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UFRB inaugura emissora e vai retransmitir o sinal da Rádio Nacional 

A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) inaugurou a primeira emissora de rádio da instituição, na cidade de Cruz das Almas (BA). A inauguração representa a consolidação do movimento de expansão da Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP), a partir de esforços conjuntos com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR) e o Ministério das Comunicações (Mcom).

Neste primeiro momento, a UFRB FM 87.1 vai retransmitir o sinal da Rádio Nacional. O acordo, firmado no ano passado, tem duração inicial de dez anos e prevê adoção de ações conjuntas visando à implementação, operação e transmissão de radiodifusão de sons e imagens.

A diretora-geral da EBC, Maíra Bittencourt, participou da cerimônia de inauguração, na na última quinta-feira (21). Também esteve presente o assessor da Secom/PR, Octavio Pieranti. “Esse é um momento bastante importante de entrega, em uma região que deve ganhar muito com essa nova rádio. A cada nova emissora implantada, é a comunicação pública que chega para dialogar com novos territórios”, contextualiza Bittencourt.

“Essa é uma conquista importante para nós, para a gestão, para a estrutura da universidade. Mas é também um marco importante no sentido de que a gente se aproxima, se relaciona de maneira mais profunda, mais fluida, com a nossa comunidade e nosso território”, disse a reitora da UFRB, Georgia Gonçalves, em uma rede social.

Prevista na Lei de Criação da EBC, a RNCP é formada por emissoras de TV e Rádio que atuam por todo o país, propiciando cultura e informação para milhões de brasileiros. A EBC é responsável pela formação da sua rede e investe no fortalecimento e expansão. Em 2024 o crescimento do número de contratos foi de mais 234%. 

Atualmente, estão em operação 72 geradoras de televisão e 43 geradoras de rádio. A EBC vem atuando junto às afiliadas para a implantação de 173 novas emissoras nos próximos anos.

Lula inaugura com prefeito Eduardo Paes placa de revitalização do MAM

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o prefeito Eduardo Paes inauguraram, nesta terça-feira (19), último dia da Cúpula do G20, no saguão de entrada do Museu de Arte Moderna (MAM), placa que celebra a revitalização do MAM para receber a reunião de cúpula dos líderes das principais economias do mundo.

A placa traz a seguinte inscrição, em português e inglês: “No Museu de Arte Moderna, na Cidade do Rio de Janeiro, chefes de Estado e de Governo do G20 se reuniram nos dias 18 e 19 de novembro de 2024, para dialogar e criar um mundo mais justo e sustentável”.

O ato contou com a presença do embaixador Mauro Vieira, ministro de Relações Exteriores, Márcio Macedo, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária, Eduardo Cavaliere, secretário municipal da Casa Civil, Lucas Padilha, presidente do Comitê Rio G20, e Yole Mendonça, diretora do MAM.

 

Brasil inaugura espaço de participação social na COP29

O Brasil inaugurou nesta terça-feira (12) um pavilhão de participação social na 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), em Baku no Azerbaijão.

O espaço, que traz como tema Caminhos para a Transformação Ecológica, é um local de encontro, diálogos e apresentação das iniciativas brasileiras de enfrentamento às mudanças climáticas.

Com a presença de toda a delegação brasileira e uma plateia que ocupou totalmente o espaço brasileiro, o vice-presidente Geraldo Alckmin destacou o protagonismo do país nos debates e negociações globais sobre as mudanças climáticas.

“Nós temos a maior floresta tropical do mundo, temos a energia elétrica mais limpa do mundo – 85% é energia hidráulica, solar, elétrica, de biomassas – temos o biodiesel, o melhor do mundo – era 10% [percentual misturado à gasolina], o presidente Lula passou para 12%, 14% e no ano que vem vai para 15%, além da lei do combustível do futuro”, destacou.

Alckmin destacou ainda a regulamentação do mercado de carbono no Congresso Nacional, a redução do desmatamento na condução do país para zerar o problema e a entrega das Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês), que considerou extremamente ousadas.

“Nós vamos sair de 2,2 bilhões de toneladas de CO₂ equivalente para buscar a meta de 850 milhões de toneladas de CO₂ equivalente, em 2035.

Fazendo uma comparação com a atual conferência (COP29) – que ganhou o título de COP do financiamento –, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou que as ações em discussão no encontro em Baku conduzirão o Brasil a receber a COP da implementação (COP30).

“Qual é o indicador de sucesso desta COP29, para além de tantos temas que estão postos aqui? Com certeza são os mecanismos de financiamento, sem os quais, aquilo que nós anunciarmos virarão apenas enunciados”, reforçou.

Para a ministra, a definição do financiamento climático é o que permitirá as ações de adaptação, mitigação e a transformação dos modelos de desenvolvimento. Caminho que, segundo Marina, já vem sendo traçado com políticas públicas de enfrentamento das queimadas, a implementação do Plano Clima, o Pacto pela Transformação Ecológica e os resultados alcançados no atual governo.

“Não queremos nos acomodar com os dados alcançados, queremos que o Brasil seja o endereço da prosperidade, mas, como diz o presidente Lula, com combate à desigualdade, prosperidade, protegendo a biodiversidade e os povos indígenas, prosperidade fazendo com que o nosso país possa ser democrático e sustentável, dialogando com todos os setores”

Sobre a ambição brasileira de reduzir as emissões de gases do efeito estufa, que será apresentada amanhã (13) à Organização das Nações Unidas, na COP29 de Baku, Marina destacou a importância do Brasil ser referência mundial.

“Que a gente faça o mapa do caminho para a transição, o fim do uso de combustível fóssil, para o fim do desmatamento e para que ninguém fique para trás”, conclui a ministra.

*A repórter viajou a convite do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA)

Universidade Federal do ABC inaugura o Cefavela

A Universidade Federal do ABC (UFABC) vai se tornar um polo de pesquisa sobre comunidades periféricas, com a inauguração do Centro de Estudos da Favela (Cefavela). A iniciativa surge com 38 pesquisadores associados, dos quais 11 têm vínculo com instituições acadêmicas estrangeiras, 15 são da UFABC e 12 de instituições nacionais.

Entre os objetivos do projeto estão a contribuição de conhecimento para a formulação de políticas públicas e a luta por direitos e a superação de um modelo que relega os moradores de favela e os reduz a meros objetos de estudo. 

Uma das condições para que o projeto vá adiante, salientado quando foi concebido, é a articulação entre a academia, órgãos governamentais, organizações não governamentais e movimentos sociais. Um agente que viabiliza essa ponte é o Centro de Pesquisa, Difusão e Inovação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Cepid).

O coordenador do projeto, Jeroen Klink, disse que os pesquisadores que integram o Cefavela já são próximos, há anos, das comunidades e, portanto, das temáticas, e que o grupo se alinha bem ao que a UFABC se propõe a fazer na dimensão político-pedagógica. 

Segundo ele, tem sido necessário que os pesquisadores desse campo se atualizem quanto a novos fatores que emergem nas favelas, como organizações criminosas que se formaram mais recentemente, às configurações imobiliárias e às potencialidades e limites das ações de urbanização nas favelas. 

“A nossa literatura e as próprias práticas de urbanização de favelas foram consolidadas ao longo do século 20, mas a favela contemporânea mudou”, explica Jeroen Klink. 

“Não conseguimos equacionar a precariedade habitacional e integrar as favelas à cidade. E, ao mesmo tempo, as favelas representam novos desafios. Por exemplo, a maior densidade construtiva, a reocupação de áreas ocupadas anteriormente e a proliferação de riscos ambientais. Consequentemente, as intervenções públicas de urbanização são mais complexas e requerem ações multisetoriais”, acrescenta. 

O primeiro edital para seleção de pós-doutorandos com interesse em participar do Cefavela foi aberto em setembro e já há previsão de concessão de bolsas de treinamento técnico, iniciação científica, mestrado e doutorado. 

Nesse início das atividades do Cefavela, a organização que representa a população que vive nas favelas é a União Nacional por Moradia Popular (UNMP). Também são parceiros o Ministério das Cidades; o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe); a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP); a Escuela de Planeación Urbano Regional da Universidade Nacional da Colômbia; o Indian Institute for Human Settlements (IIHS); a University of the Witwatersrand (WITS/Johannesburg/África do Sul); a School of the Built Environment da Oxford Brookes University (Inglaterra); o Geographic Data Science Lab, da The University of Liverpool (Inglaterra); e a Faculty of Geo-Information Science and Earth Observation (ITC), da University of Twente (Holanda). 

“Quanto a essas instituições, em resumo, a gente já tinha uma relação institucional de trabalho concreta, e o Cefavela foi mais um passo adiante no fortalecimento dessas parcerias”, disse Klink, destacando que diversas dessas instituições já são referência na área.

Academia Brasileira de Letras inaugura mural de Machado de Assis

Um recorte da vida do escritor Machado de Assis passa a fazer parte da fachada do edifício da Academia Brasileira de Letras (ABL), no centro da cidade do Rio de Janeiro. Estão representadas em um mural de 150 metros a casa onde o escritor morou, no Morro do Livramento, a Rua do Ouvidor, que lhe era tão querida, no centro da cidade, sua esposa, Carolina Augusta, a paixão pela música clássica, pela literatura e as reflexões sobre vida e morte.

À esquerda, marcando o início da leitura, a letra M ornamentada, como se via no início de livros antigos, que representa também o primeiro trabalho oficial do escritor, como tipógrafo.  

O ponto central da obra está em outra paixão do escritor: o xadrez. Um xeque-mate nas discussões sobre a cor da pele do escritor. O Machado de Assis negro derrota na partida um Machado de Assis embranquecido, reafirmando que o primeiro presidente da ABL é um homem negro.

O mural, inaugurado nesta segunda-feira (23), é parte do projeto Negro Muro, idealizado pelo produtor e pesquisador Pedro Rajão e pelo artista Fernando Cazé. Ao todo, são 62 murais pela cidade do Rio de Janeiro que mapeiam a memória negra por meio da arte urbana.

O artista Fernando Cazé e o pesquisador Pedro Rajão, idealizadores do projeto que mapeia a memória negra na cidade do Rio – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Segundo Cazé, este mural tem um significado especial. “É dando fim à história de que Machado era branco. Então chega fessa ideia de que ali a gente tem um homem branco, né?. A gente costuma dizer que arte e educação antirracista trabalham juntos ali. A gente pesquisa o território e ergue monumentos negros de acordo com o seu território. Então, quando a gente traz o Machado de Assis, a gente não traz aqui à toa, traz porque ele foi o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras. Um homem negro, do qual se discute até hoje a cor da pele. Então, a gente traz essa memória, fincando a ideia, as raízes de que aqui tivemos o primeiro presidente negro dentro da instituição.”

Rajão conta que procurou a ABL para realizar o trabalho e explica que projeto Muro Negro atua com a produção de murais, que, para ele, é a forma de arte mais democrática possível, está nas ruas, gratuita, à vista de quem por ali passa. O projeto identifica importantes personalidades negras e as registra em territórios que fizeram parte da história e biografia de cada uma.

Chegar à ABL, para Rajão é “uma emoção muito grande. O Machado de Assis é uma das poucas unanimidades nacionais. Então, o projeto que está se debruçando a traçar essa cartografia é um nome meio óbvio. Mas a gente queria um lugar de impacto, um lugar que tivesse uma ressonância para ecoar ainda mais o Machado de Assis, que volta e meia está sendo redescoberto”.

Machado de Assis nasceu e viveu no Rio de Janeiro entre 1839 e 1908. É um dos autores brasileiros mais importante. A obra machadiana é composta por dez romances, 205 contos, dez peças teatrais, cinco coletâneas de poemas e sonetos, e mais de 600 crônicas. É autor de Memórias Póstumas de Brás Cuba, Quincas Borba, Dom Casmurro, Esaú e Jacó e Memorial de Aires. Foi um dos fundadores e o primeiro presidente da ABL.

Novas gerações

A professora Dandara Suburbana destaca importância histórica do mural em homenagem ao escritor Machado de Assis – Tânia Rêgo/Agência Brasil

O lançamento do mural na ABL contou com apresentações e com mesa-redonda com pesquisadores. A professora e pesquisadora Dandara Suburbana foi uma das debatedoras. “Machado de Assis tem uma importância histórica, como grande fundador aqui da Academia Brasileira de Letras, como um homem negro, que traz uma literatura de excelência para o cenário nacional e internacional, um dos maiores escritores do mundo”, afirma.

“Hoje, quando a gente tem um painel feito como o Negro Muro fez aqui, como o artista Cazé elaborou, é também dar uma estética e trazer história, historicizar Machado de Assis e toda a sua contribuição. Dizendo que sim, pessoas negras escrevem, pessoas negras são intelectuais, pessoas negras têm contribuição para a Academia Brasileira de Letras, para o cenário nacional e internacional de saberes e conhecimentos”, enfatiza.

Dandara Suburbana defende ainda a formação de novos leitores e diz que os jovens, ao contrário do que se pensa, querem e gostam de ler. “Hoje a gente tem um senso comum, um jargão comum de que a juventude não quer ler, de que a juventude não se interessa por escrita, de que a juventude só quer ir para o TikTok, a juventude só quer saber de rede social e Twitter. Isso não é verdade. Inclusive, as redes sociais podem ser aliadas. Temos várias páginas que divulgam literatura negra, que estão falando desse legado, trazendo de maneira divertida, juntando mídias diversas, escrita com o vídeo, com o corpo, com a fala. Então, é possível, sim, a gente pensar em agregar.”

Mural aproxima Academia Brasileira de Letras da nação brasileira, diz o escritor Godofredo de Oliveira Neto – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Presente na cerimônia, o escritor Godofredo de Oliveira Neto, membro da ABL, diz que o mural é uma forma de a ABL se aproximar da nação brasileira. “Machado é a alma da ABL. A gente existe por causa dele, graças a ele. Então, Machado é o resumo da cultura brasileira exitosa, na estética, no conteúdo, enfim, é o grande pensador. Não é só o grande literário, é um pensador. Então, nós temos a honra de estar aqui servindo o Machado.”

Cidade no Rio de Janeiro inaugura farmácia de plantas medicinais

Com objetivo de democratizar o acesso a plantas medicinais e à fitoterapia (forma de tratamento que utiliza ervas medicinais para tratar e prevenir doenças), foi inaugurada a primeira Farmácia Viva de Maricá, na região metropolitana do Rio de Janeiro. A iniciativa é fruto do projeto Farmacopeia Mari’ká, realizado pela Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), ligada à prefeitura, e pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). 

Cerca de 30 espécies de plantas medicinais são cultivadas em 4 mil metros quadrados, na Fazenda Nossa Senhora do Amparo, da Codemar. Além da produção de medicamentos, a iniciativa promove a qualificação de pequenos produtores rurais para o plantio dessas ervas.

“Com a Farmácia Viva, pretendemos promover a saúde para a população, mas também a geração de renda para os produtores. O próprio projeto vai fornecer mudas das plantas certificadas aos agricultores associados e comprar a produção deles para processar”, explica o professor de Agronomia da UFRRJ e coordenador do Farmacopeia Mari’ká, João Araújo.

A partir dos conhecimentos tradicionais das plantas nativas, são produzidos remédios com fungos medicinais e óleos essenciais para loções repelentes, e até mesmo medicamentos para animais de estimação. “Temos também no escopo do Farmacopeia Mari’ká a produção voltada para a área animal, sobretudo os pets, que hoje fica completamente desassistida quando se fala em medicamentos naturais”. 

Todos os produtos desenvolvidos dentro do projeto são gratuitos e aqueles que não exigem receita médica já são distribuídos, como chás, xaropes de guaco e loções repelentes de citronela. “Os demais produtos estão sendo produzidos, mas serão distribuídos a partir das orientações do farmacêutico do projeto e da Secretaria de Saúde do município”, informou o coordenador à Agência Brasil. 

De acordo com a prefeitura, a distribuição não ocorre em grande escala, mas em feiras e palestras. “São produzidos sabonetes líquidos, óleos essenciais, spray de citronela e álcool gel aromatizado, entre outros produtos. A distribuição dos produtos está prevista para o fim do ano em parceria com o Sistema Único de Saúde (SUS), como um serviço fitoterápico e com acompanhamento farmacêutico”.

Segundo o professor Araújo, o município foi escolhido por já ter ações nas áreas de agroecologia, agricultura, renda, desenvolvimento social e produção local de alimentos. “Temos nesse projeto uma estratégia de melhoria da qualidade de vida da população e a geração de renda para além dos royalties de petróleo que Maricá já recebe, então estamos preparando a cidade para uma economia local, regional e sustentável no futuro”, disse. A ideia é que o projeto sirva de modelo para cidades de outras regiões brasileiras.

 Araújo informou que a Farmácia Viva está em processo de finalização, com apresentação aos agentes de saúde de Maricá e de municípios vizinhos, por meio de treinamentos para médicos e veterinários. Concluída essa etapa, a Fazenda Nossa Senhora do Amparo será preparada para receber farmacêuticos e a população.

*Colaborou repórter Cristiane Ribeiro do Radiojornalismo da EBC

*Estagiária sob supervisão de Vinícius Lisboa

Lula inaugura sistema de BRT em Goiânia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou, nesta sexta-feira (6), um trecho de 17 quilômetros do BRT Norte-Sul, em Goiânia, o sistema rápido de transporte público que deve atender, em média, 50 mil passageiros por dia, na fase inicial das operações. A obra contou com R$ 321,7 milhões em investimentos, sendo R$ 140 milhões da União e o restante da Prefeitura de Goiânia.

É a primeira vez neste mandato que Lula visita a capital de Goiás, que tem como governador Ronaldo Caiado, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Tenho certeza de que os anúncios aqui hoje são mais significativos do que as realizações dos quatro anos do governo anterior para Goiás”, disse Lula. “Quero agradecer a presença do vice-governador de Goiás, Daniel Vilela, neste evento de inauguração do primeiro trecho do BRT Norte-Sul de Goiânia e pelos anúncios importantes para a educação. Um evento institucional para o povo goiano”, acrescentou.

De acordo com o governo, as áreas norte e noroeste de Goiânia, mais afastadas do centro da capital, serão muito beneficiadas com o novo BRT pela sua rapidez, além do conforto e segurança. Todo o sistema tem câmeras de segurança com monitoramento 24 horas por dia, incluindo ônibus, terminais e estações.

Durante a cerimônia, também foi assinada a portaria para seleção de proposta para compra de 125 novos ônibus com tecnologia Euro 6, um conjunto de normas que define os limites máximos de emissão de poluentes para motores a diesel. A aquisição ocorre no âmbito do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – Mobilidade Urbana, no sub-eixo Renovação de Frota – Setor Privado e contará com financiamento de R$ 95,4 milhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

O Ministério das Cidades também anunciou R$ 189,8 milhões em investimentos no Minha Casa, Minha Vida, com a assinatura da portaria que autoriza a contratação de 1.232 unidades habitacionais. A autorização beneficia a população dos municípios de Rio Verde, Aparecida de Goiânia e Goiânia.

Educação

Durante o evento, também foram apresentados os investimentos do governo federal na educação de Goiás. Os recursos somam R$ 820 milhões, provenientes do Novo PAC.

Na educação básica, serão feitos aportes de R$ 535,8 milhões para aquisição de ônibus escolares e construção de creches e escolas de tempo integral. Ainda serão destinados recursos para melhorias na infraestrutura das universidades federais, um montante de R$ 142,4 milhões.

Para a consolidação e expansão dos institutos federais no estado estão sendo investidos R$ 141,8 milhões. 

O presidente Lula lançou a pedra fundamental para a construção de dois campi do Instituto Federal de Goiás, nos municípios de Quirinópolis e Cavalcante, e de um campus do Instituto Federal Goiano, em Porangatu.

Lula inaugura obra que leva água ao interior do estado da Paraíba

A inauguração de mais uma etapa de obras da transposição do Rio São Francisco garantirá a sustentabilidade hídrica de mais 39 municípios na Paraíba, alcançando cerca de 680 mil pessoas a partir desta sexta-feira (30). Além disso, garantirá irrigação para mais de 16 mil hectares e o desenvolvimento de atividades de agricultura familiar e empresarial, e para a criação de peixes e camarões em viveiros.

“A água está chegando em um lugar onde as pessoas pensavam que não ia chegar água”, discursou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enquanto acionava a abertura da válvula que liberou as águas do Lote 2 da vertente Litorânea Paraibana do canal que liga Acauã a Araçagi.

Trata-se da maior obra hídrica da Paraíba e a segunda do Nordeste, garantindo “qualidade de vida, emprego e renda para o meio rural”, segundo o Planalto.

“Quero que vocês saibam da alegria de poder vir aqui apertar um botão e ver a água que vai salvar muita vida. De ver essa água que vai ajudar muitos pequenos produtores rurais. Essa água vai servir para as crianças, mulheres e homens beberem; vai servir para nossas galinhas, porquinhos, vaquinhas, jumentos. Essa água é vida para o ser humano e para os animais”, discursou o presidente.

“E vai chegar aos assentamentos que tem aqui, para que possam ser bastante produtivos”, acrescentou ao lembrar que 73% da obra foi construída durante o mandato da presidenta Dilma Rousseff.

Obra

O canal Acauã-Araçagi atenderá a região central (mesorregião) do agreste paraibano de forma regular e contínua inclusive durante o período seco, segundo informou a Presidência da República. O conjunto de obras da Vertente Litorânea Paraibana abrange três trechos: o primeiro, com cerca de 44,9 km, recebe as águas do eixo leste do Rio São Francisco, a partir da barragem de Acauã, chegando até a região do Sifão Curimataú. Ele foi entregue em 2023.

O segundo trecho tem 52 km, e começa no Sifão Curimataú. O terceiro, com 33,7 km, liga o segundo lote até a bacia do Rio Camaratuba, passando pelo reservatório Araçagi.

De acordo com o Planalto, canal Acauã-Araçagi compreende 17 segmentos de canais abertos, totalizando 130,6 km. Com a conclusão dos lotes 1 e 2, já é possível atender 24 municípios nas áreas urbanas e rurais, seis assentamentos do Incra e as bacias dos rios, Surrão, Ingá, Mogeiro, Curimataú, Gurinhém, São Salvador e Una.

Brasil inaugura fábrica de medicamentos para diabetes e obesidade

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, participaram nesta sexta-feira (23) da inauguração de fábrica de polipeptídeo sintético, em Hortolândia (SP), voltada para a produção de medicamentos para diabetes e obesidade.

Em nota, o ministério informou que a fábrica vai produzir a liraglutida sintética, “produto inovador que foi submetido para registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e está na fila prioritária para avaliação”.

Operada pela farmacêutica EMS, a fábrica também deve produzir a semaglutida, insumo do medicamento Ozempic, cuja patente vigora até março de 2026 e cujo pedido de registro já foi submetido à Anvisa.

“Com um investimento de R$ 60 milhões, o espaço representa um marco histórico, pois é considerado o primeiro do tipo no país e faz parte das iniciativas do governo federal relacionadas ao Complexo Econômico-Industrial da Saúde”, avaliou o ministério, em nota.

Durante a inauguração, Nísia destacou benefícios para pacientes com diabetes. “É o primeiro medicamento produzido no país para tratamento de diabetes e obesidade, de forma inovadora, utilizando peptídeos, a liraglutida e também a semaglutida”.

“É motivo de muito orgulho e de muita expectativa”, disse. “A produção de polipetídeos sintéticos vai reduzir os efeitos colaterais para pacientes e também o custo, além de garantir avanço na autonomia do nosso país”, completou.

Em sua fala, a ministra citou a importância de “esforços conjugados” e avaliou a inauguração da nova fábrica como “o encontro da competência e da qualidade do setor privado com as políticas públicas do governo federal”.

Durante a cerimônia, Lula avaliou o momento como “auspicioso” para a saúde no Brasil. “Muito me alegra voltar a esse complexo industrial 17 anos depois da primeira visita”, disse, ao citar o poder de compra do Estado como “fator muito importante para o desenvolvimento da indústria nacional”.

“Estamos convencidos de que o poder de compra do SUS vai permitir que a gente tenha uma indústria farmacêutica capaz de competir com qualquer uma do mundo. O Brasil cansou de ser pequeno, de ser um país em vias de desenvolvimento, de dizer que somos o país do futuro. Não.Queremos ser grandes. Pra nós, o futuro não é amanhã, começa agora. E essa fábrica é o exemplo de que o futuro já chegou na área da saúde.”

Entenda

A inauguração da fábrica atende às diretrizes da estratégia nacional para o desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, lançada em setembro de 2023 e com previsão de investimento de R$ 57,4 bilhões do setor público e da iniciativa privada até 2026.

A proposta é expandir a produção nacional de itens classificados como prioritários para o Sistema Único de Saúde (SUS), além de reduzir a dependência do Brasil no que diz respeito a insumos, medicamentos, vacinas e outros produtos estrangeiros.

Na matriz de desafios produtivos e tecnológicos em saúde, o diabetes, segundo o ministério, foi identificado como prioridade, tornando a inovação e o desenvolvimento tecnológico de plataformas e produtos relacionados a essa condição relevantes no âmbito do complexo.

Lula inaugura Centro de Oncologia e Hematologia em Porto Alegre

O Centro de Oncologia e Hematologia do Grupo Hospitalar Conceição, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, foi inaugurado nesta sexta-feira (16) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com R$ 144 milhões em investimentos, a unidade poderá atender, diariamente, até 60 pessoas no serviço de radioterapia e contará com 14 leitos para transplante de medula óssea. O centro hospitalar é vinculado ao Ministério da Saúde.

Lula lembrou do tratamento de câncer na laringe, a que foi submetido em 2011, e destacou a importância da presença do Estado para oferecer a toda a população acesso e condições dignas para tratamentos em saúde.

“Eu tenho noção da importância disso, porque eu tive câncer, eu fiz quimioterapia, fiz radioterapia e eu sei a importância dessa máquina que vocês compraram para ajudar a salvar vidas nesse estado”, disse. “Não tem sentido uma pessoa pobre do SUS entrar pelo porão e uma pessoa rica entrar pelo elevador. Em saúde também não se pode falar em gasto, saúde é investimento em salvar vidas nesse país”, acrescentou o presidente.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirmou que o Grupo Hospitalar Conceição (GHC) é fundamental na estrutura de saúde do estado. O grupo é formado pelos hospitais Conceição, Criança Conceição, Cristo Redentor e Fêmina, além da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Moacyr Scliar, de 12 postos de saúde do Serviço de Saúde Comunitária, de três Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e da Escola GHC.

Na oncologia, a condição do Rio Grande do Sul é preocupante, segundo Leite, pela característica da população, “mais envelhecida, a média de idade mais alta do Brasil e a maior percentual de idosos do Brasil”. Enquanto no Brasil, a projeção é 7% de aumento nos casos de câncer até 2027, no Rio Grande do Sul, a expectativa é 15% de aumento na incidência da doença.

“Então, isso torna ainda mais importante esse investimento para aumentar a prevenção, diagnóstico precoce e, claro, o tratamento”, destacou Leite.

Durante o evento, também foi assinada a autorização para contratação de duas obras para a rede de saúde gaúcha, no âmbito do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC): o Centro de Apoio ao Diagnóstico e Terapia e o Centro de Atendimento ao Paciente Crítico e Cirúrgico.

Lula está no Rio Grande do Sul realizando entregas ligadas, também, à reconstrução do estado após as enchentes do mês de maio deste ano. Mais cedo, o presidente entregou moradias do Minha Casa, Minha Vida, em Porto Alegre e, ainda hoje, segue para São Leopoldo, onde será inaugurado um novo complexo viário.