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Futuro pai, Cícero Nobre sonha ter esposa junto na Paralimpíada 2028

O ano de 2024 seria especial para Cícero Nobre mesmo se não tivesse uma Paralimpíada pela frente. Ele e Nathália Almeida aguardam o nascimento do primeiro filho do casal. E o pequeno Levi, ainda está na barriga da mãe, já tem um presente reservado: a medalha de bronze que o pai conquistou nos Jogos de Paris, na prova do lançamento do dardo da classe F53 (atletas que competem sentados).

“Agora não existem mais o Cícero ou a Nathalia, mas sim o pai e a mãe do Levi [risos]”, brincou o paraibano, em entrevista à EBC na Casa Brasil Paralímpico, em Saint-Ouen, na região metropolitana da capital francesa.

 Cícero Nobre exibe o bronze, conquistado na prova do lançamento do dardo da classe F53 (atletas que competem sentados) – Silvio Avila/CPB/Direitos Reservados

Mesmo sem ainda ter nascido, Levi teve participação importante na conquista de Cícero, alcançada na noite do último sábado (31). Antes e durante a prova, realizada no Stade de France, em Saint-Denis, cidade vizinha a Paris.

“No Dia dos Pais, recebi da minha esposa aquele chaveirinho [com a foto do ultrassom do filho]. No dia da prova, quando acordei, dei um beijo na foto. E quando minha esposa acordou de manhã no Brasil, disse que, de madrugada, ele não parava [de se mexer], que nunca tinha acontecido aquilo. E na hora da prova, um companheiro de Cabo Verde falou, no quarto lançamento [o do bronze], que aquele seria para meu filho. Fico até arrepiado”, contou Cícero.

“De dois anos para cá e com a vinda do Levi, mudei bastante a forma de pensar e agir. Talvez, se fosse há três, quatro anos, eu não teria a cabeça que tive na minha prova. Creio que ele já está vindo para ensinar isso, a saber dosar as coisas”, completou o atleta, que tem má-formação congênita bilateral nos pés.

Cícero, agora, prepara-se para se adaptar à rotina de atleta e pai rumo à Paralimpíada de Los Angeles, nos Estados Unidos, em 2028. E não quer estar sozinho lá. Nathalia, sua esposa, também é atleta paralímpica e compete no arremesso do peso e no lançamento de dardo. Em 2014, ela teve uma das pernas imprensadas em um acidente automobilístico e teve que amputar a perna esquerda.

“A gente está se programando para, quando ele [Levi] estiver com seis meses, ela [Nathalia] já viajar para São Paulo e a gente competir. Ela tem o sonho de chegar à seleção de atletismo, pegar uma competição importante, como os Jogos Parapan-Americanos, o Mundial, uma Paralimpíada. E a gente vai trabalhar para isso. O Levi estará presente e não vai atrapalhar nada. Creio que ele só vem somar”, afirmou.

 

 

No lançamento do dardo paralímpico, os atletas que competem sentados utilizam uma cadeira individual e não podem se erguer dela, sob pena de terem o lance invalidada. Cícero teve apenas duas de suas seis tentativas consideradas válidas na prova de sábado. A primeira garantiu o bronze. A segunda o deixou próximo da prata.

“O que eu fiquei um pouco indignado é que participei do Mundial aqui na França [2023, em Paris], participei do Mundial de Kobe [Japão], onde eu fui campeão, lançando da mesma forma e me prendendo da mesma forma na cadeira e nunca tive problema com queima. Mas o resultado foi esse, então a gente ficar com a sensação de que foi prejudicado não vai mudar em nada. É a gente virar a chave, que agora tem mais um ciclo de quatro anos, virar a chave e treinar pesado, como a gente sempre treina, para chegar igual eu cheguei aqui ou até mais preparado para qualquer adversidade dentro da prova”, descreveu o paraibano.

“Já tenho a conquista mundial, tenho a conquista no Parapan, só me falta uma medalha de ouro paralímpica. Já tenho duas de bronze [a anterior foi em 2021, em Tóquio, no Japão], mas quero ouro, então você pode ter certeza que, em 2028, estando na Paralimpíada, vou brigar por essa medalha como nunca briguei”, concluiu.

Corpos de ocupantes de helicóptero são encontrados junto aos destroços

Os corpos dos quatro ocupantes do helicóptero que desapareceu há 12 dias em São Paulo foram encontrados junto à aeronave. A Polícia Militar (PM) encontrou os destroços em uma mata fechada no município de Paraibuna, no Vale do Paraíba. O aparelho foi localizado pelo Águia 24, da PM. Equipes de resgate estão no local.  

O helicóptero saiu do Campo de Marte por volta das 13h15 do dia 31 de dezembro, com destino a Ilhabela, com o piloto e três passageiros. De acordo com as informações, além do piloto estavam no helicóptero Luciana Rodzewics, de 45 anos; a filha dela, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, de 20 anos; e Rafael Torres, um amigo da família que fez o convite para o passeio. 

As buscas estavam sendo feitas pela Força Aérea Brasileira, Polícia Militar, Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros de São Paulo. Durante as buscas, as equipes sobrevoaram a região da Serra do Mar, entre o litoral norte e o Vale do Paraíba, principalmente sobre as cidades de Paraibuna, Natividade da Serra, Redenção da Serra, Salesópolis e Caraguatatuba.

Corpos de ocupantes de helicóptero são encontrados junto aos destroços

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O helicóptero saiu do Campo de Marte por volta das 13h15 do dia 31 de dezembro, com destino a Ilhabela, com o piloto e três passageiros. De acordo com as informações, além do piloto estavam no helicóptero Luciana Rodzewics, de 45 anos; a filha dela, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, de 20 anos; e Rafael Torres, um amigo da família que fez o convite para o passeio. 

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