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Austrália, Canadá e EUA: exigência de visto pelo Brasil começa dia 10

A exigência de visto para turistas do Canadá, da Austrália e dos Estados Unidos (EUA) entrarem no Brasil começa a valer a partir do dia 10 de janeiro. O prazo inicial para a cobrança do documento era 1º de outubro de 2023, mas foi prorrogado.  

Em nota, o Ministério do Turismo destacou que a medida leva em conta a data de chegada em solo brasileiro – com isso, turistas dos três países que chegarem ao Brasil até o dia 9 de janeiro estão isentos de apresentar o visto. 

A exigência, válida anteriormente para turistas japoneses, australianos, canadenses e norte-americanos, foi prorrogada após um acordo Brasil-Japão, que estabeleceu a isenção recíproca de visto para estadas de curta duração (até 90 dias). 

De acordo com o ministério, também foi necessário fazer ajustes no processo licitatório para a contratação da empresa que vai oferecer o serviço de vistos eletrônicos para os três países. “O novo decreto será publicado tão logo sua tramitação seja finalizada”. 

“É importante ressaltar que o governo brasileiro renova o interesse de negociar, com as três nações, acordos de isenção de vistos baseados nos princípios da reciprocidade e da igualdade entre os Estados”, concluiu a pasta. 

Tattoo Week terá cursos gratuitos para jovens de favelas do Rio

A Tattoo Week (TW), maior evento de tatuagem do mundo, recebe até o próximo dia 8 inscrições para cursos presenciais e gratuitos de tatuagem e piercing, voltados para jovens maiores de 18 anos, moradores de favelas do Rio de Janeiro.

As inscrições podem ser feitas no Instagram (@tattooweek). O evento chega ao Rio no dia 19 e será no Expo Mag até o dia 21 deste mês. As aulas teóricas e práticas incluem também conhecimentos em biossegurança.

A presidente da associação Tattoo do Bem, braço social da Tattoo Week, Esther Gawendo, disse à Agência Brasil que, diante da elevada procura, a ideia é manter o projeto ao longo do ano, visando promover a inclusão de jovens moradores de comunidades cariocas. Os interessados devem comprovar também a conclusão, pelo menos da primeira dose, de vacinas contra doenças infectocontagiosas, como hepatite e tétano.

Também diretora executiva da iniciativa, Esther informou que serão três turmas de piercing, totalizando em torno de 100 alunos, e 30 jovens para o curso de tatuagem, mais complexo. “Nossa primeira ideia era atender 20 alunos para o curso de tatuagem e 40 para o de piercing. Por conta da alta procura que a gente teve, a ideia é continuar mantendo esse projeto no decorrer do ano”, avaliou.

Inspiração

O curso de tatuagem será ministrado pela Escola 4 Art Tattoo – Estúdio de Tatuagem e Artes, de São Gonçalo, pelos tatuadores Mandrak e Gilson Dreadlock, junto com outros profissionais da equipe. O de piercing, pela própria Esther. Faz parte ainda do time de professores de tatuagem o tatuador Rapha Lopes (@raphafons), natural do Morro do Andaraí e pentacampeão na Tattoo Week.

Esther disse que Rapha Lopes e Gustavo Tattoo, bicampeão da TW, eram tatuadores de favela e hoje, por meio da tatuagem, conseguiram mudar suas vidas, tornando-se profissionais e mostrando aos jovens que é possível transformar sonhos em realidade. Gustavo Tattoo era de Belford Roxo, município da Baixada Fluminense, e teve uma trajetória de sucesso.

O ativista social da favela Santa Marta e padrinho do projeto, Thiago Firmino, considera a iniciativa da Tattoo Week muito importante para trazer esperança e renda para jovens de favelas. Defendeu que a iniciativa pode se transformar em um programa de governo apoiado pela prefeitura carioca ou pelo governo do estado. “Iniciativas como esta precisam ser valorizadas e apoiadas para fazer a diferença na vida dessas pessoas. Toda ajuda é bem-vinda”, enfatizou.

Tattoo Week é considerado o maior evento de tatuagem do mundo – Foto – Tattoo Week/Divulgação

Profissionalização

Esther frisou que o objetivo é profissionalizar jovens das favelas, afastando-os da ociosidade, de modo que possam gerar renda para suas famílias. Segundo a presidente da Tattoo do Bem, o setor de arte na pele tem crescido 30% ao ano no Brasil e constitui importante mercado gerador de emprego e renda. “Queremos dar oportunidade para o jovem poder desenvolver uma carreira e ter uma profissão, podendo tornar-se um empreendedor”, sinalizou.

O curso de tatuagem será dado nos dias 15, 16, 17, 18 e 19 de janeiro, no Expo Mag. No mesmo local, nos dias 18 e 19, haverá o curso de piercing. A formatura dos alunos está programada para o dia 19. Todos os participantes receberão certificado de biossegurança e de conclusão dos cursos.

Durante o evento, a entrada será gratuita na sexta-feira (19), a partir da doação de dois quilos de alimento não perecível, que serão direcionados a programas assistenciais da cidade. Para o sábado (20) e o domingo (21), o ingresso terá valor a partir de R$ 40 e poderá ser adquirido pelo link ou diretamente na bilheteria do evento.

Prédio desaba e mata três pessoas em Aracaju

O Corpo de Bombeiros Militares de Sergipe prossegue as buscas por mais vítimas em escombros de prédio residencial que desabou matando três pessoas em Aracaju, no estado de Sergipe, nesse domingo (31). Os bombeiros estão há mais 34 horas trabalhando nos escombros de parte de um edifício, situado no bairro de Santo Antônio.  

Os trabalhos continuam porque o Corpo de Bombeiros acredita na possibilidade de mais pessoas estarem presas aos escombros. “Segundo o levantamento que fizemos, existe a possibilidade de três pessoas estarem desaparecidas e seguimos em busca dessas vítimas”, informou o coronel do Corpo de Bombeiros, Fábio Cardoso.  

A apuração preliminar dos militares aponta que parte do edifício veio abaixo após uma explosão provocada por um vazamento em um botijão de gás. Além dos três óbitos confirmados, 14 pessoas ficaram feridas.  

Ainda segundo os bombeiros, o prédio estava irregular. “Era uma unidade multifamiliar, que se assemelha a um condomínio, e deveria ter passado por uma aprovação e uma vistoria para receber o atestado de regularidade”, destacou.

Bombeiros buscam mais vítimas do desabamento de prédio em Aracaju – Ascom Emsurb/Divulgação

Segurança

Hoje, a prefeitura de Aracaju informou que está dando apoio às vítimas. “Ao longo da noite, as equipes atuaram para garantir a segurança do local, que possui estrutura instável com risco de desabamento. As buscas foram mantidas pela manhã com cães farejadores, assim como daremos continuidade à retirada de escombros e suporte assistencial às famílias”, explicou Silvio Prado, secretário municipal de Defesa Social e da Cidadania. 

Três famílias foram deslocadas para um abrigo público e a prefeitura diz que realiza levantamento para garantir o pagamento de aluguel social para quem precisar, além de fornecer veículos para transporte de pessoas e pertences.  

*Com informações da prefeitura de Aracaju (SE).  

Segurança no réveillon do Rio tem prisões por reconhecimento facial

O esquema de segurança preparado pela Secretaria de Estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro para o réveillon 2024 identificou, por meio do sistema de reconhecimento facial, um homem com mandado de prisão em aberto por tentativa de homicídio. Ele foi preso e encaminhado para a 13° DP, em Copacabana, zona sul da capital.

“Na noite da virada, a SEPM deu início ao uso do sistema de reconhecimento facial, capaz de identificar indivíduos foragidos da Justiça”, informou em nota.

Segundo a secretaria, três homens foram detidos e 12 adolescentes apreendidos pelas equipes em outros pontos do bairro. Depois de abordagem de agentes, outro homem foi preso porque contra ele havia um mandado de prisão em aberto.

O esquema teve a participação de cerca de 3 mil policiais militares. Foram montados 30 pontos de bloqueios e 15 pontos de revista, com 150 detectores de metais e 61 torres de observação e monitoramento aéreo com o uso de drones.

Policiais do Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidões (Recom) e do 19° BPM (Copacabana) recuperaram ainda quatro aparelhos celulares, uma quantia em dólares e reais e objetos furtados.

Segurança no Réveillon do Rio de Janeiro. Foto: Gov. RJ/Divulgação – Gov. RJ/Divulgação

Nos pontos de bloqueios e revistas de acesso ao bairro, os policiais recolheram ainda garrafas de vidro. “O impedimento dos objetos foi previamente alinhado e informado, desde a divulgação do planejamento de segurança da SEPM. A medida teve como objetivo a segurança da população, na tentativa de evitar que o material pudesse ser usado, eventualmente, no cometimento de crimes”, informou a secretaria.

Também nos pontos de revista em Copacabana, o policiamento encontrou 102 objetos perfurocortantes, como facas.

No Boulevard Olímpico, no centro da cidade, foram apreendidos dez objetos perfurocortantes nos pontos de revista com detectores de metal. Além disso, policiais do 5° BPM (Praça da Harmonia) apreenderam um simulacro de arma de fogo em um dos pontos de bloqueio.

De acordo com a secretaria, o esquema especial preparado para o réveillon continua ao longo desta segunda-feira (1º).

Polícia Civil

O esquema especial da Polícia Civil teve a participação de 3,6 mil agentes em todo o estado. Na zona sul do Rio, onde houve maior concentração de público, foram presos dez suspeitos e apreendidos cinco menores.

O planejamento foi definido para reforçar as equipes das centrais de flagrante e dar apoio operacional, além de realizar atividades de fiscalização.

 

CCBB leva mostra internacional de cinema infantil para RJ, BH e SP

O Centro Cultural Banco do Brasil traz neste começo de ano a segunda edição da mostra Um Giro pelo Mundo – Navegando no Cinema Infantil. O evento gratuito acontecerá entre os dias 6 e 28 de janeiro, no Rio, de 4 de janeiro a 4 de fevereiro em Belo Horizonte, e em São Paulo de 13 de janeiro a 4 de fevereiro. Os ingressos podem ser retirados na bilheteria ou no site do CCBB. O evento já passou pelo CCBB de Brasília em outubro, celebrando o mês da criança.

Serão apresentados 50 filmes do Brasil e de mais sete países (Alemanha, Argentina, Austrália, Espanha, França, Itália e Suíça), em formatos diferentes de animação, documentário, ficção, de curta, média e longa-metragem. Quase todos os filmes selecionados são dublados em português, de modo a garantir acesso irrestrito ao público infantil. Da Argentina, por exemplo, vieram 15 filmes curtos que fazem parte da programação da TV pública Pakapaka (palavra que significa esconde-esconde), que é um canal aberto dedicado ao público infantojuvenil.

Tolerância

Nesta segunda edição da mostra, o tema escolhido é tolerância. A curadora Carina Bini considera importante trazer para as crianças brasileiras a questão da tolerância, o acolhimento para a diferença. “Acho que a tolerância perpassa muito por isso, acolher a diferença. É um valor importante a gente desenvolver. Os filmes trazem isso e os filmes do Brasil e de outros sete países transportam, de certa forma, valores culturais, histórias e culturas que são diferentes da nossa”.

Para Carina, o cinema carrega a cultura de um povo e os filmes estão bem representados nesse sentido.

“É olhar para o diferente com acolhimento, compreendendo o outro, com empatia. Por isso, veio a tolerância como tema guarda-chuva da mostra. Acaba que todos os filmes falam sobre tolerância em diferentes níveis”.

Carina destacou que é muito difícil ter uma mostra internacional de cinema infantil como essa. Daí vem a diversidade cultural. A ideia é dar um giro pelo mundo e navegar no cinema infantil, conhecendo outras culturas, constatando as diferenças. “Para ver que, no final, todos somos seres humanos, vivemos no mesmo planeta que está sendo impactado pelo clima e isso impacta a todos. Estamos todos em um mesmo globo, com as nossas diferenças. Daí o sentido de acolher essas diferenças”, indicou.

Carina Bini ressaltou que muitos filmes falam também do empoderamento feminino, trazendo personagens protagonistas meninas que sempre têm um universo de destaque, como aviadoras, cientistas. “É muito legal também esse lado do olhar para o feminino. São filmes recentes e têm esse olhar da mulher que desde a infância está buscando o seu espaço. Estão bem representados na mostra”.

Formando público

A curadora acentuou ainda a importância de se criar, no Brasil, desde criança, um público para o cinema nacional. “Acho que a gente tem muito que olhar para as nossas crianças. A gente quer que o brasileiro venha para a sala de cinema, pague o seu ingresso e assista filme brasileiro”. Para ela, esse é um grande desafio até cultural, diante da avalanche de filmes americanos. “Para a gente criar esse público, esse ambiente para que o brasileiro vá ao cinema assistir filmes nacionais, a gente tem que começar pela infância”. 

Comentou que além do eixo RJ/SP, há produções de animação importantes e diversas em todo o país, inclusive premiadas no exterior, e que não chegam para as crianças brasileiras. “A mostra também presta esse serviço, trazendo dez filmes feitos no Brasil”. O objetivo é que, no futuro, os brasileiros passem a consumir e gostar de fato do cinema do próprio país. “Isso é muito rico. A gente tem que fazer a nossa formação de plateia”.

Carina Bini acredita que só pelo fato de trazer outras formas de contar histórias, para além do formato hegemônico americano, o evento já está prestando um grande serviço, ampliando o olhar das crianças para outras abordagens.

Recreação

Complementando a programação cinematográfica no CCBB do Rio, estão programadas atividades recreativas às sextas-feiras (exceto no dia 12 de janeiro), aos sábados e domingos, às 16h, entre uma sessão e outra do cinema. No saguão, as crianças poderão participar de oficinas de perna de pau, com a atriz circense e cantora Amarilis Irani, que promoverá várias brincadeiras, jogos de movimento e exercícios de destreza, nos dias 6 e 14 de janeiro; e de castanholas para crianças, com a bailarina profissional de dança flamenca Aline Carrocino, que estimulará a percepção rítmica e a sensibilidade musical dos pequenos, no dia 19.

Está previsto também no CCBB do Rio o Baile da Bicharada, show com músicas e histórias de bichos comandado pelo músico Ralphen Rocca; contacão de histórias com a Cia SóPapo, com muitas músicas, instrumentos, jogos e adereços, nos dias 7 e 27; e uma tarde com movimento e dança ao som do frevo, com a atriz e bailarina Sémada Rodrigues, na atividade É Frevo, pirráia!, nos dias 13 e 28. No dia 20, na sala de cinema, a diretora Dilea Frate baterá um papo com o público sobre seu filme Fábulas Tortas.

Destaques nacionais

A mostra no Rio será aberta, no dia 6 de janeiro com programação dedicada às produções nacionais em sessões com recursos de acessibilidade. A programação será iniciada com uma seleção de curtas, às 15h, com tradução para Libras; e, às 17h, com legenda descritiva, será apresentado o longa Tarsilinha, inspirado na obra de Tarsila do Amaral, que participou de diversos festivais nacionais e internacionais.

Serão exibidos também o longa gaúcho As Aventuras do Avião Vermelho, inspirado na obra de Érico Veríssimo; e, em sessões com legenda descritiva, Tito e os Pássaros, premiado no Anima Mundi e nos festivais de Chicago e Havana, além de ter sido pré-indicado ao Oscar 2019 na categoria de Melhor Animação; entre outros filmes brasileiros. A programação da mostra está disponível no site do CCBB.

Festa de réveillon continua na Praia de Copacabana

A festa de réveillon não terminou para muita gente que se recusa a deixar as areias da Praia de Copacabana, na zona sul do Rio. Turistas e cariocas ainda celebram o Ano Novo e outros já chegaram neste primeiro dia de 2024, com temperatura amena. Pelos cálculos da prefeitura do Rio, a virada reuniu cerca de 2 milhões de pessoas na tradicional festa.

Para participar da celebração do Ano Novo, cariocas que moram distante de Copacabana e turistas montaram um esquema com barracas e tendas e levaram bebidas e comida. Hoje, o colorido das barracas se espalha pela praia.

A ressaca, com ondas fortes e altas, não impediu que algumas pessoas entrassem no mar, mesmo com o alerta de riscos feito pela Marinha. A força das ondas permanece e banhistas se divertem sem levar em conta o perigo.

Reveillon 2024 Copacabana – Foto Alexandre Macieira /Riotur – Alexandre Macieira /Riotur

A queima de fogos que durou 12 minutos teve grafismos inéditos que partiram de dez balsas posicionadas no mar de Copacabana. Pela primeira vez, o espetáculo foi acompanhado por trilha musical ao vivo com orquestra que teve regência da maestrina Ludhymila Bruzzi, uma capixaba que pela primeira vez participou do réveillon de Copacabana, tanto como profissional quanto como visitante. Antes só via o espetáculo pela televisão. Com muita tecnologia, cascatas douradas homenagearam Rita Lee, que morreu em maio de 2023. Nesse momento, os músicos tocaram Ovelha Negra, um dos maiores sucessos da cantora.

Outro momento, com o uso da tecnologia, encantou o público. A apresentação de 400 drones, que coloriram o céu, mostrou a contagem regressiva e ainda marcou os 40 anos do Rock in Rio que se completam em 2024.

Shows

O público se divertiu também nas áreas onde foram instalados dois palcos. Um foi montado em frente ao Hotel Copacabana Palace, onde se apresentaram as cantoras Luisa Sonza, Gloria Groove e Ludmilla. O outro, na altura da Rua República do Líbano, foi dedicado ao samba. O público se animou com artistas como Teresa Cristina e Diogo Nogueira. O cantor e compositor Jorge Aragão emocionou a multidão e, como tinha prometido, fez um show especial. Em novembro, Aragão recebeu a notícia de que teve remissão completa do linfoma não hodgkin, diagnosticado em julho deste ano.

Reveillon 2024 Copacabana – Foto Alexandre Macieira /Riotur – Alexandre Macieira /Riotur

Para o presidente da Riotur, Ronnie Costa, o Rio reafirmou o seu potencial para realizar grandes eventos. “O nosso réveillon é o maior do planeta, uma festa maravilhosa. Aqui, cariocas e turistas puderam curtir a virada para o novo ano em harmonia e felicidade, com shows inéditos em diversas regiões, além daquilo que é sempre o momento mais esperado da noite: o espetáculo dos fogos. Em 2024, vamos trabalhar para superar o que deu certo em 2023, tornando o Rio a capital da inovação e da sustentabilidade”, prometeu em nota da Riotur.

Outros pontos

A programação do réveillon se estendeu a outras regiões do Rio de Janeiro, com queimas de fogos e shows diversos, em bairros como Penha, Flamengo, Ilha do Governador, Piscinão de Ramos, Paquetá, Guaratiba, Sepetiba e Madureira. Nesta virada de ano, a novidade foi a inclusão de palcos em Bangu e na Praça Mauá, onde o público compareceu em massa para celebrar 2024. Na região do Recreio e da Barra da Tijuca, na zona oeste, o show de fogos foi realizado pela rede hoteleira, em parceria com a Riotur e a HotéisRio.

Remoção e Multas

Na Operação Réveillon 2023/24, da Secretaria de Ordem Pública (SEOP) e da Guarda Municipal do Rio (GM-RIO), foram removidos 220 veículos e mais de 350 foram multados. Desde ontem até a madrugada desta segunda-feira (1°) foram apreendidas mais de 700 bebidas, que seriam vendidas irregularmente. Além disso, os agentes recolheram quatro botijões de gás, oito carrinhos de carga, churrasqueira, placa publicitária, uma tenda, mesas e cadeiras, entre outros.

No patrulhamento a pé, os agentes fiscalizaram mais de 200 ambulantes. Um quiosque demarcando o local na areia em Copacabana, o que não é permitido, foi orientado a retirar a marcação, como também outro que usava grades na calçada. Os agentes ajudaram ainda a apagar o incêndio em uma carrocinha na areia. A equipe apreendeu 11 armas brancas.

Os agentes que trabalhavam na fiscalização de transporte de passageiros multaram 158 veículos, entre táxis e carros de aplicativos por parada irregular, licenciamento anual vencido e estacionamento na calçada, entre outros motivos.

A segurança das crianças foi reforçada pelos agentes da GM-RIO que distribuíram mais de 80 pulseiras de identificação. Segundo a Seop, duas crianças perdidas, uma delas de apenas oito anos, receberam apoio dos agentes até as famílias serem localizadas.

Reveillon 2024 Copacabana – Foto Alexandre Macieira /Riotur – Alexandre Macieira /Riotur

O secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale, considerou extremamente positivo o balanço da Operação Réveillon. “Contamos com grandes equipes de fiscalização para apreender materiais que colocavam em risco a integridade física das pessoas, como facas, garrafas de vidro, botijões de gás. Conseguimos também identificar e prender indivíduos que praticaram delitos de furto na orla de forma muito isolada e fiscalizar o estacionamento irregular. Infelizmente, precisamos usar o reboque, mas é uma medida muito importante para liberar o espaço público. Dessa forma, conseguimos manter a ordem pública e auxiliar as polícias na segurança”, informou em nota a Seop.

Ocorrências

Os agentes conseguiram localizar o celular furtado de uma mulher e conduziram o autor do furto, um menor de idade, para a Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade. O cordão de uma pessoa também foi recuperado e o homem que praticou o furto, também menor de idade, foi levado para a 12ª Delegacia Policial. Em outro momento, os agentes se depararam com um homem sendo agredido por populares. Em outro registro, quatro pessoas foram levadas para a delegacia local por suspeitas de furto e agressão. Após a verificação, foram liberadas.

Quebradeiras de babaçu melhoram produção, mas convivem com ameaças

Às 5h30, a lida começa. Cesta na cabeça, machado e facão nas mãos. É preciso disposição para entrar em meio à floresta em busca das palmeiras do coco babaçu.

Na rotina de pelo menos 500 mulheres, em 25 núcleos, que vivem na região do Bico do Papagaio, no norte do Tocantins, a busca pelo fruto, que garante o sustento das famílias,conta com caminhadas conjuntas, mutirão, cantos e tradição. Elas precisaram melhorar a organização no dia a dia diante do receio de violências, desmatamento, agrotóxicos e, também, de mudanças climáticas.

Produtos têm rótulo da Associação Regional das Trabalhadoras Rurais do Bico do Papagaio. Fotos: Ingrid Barros.

Um símbolo da reorganização foi o funcionamento, a partir deste mês, de um entreposto na cidade de São Miguel do Tocantins (TO) para beneficiamento de produtos do babaçu, fruto da agricultura familiar. No local, o  mesocarpo do fruto é triturado e transformado em farinha. As trabalhadoras levam o coco também para transformar em óleo e em azeite. O produto é produzido e vendido em comércios como vendas e feiras, pelas próprias trabalhadoras. 

“Quebro coco o dia todo”

Os produtos recebem o rótulo da Associação Regional das Mulheres Trabalhadoras Rurais do Bico do Papagaio, entidade ao qual estão vinculadas. As trabalhadoras dividem o lucro desses produtos. “Quebro coco o dia todinho. Torro, tiro o azeite, faço o sabão. O entreposto melhora nossa vida. Além de processar nosso produto, de processar, empacotar, embalar, comercializar, fornecer nossa renda familiar”, afirma a coordenadora da associação, a agricultora Maria do Socorro Teixeira Lima, de 72 anos, moradora do município de Praia Norte (TO).

Maria do Socorro fala sobre dificuldades que enfrentam na região. Fotos: Ingrid Barros.

 “Quebro coco desde os sete anos de idade. São muitos anos de macetadas”. Hoje, garante, as crianças não vão para a floresta. Têm que se preocupar em estudar e brincar.

Ela espera que as trabalhadoras contem com políticas como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) para poder vender o produto para as escolas da região e transformar esse alimento regional em merenda para as crianças. “Esse é o nosso sonho. Nosso entreposto vai ser muito importante para isso”. 

“Morrendo em pé”

Maria do Socorro entende que, entre os problemas que as trabalhadoras testemunham, está o uso de agrotóxicos por parte de latifundiários da região. “As palmeiras estão morrendo em pé. Outro problema é que, com a devastação da floresta, as árvores estão ficando cada vez mais distantes”, explica. 

Uma conquista que as trabalhadoras comemoram é a Lei do Babaçu Livre ( Lei n° 9.159/2008) que, em 2023, completou 15 anos.

A legislação prevê a proteção às palmeiras no estado do Tocantins. Piauí, Maranhão e Mato Grosso têm regras similares. “Do babaçu, nós tiramos o carvão que cozinhamos a nossa comida e nós vendemos para comprar as outras coisas. Tiramos o óleo que faz o sabão, que lavamos a roupa e que temperamos a nossa comida. A gente tira o floco do babaçu para a farinha. A gente tira o leite também que tempera nossas comidas. Nós precisamos dar as mãos e continuar lutando para que o nosso babaçu permaneça em pé”. 

A agricultora Raimunda Gomes, que morreu em 2018, ganhou atenção internacional ao buscar visibilidade para as trabalhadoras e foi uma das principais responsáveis pela aprovação da lei que protege as trabalhadoras e as palmeiras. Leia mais,

Recursos

Para o entreposto funcionar, houve investimentos de entidades como  o Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas Gerais (CAA), DGM Brasil, Alternativa para a Pequena Agricultura no Tocantins (Apa-TO), Fundo Amazônia, Banco Mundial, Climate Investment Funds (CIF) e CERES Projeto Cerrado Resiliente. A revitalização do espaço e a compra de maquinário tiveram um investimento de mais de R$ 250 mil.

“Ao terem acesso a um local regularizado junto à vigilância sanitária, elas não apenas garantem a qualidade e segurança dos produtos, mas também abrem portas para novos mercados”, explicou Selma Yuki Ishii, diretora da Alternativa para a Pequena Agricultura no Tocantins (APA-TO).

Para a quebradeira de coco Rozeny Batista Alexandre, de 46 anos, de Axixá do Tocantins (TO), o entreposto foi um sonho concretizado porque passa a receber maior aval para comércio. “Foi com o coco que a gente criou e formou nossos filhos. Trabalhamos para colocar uma alimentação saudável na mesa”. 

Mudanças no clima alteram a produção no cerrado. Fotos: Ingrid Barros.

Ela, que trabalha com o produto desde criança, contextualiza que a maioria das trabalhadoras não tem terra própria. “A gente faz uso dos cocos na terra alheia. Isso quando o dono permite. Porque já aconteceu de muitos de nós sofrerem agressões. Mas a lei nos protege para extrair o coco.” 

Entressafra

Quando criança, Rozeny recorda, o babaçu era somente para consumo em casa. “Quebrava durante o dia, ia na quitanda à noite e trocava por aluguel. Naquela época, era só o coco e o carvão. Usava palha para fazer a esteira e cobrir a casa. Hoje a gente tem outros derivados do babaçu.”

As mudanças climáticas alteram a produção no cerrado. Mas, normalmente, deste final de dezembro até abril ocorre a entressafra. “Começa a cair de maio a outubro. A gente coleta o coco no mato”. As trabalhadoras lavam o fruto, tiram a casca e a massa. O produto é seco e triturado. “A gente chama a palmeira de mãe. Ela tem um tempo de vida, de 50 a 80 anos. A partir dos 30, o cacho começa a diminuir. Por isso, precisamos tratá-la bem”. A trabalhadora se vangloria que os produtos caíram no gosto das pessoas veganas. “Tem muita fibra, é diurético e afrodisíaco. Só faz bem”.

A agricultora diz que é cultural da região o fato da maioria das pessoas que trabalham com o coco babaçu ser mulher. “É uma tradição o marido ir para a roça e a mulher para o babaçu. “A gente sofreu na infância quebrando coco. Mas eu falava que não queria que meu filho passasse pelo que eu passei”. 

Como integrante da associação, Rozeny explica que o trabalho em mutirão faz com que haja uma colaboração coletiva e ninguém se sinta sozinha na floresta. “É muito difícil quebrar sozinha. A gente senta em roda e canta enquanto quebra o coco com o machado. A gente sonha em conseguir comprar uma máquina para melhorar isso”.

TTrabalho em mutirão faz com que haja colaboração e não se sintam sozinhas na floresta. Fotos Ingrid Barros.

Outro sonho, da aposentadoria, ganhou realidade no trabalho cooperativo. As trabalhadoras são orientadas a pagar INSS. Quando era mais jovem, queria estudar e falar na Rádio Nacional da Amazônia, que a acompanhava enquanto andava na floresta.

“Eu queria ter sido jornalista. Escrever sobre minha comunidade. Mas meus pais foram escravizados. Trabalhavam apenas para comer. Hoje eu sou técnica em contabilidade e tenho vários cursos, inclusive de estudos de raízes.”  A situação melhorou e descobriu que a raiz do trabalho era do tamanho da palmeira de babaçu.

Réveillon do Rio gera recorde com 969 toneladas de lixo

A operação de limpeza do réveillon 2023, realizada pela Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), retirou – desde a madrugada desta segunda-feira (1º) – 969 toneladas de resíduos em todos os palcos oficiais montados em diversos bairros do Rio de Janeiro.

Desse total, 484 toneladas foram anotadas em Copacabana, aumento de 40 toneladas em relação ao Réveillon de 2022. O segundo local com mais resíduos recolhidos foi a Barra da Tijuca, na zona oeste, com 140 toneladas, mostrando pequeno acréscimo na comparação com as 137 toneladas da virada do ano anterior.

“De fato, foi um réveillon muito pesado, muito forte. Deu tudo certo e mesmo assim a gente conseguiu antecipar a nossa operação”, disse à Agência Brasil o presidente da Comlurb, Flávio Lopes.

Ele reiterou que a operação foi um sucesso. “No quesito segurança foi muito bom. Quase nenhuma ocorrência. Isso facilita o nosso trabalho. E mesmo com o volume de resíduo muito maior do que no ano passado, com emprego de novos equipamentos que colocamos ao longo do ano e um efetivo recorde trabalhando na cidade, conseguimos antecipar o fim da operação. Logo depois das 9h da manhã de hoje (1º), a gente estava lavando a Avenida Atlântica, em Copacabana, e devolvendo para a população, porque ela vira área de lazer”. Os garis concluíram também a tarefa de peneirar a areia da praia, em frente ao palco de Copacabana.

Megaoperação

A megaoperação de limpeza contou com 4.778 garis, maior efetivo da história para a festa, dos quais 40% atuaram em Copacabana, onde foram montados dois palcos para shows. “A gente contou com pouco mais de dois mil garis trabalhando em Copacabana entre a noite de ontem (31) e hoje de manhã. É uma operação de guerra. Literalmente”, assegurou Lopes.

O efetivo da Comlurb teve apoio de 215 veículos, sendo 71 compactadores, 81 basculantes, quatro caminhões-baú com sanitário e 30 micro-ônibus para transporte dos garis, oito varredeiras de grande porte e 21 pipas d ́água para lavagem das pistas com água de reúso, e mais 87 equipamentos, incluindo 26 pás mecânicas, 12 mini pás, 12 varredeiras de médio porte, 14 mini varredeiras e 23 tratores de praia com implementos traseiros para peneirar a areia.

Limpeza das praias do Rio foi iniciada tão logo acabou a festa que marcou o réveillon    Foto – Comlurb/Divulgação

A Comlurb atuou em todos os pontos com queima de fogos e shows, envolvendo Copacabana (dois palcos), Flamengo, Praça Mauá, Praia de Sepetiba, Pedra de Guaratiba, Igreja da Penha, Parque Madureira, Bangu, Praia da Bica (Ilha do Governador), Paquetá e Piscinão de Ramos, além de outros trechos da orla em Ipanema, Leblon, São Conrado, Arpoador, Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes.

Descarte

Foram disponibilizados dois mil contêineres de 240 litros e mil caixas metálicas de 1.200 litros, em todos os pontos de festa, sendo metade em Copacabana para garantir que os frequentadores pudessem fazer o descarte de seus resíduos de forma correta. Hoje à tarde e à noite – após o fim da operação especial de Réveillon – será realizada mais uma operação pontual nas areias de Copacabana, após a saída dos banhistas.

A partir de agora, a Comlurb se dedica ao planejamento para o carnaval 2024 e, também, para a reunião do G20, prevista para o Rio. “No carnaval, a cidade fica muito cheia. Este ano, a festa é no início de fevereiro e, logo na sequência, tem o encontro do G20 no Rio, que também vai demandar muito da gente. Por isso, estamos terminando o Réveillon e concluindo também o planejamento para esses dois grandes eventos que a cidade vai receber”, finalizou o presidente da Comlurb.

Cinco apostas acertam a Mega da Virada

Cinco apostadores acertaram a Mega da Virada. O sorteio foi realizado nesse domingo (31), em São Paulo.

Os números sorteados foram 21, 24, 33, 41, 48 e 56. O prêmio foi de R$ 588.891,021, o maior da história do concurso promovido pela Caixa Econômica Federal.

Cada um dos ganhadores receberá R$ 117.778.204,25.

As apostas foram feitas em Salvador (BA), Bom Despacho (MG), Redenção (PA) e Ipira (SC). Houve, ainda, uma aposta – feita pela internet – na cidade de Ferraz de Vasconcelos (SP).

Postos médicos atendem 309 pessoas no réveillon de Copacabana

Os postos médicos instalados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio na orla de Copacabana, para a festa do réveillon 2024, atenderam 309 pessoas, entre as 17h30 do domingo (31) e as 5h desta segunda-feira (1°). Segundo a secretaria, a maioria dos atendidos tinha mal-estar, traumas como quedas, pancadas, cortes e intoxicação alcoólica. Do total, 46 pacientes tiveram que ser transferidos para hospitais da rede pública.

O esquema especial incluiu quatro postos médicos, com cerca de 300 profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, funcionários operacionais e administrativos dos postos, maqueiros e equipes das 30 ambulâncias. Em cada um dos veículos havia médicos, enfermeiros e motoristas. Para atender à demanda da festa de passagem do ano, a SMS reforçou os plantões nas unidades de Pronto Atendimento (UPA) e hospitais da capital.

Nos dias que antecederam a festa, os quiosques na Praia de Copacabana receberam vistoria do Instituto de Vigilância Sanitária (IVISA-Rio) para garantir as condições higiênico-sanitárias dos alimentos fornecidos nesses locais. Na ação, que ocorreu entre os dias 15 e 27 de dezembro, foram inspecionados 51 quiosques na orla. “Os postos médicos e as ambulâncias também foram inspecionados pelo órgão”, informou a secretaria em nota.

Primeiros cariocas

Enquanto as celebrações se espalhavam em vários pontos do Rio, 2024 trazia os primeiros cariocas em maternidades da zona oeste da cidade. A menina Elysa não esperou nenhum minuto e nasceu à 0h, bem na passagem do ano. Dois minutos depois foi a vez de Pietro chegar.

De acordo com a SMS, Elysa veio ao mundo de parto cesárea, no Hospital Municipal Pedro II, com 2.550kg e 47cm. “A mamãe Mayara e o papai Gilmar ficaram muito emocionados e agradeceram o acolhimento e apoio da equipe do hospital na chegada da primeira filha do casal”, contou, em nota, a secretaria.

Pietro nasceu de parto natural no Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, com 45 cm e 2.615kg. “O bebê nasceu de uma gravidez planejada e é o quarto filho do casal Dielen e Rômulo”.

“Independentemente da forma que vieram ao mundo e dos minutos de diferença, o título de primeiro bebê carioca de 2024 é compartilhado entre os dois”, completou a pasta.