, Caribé superou o recorde sul-americano de Cesar Cielo!

QUE MOMENTO! 💚💛… pic.twitter.com/PAf7R4pqX2

— Time Brasil (@timebrasil) December 12, 2024

O pódio de Caribé é o primeiro dele em Mundiais de piscina curta. O baiano chegou à final após cravar o sexto melhor tempo (45s86) em sua semifinal. Ele vai em busca de mais uma medalha no sábado (14), na disputa dos 50m livre. O baiano de Salvador chegou a competir este ano na Olimpíada de Paris, mas foi eliminado ao ficar em 10ª lugar ao fim das semifinais – apenas os oito primeiros disputaram medalhas.

Outros brasileiros brilharam hoje em Budapeste ao quebrarem recordes sul-americanos nos 100m medley. Caio Pumputis terminou a prova em 51s76 e garantiu presença na final. Já Fernanda Celidônio estabeleceu o novo recorde com o tempo de 59s58, mas finalizou em 15º lugar e ficou fora da briga pelo pódio.

Nas eliminatórias do revezamento feminino 4x200m livre, o quarteto formado por Maria Fernanda Costa, Gabrielle Roncatto Fernanda Celidônio e Letícia Fassina Romão quebraram o recorde anterior com o tempo 7min47s97. Depois, na final, reduziram ainda mais: encerraram a prova em 7min46s76, na oitava posição.

Programação  

Provas eliminatórias às 5h

Finais às 13h30

SEXTA-FEIRA (13)

100m borboleta – Nicolas Albiero

1.500m livre – Beatriz Dizotti e Letícia Fassina Romão

SÁBADO (14)

400m medley – Gabriela Roncatto

50m livre -Guilherme Caribé

50m peito – Caio Pumputis

DOMINGO (15)

200m livre – Maria Fernanda Costa e Gabrielle Roncatto

200m livre – Kaíque Alves

200m costas – Nicolas Albiero

Acordo entre Mercosul e UE não cria livre comércio, diz ex-negociador

Com a experiência de ter participado dos primórdios da negociação do acordo de integração entre o Mercosul e a União Europeia (UE), o diplomata aposentado José Alfredo Graça Lima considera que não se deve falar em livre comércio. Ele pontua que há diferentes tipos de mercadoria que terão quotas de importação e exportação.

“Um acordo nessas bases não pode ser considerado como um livre comércio”, disse em entrevista à Agência Brasil nesta sexta-feira (6). “O tratamento que é dado ao setor agrícola é diferente do tratamento que é dado para os bens industriais, para os quais, no caso da União Europeia, as tarifas já são bastante baixas”, acrescentou.

Ao mesmo tempo, ele manifesta ceticismo quanto à possibilidade de disseminação de produtos eletrônicos europeus pelo mercado brasileiro. “A Europa é muito pouco competitiva na comparação com a China. Então, mesmo que esse acordo entre o Mercosul e a União Europeia se concretize, não deve haver grandes mudanças na oferta de produtos importados europeus no Brasil”.

Graça Lima ocupou, entre 1998 e 2002, o posto de Subsecretário-Geral para Assuntos de Integração, Econômicos e de Comércio Exterior do Ministério das Relações Exteriores. Na época, cabia a ele liderar as negociações comerciais bilaterais, plurilaterais, birregionais e multilaterais do Brasil e do Mercosul. As primeiras conversas com a UE se iniciaram em 1999.

Ao deixar o posto em 2002, Graça Lima foi designado representante permanente do Brasil nas comunidades europeias, ficando sediado em Bruxelas (Bélgica) por quatro anos. Dessa forma, ele continuou envolvido nas tratativas do acordo até 2006. Atualmente, ele é vice-presidente do Conselho Curador do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), um think tank independente criado para contribuir com a discussão da agenda internacional do país.

A conclusão do acordo entre o Mercosul e a UE foi anunciada nesta sexta-feira (6), após mais de duas décadas de negociações que enfrentaram sucessivos entraves, envolvendo por exemplo questões ambientais e protecionismo agrícola. O objetivo das tratativas era chegar a um consenso em torno de medidas para facilitar o acesso a mercados estratégicos, reduzindo barreiras tarifárias e criando um ambiente mais favorável para investimentos e trocas comerciais.

O anúncio ocorreu no Uruguai, durante a 65ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul. Conforme divulgou o governo brasileiro, o Mercosul se comprometeu com uma ampla liberalização tarifária, afetando cestas de produtos de forma imediata ou linear ao longo de prazos que variam entre 4, 8, 10 e 15 anos. Já a UE teria apresentado um escopo ainda mais abrangente. De acordo com o governo brasileiro, apenas uma parcela muito reduzida dos bens ficará sujeita a quotas ou outros tratamentos não tarifários.

Foram negociadas condições especiais para o setor automotivo. Os efeitos serão gradativos para os veículos eletrificados, movidos a hidrogênio e novas tecnologias, com prazos fixados em 18, 25 e 30 anos, respectivamente. Regras específicas também foram definidas para outros bens, a exemplo dos minerais críticos, que são considerados fundamentais para a transição energética. O acordo permite que o Brasil aplique restrição às exportações desses minerais se julgar apropriado, mas a alíquota aplicável à UE deverá ser mais baixa do que a incidente sobre outros destinos.

Graça Lima vê pouca ambição em alguns mecanismos do acordo. “Eu diria que o resultado tem mais impactos do ponto de vista político-institucional do que do ponto de vista de acesso aos mercados. Não há ganhos espetaculares. Veja o tratamento dos automóveis, por exemplo. Eles só vão ser liberalizados em 18 anos. Tem elementos dentro do acordo que são muito pouco ambiciosos”.

Trâmite

Apesar das negociações terem sido encerradas, as medidas não entram em vigor de forma imediata. O acordo ainda precisa ser ratificado internamente pelo Congresso de cada nação do Mercosul. Além disso, deve ser aprovado pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho da União Europeia, onde ele pode ser barrado por quatro países contrários que respondam por 35% ou mais da população do bloco. Não há prazo para a finalização desse processo. O governo francês já anunciou que trabalhará contra o acordo.

“Alguns países europeus capitaneados pela França nunca estiveram contentes com a proposta, por mais restritiva que ela seja. Nós não estamos falando de livre comércio. Nós estamos falando de comércio administrativo. Quando você tem quotas, você tem restrições quantitativas. E mesmo dentro das quotas, você tem tarifas”, avalia Graça Lima.

Ele explica que há uma pressão dos agricultores franceses, que temem não ter condições de oferecer preços minimamente competitivos diante da concorrência estrangeira. Nesse cenário, o diplomata aponta que há um incômodo político, um incômodo social e um incômodo eleitoral que desafia o governo do país europeu. “Embora possa ter benefícios em relação aos produtos industriais, a França se opõe abertamente ao acordo por causa do comércio agrícola”.

De acordo com Graça Lima, é uma situação similar a 2019, quando as partes também anunciaram ter chegado a um texto conclusivo. Posteriormente, no entanto, os países manifestaram resistência em avançar com o acordo. Em meio ao aumento do desmatamento na Amazônia, os europeus passaram a alegar, por exemplo, que seriam necessários compromissos ambientais mais amplos por parte os integrantes do Mercosul. As discussões foram retomadas em 2023.

Segundo avaliou o presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, o novo acordo é “bem diferente” do anunciado em 2019. Ele afirmou que o governo anterior, liderado por Jair Bolsonaro, teria pactuado condições que seriam “inaceitáveis”.

“Conseguimos preservar nossos interesses em compras governamentais, o que nos permitirá implementar políticas públicas em áreas como saúde, agricultura familiar e ciência e tecnologia. Alongamos o calendário de abertura do nosso mercado automotivo, resguardando a capacidade de fomento do setor industrial. Criamos mecanismos para evitar a retirada unilateral de concessões alcançadas na mesa de negociação”, destacou Lula.

Para Graça Lima, será um desafio garantir que o acordo contribua para melhorar as condições de vida das populações mais pobres nos países do Mercosul. “Um possível resultado pode ser a redução dos preços de queijos e vinhos que a França exporta para o Brasil e para os países do Mercosul. Mas em que isso beneficia o consumidor de baixa renda?”, questiona.

*Colaborou Vitor Abdala.

Petrobras e Gerdau firmam parceria no mercado livre de gás

A Petrobras e o grupo produtor de aço Gerdau assinaram, nesta segunda-feira (11), contratos para fornecimento de gás natural no mercado livre de comercialização, atendendo a unidade de produção de aços especiais no Rio Grande do Sul.

O acordo marca a primeira migração de um cliente do mercado industrial cativo para o mercado livre no estado gaúcho. Assim, a companhia se torna pioneira na mudança para esse modelo de comercialização no estado, cujas regras foram recentemente aprovadas pela agência reguladora estadual e pelo governo gaúcho.

“A ampliação da parceria entre Petrobras e Gerdau no mercado livre de gás demonstra que o portfólio de venda de gás natural da Petrobras está, a cada dia, mais competitivo e atrativo. Estamos investindo mais de US$ 7 bilhões em novas infraestruturas de oferta de gás natural, além de oferecer diversas opções de contratos flexíveis, adequados às necessidades dos clientes, com diferentes modalidades de prazo e indexadores, contribuindo para a descarbonização e aumento da competitividade da indústria nacional”, afirmou o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim.

“A Gerdau teve início há mais de 123 anos no Rio Grande do Sul e tem o estado como uma de suas bases para crescimento no longo prazo. Este acordo fortalece a competitividade de suas operações. A nova parceria com a Petrobras representa movimento pioneiro e inovador na busca pelo desenvolvimento do mercado livre do gás natural no Rio Grande do Sul, um insumo que acreditamos ser fundamental para a produção e descarbonização do aço nos próximos anos”, informou a diretora global de Energia e Suprimentos da Gerdau, Flávia Souza.

A Petrobras, a Gerdau e a Sulgás consolidam o pioneirismo no mercado livre de gás natural, apostando no desenvolvimento de soluções para a criação de um ambiente de comercialização, competitivo, transparente, sustentável e cada vez mais avançado no país.

“O mercado livre é positivo para todos os agentes do mercado. Os consumidores passam a ter maior liberdade de escolha, os supridores atuam em um mercado mais aberto e competitivo, e a distribuidora segue focada em expandir e operar a rede com segurança e excelência, conectando mais consumidores ao sistema. O propósito da Sulgás é promover o desenvolvimento do Rio Grande do Sul. Apoiar e integrar o mercado livre do gás faz parte dessa jornada”, disse o diretor executivo da Sulgás, Marcelo Leite.

Brasil recebe certificado de país livre da elefantíase

O Brasil recebeu nesta segunda-feira (11) o certificado de país livre da filariose linfática, doença popularmente conhecida como elefantíase. O documento foi entregue ao governo brasileiro pela Organização Mundial da Saúde (OMS) durante cerimônia na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em Brasília.

“Eliminar uma doença é um esforço muito grande por conta das relações entre algumas doenças e a pobreza, uma relação de círculo vicioso. São os mais pobres os que mais adoecem e, quando eles adoecem, se tornam ainda mais pobres. Perdem produtividade, a família tem mais despesas para levar à unidade de saúde, à reabilitação”, avaliou o diretor da Opas, Jarbas Barbosa.

Em seu discurso, Jarbas Barbosa disse que eliminar doenças passíveis de erradicação deve ser estratégia prioritária. “Não é só sobre saúde pública. Estamos falando de um imperativo ético e moral. Se temos as ferramentas para eliminar uma doença, temos que identificar onde estão as pessoas acometidas, quais são as barreiras que existem, desenvolver novas estratégias”, afirmou.

“Para que a gente consiga remover as barreiras e fazer com que as pessoas se beneficiem das inovações que vão sendo desenvolvidas”, disse, ao citar como exemplo novos medicamentos, vacinas, testes laboratoriais ou mesmo maneiras diferentes de organizar os serviços, de forma que haja mais acesso.

“É um parabéns e um desafio. Como foi possível eliminar a filariose, é possível eliminar oncocercose, tracoma, avançar muito com a tuberculose, com o HIV. Acho que o Brasil tem todas as condições de continuar sendo esse líder regional”, completou Jarbas, destacando o compromisso de estados e municípios e também de instituições acadêmicas e científicas.

Durante a cerimônia, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, ressaltou que doenças como a filariose linfática não apenas refletem as desigualdades sociais como causa, como também reforçam as condições de pobreza. “São causas e são efeitos ao mesmo tempo. Por isso, esse momento é tão especial.”

“Pessoas afetadas pela filariose linfática, é a essas pessoas que dedicamos esse certificado. É a essas pessoas que esperamos poder resgatar, de alguma forma, uma dívida histórica neste país que é a dívida de cuidar, de não permitir as chamadas doenças da pobreza – e não são doenças da pobreza, são doenças da omissão, da falta de cuidado”, acrescentou.

Entenda

Considerada uma das maiores causas globais de incapacidade permanente ou de longo prazo, a filariose linfática ou elefantíase permanecia endêmica no Brasil apenas na região metropolitana do Recife, incluindo Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Paulista. Segundo o Ministério da Saúde, o último caso confirmado foi registrado em 2017.

Causada pelo verme nematoide Wuchereria Bancrofti, a doença é transmitida pela picada do mosquito Culex quiquefasciatus, conhecido como pernilongo ou muriçoca, infectado com larvas do parasita. Entre as manifestações clínicas mais importantes estão edemas ou acúmulo anormal de líquido nos membros, nos seios e na bolsa escrotal.

Cenário global

De acordo com a OMS, o Brasil se une a mais 19 países e territórios também certificados pela eliminação da filariose linfática como problema de saúde pública: Malawi, Togo, Egito, Iêmen, Bangladesh, Maldivas, Sri Lanka, Tailândia, Camboja, Ilhas Cook, Quiribati, Laos, Ilhas Marshall, Niue, Palau, Tonga, Vanuatu, Vietnã e Wallis e Futuna.

Nas Américas, três países permanecem classificados pela entidade como endêmicos para a doença: República Dominicana, Guiana e Haiti. De acordo com a OMS, nesses países, é necessária a administração em massa de medicamentos capazes de interromper a transmissão da doença.

Dados da OMS mostram que, em 2023, 657 milhões de pessoas em 39 países e territórios viviam em áreas onde é recomendado tratamento em massa contra a filariose linfática. A estratégia consiste na administração de quimioterapia preventiva para interromper a infecção. A meta definida pela OMS é eliminar pelo menos 20 doenças tropicais negligenciadas até 2030.

 

 

Pelo menos 17 capitais terão passe livre para inscritos no Enem

Diversos municípios brasileiros anunciaram gratuidade no transporte coletivo para inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024 que farão as provas neste domingo (3) e no próximo, dia 10 de novembro.

Em 17 capitais brasileiras, o passe livre valerá somente para alguns dos modais disponíveis como metrô, trens, ônibus ou bicicletas compartilhadas.

Em outras cidades brasileiras, os gestores locais anunciam medidas relativas ao transporte como: reforço no número de linhas em circulação, ativação de linhas que normalmente não operam aos domingos, ampliação de horário de funcionamento durante as provas e redução de intervalos entre as viagens.

Durante o mês de outubro, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), que representa cerca de 40 milhões de estudantes do país, solicitou aos governos estaduais e do Distrito Federal e às prefeituras das 27 capitais brasileiras a gratuidade no transporte público para inscritos no exame, com o objetivo de garantir a participação do maior número possível de jovens.

De acordo com a instituição, em média, cerca de 48% dos estudantes inscritos no exame faltaram aos dias de provas por dificuldades financeiras para pagar a passagem do transporte público.

Gratuidade

Levantamento feito pela Ubes e pela Agência Brasil aponta que pelos menos 17 capitais terão ao menos um modal de transporte gratuito aos candidatos do Enem.

⁠Aracaju;
Belém e região metropolitana;
Belo Horizonte – bicicletas compartilhadas grátis;
Boa Vista – a partir de solicitação dos estudantes à prefeitura
Campo Grande;
Florianópolis – declaração de reembolso;
Fortaleza;
João Pessoa;
Maceió;
Natal;
Porto Alegre – cartão TRI liberado para estudantes;
Porto Velho – para estudantes da rede pública;
Rio Branco;
Salvador – governo estadual garante gratuidade do metrô
São Luís;
São Paulo; e
Teresina

Em entrevista à Agência Brasil neste sábado (2) o presidente da Ubes, Hugo Silva, enfatizou que assegurar o passe livre nos dias do Enem é essencial para ampliar o acesso dos estudantes ao ensino superior. 

“Queremos que nenhum estudante fique para trás fazendo com que a educação seja um caminho possível para cada jovem brasileiro até a universidade. Garantir o passe livre no dia do Enem é garantir que o jovem brasileiro sonhe com a universidade e com uma educação de qualidade.”

 “O sonho de todo estudante secundarista é entrar na universidade e, para isso, o Estado brasileiro precisa se responsabilizar para que esses estudantes possam chegar à prova no dia do Enem.”

Outros municípios também oferecerão transporte gratuito neste domingo e no dia 10 para facilitar o deslocamento dos candidatos até os locais de prova:

Região metropolitana de Teresina
região metropolitana de Belém;
Laguna (SC);
Lauro de Freitas (BA) – metrô;
Maringá (PR);
Paraíba – transporte intermunicipal gratuito;
Poá (SP);
região metropolitana do Recife;
Rondonópolis (MT);
Santa Cruz do Sul (RS);
Sapucaia do Sul (RS);
Sobral (CE);
Toledo (PR)
Quatis (RJ);
Mendes (RJ);
Paracambi (RJ);
Volta Redonda (RJ)
Operações especiais

Algumas capitais não oferecerão gratuidade no transporte mas, diante do aumento da demanda, anunciaram medidas como aumento das frotas de ônibus; ampliação do horário de circulação e até linhas com trajetos excepcionais para contemplar locais de provas.

No Distrito Federal, os horários das linhas de ônibus serão ampliados para duas horas antes do início e duas após o término do Enem em todas as linhas de ônibus que passam pelas instituições onde serão aplicadas as provas, em especial, no trajeto entre a rodoviária do Plano Piloto, no centro da capital federal, e o campus da Universidade de Brasília (UnB) da Asa Norte, onde mais de 4 mil candidatos farão o exame.

Em Goiânia, a companhia metropolitana de transportes coletivos colocará mais ônibus para atender a demanda dos dias de prova.

A capital do Mato Grosso, Cuiabá, também anunciou reforço da frota.

Em Macapá, a companhia de Transporte Urbano disponibilizará toda a frota de ônibus aos candidatos inscritos e a tarifa do transporte coletivo será de R$ 1,85.

Em Fortaleza, haverá a ampliação da frota de ônibus e veículos reservas nos terminais de integração.

A prefeitura de Palmas reforçará a frota de ônibus em 20% e mais dez ônibus à disposição por demanda.

A Grande Vitória (ES), região metropolitana da capital capixaba, terá ônibus extras durante os dias de prova. Ao todo, 26 veículos de reserva ficarão distribuídos nos terminais e serão liberados, caso seja necessário, para atender à demanda.

Em Curitiba também haverá reforço nas principais linhas de ônibus que dão acesso aos locais de prova.

Belo Horizonte reforçará horários de 50 linhas do transporte coletivo, sendo 48 convencionais e 2 suplementares. Ao todo, serão 367 viagens a mais em linhas que atendem aos locais de maior concentração de candidatos. As bicicletas elétricas vão oferecer um plano gratuito de viagens aos domingos.

Na cidade do Rio de Janeiro, os ônibus municipais vão operar com horário especial entre 9h e 15h de domingo. Os serviços funcionarão com a programação equivalente à de sábado.

A prefeitura de Salvador informou que das 10h às 18h, as linhas de ônibus em toda a cidade terão reforço na frota em operação. O BRT irá funcionará das 5h às 23h10 e terá reforço com frota reguladora;

Estudantes de Florianópolis e Curitiba poderão usar gratuitamente as bicicletas compartilhadas, com cupons de ida e volta que poderão ser retirados diretamente na empresa local prestadora do serviço.

Enem

Ao todo, mais de 4,3 milhões de inscritos farão as provas do Enem em 1.753 municípios. Os exames serão aplicados em cerca de 10 mil locais, como escolas e faculdades, que abrigam cerca de 140 mil salas de aplicação.

Os candidatos devem consultar o local onde farão as provas na Página do Participante do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) com login e senha do site Gov.br.

O candidato deve ir ao local de provas com antecedência considerando possíveis imprevistos. Nos dois domingos de realização do exame, os portões de acesso aos locais de provas serão abertos ao meio-dia e fechados às 13h (horário de Brasília).

Talisson Glock garante bi paralímpico nos 400 metros livre classe S6

O catarinense Talisson Glock garantiu o bicampeonato paralímpico da prova dos 400 metros livre da classe S6 (limitações físico-motoras) de natação, nesta sexta-feira (6) na Arena La Défense durante os Jogos de Paris (França).

O brasileiro de 29 anos completou a prova com o tempo de 4min49s55, estabelecendo o novo recorde das Américas. A prata ficou com o italiano Antonio Fantin (4min49s99) e o bronze com o mexicano Jesus Alberto Gutierrez Bermudez (5min07s00).

A medalha dourada nos 400 metros livre é a quarta conquista de Talisson nos Jogos de Paris 2024, após uma prata (nos 100 metros livre) e dois bronzes (nos 200 metros medley SM6 e no revezamento misto 4×50 metros livre 20 pontos).

“Saio daqui [Paris] completamente realizado, uma [medalha] de cada cor: duas de bronze, uma de prata e uma de ouro agora. Estou muito feliz. Tenho uma grande disputa com o italiano [Antonio Fantin], pois sempre estamos disputando lado a lado. Então saio daqui completamente realizado”, declarou o brasileiro.

Agora Talisson Glock soma o total de nove medalhas paralímpicas, igualando o pernambucano Phelipe Rodrigues, que chegou a Paris como o atleta brasileiro convocado para essa edição do megaevento esportivo com o maior número de pódios. Phelipe tinha oito medalhas paralímpicas e ganhou mais uma, a prata nos 50 metros livre da classe S10 (limitações físico-motoras). Já a nadadora pernambucana Carol Santiago sai da capital francesa com o total de dez pódios paralímpicos em duas edições do evento (Tóquio 2020 e Paris 2024).

Phelipe Rodrigues conquista prata para o Brasil nos 50 metros livre

O primeiro dia de disputas da natação nos Jogos Paralímpicos de Paris já viu o Brasil em todos os lugares do pódio. Depois do ouro de Gabriel Araújo nos 100 metros costas classe S2 (atletas com grande limitação físico-motora) nesta quinta (29), Phelipe Rodrigues conquistou a prata nos 50 metros livre S10 (atletas com deficiência física de baixo comprometimento) e Gabriel Bandeira trouxe o bronze nos 100 metros borboleta S14 (atletas com deficiência intelectual).

Phelipe Rodrigues chegou a Paris com o status de maior medalhista do Brasil em atividade. Os oito pódios viraram nove depois de uma prova forte na final dos 50 metros da classe S10. O pernambucano de 34 anos – que está na quinta Paralimpíada da carreira, medalhando em todas – competiu braçada a braçada com o australiano Thomas Gallagher, que acabou campeão com o tempo de 23s40. O brasileiro fechou com 23s54.

“Muito feliz por ter conquistado a minha nona medalha em Jogos Paralímpicos. Uma medalha de prata, muito próxima do ouro. Mas, medalha é medalha. Estou muito feliz. São cinco Jogos Paralímpicos e medalhando em todos eles. Tenho mais duas provas para participar. Estou muito ansioso, superconfiante, e conto com a torcida de vocês” declarou o nadador após a prova.

É o país da natação ou não é? 🏊🏻🇧🇷

O maior medalhista paralímpico da delegação brasileira em #Paris2024 conquista mais uma! Phelipe Rodrigues é PRATA no La Défense, nado livre, 50m S10. 🥈#JogosParalimpicos #BrasilParalimpico pic.twitter.com/A4pDTOWWHe

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@BraParalimpico) August 29, 2024

Mais cedo, Gabriel Bandeira, que chegou como detentor dos recordes mundial e paralímpico nos 100 metros borboleta S14, terminou a prova em terceiro lugar, com o tempo de 55s08. Ele ficou atrás do dinamarquês Alexander Hillhouse (ouro com 54s61, novo recorde paralímpico) e do britânico William Ellard (prata com 54s86).

Esta é a quinta medalha paralímpica de Bandeira, que subiu ao pódio quatro vezes em Tóquio.

Ao final do primeiro dia de competições na natação, o Brasil teve sete finalistas, com três pódios. Nas outras quatro provas decisivas do dia, Andrey Madeira foi o oitavo no 400 metros livre S9 (atletas com baixa limitação físico-motora), José Ronaldo acabou desclassificado nos 100 metros costas S1 (atletas com grande limitação físico-motora), Mayara Petzold terminou em quinto nos 50 metros livre S6 (atletas com grande limitação fisico-motora) e Mariana Gesteira completou a prova dos 50 metros livre S10 em sétimo.

Após 20 anos, brasileiras voltam à final do revezamento 4x200m livre

Depois de 20 anos a natação feminina do Brasil está de volta à final de um revezamento em Jogos Olímpicos. A equipe formada por Gabrielle Roncato, Maria Fernanda Costa, Maria Paula Heitmann e Stephanie Balduccini se classificou para a decisão do revezamento 4×200 metros livre após terminar a bateria na segunda posição, atrás apenas dos Estados Unidos, com a marca de 7min52s81. Foi o quinto melhor tempo das duas séries eliminatórias (cada uma com oito nadadoras). A final da prova está marcada para a tarde de hoje (1º), a partir das 17h03 (horário de Brasília). É a quarta final olímpica da natação do Brasil na Olimpíada de Paris, e a terceira das mulheres.

Brasileiras comemoram com Gabi Rocatto, última da equipe a completar a prova dos 4x200m em Paris 2024 – Sátiro Sodré/CBDA/Direitos Reservados

Maria Fernanda Costa, a Mafê, foi a primeira a cair na água, abrindo o revezamento com a parcial de 1min56s89. Stephanie Balduccini veio na sequência e fez 1min57s93; A terceira nadadora foi Maria Paula Heitmann, que completou o percurso em 1min59s43; e Gabrielle Roncatto fechou o revezamento com a parcial de 1min58s56. O tempo total ficou a apenas um décimo do recorde sul-americano na prova, obtido pelas brasileiras no Mundia de Doha neste ano.

“Eu estou bem feliz. Acho que o time nadou muito bem. Acho que tem muito espaço pra melhorar ainda, o que é bom né. O problema é quando não tem espaço para melhorar. Fato é que a gente pode melhorar. A gente está em uma boa colocação. E sonhar… É minha primeira final olímpica. Eu acho que nadar e ver o público depois de Tóquio, quando não tinha ninguém, vai ser incrível!”, comemorou Stephanie Balduccini.

No ano em que Stephanie nasceu, 2004, foi a última vez que o revezamento feminino do Brasil conseguiu se classificar a uma final em Jogos Olímpicos. Na ocasião, na Olimpíada de Atenas, a equipe formada por Joanna Maranhão, Mariana Brochado, Paula Baracho e Monique Ferreira terminou o 4 por 200 metros livre na 7ª posição.

Caribé fica fora da final dos 50m livre

Ainda na primeira sessão da natação desta quinta-feira (1), o baiano Guilherme Caribé não conseguiu se classificar para a semifinal dos 50m livre. Ele terminou a bateria classificatória na sexta posição, com o tempo de 22s31. A marca foi a 33ª no geral, e apenas os 16 primeiros avançaram para a semi. O melhor nadador das eliminatórias foi o australiano Cameron McEvoy (21s32).

Brasil se classifica às finais dos 400m livre da natação em Paris

A natação brasileira estreou em grande estilo neste sábado (27) na La Defénse Arena, em Paris. Os cariocas Maria Fernanda Costa, a Mafê, e Guilherme Costa, também conhecido pelo apelido de Cachorrão, se classificaram às finais dos 400 metros livre. A decisão por medalhas ocorrerá logo mais: às 15h42 (horário de Brasília) na disputa masculina, e às 15h52 na feminina.

Após 76 anos, a estreante em Olimpíadas Mafê Costa, de 22 anos, colocou o Brasil de volta em uma final por disputa de medalha dos 400m livre. Entre 21 participantes da fase classificatória, a carioca fez o sétimo melhor tempo (4min03s47). A primeira colocada foi a norte-americana Katle Ledecky (4min02s19), que têm no currículo 10 medalhas olímpicas.

FINAL EM DOSE DUPLA! 🏊🏻

No primeiro dia da natação em #Paris2024, o #TimeBrasil conquistou duas vagas nas finais dos 400m livre.

Mafe Costa concluiu a bateria na quinta posição, com o tempo de 4:03.47, e a sétima colocação geral no feminino. E Guilherme Costa, o Cachorrão,… pic.twitter.com/NjplDoGj4O

— Time Brasil (@timebrasil) July 27, 2024

“Nadar de manhã é sempre um pouco difícil. Ainda mais estrear. Estou tentando me acostumar. Cada vez que abro uma competição é um passo à frente. Foi o passo suficiente para entrar em uma final. Foi bem apertado. Queria ter feito melhor, mas o nervosismo e o frio na barriga podem ter mexido comigo. Mas fico grata por ter entrado na minha primeira final olímpica”, disse Mafê, em depoimento ao Comitê Olímpico do Brasil).

A brasileira decidirá o pódio com outras sete nadadoras; Katie Ledecky (Estados Unidos), Ariarne Titmus (Austrália), Erika Fairweather (Nova Zelândia), Summer McIntosh (Canadá), Jamie Perkins (Austrália), Paige Madden (Estados Unidos) e Isabel Gose (Alemanha). 

O Brasil contou ainda com Gabrielle Roncato na classificatória dos 400m livre feminino,que terminou na 16ª colocação geral.

Na disputa masculina, Cachorrão obteve o segundo melhor tempo entre 16 competidores na classificatória, e ganhou o direito de disputar a final em uma das raias centrais da piscina.O carioca encerrou os 400m livre em 3min44s23, atrás apenas do alemão Lukas Martens (3min44s13).

“Minha intenção maior era chegar na frente e consegui, independentemente do tempo que eu iria fazer. E fiquei mais feliz ainda por ter feito o segundo tempo geral. Na final certamente o pessoal vai nadar mais rápido, mas eu também vou, e espero bater na frente de todos”, declarou Cachorrão, confiante, após a prova eliminatória.

Com programação gratuita e ao ar livre, Feira do Livro agita SP

Com uma extensa programação cultural gratuita e ao ar livre e também com estandes de venda de livros, a Feira do Livro acontece até o próximo domingo (7) na capital paulista. O festival literário é realizado na Praça Charles Miller, em frente ao antigo estádio do Pacaembu, atualmente Mercado Livre Arena Pacaembu.

Nesta tarde ensolarada de terça-feira (2), a Feira do Livro entrou em seu quarto dia de evento. Algumas pessoas aproveitaram essa tarde agradável na capital paulista para passear pelo festival, comprar livros e aproveitar a programação cultural.

Este foi o caso da intérprete e professora bilíngue Celene Santos, 62 anos, que visitou a feira pela primeira vez. “Já dei uma passada pela parte de [livros] infantis, pela parte internacional e pela parte de artes, que está muito bacana”, disse ela. “Essa feira é importância vital para o país e para que as pessoas comecem a retornar aos clássicos e ficarem aliviadas da tensão e da tortura mental que é a tecnologia massiva. Ler dá asas e espaço para você encontrar sua criança interior e também dá espaço para você se aproximar do outro”.

Professora bilíngue Celene Santos, durante visita a Feira do Livro no Pacaembu  Foto  Rovena Rosa/Agencia Brasil

Já a analista de sistemas Carolina Nicolau Castilho, 37 anos, decidiu acompanhar seu marido e sua filha de 7 anos na feira, aproveitando que o evento estava hoje bem mais tranquilo do que aos finais de semana. “Viemos também no ano passado, mas em um final de semana, então estava mais cheio. Aqui é um ambiente gostoso, familiar, com atividades para crianças e adultos. Meu marido veio aqui fazer alguns negócios e eu e minha filha viemos aqui passear e comprar alguns livros. Minha filha já comprou um livro para ela”, contou. “Ela está na fase de alfabetização, começando a pegar gosto pela leitura, então é legal ela ter esse contato e ver a quantidade de livros que tem aqui”.

Carolina Nicolau Castilho e a filha visitam A Feira do Livro no Pacaembu Foto – Rovena Rosa/Agencia Brasil

Houve até quem chegou à feira por acaso. Como foi o caso do agente de viagens, atualmente desempregado, Fernando Pereira da Silva, 41 anos. Ele, que vive em uma casa de acolhimento, decidiu hoje passear pela região do Pacaembu e acabou se deparando com a feira. “Estava andando, caminhando e lembrando um pouco do passado, da época em que eu tinha 12 ou 14 anos e em que andava por aqui [pela região]. Aí me deparei com a feira. Estou achando legal. É legal o público vir aqui e saber como é o mundo. Ler é muito bom, mas eu preciso retomar minhas leituras. Mas estou aqui gostando de ver tudo isso”, falou ele. “A cultura não é só viver, se alimentar e se multiplicar. Há muitas coisas para se conhecer lá fora”, disse ele.

Rádio Nacional

E quem está acompanhando tudo de perto é a Rádio Nacional de São Paulo, veículo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que montou uma estrutura no local para as entradas ao vivo, direto da feira, pelo programa Tarde Nacional. O programa vai ao ar a partir das 15h, promovendo entrevistas com autores e visitantes do evento.

“Essa é a primeira transmissão externa da Rádio Nacional de São Paulo desde que foi criada. E ao longo de toda esta semana estaremos fazendo a transmissão do programa Tarde Nacional direto daqui [da feira]. Com entradas ao vivo daqui e também chamamos outras entrevistas que fizemos com escritores, editores e público”, disse Priscila Kerche, poeta, apresentadora e comentarista de literatura do programa Tarde Nacional, em entrevista a Agência Brasil.

“Estamos falando de um evento que promove a leitura, a literatura e o pensamento crítico e, sendo uma rádio pública, nada mais justo do que darmos espaço para esse evento, que é gratuito. Estamos também dando visibilidade para autores menores, que não tem tanto espaço na grande mídia, e para debates políticos que não têm tanta atenção”, explicou.

Em São Paulo, o programa poderá ser acessado pelo canal 87,1 FM e também pela internet ou pelo aplicativo Rádios EBC. “Todo o conteúdo que estamos produzindo – como as entrevistas com a poeta contemporânea Mar Becker, o psicanalista Christian Dunker e com o linguista Caetano Galindo – ficarão depois disponíveis nas rádios da EBC”, explicou Priscila Kerche.