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Ambiente de inovação no desenvolvimento do país é tema de encontro

Representantes de incubadoras de empresas, parques tecnológicos, governo e instituições de ensino e pesquisa se reúnem nesta semana, em São José dos Campos (SP), para discutir empreendedorismo e inovação no país. A 34ª Conferência da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), que reúne 420 desses ambientes de inovação, começou nessa segunda-feira (2) e vai até quinta (5).

Ambientes de inovação são espaços que favorecem a inovação e o empreendedorismo no meio empresarial, sendo base para uma economia fundamentada no conhecimento. Um exemplo são as incubadoras, locais que dão suporte a pequenas empresas em seus primeiros anos de vida. Outro são os polos tecnológicos, que reúnem empresas e centros de pesquisas, aproximando o desenvolvimento tecnológico e a formação de profissionais do meio empresarial.

“Os ambientes de inovação são aqueles que trabalham a criação de empresas de base tecnológica, a alavancagem dessas empresas e o desenvolvimento de novas tecnologias”, explica a presidente da Anprotec, Adriana Ferreira de Faria.

São José dos Campos (SP) 02/12/2024 – A presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores, Adriana Ferreira de Faria, faz a abertura da 34° edição da Conferência Anprotec, no Parque de Inovação Tecnológica (PIT).  Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil – Fernando Frazão/Agência Brasil

O objetivo do evento é compartilhar práticas, estratégias, ferramentas e tendências do setor, além de debater o papel dos ambientes e ecossistemas de inovação.

“Essa é uma conferência realizada há quase 40 anos. No evento deste ano, será discutido o papel desses ambientes de inovação para o desenvolvimento econômico e social do território onde eles estão. Esse desenvolvimento ocorre primeiro pela criação dessas empresas, que vão gerar emprego e renda de qualidade”, afirmou Adriana.

O Brasil comemora este ano quatro décadas de seu ambiente de inovação, contadas a partir do primeiro edital de apoio a parques tecnológicos no país, em 1984. Em dezembro daquele ano, foram criados os primeiros parques brasileiros: em São Carlos (SP) e em Campina Grande (PB).

*O repórter viajou a convite da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec)

Câmara Legislativa do DF promove debate sobre inovação e comunicação

A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) promove a partir desta quarta-feira (6) a primeira edição do Conecta CLDF: Comunicação 360º, evento que reunirá especialistas dos setores público e privado para debater inovação na área de comunicação. O seminário terá palestras e mesas-redondas, com encerramento na quinta-feira (7). 

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site da Câmara. As atividades serão transmitidas pela TV Distrital.

Vice-presidente da CLDF e organizador do evento, o deputado Ricardo Vale (PT) destaca a importância do debate sobre comunicação, cidadania e democracia. 

“A comunicação é uma ferramenta indispensável para a democracia, por isso a CLDF tem atuado de forma intensa para melhorar a comunicação institucional e a transparência da Casa. O Conecta é mais um avanço nesse sentido, reunindo gestores, profissionais e estudiosos para discutir a comunicação no setor público. Os inscritos participarão de debates importantes a respeito da relação entre comunicação e cidadania”

A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) irá participar do segundo dia do seminário, às 10h30 do dia 7 de novembro, da mesa “O papel das TVs públicas na democracia”, que discutirá a importância da transparência e da confiança nos veículo públicos de comunicação em tempos de desinformação. 

Participarão do debate o diretor-presidente da EBC, Jean Lima; o diretor da TV Senado, Érico da Silveira; e o presidente da Associação Brasileira de Televisões e Rádios Legislativas (Astral), Gerson de Castro. O mediador será Bruno Assunção Nalon, coordenador dos cursos de graduação em Comunicação Social do UniCeub.

“A Câmara Legislativa tem sido exemplo de inovação e o Conecta é um exemplo disso. Será um seminário rico para debatermos a comunicação no setor público, suas conquistas e desafios. Para nós, da EBC, é uma honra participar”, afirmou Jean Lima. 

Serviço:
Conecta CLDF
Data: 6 e 7 de novembro
Local: Câmara Legislativa do Distrito Federal – Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, Zona Cívico-Administrativa
Transmissão pela TV Câmara Distrital (www.youtube.com/TVCâmaraDistrital)
Inscrições, programação e mais informações pelo www.cl.df.gov.br/web/conecta-cldf.

* Estagiária sob supervisão de Marcelo Brandão

G20: ministros da Saúde aprovam declarações e coalizão por inovação

Os ministros da Saúde dos países que integram o G20 aprovaram duas declarações ao final do encontro realizado no Rio de Janeiro nos últimos três dias. O primeiro trata das prioridades elencadas em consenso pelo conjunto de países e o segundo aborda temas ligados às mudanças climáticas e à abordagem Uma Só Saúde.

“O ponto alto do encontro foi a aprovação dessas duas declarações. Normalmente, esses encontros terminam com uma única declaração final”, disse a ministra da Saúde, Nísia Trindade, na noite dessa quinta-feira (31), ao fim das atividades.

No último dia, a Reunião de Ministros de Saúde do G20 deu destaque às discussões sobre finanças e saúde. De acordo com Nísia Trindade, uma das principais questões colocadas em pauta foi a diretriz para que os débitos dos países possam ser revertidos em programas de saúde. “Não há uma regra geral. Isso será avaliado a cada caso. Mas é uma orientação importante, que se insere dentro de uma visão que considera a saúde como investimento”.

O documento que trata prioridades destacadas pelo conjunto dos países foi nomeado Declaração do Rio de Janeiro dos Ministros de Saúde do G20. Ele estabelece o compromisso de buscar melhorias para que os sistemas de saúde em todo o mundo alcancem, nos próximos dois anos, níveis melhores aos que eram registrados no período anterior à pandemia de covid-19.

A ministra destacou que o tema da equidade no acesso à saúde norteia todo o documento. Citou como destaque a construção de uma coalizão para a produção local e regional de tecnologias em saúde. “Também nessa declaração são reiterados temas do cuidado com os trabalhadores da saúde, com  respeito às necessidades dos países. Muitas vezes, há um processo de captação de recursos humanos que não respeita a diversidade. Isso foi bastante discutindo e faz parte também da declaração. E também a transição digital, que é uma pauta que já vinha de presidências anteriores”, acrescentou.

Por sua vez, o segundo documento aprovado foi intitulado Declaração dos Ministros de Saúde do G20 sobre Mudanças Climáticas, Saúde e Equidade e Abordagem Uma Só Saúde. Nele, são citadas preocupações com os riscos para a saúde humana decorrentes de eventos como ondas de calor, inundações, secas, incêndios florestais, entre outros.

“Foi colocado, de maneira muito clara a importância de planos de adaptação e mitigação frente aos impactos das mudanças climáticas que considerem a saúde como tema central”, destacou a ministra. Segundo Nísia, houve também uma preocupação particular com a questão da resistência antimicrobiana.

A abordagem Uma Só Saúde foi o centro de discussões ao longo do segundo dia do evento, ocorrido nesta quarta-feira. Por meio dela, se reconhece a interconexão entre a saúde humana, animal, vegetal e ambiental. Sua implementação envolve ações integradas e desde medidas de prevenção de doenças zoonóticas até a promoção de segurança alimentar e proteção do meio ambiente.

Como base nessa abordagem, a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) formaram uma aliança quadripartite e desenvolveram o Plano de Ação Conjunto para Uma Só Saúde (2022–2026). As entidades lembram que 60% dos patógenos que causam doenças em humanos tiveram origem em animais.

A reunião ministerial integra a programação da presidência brasileira do G20, que reúne as 19 maiores economias do mundo, bem como a União Europeia e mais recentemente a União Africana. O grupo se consolidou como foro global de diálogo e coordenação sobre temas econômicos, sociais, de desenvolvimento e de cooperação internacional. Em dezembro do ano passado, o Brasil sucedeu a Índia na presidência. É a primeira vez que o país assumiu essa posição no atual formato do G20, estabelecido em 2008. No fim do ano, a presidência será transferida para a África do Sul.

Para o ministro da Saúde da África do Sul, Aaron Motsoaledi, a liderança brasileira deixou um legado positivo. “Iremos trilhar pelo mesmo caminho em 2025. Nós aprendemos muito com a experiência do Brasil, com as metas ambiciosas definidas. A presidência da África do Sul será guiadas pelos princípios de solidariedade, qualidade e sustentabilidade para reduzir a pobreza e impulsionar o crescimento inclusivo. O trabalho na área da saúde será levado com base no princípio da cobertura universal de saúde. Levaremos adiante algumas das pautas que ganharam destaque durante a presidência brasileira como prevenção de pandemia, preparação de respostas e mudança climática”, afirmou.

Coalizão

A coalizão para a produção local e regional de tecnologias em saúde, de acordo com a ministra Nísia, buscará reduzir as desigualdades em diálogo com a Aliança contra a Fome e a Pobreza, uma das prioridades da presidência brasileira do G20, que será lançada na Cúpula dos Líderes, prevista para ocorrer nos dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro. A proposta conta com o apoio de organismos internacionais e envolverá iniciativas voluntárias. Deverão ser elaboradas chamadas e linhas prioritárias para selecionar projetos que receberão financiamento.

“É importante dizer que participaram de toda a discussão várias iniciativas internacionais que já colocam recursos para inovação. Então, existe o mais importante que é uma arquitetura global de apoio à inovação. A ideia é não ter foco em uma doença específica, mas nas populações em situação de vulnerabilidade. O foco maior é fortalecer as capacidades locais. O mais importante dessa proposta é como fazer uma gestão organizada disso para que o mundo não viva aquilo que vimos durante a pandemia de covid-19, quando 10% dos países eram os únicos que tinham conseguido iniciar a vacinação em junho de 2021”, explicou Nísia.

A ministra citou a dengue como uma das doenças que devem ser observadas com atenção. “Ela hoje é vista como ameaça global, mas não há exclusividade. A proposta é de que haverá um conselho para a governança, formado pelos países do G20. E haverá uma secretaria executiva que será realizada pelo Ministério da Saúde do Brasil para dar continuidade a essas ações, para dar uma organização. É uma arquitetura para ficar, não é uma coisa para este momento”.

Ativista da Costa Rica defende inovação ligada a direitos humanos

A ativista costarriquenha Epsy Campbell, que é presidente do Fórum Permanente de Pessoas de Descendência Africana da Organização das Nações Unidas (ONU), defendeu nesta terça-feira (29), em Brasília (DF), que as tecnologias de inovação devem estar ligadas à defesa dos direitos humanos. Ela foi uma das participantes do primeiro dia de atividades da Semana de Inovação, que está sendo realizada na Escola Nacional de Administração Pública (Enap) até a próxima quinta-feira (31). Um dos temas centrais do evento é a discussão de políticas públicas para o cuidado.

“Em relação à inovação, eu acredito que um dos elementos centrais referem-se ao acesso universal à digitalização e às tecnologias para a garantia de direitos, como à educação, à saúde e ao trabalho”, disse à Agência Brasil a ativista que foi vice-presidente de seu país entre 2018 e 2022. 

Ela exemplificou que sem conectividade, por exemplo, é cada vez mais difícil manter a educação formal. “Estamos em uma era de desenvolvimento em que não podemos pensar os temas econômicos separados da condição social de um povo”. Nesse sentido, os percalços enfrentados na América Latina ou na África fazem com que exista exclusão e que irá representar dificuldade de desenvolvimento do povo. 

“Quando temos ainda serviços de telemedicina, por exemplo, em que um dispositivo eletrônico pode alterar as perspectivas, precisamos pensar que as políticas públicas devem entender que os direitos hoje são exercidos de uma maneira diferente  do passado”.

A ativista elogiou a iniciativa da Semana de Inovação no Brasil. O evento, que é realizado desde 2015, segundo os organizadores, busca ampliar o debate público sobre mudanças pela cidadania por novas tecnologias e metodologias.

Experiências

Brasília (DF), 29/10/2024 – Epsy Campbell participa da abertura da Semana de Inovação 2024. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A costarriquenha participou de uma mesa de debates sobre a políticas nacionais do cuidado. No país da ativista, conforme explicou, o estado cuida para que benefícios públicos tratem com distinção setores mais excluídos e tradicionalmente invisibilizados. O governo local apoia “casas comunitárias” para cuidar de filhos de mulheres trabalhadoras em áreas vulneráveis. 

Também na mesa de discussão, a secretária brasileira da Política de Cuidados e Família, Laís Abramo, destacou que a legislação nacional inovou ao reconhecer a importância da corresponsabilização social e de gênero nas tarefas do cuidado. 

O documento determina o cuidado como um direito de todas as pessoas. As prioridades são crianças e adolescentes, pessoas idosas e pessoas com deficiência, trabalhadoras e trabalhadores remunerados, além das pessoas não remuneradas por cuidar de outras. Ela citou que pelo menos 33% das mulheres no Brasil não buscam emprego porque precisam cuidar da família. 

Brasília (DF), 29/10/2024 – Laís Abramo participa da abertura da Semana de Inovação 2024. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Valorização

Por isso,  segundo explicou, o governo defende a redução e a distribuição dos trabalhos de cuidados realizados pelas mulheres. Ela explicou que a política de cuidados já inclui a parceria com a Federação Nacional de Empregadas Domésticas (Fenatrad) e seis ministérios para avançar no processo de formação profissional e valorização das profissionais. 

“Não há maior inovação social do que reorganizar a sociedade e o Estado em torno do que é essencial para a sustentabilidade da vida humana e do planeta, que são os humanos”. 

Brasília (DF), 29/10/2024 – Creuza Maria Oliveira fala durante abertura da Semana de Inovação 2024. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A presidente de honra da Fenatrad, Creuza Oliveira, que também compôs a mesa, contextualizou que o Brasil tem mais de oito milhões de trabalhadoras domésticas. “Nós somos mulheres, mulheres negras, trabalhadoras domésticas, com baixa escolaridade e com toda a dificuldade de nos organizarmos. Em um mundo globalizado, onde as pessoas só valorizam o trabalho que ocorre na indústria e que gera lucro, o trabalho doméstico não é valorizado. Mas não é qualquer pessoa que faz”, disse. Ela defendeu que a capacitação e direitos são necessários para que haja bem-estar e recursos para manter a humanidade.

Cidades sustentáveis

Outro destaque do primeiro dia do evento foi uma mesa de debates que contou com a participação do arquiteto Kent Larson, diretor do laboratório de pesquisa da escola de Arquitetura e Urbanismo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Ele e outros pesquisadores do MIT apresentaram novas tecnologias digitais e sociais por cidades mais humanas e igualitárias. 

Uma intenção foi começar debates para implementar no Brasil um laboratório com as mesmas características dos EUA a fim de trazer iniciativas em inovação para que o país possa viabilizar cidades mais sustentáveis. México e Chile já contam com unidades com essa finalidade.

Com o tema “Novas Formas de Cuidar”, a Semana de Inovação oferece mais de 600 horas de programação gratuita. A Empresa Brasil de Comunicação (EBC), por meio da Agência Brasil, é mídia parceira do evento. A programação pode ser conferida no site do evento

Enap realiza Semana de Inovação com debates presenciais e online

A 10ª edição da Semana de Inovação, promovida pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap), começa nesta terça-feira (29) e vai até o próximo dia 31. O evento gratuito será realizado na sede da Enap, em Brasília, com atividades presenciais e online.

A semana é promovida anualmente pela Enap desde 2015, com o objetivo de fomentar a cultura de inovação entre os agentes públicos, promover a participação social e apresentar tendências e possibilidades para a transformação das organizações. 

Com o tema “Novas Formas de Cuidar”, serão oferecidas mais de 600 horas de programação gratuita. A Empresa Brasil de Comunicação (EBC), por meio da Agência Brasil, é mídia parceira do evento.

Foram confirmadas 199 atrações por meio de chamada pública (138 presenciais e 61 online), entre oficinas, debates, palestras, mesas-redondas, vivências artísticas e primeiros passos (palestras de conhecimentos introdutórios). A expectativa é de que 20 mil pessoas participem do evento.

Participações

O evento terá conferencistas renomados e líderes de diversos setores e países, além de painéis de discussão com especialistas sobre as tendências e os desafios da inovação no setor público. São cinco eixos temáticos: Trabalho e Saúde, Ciência e Tecnologia, Meio Ambiente e Clima, Diversidade e Inclusão e Cidades e Territórios. 

A chef e apresentadora Bela Gil vai fazer parte da mesa-redonda “Gênero, pobreza e segurança alimentar e nutricional: olhando através da lente dos cuidados”, na frente temática Diversidade e Inclusão. Participam também da atividade, no dia 30 de outubro, a doutora em Sociologia Betania Ávila e a especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental e secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social, Lilian Rahal.

Outra participação confirmada é a da ex-prefeita da noite de Nova York, Ariel Palitz. Na palestra, que será realizada no dia 30 de outubro, às 14h, ela deverá abordar como a gestão da vida noturna pode ser feita de maneira inclusiva, equilibrando as demandas de segurança, economia e convivência social. 

A EBC vai participar do evento em mesa-redonda sobre inovação e comunicação pública, no dia 31 de outubro, às 10h, no Palco Nexus Petrobras. A gerente de Jornalismo Digital, Juliana Cézar Nunes, vai falar sobre os novos caminhos no jornalismo digital e a  coordenadora da Radioagência Nacional, Izabella Silveira, abordará a cidadania nas ondas do rádio e da web. A assessora da Presidência da EBC, Eloiza Galdino, vai falar sobre a importância da participação social na construção de um novo sistema na comunicação pública.  

A Semana de Inovação 2024 é realizada pela Enap em parceria com a Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), o Tribunal de Contas da União (TCU), o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), o Ministério das Mulheres e patrocínio da Itaipu Binacional. 

As inscrições podem ser feitas no site do evento.

UFRJ terá Centro Brasil-Brics de Inovação para Neoindustrialização

O desenvolvimento de tecnologias nas áreas da saúde, agricultura e economia azul, relacionada ao uso sustentável dos recursos dos oceanos será o foco do Centro Brasil-Brics de Inovação para Neoindustrialização, que começará a funcionar no ano que vem, no Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Cidade Universitária, Ilha do Fundão, zona norte do Rio.

A criação da unidade, que deve começar a funcionar no ano que vem, foi anunciada pelo reitor da UFRJ, Roberto Medronho, e pelo diretor executivo do Parque, Romildo Toledo, durante as atividades do Fórum de Reitores do Brics, que reuniu na Universidade Estatal de Moscou Lomonosov (MSU), representantes de universidades dos países-membros do bloco: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Também estiveram presentes representantes de países recém-integrados ao Brics, como Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Egito. O fórum foi presidido pelo reitor da MSU, Victor Sadovnichy.

O projeto foi apresentado pela delegação da UFRJ durante o seminário Desenvolvimento da Associação dos Brics no contexto da dinâmica global: objetivos e perspectivas na Faculdade de Estudos Globais da Universidade Estatal de Moscou Lomonosov.

Para o reitor da UFRJ, Roberto Medronho, a proposta teve boa recepção durante o Fórum de Reitores do Brics, em Moscou. “[A proposta] foi muito bem aceita. Essa proposta vai ao encontro da política do presidente Lula de ampliar o diálogo sul-sul”, disse à Agência Brasil.

De acordo com o reitor, empresas de diversos países já funcionam dentro do Parque Tecnológico da UFRJ, e a intenção é atrair outras dos países do bloco para ampliar a cooperação técnico-científica com o Brics.

“Entre os principais objetivos do Centro Brasil-Brics de Inovação, em primeiro lugar, está atrair as empresas desses países porque, no Parque Tecnológico da UFRJ, temos empresas do mundo todo, inclusive do Brasil. Precisamos estreitar os laços de cooperação técnico-científica com os países do Brics”, afirmou.

Para Roberto Medronho, a atuação da nova unidade deve estar alinhada ao mundo multipolar. “Para isso, temos propostas de ampliação da articulação para a agroindústria, para complexo econômico-industrial da saúde, para a bioeconomia, para sustentabilidade e cidades inteligentes, transição energética. Enfim, existe um conjunto de questões e desafios, que, através dessa cooperação técnico-científica com o Brics, acreditamos que teremos soluções inovadoras para melhorar a qualidade de vida do nosso povo.”

Segundo a UFRJ, o diretor executivo do Parque Tecnológico da UFRJ, Romildo Toledo, “foi recentemente destacado entre os cientistas mais influentes do mundo, de acordo com relatório da universidade norte-americana de Stanford, sendo o primeiro lugar no Brasil na área Building & Construction”.

BNDES aprova R$ 9 bilhões em aprovações a projetos de inovação

As aprovações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a projetos de inovação atingiram no acumulado do ano até o mês de setembro a marca de R$ 9 bilhões, o maior valor para o segmento na história da instituição. Desse total, R$ 6,6 bilhões são recursos provenientes do programa BNDES Mais Inovação, com a Taxa Referencial (TR), que neste mês está em 0,81%.

Ao atingir essa marca, o valor aprovado para projetos de inovação representa 6,5% das aprovações do BNDES. Esse percentual também é o maior já registrado na história do banco.

“Investir em inovação é colocar o Brasil na sociedade do conhecimento”, disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. “Não é possível ser competitivo sem ser inovador.  Por isso, as principais economias do mundo fazem política industrial de inovação com recursos públicos a custos competitivos e é justamente isso que estamos fazendo. No governo do presidente Lula, o BNDES voltou a ser a casa da indústria, um setor que gera renda, atração de divisas e empregos qualificado”.

Apoio à inovação

O BNDES dispõe de diversos instrumentos para apoiar a inovação de empresas de todos os portes e setores. São instrumentos de crédito, como o BNDES Mais Inovação e outras linhas incentivadas, e aportes em participações societárias e em fundos de investimento.

O banco também realiza o programa BNDES Garagem de criação e aceleração de startups e oferece apoio não reembolsável a projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação conduzidos por universidades e instituições tecnológicas em parceria com empresas, com recursos do Fundo Tecnológico (BNDES Funtec).

Editais destinarão R$ 3,1 bilhões para projetos de inovação e pesquisa

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) anunciaram investimentos de R$ 3,1 bilhões para um conjunto de editais focados em fortalecer a infraestrutura de inovação e pesquisa no país.

Os recursos serão aplicados na expansão do Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), na Chamada Universal, em parceria com o CNPq; no Pró-Infra Desenvolvimento Regional no Norte, Nordeste e Centro-Oeste e no edital Verde Amarelo/Parques Tecnológicos, destinado à correção de assimetrias existentes no Brasil relativas a ambientes de inovação.

No anúncio, nesta quarta-feira (16), na sede da Academia Brasileira de Ciências (ABC), a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, disse que o pacote de novos investimentos tem um olhar especial para o desenvolvimento regional.

“Esses são recursos para que a ciência atinja outros patamares e para que a gente seja protagonista cada vez mais do desenvolvimento e possamos contribuir para fazer do Brasil a grande nação que esse país está destinado a ser”, completou.

Luciana Santos disse que, desde que assumiu o cargo, tem buscado fortalecer o MCTI como indutor do processo científico e tecnológico e recuperar o papel de articulação do ministério com órgãos federais e estaduais, empresas públicas e privadas, universidades, instituições de ciência e tecnologia e a sociedade civil.

“Estamos aqui reafirmando que nosso governo tem a marca do diálogo e olha para todas as regiões do país. Ciência e Tecnologia são temas transversais dentro do governo federal e também temos atuado em conjunto com os estados”, afirmou, acrescentando que a Academia Brasileira de Ciência (ABC) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) têm sido grandes parceiras.

A ministra disse que o país vive um momento de reconstrução, o que passa pela redução da polarização.

“Nós precisamos isolar qualquer tipo de pensamento extremista e nefasto que leve à exclusão, a qualquer tipo de preconceito, que leve ao ódio, à violência e à intolerância, que ainda é o ambiente que vivemos no Brasil e não é só no Brasil, mas um fenômeno no mundo por conta da ascensão do pensamento da extrema-direita. A ciência e as evidências científicas vão na contramão desse tipo de pensamento que oprime os povos e nações e encurta todo um processo de enfrentamento das desigualdades e no sentido de ser da política pública ser cada vez mais eficaz”, observou.

O secretário-executivo do MCTI, Luiz Fernandes, destacou que a recomposição e a liberação integral dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), garantidos pelo presidente Lula, é que permitiram o anúncio das novas medidas. Ele defendeu ainda a necessidade de aumento do orçamento do CNPq.

Editais

O Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs), destinado à promoção da formação de redes multi-institucionais e interdisciplinares dedicadas à investigação científica em temáticas estratégicas e enfrentamento a grandes desafios nacionais, receberá as propostas até 9 de dezembro. Em comparação com a edição de 2022, essa chamada pública quadruplica o valor investido, alcançando R$ 1,5 bilhão. O valor máximo por projeto foi duplicado para até R$ 15 milhões.

Na Chamada Universal, 30% dos recursos serão aplicados nas propostas de instituições localizadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

O Pró-Infra Desenvolvimento Regional vai contar com até R$ 600 milhões para o fortalecimento da infraestrutura de pesquisa nas três regiões. Será em duas etapas. Uma de R$ 300 milhões de recursos não reembolsáveis do FNDCT com execução tradicional Finep e a outra de mesmo valor será executada em parceria com os estados.

O orçamento para Bolsas de Produtividade em Pesquisa (PQ), Produtividade em Pesquisa Sênior (PQ-Sr) e Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora (DT) foram ampliadas em cerca de 50% pelo CNPq. Pela primeira vez, o edital unifica as três categorias. As propostas podem ser apresentadas até 30 de dezembro. O total do investimento será de R$ 466,7 milhões. O valor representa aumento de aproximadamente R$ 160 milhões em comparação com o do ano passado.

Recursos do BNDES para projetos de inovação chegam a R$ 5,9 bilhões

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou, de janeiro a agosto deste ano, R$ 5,9 bilhões para projetos de inovação da indústria brasileira, maior valor da série histórica iniciada em 1995, considerando os primeiros oito meses de 2024. O volume supera a soma das aprovações de 2019 a 2023 no mesmo período e representa mais que o dobro do valor aprovado em 2011, segundo maior ano da série, com R$ 2,9 bilhões.

Desde janeiro de 2023, as aprovações de crédito do banco já somaram R$ 11,2 bilhões para projetos de inovação, montante superior à soma dos cinco anos anteriores.

De acordo com o presidente do BNDES. Aloízio Mercadante, em oito meses, o montante investido pelo banco já supera todo ano de 2023, que foi R$ 5,3 bilhões em crédito.

“As aprovações foram impulsionadas pelo Programa BNDES Mais Inovação, atendendo à determinação do presidente Lula de promover uma transformação tecnológica na indústria nacional para torná-la mais competitiva e com capacidade de gerar empregos mais qualificados no Brasil”, explicou.

Segundo ele, desde setembro de 2023, quando entrou em operação, até agosto deste ano, o Programa BNDES Mais Inovação aprovou R$ 8 bilhões para as empresas nacionais.

De acordo com o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do banco, José Luís Gordon, o apoio à inovação para micro, pequenas e médias empresas, em 2024, também é o maior desde 1995.

“Os R$ 2,4 bilhões aprovados entre janeiro e agosto deste ano representam 41% do total aprovado pelo banco para a inovação, demonstrando a relevância do tema na agenda das Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) brasileiras, que são as empresas que mais geram emprego no país”, esclareceu.

Os valores aprovados para empresas de porte médio somaram R$ 1,4 bilhão, representando 56% do total aprovado para MPMEs em 2024 e superando a soma de todas as aprovações de 2015 a 2023, considerando o mesmo período. Para microempresas foram aprovados R$ 200 milhões e para pequenas empresas, R$ 900 milhões.

Rio recebe maior conferência global de tecnologia e inovação

O Píer Mauá será palco, nos próximos quatro dias, da 4ª edição da Rio Innovation Week, maior conferência global de tecnologia e inovação. O megaevento será aberto nesta terça-feira (13), em área de 70 mil metros quadrados (m²), com 34 conferências, mais de 2.500 conferencistas, 2.500 startups e incubadoras fomentando negócios, e mais de 350 expositores, em 28 palcos simultâneos, apresentando inovações e soluções para os setores, além de treinamentos imersivos setorizados, mentorias, exposições, workshops, networking e ambientes de negócios. O evento utilizará todos os armazéns do Píer Mauá, além do Museu de Arte do Rio (MAR), na zona portuária da cidade.

Entre os mais de 2 mil conferencistas convidados está o físico Marcelo Gleiser, que falará hoje, às 17h, na conferência Ciência para Todos. Sua palestra terá como título Desvendando o cérebro humano: novas descobertas e perspectivas. Do painel participa também a cientista Suzano Herculano, reconhecida mundialmente por suas pesquisas sobre a evolução do cérebro humano. Suzana também é bióloga formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e autora de vários livros sobre neurociência, entre eles A vantagem humana.

Gleiser é um físico brasileiro, ganhador do Prêmio Templeton. É astrônomo, professor e atualmente pesquisador e professor da Faculdade de Darthmouth, nos Etados Unidos. É membro e ex-conselheiro geral da American Physical Society.

Outro destaque desta terça-feira é a filósofa e ativista internacional indiana Vandana Shiva. Ela também é física, ecofeminista e ativista ambiental. É diretora da Fundação de Pesquisas em Ciência, Tecnologia e Ecologia, com sede em Nova Déli, e uma das líderes e diretoras do Fórum Internacional Sobre Globalização.

Na quinta-feira (15), um dos painéis terá um encontro entre o filósofo e poeta brasileiro Ailton Krenak, primeiro indígena a ocupar uma cadeira de imoral na Academia Brasileira de Letras (ABL), e a Monja Coen Roshi, líder espiritual e principal divulgadora do Budismo no Brasil. Eles estarão no painel O que é realidade – Realidade e Resiliência: Perspectivas Budistas e Indígenas sobre o Mundo Contemporâneo.

A Rio Innovation Week terá a participação, na sexta-feira (16), da ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 2018, Nadia Murad, que pertence à minoria yazidi no Iraque, foi sequestrada e violentada pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) e hoje luta contra o tráfico sexual de mulheres. Sobrevivente do genocídio Yazidi em seu país, se tornou defensora e líder dos sobreviventes de genocídio e violência sexual. Ela vai falar sobre O sentido da vida e suas experiências de ativismo. Nadia também é autora do best-seller Que eu seja a última: minha história de cárcere e luta contra o Estado Islâmico.

Inteligência Artificial

A inteligência artificial (IA) não estará de fora das discussões da Rio Innovation Week.

O diretor do evento, Fábio Queiroz, acredita que colocar o tema Inteligência Artificial nas conferências e palestras é uma forma de desmistificar o assunto. Para ele, a tecnologia tem o poder de ser uma força transformadora para o bem.

“Cada linha de código, cada avanço tecnológico deve ser guiado por um propósito maior, o de melhorar a vida das pessoas e proteger nosso planeta”, diz. “A verdadeira medida do progresso não é o que criamos, mas como impactamos e enriquecemos as vidas daqueles ao nosso redor”, acrescenta.