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Síria: líder apoiado pelos rebeldes assume cargo de premiê interino

O novo líder da Síria anunciou nesta terça-feira (10) que estava assumindo o comando do país como primeiro-ministro interino, com o apoio dos antigos rebeldes que derrubaram o presidente Bashar al-Assad há três dias.

Em breve discurso na televisão estatal, Mohammed al-Bashir, uma figura pouco conhecida na maior parte da Síria, que anteriormente dirigia uma administração em um pequeno bolsão do noroeste controlado pelos rebeldes, disse que liderará a autoridade interina até 1º de março.

“Hoje realizamos uma reunião de gabinete que incluiu uma equipe do governo de Salvação, que estava trabalhando em Idlib e seus arredores, e o governo do regime deposto”, afirmou.

“A reunião teve como tema principal a transferência dos arquivos e das instituições para cuidar do governo.”

Atrás dele havia duas bandeiras: a bandeira verde, preta e branca, hasteada pelos oponentes de Assad durante toda a guerra civil, e uma bandeira branca com o juramento islâmico de fé escrito em preto, tipicamente hasteada na Síria por combatentes islâmicos sunitas.

Na capital síria, os bancos reabriram pela primeira vez desde a derrubada de Assad. As lojas também foram reabertas, o tráfego voltou às ruas, os trabalhadores da construção civil voltaram a consertar uma rotatória no centro da cidade de Damasco, e os limpadores de rua estavam varrendo as vias.

Houve diminuição notável no número de homens armados nas ruas. Duas fontes próximas aos rebeldes disseram que seu comando havia ordenado que os combatentes se retirassem das cidades, e que a polícia e as forças de segurança interna afiliadas ao principal grupo rebelde, Hayat Tahrir al-Shams (HTS), se posicionassem lá.

Os passos em direção à normalização ocorreram apesar dos intensos ataques aéreos de Israel contra bases do Exército sírio, cujas forças se dispersaram diante do avanço relâmpago dos rebeldes que expulsaram Assad.

Israel, que enviou forças por meio da fronteira para uma zona desmilitarizada dentro da Síria, disse que seus ataques aéreos têm como objetivo evitar que as armas caiam em mãos hostis. O país negou relatos de que suas forças haviam avançado além da zona de proteção para a zona rural a sudoeste de Damasco.

Em um sinal de que os estrangeiros estão prontos para trabalhar com o HTS, antiga afiliada da Al Qaeda que liderou a revolta anti-Assad e que ultimamente tem enfatizado seu rompimento com as raízes jihadistas, o enviado da ONU à Síria minimizou sua designação como organização terrorista.

“Até o momento, a realidade é que o HTS e também os outros grupos armados têm enviado boas mensagens ao povo sírio de unidade, de inclusão”, disse Geir Pedersen em entrevista em Genebra.

Novo líder

O novo líder interino da Síria tem pouco perfil político além da província de Idlib, a pequena região do noroeste, em grande parte rural, onde os rebeldes mantiveram uma administração durante os longos anos em que as linhas de frente da guerra civil da Síria ficaram congeladas.

Uma página do Facebook da administração rebelde diz que ele foi treinado como engenheiro elétrico, depois se formou em sharia e direito, e ocupou vários cargos em áreas como educação.

A incursão de Israel no sudoeste do país e seus ataques aéreos às bases do Exército derrotado criam um problema de segurança adicional para a nova administração, embora Israel insista que sua intervenção é temporária.

Depois que a fuga de Assad, no domingo (8), pôs fim a mais de cinco décadas de governo de sua família, as tropas israelenses entraram na zona tampão dentro da Síria, estabelecida após a guerra do Oriente Médio de 1973.

Três fontes de segurança disseram hoje que os israelenses haviam avançado para além da zona desmilitarizada. Uma fonte síria afirmou que eles chegaram à cidade de Qatana, a vários quilômetros a leste da zona de segurança e a curta distância de carro do aeroporto de Damasco.

O porta-voz militar israelense, tenente-coronel Nadav Shoshani, disse que as tropas permaneceram na zona de proteção e em “alguns pontos adicionais” nas proximidades, e que não houve nenhum avanço significativo para a Síria além da área de separação.

“Não estamos envolvidos no que está acontecendo internamente na Síria, não somos um dos lados desse conflito e não temos nenhum outro interesse além de proteger nossas fronteiras e a segurança de nossos cidadãos”, afirmou Shoshani.

*É proibida a reprodução deste conteúdo.

Busto vandalizado de líder quilombola é reparado em cidade do Rio

O busto da líder quilombola Maria Conga, vandalizado no último dia 19, véspera do feriado da Consciência Negra, foi reparado neste sábado (30) pela prefeitura de Magé, cidade da Baixada Fluminense, região metropolitana do Rio de Janeiro.

A placa com a minibiografia da líder negra foi reposta, após ter sido arrancada. Instalado no Píer da Piedade em novembro de 2021, este foi o segundo episódio de vandalismo contra a homenagem à personalidade histórica. Em 2023, a representação de Maria Conga foi grafitada com símbolos nazistas.

A prefeitura de Magé chama o reparo deste sábado de um ato contra a intolerância. “Essa mulher que foi extremamente necessária na luta do povo negro, da nossa cidade, do nosso país, na resistência e no acolhimento aos escravizados”, afirmou o secretário de Cultura, Turismo e Eventos, Bruno Lourenço. “Vamos permanecer na resistência por entender a necessidade de continuar contando a nossa história e as nossas origens”, completou.

Quem foi Maria Conga

O busto criado pela artista Cristina Febrone fica no Píer da Piedade, banhado pela Baía de Guanabara. O local tem simbolismo histórico, pois foi ponto de chegada de africanos aprisionados durante a escravidão.

Maria Conga nasceu no Congo, oeste da África, em 1972. Era filha de um rei, mas foi retirada da sua terra em um navio negreiro que a levou escravizada para a Bahia, por volta de 1804. Aos 18 anos, Maria teria sido vendida a um senhor de engenho de Magé e, aos 24 anos, novamente comercializada para um conde.

Ela conquistou a alforria aos 35 anos e fundou na cidade o quilombo Maria Conga, para dar abrigo a outros negros que fugiam da escravidão. Até hoje há uma comunidade quilombola no município.

Nos anos 2020 e 2024, Maria Conga foi homenageada por enredos das escolas de samba Acadêmicos da Rocinha e Estácio de Sá, respectivamente, ambas no grupo de acesso do carnaval carioca.

Líder yawanawá denuncia ataque de facção a aldeia em TI do Acre

O cacique da aldeia Nova Esperança, na Terra Indígena (TI) Rio Gregório, Biraci Junior Yawanawa, denunciou nesta quarta-feira (27) que uma facção criminosa teria invadido o território, localizado no município de Tauara, no Acre (AC). A área é habitada pelos indígenas yawanawá e os katukina pano, que dividem a mesma língua, a pano.

Em um vídeo postado nas redes sociais, o líder yawanawa disse que membros da organização atacaram pessoas de outra aldeia. Ele alegou que crianças foram espancadas e mulheres foram estupradas pelo grupo de invasores. “Estão sendo feitos reféns e estou muito preocupado. Está séria a situação”, afirmou.

O cacique ressaltou que, apesar de estar ciente de que, ao se expor, se torna vulnerável, fez o que acha certo e por entender que pode haver um conflito. “Para que não aconteça coisa pior, a gente pede às autoridades que se desloquem e ajudem os parentes kamanawa [um dos clãs dos katukina pano].”

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp) confirmou a presença de organizações criminosas. A pasta informou ontem, por meio da nota, que já havia deflagrado uma operação em outra aldeia da TI, a Katukina, e esclareceu que a coordenação fica a cargo da Polícia Federal. Segundo a secretaria, o governo estadual auxiliou no contingente e na logística, disponibilizando aeronaves, já que se trata de uma área com difícil acesso.

Foram escalados para a operação policiais federais, policiais militares, policiais civis, além de guarnições do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), que estavam em deslocamento para o município de Cruzeiro do Sul (AC), de onde partiriam para atender ao chamado de socorro feito.

“As ações estão sendo cuidadosamente planejadas e executadas, e todas as providências vêm sendo adotadas para garantir a segurança do povo Katukina e demais povos da Terra Indígena Rio Gregório”, acrescentou a Sejusp na mensagem.

A Agência Brasil solicitou mais informações ao Ministério dos Povos Indígenas e à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e aguarda retorno.

Ação da PF busca prender líder de grupo que traficava drogas em SP

A Polícia Federal (PF) cumpriu, na manhã desta quarta-feira (30), um mandado de prisão e um de busca e apreensão, na zona leste da capital paulista, para prender uma mulher suspeita de chefiar uma organização responsável pelo envio de diversas “mulas” do tráfico ao exterior. Mulas são pessoas que transportam drogas em seu corpo, geralmente para outros países.

O principal destino das drogas era a Europa. Algumas das pessoas que atuavam como mulas foram presas no Aeroporto Internacional de São Paulo e encaminhadas ao hospital público para que pudessem expelir a droga ingerida.

Segundo a PF, as investigações da Operação Mula D’Ouro começaram em setembro e mostraram que o grupo é composto por pelo menos quatro pessoas. Uma delas era profissional de enfermagem, responsável pela aplicação de medicamentos que auxiliam na manutenção das cápsulas de cocaína dentro do organismo.

De acordo com a PF, entre janeiro e 29 de outubro de 2024, já foram presas 161 pessoas com droga engolida em forma de cápsulas, número 300% maior do que o total do ano de 2023, quando foram detidas 41 pessoas. A PF informou que, neste ano, foram deflagradas mais de 10 operações contra grupos que atuam de forma semelhante e foram presos mais de 30 indivíduos.

Assassinato de líder do Hamas em batalha deve transformá-lo em símbolo

A forma como o líder do grupo Hamas e comandante do 7 de outubro, Yahya Al-Sinwar, foi assassinado na Faixa de Gaza reforça a influência do grupo islâmico e o torna um símbolo da resistência contra a ocupação de Israel e da causa Palestina.  É o que defendem especialistas entrevistados pela Agência Brasil.

Para esses pesquisadores, o assassinato de Sinwar em meio a uma batalha entre o Hamas e militares israelenses travada na cidade de Khan Yunes, ao sul da Faixa de Gaza, nessa quinta-feira (17), acaba com a versão de Israel de que a liderança vivia escondida em túneis ou no luxo em algum exílio.

24/10/2023, Rashmi Singh diz que a forma com que o líder foi encontrado mostra que ele estava na linha de frente – Frame/TV Assembleia MG

“A forma como foi encontrado e morto mostrou que ele estava a lutar na linha da frente e no campo de batalha, o que não só o transformou num mártir, mas também numa força de mobilização para o Hamas e outro grupos. Basta ver como a imagem dele de uniforme e keffiyeh [manto árabe tradicional] com o braço machucado se tornou viral na internet – está sendo transformado em um símbolo”, destacou Rashmi Singh, professora de relações internacionais da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais.  

As imagens divulgadas por Israel de Al-Sinwar – ainda vivo – coberto de poeira dentro de um prédio semidestruído viralizou pelo mundo.

O pós-doutor em ciências sociais e especialista em relações internacionais Marcelo Buzetto avaliou que o impacto, entre os palestinos deve ser o de reforçar o papel de grupos armados como o Hamas.

Marcelo Buzetto é autor do livro A questão Palestina; guerra, política e relações internacionais – Marcelo Buzetto/Arquivo Pessoal

“Será um exemplo porque esses combatentes fizeram uma opção política de não ir para o exílio e de ficar no território lutando. Essa história vai ser contada e vai se multiplicar o número de combatentes anticolonialistas por todo o mundo árabe, por todo o mundo islâmico. Tem uma simbologia muito grande”, comentou o autor do livro A questão Palestina; guerra, política e relações internacionais.

Segundo a Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal), a família de Yahya Al-Sinwar não era de Gaza, apesar de ele ter nascido em um campo de refugiados em Khan Younis, em 1962. Seus pais teriam sido expulsos do vilarejo Majdal Asqalan, que virou Ashkelon após a criação de Israel.

“Sinwar será lembrado como mártir e herói do povo palestino, ao lado de figuras como Yasser Arafat e Sheikh Izz El-Din Qassam, e de todos que rejeitam viver sob o jugo colonial”, disse a entidade, em nota. 

Sinwar chegou a ficar 23 anos presos em Israel, tendo sido libertado em acordo de troca de prisioneiros. Ele era chefe do escritório político do Hamas, em Gaza, e foi o comandante do ataque contra Israel em 7 de outubro.

A liderança palestina teve um pedido de prisão feito pela procuradoria do Tribunal Penal Internacional (TPI) acusado de crimes de guerra pelo 7 de outubro, quando 1,2 mil pessoas morreram. A procuradoria do TPI também pediu a prisão do primeiro-ministro de Israel, Benajmin Netanyahu, por acusações de crimes de guerra em Gaza.

Consequências

Tanto o presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, quanto a vice-presidente Kamala Harris, candidata à sucessão de Biden na eleição do próximo dia 5 de novembro, avaliaram que a morte de Sinwar seria uma oportunidade para encerrar a guerra.

Netanyahu, por outro lado, afirmou que a guerra continua, mas que esse seria “o começo do fim” do conflito e que o país seguirá tentando trazer de volta os 101 reféns ainda em poder do grupo palestino. O chefe do Estado israelense diz que a guerra só deve acabar quando o Hamas entregar as armas. 

Ao confirmar a morte de Sinwar nesta sexta-feira (18), o Hamas informou, por meio de nota, que seguirá lutando. “Esses prisioneiros [sequestrados no dia 7 de outubro] não retornarão, exceto parando a agressão em Gaza, retirando-se dela e libertando nossos heroicos prisioneiros das prisões da ocupação”, informou o grupo.

A professora Rashmi Singh, autora do livro O Hamas e o terrorismo suicida: abordagens multicausais e multiníveis, a morte de Sinwar é uma perda importante para organização, mas não pode ser visto como um enfraquecimento do grupo.

“O Hamas perdeu muitos dos seus principais membros ao longo dos últimos 30 anos e, em todas as ocasiões, não só sobreviveu à perda como substituiu rapidamente o líder por um dos seus membros. A estrutura do Hamas permite-lhe funcionar em unidades e células, o que o torna capaz de resistir à pressão de assassinatos”, afirmou.  

Para a especialistas, foi a ocupação de Israel que possibilitou o surgimento do Hamas. “Até que isso mude, o Hamas e outros grupos de resistência que utilizam táticas violentas, incluindo o terrorismo, não desaparecerão”, acrescentou.

Líder do Hamas se torna símbolo após assassinato, dizem especialistas

A forma como o líder do grupo Hamas e comandante do ataque de 7 de outubro de 2023 a Israel, Yahya Al-Sinwar, foi assassinado na Faixa de Gaza reforça a influência do grupo islâmico e o torna um símbolo da resistência contra a ocupação de Israel e da causa Palestina.  É o que defendem especialistas entrevistados pela Agência Brasil.

Para esses pesquisadores, o assassinato de Sinwar em meio a uma batalha entre o Hamas e militares israelenses travada na cidade de Khan Yunes, ao sul da Faixa de Gaza, nessa quinta-feira (17), acaba com a versão de Israel de que a liderança vivia escondida em túneis ou no luxo em algum exílio.

24/10/2023, Rashmi Singh diz que a forma com que o líder foi encontrado mostra que ele estava na linha de frente – Frame/TV Assembleia MG

“A forma como foi encontrado e morto mostrou que ele estava a lutar na linha da frente e no campo de batalha, o que não só o transformou num mártir, mas também numa força de mobilização para o Hamas e outro grupos. Basta ver como a imagem dele de uniforme e keffiyeh [manto árabe tradicional] com o braço machucado se tornou viral na internet – está sendo transformado em um símbolo”, destacou Rashmi Singh, professora de relações internacionais da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais.  

As imagens divulgadas por Israel de Al-Sinwar – ainda vivo – coberto de poeira dentro de um prédio semidestruído viralizou pelo mundo.

O pós-doutor em ciências sociais e especialista em relações internacionais Marcelo Buzetto avaliou que o impacto, entre os palestinos, deve ser o de reforçar o papel de grupos armados como o Hamas.

Marcelo Buzetto é autor do livro A questão Palestina; guerra, política e relações internacionais – Marcelo Buzetto/Arquivo Pessoal

“Será um exemplo porque esses combatentes fizeram uma opção política de não ir para o exílio e de ficar no território lutando. Essa história vai ser contada e vai se multiplicar o número de combatentes anticolonialistas por todo o mundo árabe, por todo o mundo islâmico. Tem uma simbologia muito grande”, comentou o autor do livro A questão Palestina; guerra, política e relações internacionais.

Segundo a Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal), a família de Yahya Al-Sinwar não era de Gaza, apesar de ele ter nascido em um campo de refugiados em Khan Younis, em 1962. Seus pais teriam sido expulsos do vilarejo Majdal Asqalan, que virou Ashkelon após a criação de Israel.

“Sinwar será lembrado como mártir e herói do povo palestino, ao lado de figuras como Yasser Arafat e Sheikh Izz El-Din Qassam, e de todos que rejeitam viver sob o jugo colonial”, disse a entidade, em nota. 

Sinwar chegou a ficar 23 anos presos em Israel, tendo sido libertado em acordo de troca de prisioneiros. Ele era chefe do escritório político do Hamas, em Gaza, e foi o comandante do ataque contra Israel em 7 de outubro.

A liderança palestina teve um pedido de prisão feito pela procuradoria do Tribunal Penal Internacional (TPI) acusado de crimes de guerra pelo 7 de outubro, quando 1,2 mil pessoas morreram. A procuradoria do TPI também pediu a prisão do primeiro-ministro de Israel, Benajmin Netanyahu, por acusações de crimes de guerra em Gaza.

Consequências

Tanto o presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, quanto a vice-presidente Kamala Harris, candidata à sucessão de Biden na eleição do próximo dia 5 de novembro, avaliaram que a morte de Sinwar seria uma oportunidade para encerrar a guerra.

Netanyahu, por outro lado, afirmou que a guerra continua, mas que esse seria “o começo do fim” do conflito e que o país seguirá tentando trazer de volta os 101 reféns ainda em poder do grupo palestino. O chefe do Estado israelense diz que a guerra só deve acabar quando o Hamas entregar as armas. 

Ao confirmar a morte de Sinwar nesta sexta-feira (18), o Hamas informou, por meio de nota, que seguirá lutando. “Esses prisioneiros [sequestrados no dia 7 de outubro] não retornarão, exceto parando a agressão em Gaza, retirando-se dela e libertando nossos heroicos prisioneiros das prisões da ocupação”, informou o grupo.

A professora Rashmi Singh, autora do livro O Hamas e o terrorismo suicida: abordagens multicausais e multiníveis, a morte de Sinwar é uma perda importante para organização, mas não pode ser visto como um enfraquecimento do grupo.

“O Hamas perdeu muitos dos seus principais membros ao longo dos últimos 30 anos e, em todas as ocasiões, não só sobreviveu à perda como substituiu rapidamente o líder por um dos seus membros. A estrutura do Hamas permite-lhe funcionar em unidades e células, o que o torna capaz de resistir à pressão de assassinatos”, afirmou.  

Para a especialistas, foi a ocupação de Israel que possibilitou o surgimento do Hamas. “Até que isso mude, o Hamas e outros grupos de resistência que utilizam táticas violentas, incluindo o terrorismo, não desaparecerão”, acrescentou.

Ataque de Israel em Beirute mata Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah

O Exército de Israel matou o líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, em um ataque aéreo em Beirute, desferindo um duro golpe no grupo apoiado pelo Irã, que se recupera de uma crescente campanha de ataques israelenses.

Israel informou neste sábado (28) que eliminou Nasrallah no ataque ao quartel-general do comando central do grupo, nos subúrbios ao sul de Beirute, na sexta-feira (27). O Hezbollah confirmou que ele foi morto, sem dizer como.

A morte do líder não é apenas um duro golpe para o Hezbollah, mas também para o Irã, removendo um aliado influente que ajudou a transformar o Hezbollah no eixo de grupos aliados de Teerã no mundo árabe.

Um membro sênior da Guarda Revolucionária do Irã, o vice-comandante Abbas Nilforoushan, também foi morto em ataques israelenses em Beirute, informou a mídia iraniana neste sábado.

Em comunicado, o Hezbollah disse que continuaria sua batalha contra Israel “em apoio a Gaza e à Palestina, e em defesa do Líbano e do seu povo firme e honrado”.

A TV Al-Manar do Hezbollah transmitiu versos do Alcorão após o anúncio da morte. Rajadas de tiros foram ouvidas em Beirute.

Ataque

O ataque aéreo de sexta-feira – uma sucessão de explosões extremamente poderosas que deixaram uma cratera de pelo menos 20 metros de profundidade – abalou Beirute. Israel realizou novos ataques aéreos na área e de forma mais ampla no Líbano neste sábado.

O Exército de Israel havia dito anteriormente que Nasrallah foi eliminado em um “ataque direcionado” à sede subterrânea do grupo, sob um edifício residencial em Dahiyeh – subúrbio ao sul de Beirute controlado pelo Hezbollah.

Afirmou ainda que ele foi morto junto com outro líder importante do Hezbollah, Ali Karaki, e outros comandantes.

“O ataque foi conduzido enquanto a alta cadeia de comando do Hezbollah operava a partir do quartel-general e promovia atividades terroristas contra os cidadãos do Estado de Israel”, declarou.

A morte de Nasrallah é, de longe, o golpe mais significativo em um período devastador para o Hezbollah, que começou há cerca de 15 dias com a explosão de milhares de dispositivos de comunicações sem fio utilizados pelos seus membros.

Israel também intensificou significativamente os ataques aéreos no Líbano, matando vários comandantes importantes do Hezbollah e centenas de outras pessoas em vastas áreas do país.

*Reportagem adicional de Timour Azhari, Laila Bassam, Tom Perry, James Mackenzie, Ari Rabinovitch, Jana Choukeir, Nadine Awadalla, Adam Makary, Jaidaa Taha, Clauda Tanios e Tala Ramadan

Rádio Nacional transmite jogo do líder Botafogo contra o Grêmio

O Botafogo tenta manter a liderança com folga na Série A do Campeonato Brasileiro diante do Grêmio, a partir das 21h (horário de Brasília) deste sábado (27) no estádio Mané Garrincha, em Brasília. A Rádio Nacional transmite ao vivo o confronto válido pela 28ª rodada da competição.

Ocupando a primeira posição da classificação com 56 pontos, três a mais do que o vice-líder Palmeiras (que também joga neste sábado, mas a partir das 18h30 contra o Atlético-MG), o Alvinegro de General Severiano tenta emplacar a quarta vitória consecutiva no Brasileiro, o que, independente de outros resultados, lhe manteria com uma folga na liderança.

Segundo o técnico português Artur Jorge, um dos fatores que explica o grande momento do Botafogo, que nesta semana avançou para a semifinal da Copa Libertadores, é a força mental. “Não tenho dúvida da força mental do Botafogo. Sei a equipe que tenho. Tenho plena confiança do que somos capazes de fazer. Não me assusta o que quer que seja. Quero extrair o melhor de cada um. Não peço nada de sobrenatural, apenas que cada um dê a última gota de suor e sangue”, declarou o treinador após a vitória de 1 a 0 sobre o Fluminense na última rodada do Brasileiro.

O adversário do Alvinegro será um Grêmio em meio a uma crise. Após derrota por 2 a 1 para o Criciúma em Porto Alegre, o time gaúcho está em situação incômoda na classificação, na 14ª colocação, com 31 pontos, apenas três a mais do que o Corinthians, a primeira equipe dentro da zona do rebaixamento.

Para a partida o Grêmio tem o desfalque de uma de suas principais peças, o meia-atacante venezuelano Soteldo, que não foi relacionado por estar com desgaste muscular. A tendência é que o técnico Renato Gaúcho opte pela entrada de Aravena. Assim, o Grêmio deve iniciar a partida com: Marchesín; João Pedro, Gustavo Martins, Kannemann e Reinaldo; Villasanti, Dodi, Edenilson, Cristaldo e Aravena; Braithwaite.

Série B na TV Brasil

Já a TV Brasil abre espaço neste sábado para a Série B do Campeonato Brasileiro, com a disputa, a partir das 17h, do confronto entre o Vila Nova e o Botafogo-SP no Estádio Onésio Brasileiro Alvarenga, o OBA, em Goiânia.

Para o Tigre, que começa a 29ª rodada na 5ª posição com 45 pontos, uma vitória pode representar a entrada na zona de acesso para a Série A. Já a Pantera, que é a 15ª colocada com 31 pontos, joga para se afastar da zona de rebaixamento.

Santos vence Botafogo-SP para continuar caça ao líder Novorizontino

O Santos foi até Ribeirão Preto, na noite desta quinta-feira (19), e derrotou o Botafogo-SP por 1 a 0 no estádio Santa Cruz para permanecer a caça ao Novorizontino, o líder da Série B do Campeonato Brasileiro. A TV Brasil transmitiu o confronto ao vivo.

Com este resultado na partida que fechou a 27ª rodada da competição, o Peixe chegou aos 49 pontos, ficando a apenas um do Tigre do Vale, que superou o Brusque por 1 a 0 na partida que abriu esta rodada. Já o Botafogo-SP permanece com 30 pontos, agora na 14ª posição, após este revés.

O único gol da partida saiu aos 39 minutos do primeiro tempo, quando o zagueiro Fábio Sanches falhou na saída de jogo e permitiu que Giuliano roubasse a bola na entrada da área para chutar e superar o goleiro João Carlos, que ficou vendido na jogada.

Rádio Nacional transmite jogo entre líder Botafogo e Corinthians

Tentando permanecer na ponta da classificação da Série A do Campeonato Brasileiro, o Botafogo recebe o Corinthians, a partir das 21h (horário de Brasília) deste sábado (14) no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro. O jogo conta com transmissão ao vivo da Rádio Nacional.

Ocupando a ponta da classificação com 50 pontos, o Botafogo chega mais descansado, pois seu último compromisso pelo Brasileiro foi antes da parada para a última Data Fifa, um triunfo de 2 a 0 sobre o Fortaleza. Além disso, o Alvinegro está embalado, com três vitórias nos últimos cinco jogos pela competição nacional.

Para este compromisso a equipe de General Severiano não poderá contar com o volante Gregore e nem com o técnico Artur Jorge, que cumprem suspensão. A equipe deve ser comandada pelos auxiliares Franclim Carvalho e João Cardoso. Mas o Botafogo pode ter as estreias de Alex Telles, Vitinho e Adryelson, que acabam de ser contratados.

Já o Corinthians chega ao confronto após uma classificação heroica para a semifinal da Copa do Brasil. O Timão, que ainda está vivo em três competições, vive um momento complicado no Brasileiro, pois ocupa a 17ª colocação com 25 pontos. Para deixar a zona do rebaixamento o time comandado pelo técnico Ramón Diaz precisa vencer.

Série B na TV Brasil

O sábado também terá bola rolando na tela da TV Brasil, mas pela Série B do Brasileiro. A emissora pública transmite, a partir das 17h, Paysandu e Guarani. As duas equipes chegam ao confronto lutando para fugir do rebaixamento.

Enquanto o Bugre é o lanterna da competição com apenas 21 pontos em 24 partidas, o Bicolor ocupa a 15ª colocação com 27 pontos.

* Colaboração de Pedro Amorim (estagiário) sob supervisão de Paulo Garritano.