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CNU: Ministério admite que instrução no cartão-resposta deixou dúvida

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) admitiu, nesta quinta-feira (21), que a instrução na folha de rosto do cartão-resposta das provas do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) pode ter gerado dúvidas e induzido vários candidatos a não marcar o tipo de gabarito da prova e/ou não transcrever a frase de identificação em 18 de agosto, data de aplicação do certame.

A declaração foi dada pela consultora jurídica do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) Karoline Busatto. Para ela, apesar dos oito editais originais do concurso citarem a necessidade da dupla de identificação dos participantes no caderno-resposta, houve problemas na escrita da folha de rosto do caderno de prova.

A falta de marcação pelo candidato no cartão-resposta, da chamada “bolinha”, que indica ao leitor digital do sistema de correção qual o tipo de gabarito, foi objeto de ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF). No julgamento da ação, a Justiça Federal do Tocantins determinou, no início de novembro, o cancelamento da eliminação dos candidatos do processo seletivo que não fizeram a marcação do tipo de prova.

Sem identificação

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos adiantou que não será possível identificar o participante que não marcou o tipo de gabarito da prova e nem reproduziu a frase de identificação na folha de rosto – que funciona como exame grafológico de todos aprovados no certame que forem convocados para assumir o cargo no governo federal -, nas provas em que há múltiplos gabaritos.

Nos casos em que o candidato fez pelo menos uma das identificações, o MGI firmou o compromisso com a Polícia Federal para identificar o candidato pela prova escrita (dissertativa ou redação), o que poderá garantir a segurança do certame.

O coordenador de Logística do CNU, Alexandre Retamal, explicou como será garantida a segurança do concurso: “vamos fazer o exame grafológico de todas as pessoas que forem aprovadas da mesma forma que a gente vai conferir a digital. Então, os dois itens são importantes para a segurança [do certame]. A Polícia Federal se comprometeu conosco que quem não preencheu a frase vai ser identificado pela redação.”

Novo cronograma

A falta de identificação do candidato no cartão-resposta foi um dos motivos para o adiamento da divulgação dos resultados finais do concurso unificado, prevista para esta quinta-feira.

No acordo judicial assinado pela União com MPF e Fundação Cesgranrio, banca examinadora do certame,  o ministério também anunciou o aumento do número de provas discursivas corrigidas de candidatos negros que alcançaram a nota de corte. Além da inclusão da prova de títulos como etapa classificatória para o cargo de Analista Técnico de Políticas Sociais dos blocos temáticos 4 e 5.

O acordo, motivado pelas três condições, possibilitou que 32.260 candidatos do CPNU, fossem novamente habilitados à correção da prova discursiva/redação e participação na prova de títulos e resultou em novo cronograma das próximas fases do concurso.

Aeronaves da FAB se chocam durante voo de instrução em Pirassununga

Duas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) que estavam sendo utilizadas em treinamento de cadetes colidiram nesta sexta-feira (1º) durante um voo de instrução em Pirassununga, no interior de São Paulo. As duas aeronaves eram modelo T-27 Tucano.

Segundo a FAB, um dos aviões pousou em segurança e o outro foi direcionado para uma região desabitada. O piloto realizou os procedimentos de ejeção com sucesso, tendo sido resgatado por equipes de salvamento da FAB.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram muita fumaça na região e um avião em chamas caído em uma área rural. Há vídeos também que apresentam o piloto de uma das aeronaves utilizando um paraquedas, momentos depois dele ter se ejetado do avião.

O acidente será investigado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).