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Caixa abre cadastro de imóveis para compra pelo governo e doação ao RS

A Caixa Econômica Federal começou neste sábado (8) a cadastrar imóveis prontos a serem comprados pelo governo federal e doados a família afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. As residências serão adquiridas por no máximo R$ 200 mil.

Os interessados em vender imóveis prontos para esse fim podem cadastrar as unidades no site, em que deve ser anexada toda documentação. Antes da aprovação, a Caixa deverá fazer uma avaliação física dos locais.

As residências serão destinadas a famílias das faixas 1 e 2 do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), com renda mensal de até R$ 4,4 mil. Os beneficiários deverão ser selecionados pelas autoridades locais.

É a primeira vez que o MCMV fará a aquisição de imóveis prontos. Com a medida, o governo busca agilizar o atendimento às famílias desalojadas. A operação foi possível por meio de uma portaria publicada pelo Ministério das Cidades na última quinta-feira (5).

Pela norma, podem ser comprados pelo governo imóveis novos ou usados com as seguintes características:

– Condição de habitabilidade;

– Estar localizada no Rio Grande do Sul em área não condenada pelo órgão municipal de Defesa Civil;

– Possuir registro junto ao cartório de registro de imóveis;

– Estar livre e disponível para alienação e desembaraçada de quaisquer ônus e gravames;

– Possuir regularidade urbanística e edilícia.

“Também será admitido o cadastramento de unidade habitacional nova com obras em execução desde que esteja concluída e legalizada para entrega em até 120 dias a partir da data do seu ingresso no sítio eletrônico”, informou o governo.

Segundo o balanço mais recente da Defesa Civil gaúcha, há no estado cerca de 575 mil pessoas desalojadas, ou seja, que foram obrigadas a deixar suas casas e até o momento não tiveram condições de voltar. Há ainda mais de 35 mil pessoas em abrigos temporários espalhados pelo Rio Grande do Sul.

Erundina recebe alta de hospital em Brasília

A assessoria da deputada Luiza Erundina (PSOL/SP) informou neste sábado (8) que a parlamentar recebeu alta no começo da tarde no Hospital Sírio Libanês.

Erundina passou mal na Câmara dos Deputados na última quarta-feira (5) e foi internada no hospital na capital federal.

Ela participava da sessão de análise do projeto que obriga o Estado brasileiro a identificar publicamente os lugares onde ocorriam a repressão política durante a ditadura civil-militar de 1964 a 1985.

A parlamentar fez um discurso de seis minutos em favor da matéria, ao qual é relatora, durante a Comissão de Direitos Humanos da Câmara. O projeto relatado por Erundina sofreu obstrução via requerimento para retirada de pauta apresentado pelo deputado federal Pr. Marco Feliciano (PL/SP).

A deputada está em seu sexto mandato, com atuação marcada pela luta pela verdade sobre a ditadura, pelos direitos humanos e pelo direito à comunicação.

Confira: Dilma, Haddad e Mercadante repercutem morte de economista

Maria da Conceição Tavares morreu neste sábado aos 94 anos. Diversas autoridades repercutiram a morte da economista, que se dedicou a defender uma política econômica com justiça social e foi referência do pensamento desenvolvimentista, tendo formado diversas gerações de economistas como professora na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e na Universidade de Campinas (Unicamp).

O Instituto de Economia da UFRJ publicou uma nota de pesar pela morte de Tavares. “Por sua retidão moral, dedicação e capacidade intelectual, Conceição foi a voz responsável pela persistência do pensamento latino-americano de esquerda no Brasil”, diz o texto.

Confira abaixo as autoridades que se manifestaram em homenagem à economista.

Ex-presidente Dilma Rousseff

“É com grande pesar que recebo a a notícia da morte da economista Maria da Conceição Tavares. Meus sentimentos à família e aos muitos amigos e alunos. Todos ficamos tristes pela sua passagem.

Uma das mais importantes e influentes intelectuais de nosso tempo, Maria da Conceição amou profundamente o Brasil e o povo brasileiro, tendo sido uma das grandes pensadoras sobre o destino do país, os rumos da nossa economia e os caminhos para o desenvolvimento com Justiça Social.

Minha amiga e professora era uma mulher brilhante e profundamente comprometida com a soberania nacional, tendo atuado decisivamente na construção de um Brasil menos desigual. Era uma portuguesa que veio para o país ainda criança e virou uma brasileira de coração e de compromisso firme com o nosso povo.

Minha companheira de lutas e sonhos. Maria da Conceição Tavares, presente!”

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad

“Maria da Conceição Tavares deixa um rico legado. Seu pensamento, sua crítica e sua defesa inegociável da justiça social será sempre uma estrela guia para o pensamento econômico brasileiro.”

Ministro da Casa Civil, Rui Costa

“Hoje, o Brasil perdeu uma de suas filhas do coração, a economista portuguesa Maria da Conceição Tavares, grande referência no pensamento desenvolvimentista que ajudou a enriquecer o debate econômico no nosso país. Que Deus a receba e conforte a família.”

Ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida

“Hoje o Brasil se despede de Maria da Conceição Tavares. Suas lições permanecem fundamentais para a construção de um Brasil que saiba cuidar do seu povo. Obrigado, professora.”

Ministra dos Povo Indígenas, Sônia Guajajara

“Hoje nos despedimos de Maria da Conceição de Almeida Tavares, professora e economista que defendia de forma enérgica o desenvolvimento econômico e social que priorizasse os mais pobres. Um dia triste, em que perdemos uma grande referência de luta. Seu legado permanecerá vivo!”

Marcio Pochmann, presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

“A mestre do desenvolvimento com justiça social que jamais desistiu do Brasil. A professora Maria da Conceição Tavares deixa uma trajetória exemplar de educadora engajada no que de melhor o pensamento crítico gerou no Brasil. Intelectual comprometida com a transformação nacional ousou diuturnamente enfrentar a ditadura civil-militar, constituindo parte integrante do movimento da democratização do país. Apoiou o programa esperança e mudança do PMDB nos anos de 1980 e, posteriormente, contribuiu nos programas econômicos e nos governos do PT.

Foi uma das bases fundamentais da produção teórica-analítica e do ensino formativo de muitos alunos e orientandos, consolidando o pensamento desenvolvimentista latino-americano ancorado na UFRJ e Unicamp. No parlamento, exerceu, com entusiasmo, a representação popular, enfrentando o neoliberalismo de forma corajosa e inteligente.”

Aloizio Mercadante, presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social

“Perdemos hoje uma gigante do pensamento brasileiro e mundial. Recebo com profunda tristeza a notícia da morte da minha querida amiga e mestra Maria da Conceição Tavares, a mais brasileira de todas as portuguesas.

Com densa formação intelectual e profunda coragem, Conceição teve uma vida de compromissos com a democracia, com o desenvolvimento, com a distribuição de renda, com a justiça social e com o enfrentamento do neoliberalismo.

Debatedora perspicaz, contundente e de formação heterodoxa, defendeu em sua vasta obra que a economia é um instrumento para melhorar socialmente e politicamente uma nação. Na Cepal, desenvolveu contribuições originais para a análise das características e singularidades da economia brasileira e latino-americana.

Convivemos muito de perto por diversas ocasiões, quando a ajudei, por exemplo, na construção de sua tese ‘Ciclo e Crise: o movimento recente da industrialização brasileira’, em 1977, e na vitoriosa campanha de Conceição à deputada federal em 1994. Ainda, quando tive o prazer de contar com Conceição como minha assessora no Senado Federal, em 2003. Sem falar dos vários anos em que dividimos a coluna Lições Contemporâneas na Folha de S. Paulo.

Não poderia deixar de mencionar a imprescindível contribuição de Conceição para a construção do BNDES, instituição na qual ela entrou concursada em 1958 e que, atualmente, presido. Em março deste ano, na comemoração do Dia Internacional das Mulheres, realizamos uma homenagem à Conceição na sede do BNDES.

Destaco também que Conceição ajudou na concepção e na implantação do Plano de Metas.

Neste momento de tristeza incomensurável, deixo meu abraço fraterno e minha solidariedade para os filhos, amigos, familiares, discípulos e, especialmente, aos ex-alunos e estudantes de economia, que perdem hoje uma referência intelectual de integridade e de compromisso com o Brasil e com o povo brasileiro.”

Anac autoriza retirada de aviões presos no aeroporto de Porto Alegre

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou uma “operação excepcional” para a retirada de aeronaves do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre. Os aviões ficaram retidos por causa do alagamento do local, em decorrência das fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul no mês passado.

Os aviões começaram a ser retirados neste sábado (8). Está prevista a remoção de 9 das 47 aeronaves que ficaram presas no local. O aeroporto suspendeu as operações em 3 de maio, devido ao alagamento de todo o complexo aeroportuário, incluindo as pistas de pouso e decolagem e o saguão de passageiros.

Uma autorização especial da Anac é necessária por causa da suspensão das operações do aeroporto, que deve ficar fechado no mínimo até dezembro, de acordo com a concessionária Fraport Brasil, responsável pelo Salgado Filho. Para isso, é necessária a adesão a um termo de responsabilidade por parte das empresas e indivíduos responsáveis pelos aviões.

A retirada das aeronaves deve ocorrer em horários pré-definidos pela Fraport Brasil em conjunto com o serviço de tráfego aéreo, segundo informou a Anac. A agência reforçou que, de acordo com uma portaria publicada no mês passado, as operações do aeroporto de Porto Alegre ficarão suspensas por “tempo indeterminado”.

“O translado de aeronaves em caráter excepcional não permite a liberação do aeroporto para voos comerciais com passageiros”, reforçou a Anac, em nota.

Apesar nesta semana, com o recuo das águas do rio Guaíba, que se iniciaram os trabalhos de limpeza das instalações do aeroporto. A Fraport Brasil informou que também começou a realizar testes e sondagens para avaliar a resistência do solo, que devem durar ao menos 45 dias.

Desde o fim de maio, voos comerciais foram autorizados a operar a partir da Base Aérea de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre.

Morre economista Maria da Conceição Tavares, aos 94 anos

Referência do pensamento econômico desenvolvimentista, a economista Maria da Conceição Tavares morreu neste sábado aos 94 anos, em Nova Friburgo, onde morava com a família. A causa da morte não foi divulgada. Ela deixa dois filhos, Laura e Bruno, dois netos, Ivan e Leon, e o bisneto Théo.

A economista se notabilizou pela defesa de uma sociedade mais justa e solidária e formou diversas gerações de economistas na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e na Universidade de Campinas (Unicamp), incluindo nomes como a ex-presidente Dilma Rousseff e o ex-senador José Serra, entre muitos outros.

Nascida em 1930 em Anadia, no distrito de Aveiro, em Portugal, ela migrou para o Brasil em meio à ditadura salazarista, em 1954, estabelecendo-se no Rio de Janeiro. Naturalizou-se brasileira em 1957 e, em terras brasileiras, desenvolveu uma extensa carreira como economista, sendo influenciada pelo pensamento de Celso Furtado, Caio Prado Jr. e Ignácio Rangel.

Ela chegou a participar da elaboração do plano de metas do governo Juscelino Kubitschek e se destacou nos estudos sobre substituição das importações, tendo trabalhado na Comissão Econômica para América Latina (Cepal).

Publicou centenas de artigos e dezenas de livros, dentre os quais textos clássicos e considerados obrigatórios nos cursos de economia, como o famoso “Auge e Declínio do Processo de Substituição de Importações no Brasil – Da Substituição de Importações ao Capitalismo Financeiro”, obra publicada em 1972. Ganhou o Prêmio Jabuti 1998, na categoria economia.

Nos últimos anos, ganhou fama entre jovens nas redes sociais, com o compartilhamento de vídeos de entrevistas e aulas em que faz discursos enérgicos, em seu estilo franco e despudorado, sobre o processo de industrialização nacional. Ela criticava, por exemplo, a política econômica do regime militar no Brasil. Chegou a ser presa por agentes da ditadura, por 48 horas, em 1974.

Teve grande influência sobre a elaboração do Plano Cruzado, no governo de José Sarney, e chegou a se emocionar durante entrevista em rede nacional de TV ao dizer que o plano foi o primeiro programa anti-inflacionário a não prejudicar o trabalhador.

Sempre buscou se posicionar, distanciando-se da neutralidade. Foi uma das principais conselheiras econômicas do PMDB no período pré-redemocratização, sob a liderança de Ulysses Guimarães. Após a morte deste, filiou-se ao PT, partido pelo qual se elegeu deputada federal (1995-1999).   

Neste ano, ela foi homenageada pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), onde trabalhou, no contexto do Dia Internacional da Mulher. “Ela foi muito importante para minha geração, para a luta pela democracia, para a discussão de um projeto nacional de desenvolvimento”, disse o presidente do banco público, Aloizio Mercadante, na ocasião.

No X, o presidente Luis Inácio Lula da Silva lamentou a morte de Maria da Conceição Tavares. Maria da CoM

“Tive o prazer e a honra de conviver e conversar muito com minha amiga ao longo dos anos, debatendo o Brasil e os nossos desafios sociais e econômicos no Instituto Cidadania, em conversas no Rio de Janeiro ou em viagens pelo Brasil. Nesse momento de despedida, meus sentimentos aos familiares, em especial aos filhos, aos muitos amigos, alunos e admiradores de Maria da Conceição Tavares”, acrescentou Lula.

Museu de Niterói abre neste sábado mostra sobre povo guarani

O Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC Niterói) apresenta, a partir deste sábado (8), a exposição fotográfica Yvy Marãey – A Terra sem Males, que aborda a busca ancestral do povo indígena guarani pela terra sem mal. São 38 fotografias de autoria do cineasta e fotógrafo Daniel Sul, que mostram a cultura e a mitologia do grupo Guarani Mbya, instalado há 11 anos na Aldeia Mata Verde Bonita, no município de Maricá, região metropolitana do Rio de Janeiro.

A mostra, que vai até 4 de agosto, é promovida pelo Instituto Terra Verde, organização não governamental (ONG) voltada para a defesa dos povos indígenas por meio da cultura e da memória, do etnoturismo, da segurança alimentar e geração de renda, entre outras ações.

“Eles sempre foram nômades, porque estavam em busca dessa terra sem males”, disse à Agência Brasil o presidente do Instituto Terra Verde e produtor executivo da exposição, Leonardo Brandão. Com o passar do tempo e o esgotamento de terras disponíveis,os indígenas acabaram se instalando em 2013 em Maricá, onde fundaram a Aldeia Mata Verde Bonita, que reúne atualmente cerca de 200 pessoas, descendentes da pajé Lidia Neves, de 92 anos. Sua filha, Jurema, é a cacica da aldeia.

De acordo com Brandão, a mostra destaca também a necessidade de demarcação das terras dos guaranis em Maricá. “O que a gente quer é usar a cultura para dar visibilidade à questão indígena por meio de uma exposição com qualidade e obras artísticas, enfatizando a necessidade das aldeias guaranis serem demarcadas”, afirmou o presidente do Instituto Terra Verde.

Segundo Brandão, a família veio migrando do Rio Grande do Sul, passou por Paraty e Camboinhas, em Niterói, e há 11 anos se estabeleceu na restinga de Maricá. Nesse município, há outra aldeia de guaranis, a Céu Azul, composta por 30 pessoas.

Tradição

Indígenas do grupo Guarani Mbya preservam tradições- Daniel Sul/Divulgação

Os guaranis preservam as tradições. Há, por exemplo, uma casa de reza (Opy), onde são realizadas todas as atividades religiosas da aldeia, como funerais, rituais de cura e bênção do milho antes do plantio. “Todos falam a língua guarani. O português é ensinado na escola onde eles estudam fora da aldeia, mas a língua corrente é o guarani. Eles fazem muito artesanato, têm as práticas de cantoria na língua guarani. É uma aldeia que preserva muito as tradições de seu povo”, disse Brandão.

A exposição ocupará toda a varanda externa do MAC Niterói. Na abertura da mostra, prevista para as 10h de sábado haverá apresentação do Coral Guarani da Aldeia Mata Verde Bonita. A entrada é franca e a classificação, livre. Nos demais dias, os ingressos custarão R$ 16 (inteira) e R$ 8 (meia entrada). Às quartas-feiras, a visitação será gratuita.

Haverá rodas de conversa com  moradores da aldeia, que falarão sobre a vida nacomunidade, além de feira de artesanato e outras atrações. A mostra estará aberta de terça-feira a domingo, das 10h às 18h, com entrada permitida até as 17h30.

A entrada será gratuita para crianças menores de 7 anos, estudantes da rede pública (ensino fundamental e médio), pessoas que moram ou nasceram em Niterói, servidores públicos municipais, pessoas com deficiência e visitantes que chegarem ao museu de bicicleta. Têm direito à meia-entrada pessoas com 60 anos ou mais, estudantes de escolas particulares e universidades, professores e portadores de Identidade Jovem (ID Jovem), que é uma carteira virtual, baixada por aplicativo ou emitida no site da Secretaria Nacional da Juventude (SNJ).

A exposição tem apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, do Ministério da Cultura, dos governos estadual e federal, através da Lei Paulo Gustavo, e da Secretaria Municipal das Culturas, da Fundação de Artes e da prefeitura de Niterói.

Aldeia

A Aldeia Mata Verde Bonita (Tekoa Ka’Aguy Hovy Porã), do povo Guarani Mbya, está estabelecida no bairro de São José, na cidade de Maricá, em área de 93 hectares cedida pela prefeitura da cidade em 2013. Devido, entretanto, à falta de titulação da terra, a comunidade está constantemente ameaçada por interesses privados, tendo sido vítima, em 2019, de um incêndio criminoso que por pouco não atingiu algumas casas da aldeia. Em 2013, foram convidados a se mudar para Maricá, após terem sido pressionados pela especulação imobiliária a deixarem a área onde viviam há sete anos, no bairro de Camboinhas, em Niterói, município também da região metropolitana do Rio.

Grandes invisíveis: enchentes deixam gaúchos gordos sem o que vestir

A catástrofe climática no Rio Grande do Sul trouxe à tona o que não era percebido por muitos: nas tragédias, as pessoas são atingidas de forma desigual. Há o racismo climático, que faz com que pessoas pretas e periféricas sejam afetadas primeiro e tenham mais dificuldade de se reerguerem. Existem as pessoas em situação de rua, que têm a dignidade ainda mais degradada. São as mulheres chefes de família que, além de perderem tudo, ainda não conseguem voltar ao trabalho porque precisam cuidar dos entes. E as pessoas gordas, que além de se sentirem invisíveis, ao perderem tudo, não encontram para comprar ou nas doações, roupas adequadas para seus tamanhos.

Já nos primeiros dias das enchentes que atingiram quase todo o estado desde o fim de abril, a empreendedora Viviane Lemos começou a mobilização para atender esses afetados. Referência no segmento plus size e criadora de uma feira plus em Porto Alegre, Viviane logo começou a receber relatos desesperados de pessoas que, por não terem o que vestir, no frio da capital gaúcha, estavam usando lençóis para cobrir o corpo.

“Mas nunca pensei que fosse nesse nível, nessa escala que a gente está tendo hoje. E com certeza ser uma mulher gorda me deixou nesse lugar empático, porque pessoas não gordas não conseguem visualizar essa dificuldade e essa crise que a gente está vivendo no sentido de vestir essas pessoas gordas que não conseguem roupas”.

A gaúcha Flávia, mãe de gêmeos, foi uma das pessoas que pediu, e recebeu ajuda. “Além de perder todos os meus bens, tudo, perdi minha casa também. Está sendo bem difícil, mas a alegria do meu dia foi as roupas que chegaram. Justamente no dia do meu aniversário, dia 30 de maio agora. Quando eu vi aquele senhor chegando com a sacola, a sacolinha de roupas, nossa! Foi como um presente”, conta emocionada. Flávia recebeu kit, com roupa íntima, blusa, agasalho e meia, como é idealizado pela campanha. 

A Associação de Doação de Roupas Plus Size, liderada por Viviane, entregou 48 mil peças de vestuário grande desde o início das enchentes, mas a demanda é muito maior. Cerca de 95 mil pessoas precisam de roupas desse tamanho. E para angariar mais doações, as redes sociais têm sido aliadas do projeto. Foi assim que a criadora de conteúdo Maqui Nóbrega ficou sabendo da mobilização em Porto Alegre. Ela já vinha fazendo doações pontuais a seguidoras que pediam ajuda, mas quando soube da organização, se prontificou a usar seu engajamento para ajudar na arrecadação.

“Se mal tem (roupas plus size) pra comprar, imagina pra doar, né? Então, quando eu percebi que tinha essa dificuldade, eu falei, bom, São Paulo, maior cidade do país, onde tem a maior quantidade de opções de roupas plus size, acho que aqui a gente vai conseguir reunir mais doações”, conta Maqui. E conseguiram. Junto a outras criadoras de conteúdo voltado para o público gordo e outras aliadas enviaram de São Paulo para o Rio Grande do Sul um caminhão cheio de roupas plus size.

Viviane Lemos, no trabalho da associação – Doação de roupas plus size e gordofobia na enchente. Foto: Viviane Lemos/Arquivo Pessoal

Mas doações grandes como essa são muito raras e, no dia a dia, alguns tamanhos já estão em falta no estoque da associação. “Principalmente 54 e 56 feminino; 54 e 56 masculino; e cuecas de todos os tamanhos. E hoje a gente não teria nem onde comprar aqui em Porto Alegre dos lugares que a gente conhece. Só para se ter uma ideia da escassez e das dificuldades que a gente enfrenta por aqui”, relata Viviane.

De acordo com a associação, o fato de os Correios terem parado de receber doações de roupas pode ter impactado diretamente no recebimento das peças tamanhos grandes. Questionado, os Correios enviaram nota afirmando que devido ao tamanho da campanha, que já arrecadou cerca de 30 mil toneladas de donativos em todo o Brasil, a triagem de roupas específicas se torna complexa. Mas cientes da importância do tema, os Correios estão à disposição para realizar ações específicas de coleta e transporte de grandes volumes desse tipo de item. Apesar da disposição para ação específica, a estatal não deu detalhes da ação.

Novas etapas

Sempre que aparece em alguma mídia ou rede social com muitos seguidores, o projeto recebe mais peças e aportes em dinheiro. Nos outros dias, míngua. Então, além de receberem doações via Pix para a aquisição de itens novos, principalmente roupas íntimas, os voluntários têm ido até os armazéns da Defesa Civil para fazer a triagem do que foi recebido por lá e pode ser usado no projeto. Em uma das ações desta semana, eles conseguiram filtrar 180 peças, que serão redirecionadas para quem precisa exatamente desses tamanhos.

Mas só isso não será suficiente para atender a todos que precisam. Para Viviane Lemos, fica evidente que a questão vai se prolongar e se aprofundar, pois, se antes da tragédia já existia uma demanda grande pela compra de roupas plus que não era atendida, agora será pior. Além de doações materiais, a empreendedora acredita que será preciso investir em outros tipos de ajuda, “como apoio emocional, apoio para se colocar num campo de trabalho, apoio para reconstruir suas vidas em geral. Então, a gente está estudando uma forma de dar continuidade ao projeto, para atender essas pessoas para além da roupa. Porque ser um corpo gordo na sociedade não é só sobre existir e resistir”, afirma.

Invisibilidade com muitas camadas

Para a criadora de conteúdo Maqui Nóbrega, o fato das campanhas para a arrecadação de roupas para pessoas gordas, nesse momento, serem lideradas por pessoas gordas, é um reflexo do que já é o comportamento da sociedade em geral. “As pessoas acham que é justificado você não gostar de pessoas gordas e por isso elas não importam. Tipo ‘Ah, elas não têm o que vestir? Ué, emagrece, aí você vai ter o que vestir”. Então, eu acho que vai continuar sendo a gente pela gente”, desabafa.

De acordo com as previsões científicas, a catástrofe do Rio Grande do Sul não será a única deste porte, já que as mudanças climáticas seguem em curso e a tendência é que eventos extremos sejam cada vez mais frequentes. E será que a sociedade aprendeu algo com os últimos acontecimentos?

No que diz respeito à população gorda, Maqui Nóbrega é pessimista. “Eu gostaria de ser otimista e dizer que sim, que acho que estaremos mais atentos às necessidades das pessoas gordas nas próximas tragédias climáticas, mas não consigo ser tão otimista. Eu acho que no fundo, no fundo, ninguém tá nem aí, infelizmente. Eu acho que a gordofobia ainda é a última ”fobia” aceita socialmente. A gente combate todo dia racismo, LGBTQIA+fobia, o capacitismo e tudo mais. Tem uma educação sobre como esses preconceitos são nocivos, mas muito pouco se fala sobre a gordofobia”, denuncia.

Gordofobia é o termo usado para o conjunto de situações em que o acesso à pessoa gorda é negado por conta do seu tamanho. E vão de afeto, passando pelo tamanho da catraca do ônibus e do bullying escolar, até às macas hospitalares que só atendem até determinado peso. E Maqui Nóbrega defende que conhecer isso é um dever de toda a sociedade. “O racismo não é um problema da pessoa preta, é um problema da pessoa branca, é a pessoa branca que tem que trabalhar nisso, eu acho que o mesmo vale para a gordofobia. Então eu queria que as pessoas magras pensassem sobre isso, se elas se importarem, sabe? A gente não tá falando só sobre roupa, a gente não tá falando sobre moda, sobre querer ficar bonitinha, a gente tá falando sobre acessos mesmo. É você não encontrar nenhuma roupa e ter que viver de lençol, enrolada no lençol”, provoca.

Ajuda

Quem quiser contribuir com o trabalho da Associação de Doação de Roupas Plus Size pode fazer via Pix para o CNPJ – 26423527000112,  ou enviar a doação para o seguinte endereço: Shopping João Pessoa – Loja 02 (Ao Lado Da Panvel) – QG Ação Da Feira De Moda Plus Size – Praça Piratini N. 50 Cep 90040-170 – Porto Alegre/RS

As informações sobre o projeto têm sido atualizadas diariamente na página BpsPoa.Feira do Instagram.

Supertelescópio cobrirá área equivalente ao tamanho de 40 luas cheias

Mais de 100 pesquisadores brasileiros participam do projeto internacional Legacy Survey of Space and Time (LSST), que consiste na construção de um supertelescópio em Cerro-Pachón, no Chile, que deverá entrar em operação em 2026. O LSST pretende produzir o maior e mais completo mapa do universo, com 37 bilhões de estrelas e galáxias, ao longo de dez anos.

A participação do Brasil no projeto teve início em 2015 e se dá por meio de acordo do qual o Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia (LIneA) é signatário. Essa participação é coordenada pelo Brazilian Participation Group (BPG-LSST). O LIneA é um laboratório multiusuário apoiado pelo Observatório Nacional (ON), Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) e Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), criado com a finalidade de dar suporte à participação brasileira em levantamentos astronômicos que gerem grandes volumes de dados.

O LSST é fruto de colaboração internacional, da qual participam 28 países. Os mais de 100 participantes brasileiros são de 26 universidades de 12 estados. A pesquisa inédita abrange várias áreas da astronomia e traz desafios, analisando uma quantidade de dados sem precedentes. Na chamada recente feita pelo LSST, entraram três pesquisadores seniores do Brasil, um dos quais é Daniel de Oliveira, professor do Instituto de Computação da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Gerência de dados

“Minha tarefa é apoiar os astrônomos na parte de gerência de dados, porque eles têm um volume de dados muito grande”. O suporte que será prestado por Daniel de Oliveira servirá para que os astrônomos extraiam informação útil desses dados em tempo hábil para poder fazer consultas e processar as informações. “Minha tarefa é auxiliar na parte computacional a resolver os problemas deles de astronomia. É acelerar as análises que eles precisam fazer, para eles terem resultados o mais rápido possível”, reforçou Oliveira à Agência Brasil.

Professor da UFF Daniel de Oliveira participa do projeto LSST- Daniel de Oliveira/Arquivo Pessoal

Daniel de Oliveira realizará o trabalho com seus alunos, no Instituto de Computação da UFF. “Obviamente, temos reuniões com o pessoal do exterior, mas é tudo remoto e a gente pode executar programas nas máquinas de outras universidades. Mas a pesquisa é feita aqui no Brasil. No meu caso, são alunos da UFF”. Oliveira trabalha junto com os pesquisadores do LIneA, que dão suporte na parte de astronomia.

O pesquisador afirmou que o LSST é o telescópio mais potente já construído, que vai capturar informações do universo que antes não podiam ser capturadas por limitações de equipamento. “Isso gera um volume grande de dados. Minha participação é exatamente para isso: para a gente poder processar esse volume de dados em tempo hábil, sem ter que esperar meses para alguma conclusão”. Ele vai desenvolver algoritmos e tecnologias nas áreas de banco de dados, inteligência artificial e visualização.

Segundo Oliveira, o volume de dados capturado por noite é de aproximadamente 15 terabytes (TB) e corresponde a 3,2 bilhões de pixels (menores pontos que formam uma imagem digital). “Estima-se que, após a coleta de dados, o levantamento terá informações sobre áreas do universo nunca antes exploradas e identificando objetos que não podiam ser detectados antes do LSST entrar em operação”.

Idac-Brasil

Como a quantidade de dados é muito grande, há três centros principais vinculados ao LSST, localizados na Califórnia, Estados Unidos; na França; e na Escócia. Um centro de dados denominado Independent Data Access Center (Idac-Brasil), implantado pelo LIneA, vai hospedar parte das informações do LSST. Ao todo, serão apenas dez centros regionais similares espalhados pelo mundo que terão parte dos dados. “Nós fomos selecionados e temos a responsabilidade de prestar esse serviço, essa operação, para o LSST”, disse à Agência Brasil o diretor do LIneA e coordenador do Instituto Nacional de Tecnologia (INCT) do e-Universo, Luiz Nicolaci da Costa.

Câmera focal do projeto LSST – Vera C. Rubin Observatory/Divulgação

A participação brasileira significará maior inserção do país na comunidade astronômica internacional e na formação de novos recursos humanos de alto nível para atuar em projetos futuros nesta e em outras áreas do conhecimento, informou a UFF, por meio de sua assessoria de imprensa. O Idac-Brasil já está funcionando mas, agora, avança para novo patamar dada a quantidade de dados. “Estamos comprando novos equipamentos, preparando uma camada de software (programas de computador) de suporte, estamos fazendo treinamento de pessoal, várias atividades. Porque a operação realmente para o LSST só começa em 2026. As observações iniciam-se no ano que vem e o primeiro lote de dados vai ser disponibilizado em 2026. Nós estamos no período de comissionamento para essa parte do centro, que já está em funcionamento há algum tempo.”

Nicolaci acredita que o LSST, que vem sendo desenvolvido desde o ano 2000, representa uma mudança na forma de fazer ciência, tanto na obtenção de dados quanto na maneira de trabalhar colaborativamente. “Ele é um projeto muito inovador. É um telescópio de 8 metros, construído no Chile, diferente do que se vê normalmente. Ele tem só uma gigantesca câmera e vai fazer o levantamento do céu do Hemisfério Sul por dez anos.” Nicolaci explicou que não haverá projeto semelhante voltado para o Hemisfério Norte. Isso se justifica porque “o centro da nossa galáxia está localizado aqui, no Hemisfério Sul”. Isso vai proporcionar uma quantidade de dados enorme.

Quarenta luas

O telescópio vai funcionar de duas formas. A cada três dias, ele se volta para o mesmo lugar do céu. “Na verdade, cada ponto do céu vai ser observado mais de mil vezes durante o período de dez anos. Então, você vai fazer um filme do universo dinâmico com as imagens que vão ser adquiridas”, ressaltou  Também será feita a soma das imagens coletadas, criando-se uma imagem profunda de todo o Hemisfério Sul. “Uma quantidade de dados que a astronomia nunca teve. Um dilúvio, na verdade.” Nicolaci afirmou que a câmera do LSST apontada para o céu tem uma visão que corresponde a 40 luas cheias. “Pela primeira vez na astronomia, a gente vai ter esse domínio temporal, porque as observações são feitas em menos de um minuto. Você vai capturar explosões, objetos em movimento. É realmente sem precedentes.”

Luiz Nicolaci da Costa destacou que a participação do Brasil para realizar os serviços demandados para o LSST pelos próximos dez anos vai precisar de apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A participação brasileira pode chegar a 175 pesquisadores, 80% de jovens alunos e, o que é mais significativo, segundo o coordenador do LIneA, totalmente de graça. “O único custo que nós vamos ter é a operação de um centro de dados no Brasil. É dinheiro local. Não se vai pagar nada”. Na avaliação de Nicolaci, essa é uma oportunidade fantástica para a ciência brasileira. 

Museu de Arte do Rio tem atrações gratuitas no Mês do Orgulho LGBTQIA+

Com mirantes e janelas iluminados com as cores do arco-íris, o Museu de Arte do Rio (MAR) abre neste sábado (8) uma série de atividades gratuitas em comemoração ao Mês do Orgulho LBGTQIA+. As atrações, que se estenderão até o dia 28 deste mês, têm o objetivo de fomentar o diálogo sobre a diversidade.

Segundo a educadora de Projetos do MAR, Priscilla Souza, a programação organizada revela também o compromisso social do museu com as pautas da cidade do Rio de Janeiro. “Além de uma programação cultural e artística, também estamos voltados para uma programação de ação social”, disse Priscilla. Desde 1º de junho, o MAR e seu Pavilhão de Exposições estão iluminados com as cores da bandeira do Orgulho Gay. Essa ação de iluminação no mês já é feita desde 2021.

As atividades especiais começam hoje, às 11h, com a abertura de uma feira exclusiva de expositores LGBTQIA+, com barracas de pinturas, livros, comidas e roupas que poderão ser adquiridos pelo público. Em parceria com a organização não governamental (ONG) Pela Vidda RJ, primeiro grupo do Brasil formado por pessoas com HIV e aids, haverá um mutirão para auxiliar no processo de retificação de nome e gênero para pessoas trans, além de ajuda jurídica e psicológica.

Cultura ballroom

“Partindo da área de educação, teremos também a primeira oficina de um ciclo mensal de formações da cultura ballroom, em parceria com a House of Mamba Negra”, informou Priscilla, ao lembrar que o movimento LGBTQIA+ promove acolhimento, criação de laços familiares e competições de dança entre os membros, celebrando seus corpos e práticas artísticas. “A gente já vem articulando uma relação com a cena vogue carioca desde 2021.” Ballrooms, ou bailes de vogue, são um tipo de dança surgida no universo queer (minorias sexuais e de gênero) de Nova York, na década de 1960.

O primeiro encontro de formação será neste sábado (8), a partir das 14h, com promoção da Escola do Olhar, polo de formação artisticoeducacional do MAR, com a artista Wallace Ferreira/Patfudyda, referência na cena. Com o tema Ensaios de confrontos, a formação teórico-prática leva ao público a história do vogue, estilo de dança característico da cultura ballroom. Patfudyda também está com obra exposta no equipamento.

Às 15h, no auditório do MAR, haverá exibição única do filme Quando Ousamos Existir, documentário que conta a história do movimento brasileiro de diversidade sexual e de gênero. Com direção de Cláudio Nascimento e Márcio Caetano, o filme revive a luta política e cultural pela libertação, afirmação e conquista da cidadania da comunidade nas décadas de 1970 e 1980, com a participação de ativistas e personalidades essenciais na conquista de direitos pelo grupo.

Os ingressos gratuitos devem ser retirados na plataforma Sympla.

Públicos interno e externo

Às 17h, encerrando a programação do dia, o MAR apresentará o espetáculo Wallandra Convida, da Quafa Produções, com a artista Renata Carvalho, que transporta o universo do vogue e seus elementos para o pilotis do museu. Fechando a programação do primeiro dia, o Coral do Grupo Arco-Íris se apresenta no mirante. Desde 1993, essa organização é pioneira na luta por direitos civis da comunidade LGBTQIA+ brasileira.

Priscilla Souza destacou que, nos dias 27 e 28 deste mês, o MAR levará ao público interno e externo a peça Manifesto Transpofágico, que apresenta a história política e social dos corpos transexuais e travestis. “Entendemos o Mês do Orgulho LGBTQIA+ como um processo de formação para públicos externos, mas também para os internos, os nossos funcionários. Porque a peça é também um letramento LGBTQIA+. Portanto, é importante. Para nós, essa relação de formação se dá através da cultura, da arte”, acrescentou.

Conduzida pela atriz e diretora Renata Carvalho, a peça desmistifica e combate o preconceito. A sessão do dia 27 é exclusiva para colaboradores e funcionários do MAR. No Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ (28), às 18h30, a sessão é aberta ao público e os ingressos, também gratuitos, devem ser retirados na Sympla.

MAR

O Museu de Arte do Rio é um equipamento da Secretaria Municipal de Cultura da capital fluminense, concebido em parceria pela prefeitura e a Fundação Roberto Marinho. Em janeiro de 2021, o MAR passou a ser gerido pela Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) que, em cooperação com a Secretaria Municipal de Cultura, tem apoiado as programações expositivas e educativas do MAR por meio da realização de um conjunto amplo de atividades. \

A OEI é um organismo internacional de cooperação que tem na cultura, na educação e na ciência os seus mandatos institucionais.

O MAR conta ainda com o apoio do governo fluminense, do Ministério da Cultura e do governo federal, também por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Mega-Sena sorteia neste sábado prêmio acumulado em R$ 112 milhões

As seis dezenas do concurso 2.734 da Mega-Sena serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço da Sorte, localizado na Avenida Paulista, nº 750, em São Paulo.

O sorteio terá a transmissão ao vivo pelo canal da Caixa no YouTube e no Facebook das Loterias Caixa. O prêmio da faixa principal está acumulado em R$ 112 milhões.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet. O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.

Quina de São João

As apostas para a Quina de São João, com prêmio estimado em R$ 220 milhões, já estão sendo feitas, em volante específico, nas casas lotéricas de todo o país e pelo aplicativo Loterias Caixa e no portal Loterias Caixa. O sorteio do concurso 6.462, será realizado no dia 22 de junho.

Cada aposta simples custa R$ 2,50. Para jogar, basta marcar de cinco a 15 números dentre os 80 disponíveis no cartão. Quem quiser, também pode deixar para o sistema escolher os números, opção conhecida como Surpresinha. Ganham prêmios os acertadores de dois, três, quatro ou cinco números.

Assim como em todos os concursos especiais das Loterias Caixa, a Quina de São João não acumula. Se não houver ganhadores na faixa principal, com acerto de cinco números, o prêmio será dividido entre os acertadores da 2ª faixa (quatro números) e assim por diante, conforme as regras da modalidade.

Caso apenas um apostador leve o prêmio da Quina de São João e aplique todo o valor na poupança, receberá mais de R$ 1,2 milhão de rendimento no primeiro mês.

A pessoa também tem a opção de realizar apostas em grupo com o Bolão Caixa. Os apostadores da Quina podem preencher o campo próprio no volante ou comprar uma cota dos bolões organizados pelas unidades lotéricas. 

A novidade é que agora as cotas de bolão organizadas pelas lotéricas também podem ser adquiridas no portal Loterias Online com tarifa de 35% do valor da cota.