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Justiça nega reintegração em fazenda ocupada pelo MST em Minas Gerais

A Justiça estadual de Minas Gerais negou pedido de reintegração de posse para retirar cerca de 500 famílias sem-terra que ocuparam, na última sexta-feira (8), uma fazenda no município de Lagoa Santa (MG), na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A decisão liminar, publicada por magistrado plantonista, diz que não foi comprovada a posse do território por aqueles que alegaram ser seus legítimos proprietários.

Já o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) acusa a Polícia Militar (PM) de Minas Gerais de realizar um cerco ao acampamento, limitando a entrada de pessoas e mantimentos.

“Na manhã deste sábado [9], foi permitida a entrada de água e medicamentos. No entanto, o movimento reivindica a entrada de outros suprimentos para garantir o bem estar das famílias acampadas, como lonas para a proteção do sol e da chuva e não dormir ao relento e gás para o preparo da alimentação”, informou o MST.

O movimento defende que o cerco é ilegal, porque não há pedido de reintegração de posse, e desumano, por negar a entrada de insumos necessários para as famílias. “Trata-se de uma decisão política do governador Romeu Zema, de imposição da força, sem respaldo jurídico, que viola o direito dessas mais de 500 famílias sem terra”, acrescentou.

O governo de Minas Gerais não respondeu aos questionamentos da reportagem sobre a ação da PM no local. O governador Romeu Zema (Novo) ainda não se manifestou publicamente sobre essa situação.

Por outro lado, a Defensoria Pública de Minas enviou ofício à PM pedindo o cancelamento da operação e também a justificativa para a permanência da polícia no local. A Defensoria lembrou que a reintegração de posse foi rejeitada e que as pessoas que se dizem proprietárias da fazenda já buscaram seus direitos na Justiça.  

“Que sejam tomadas as providências cabíveis a cargo desta Diretoria de operações [da PM], para garantir a ordem democrática, primando pela garantia do exercício do direito de ir e vir dos cidadãos acampados na Fazenda Aroeira, e, ainda, no sentido de evitar qualquer tipo de confronto desnecessário entre o poder público e os acampados”, afirmou a defensora pública Ana Cláudia da Silva Alexandre Storch.

A Defensoria Pública de Minas ainda quer saber o custo para manutenção da operação na fazenda ocupada e quais as ações que deixaram de ser executadas por causa do grande efetivo mantido no local. A defensora pública Storch ainda cita uma possível criminalização de movimentos sociais que, “apesar de ser uma prática ainda existente no país, contraria a ordem jurídica democrática vigente, por ser legítimo não só o direito de manifestação, mas, a defesa dos direitos fundamentais não efetivados”, completou.

Reintegração de Posse

De acordo com a decisão do juiz Christyano Lucas Generoso, as pessoas que ingressaram com ação para reintegração de posse não conseguiram comprovar que mantinham a posse do terreno antes da ocupação do local pelos trabalhadores rurais.

“Entendo que não restou suficientemente demonstrada a posse, pois a parte autora se limitou a juntar fotos na qual se verificam três pessoas perto de criações bovina e suína, a partir das quais não é possível identificar inequivocamente o imóvel descrito”, explicou o magistrado.

Generoso acrescentou ainda que a Declaração de Imposto Territorial Rural apresentada “é documento que prova a propriedade e não a posse, sendo, ainda, que se verifica do documento que apenas 3,2 da área do imóvel é ocupada com benfeitorias úteis e necessárias destinadas à atividade rural, de sorte que não é possível depreender que o suposto esbulho teria ocorrido na área das benfeitorias para fins de demonstrar o perigo de dano”.

O juiz ainda acrescentou que, por se tratar de decisão em plantão judiciário, realizado durante o final de semana, ele se limitou a analisar um possível risco iminente de perda imediata de direito.

Ocupação

A ocupação da fazenda “Aroeiras” foi realizada por cerca de 500 famílias. O MST alega que a ação foi motivada pelo não cumprimento da função social da terra. O movimento sustenta que a propriedade, de 250 hectares, é improdutiva e está abandonada há 7 anos. Com isso, pedem a desapropriação do imóvel rural para a reforma agrária. 

Ainda de acordo com o MST, a fazenda é uma herança familiar disputada por oito pessoas. “Duas mulheres, membros da família, estiveram na sexta-feira (8) e se mostraram dispostas ao diálogo”, informou o movimento.

O MST fundamenta essas ações no Artigo 184 da Constituição Federal, que diz que “compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social”.

Em nota, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) informou que não tem informações sobre a situação do imóvel rural. Segundo o órgão, para a área ser considerada produtiva ou improdutiva é necessária uma vistoria para verificar a função social da terra. O Incra disse ainda que a “área ocupada não tinha demanda anterior de destinação ao programa de reforma agrária”.

Minas Gerais responde por um em cada três casos de dengue no país

O Brasil já registrou, desde 1º de janeiro, 1.342.086 casos prováveis de dengue – desses, 464.223 casos foram reportados por autoridades sanitárias de Minas Gerais. Em primeiro lugar no ranking de números absolutos, o estado responde, atualmente, por praticamente um em cada três casos prováveis da doença contabilizados em todo o país.

Dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde mostram ainda que o coeficiente de incidência da dengue em Minas Gerais é de 2.260 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, atrás apenas do Distrito Federal, que tem coeficiente de incidência de 4.343 casos por 100 mil habitantes. A média nacional é de 660 casos para cada 100 mil habitantes.

O cenário epidemiológico da dengue este ano em Minas Gerais é consideravelmente pior que o de 2023. Os 464.223 casos prováveis registrados no estado nas primeiras semanas de 2024 já superam todos os casos contabilizados ao longo do ano passado: 408.393. Em 2023, o índice de incidência da doença no estado era de 1.907 casos para cada 100 mil habitantes.

Infestação

Na semana passada, a Secretaria Estadual de Saúde divulgou os resultados do primeiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti de 2024, realizado entre 8 e 27 de janeiro. Dos 808 municípios participantes, 366 foram classificados como em situação de alerta, enquanto 305 apresentavam risco elevado para a transmissão de dengue, Zika e chikungunya.

Emergência

A explosão de casos de dengue fez com que Minas Gerais decretasse emergência em saúde pública pouco após a virada do ano, em 27 de janeiro. A medida facilita acesso a recursos federais e agiliza processos voltados ao combate da doença. Acre, Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina e São Paulo também decretaram emergência devido à alta de notificações de dengue.

Capacitação

Na próxima semana, o governo mineiro irá promover, nos dias 11 e 12, o Encontro Macrorregional de Enfrentamento das Arboviroses e a Oficina Macrorregional Sobre Manejo Clínico das Arboviroses. O primeiro evento tem como público-alvo secretários municipais de saúde, coordenadores de vigilância epidemiológica e coordenadores de assistência à saúde.

Já a oficina de capacitação será direcionada a médicos e enfermeiros que atuam na assistência de casos de arboviroses. “O objetivo é ampliar a qualificação dos profissionais para atuar na resposta assistencial e atendimento dos pacientes suspeitos de arboviroses, prevenindo mortes e agravamentos evitáveis”, informou a secretaria.

A previsão é que, ao todo, cerca de 500 profissionais de saúde de 103 municípios das macrorregiões de saúde Sul e Extremo Sul de Minas Gerais participem dos dois eventos.

Justiça Federal determina retorno de Adélio Bispo a Minas Gerais

 A 5ª Vara Federal em Campo Grande determinou, em decisão publicada nesta quarta-feira (21) e divulgada hoje (22), que Adélio Bispo, autor da facada no então candidato à Presidência Jair Bolsonaro, em 2018, retorne a Minas Gerais, local de origem do seu processo. Atualmente, ele cumpre medida de segurança no presídio federal de Campo Grande.

A decisão, do juiz federal Luiz Augusto Iamassaki Fiorentini, determina que o juízo de origem, em Minas Gerais, deverá providenciar tratamento ambulatorial ou, excepcionalmente, a internação, considerando todas as medidas de segurança necessárias, de forma a garantir a integridade psíquica e física de Adélio Bispo. A Justiça deu prazo de 60 dias para a transferência.

A Defensoria Pública da União (DPU), que faz a assistência jurídica de Adélio desde 2019, foi autora do pedido de transferência. A defesa sustentou que Adélio não poderia continuar recolhido em um estabelecimento penal, ainda que nele exista estrutura capaz de prestar atendimento médico equivalente ao de uma Unidade Básica de Saúde (UBS), como é o caso da penitenciária de Campo Grande, tampouco ser enviado para um manicômio judicial.

“A DPU destaca que, desde o advento da Lei nº 10.216/2001, conhecida como Lei Antimanicomial, é vedada a internação de pessoas com transtornos mentais em estabelecimentos penais ou em instituições com características asilares desprovidas de assistência integral às pessoas nessas condições”, disse o órgão, em nota.

Em junho de 2019, Adélio Bispo foi absolvido da facada. A decisão foi proferida após o processo criminal que o considerou inimputável por transtorno mental.

Governo de Minas Gerais institui Corredor Ecológico Serra da Moeda-Arêdes

Vista da Serra da Moeda, MG

Minas Gerais • 19 de fevereiro de 2024

 

O estado de Minas Gerais dá um passo significativo rumo à preservação ambiental com a instituição do Corredor Ecológico Serra da Moeda-Arêdes. O decreto fundamenta-se no inciso VII do art. 90 da Constituição do Estado e nas leis federais nº 9.985/2000 e nº 20.922/2013.

Conforme estabelecido no artigo 1º do decreto, o Corredor Ecológico interliga o Monumento Natural Estadual da Serra da Moeda e a Estação Ecológica Estadual de Arêdes, abrangendo uma área total de 464,70 hectares e com um perímetro de 53,88 quilômetros.

Os objetivos do Corredor Ecológico, conforme detalhados no artigo 2º, são ambiciosos e englobam estratégias para a conexão dos ambientes campestres e florestais das Unidades de Conservação, favorecendo o fluxo gênico entre as populações da flora e da fauna. Além disso, o decreto destaca a importância da conservação e recuperação das áreas de preservação permanente na região, bem como a promoção de ações junto à população local para regularização ambiental das propriedades rurais.

A administração do Corredor Ecológico Serra da Moeda-Arêdes será de responsabilidade do Instituto Estadual de Florestas (Minas Gerais), conforme estabelecido no artigo 3º. O decreto, que já está em vigor desde a data de sua publicação, marca um avanço significativo no compromisso do estado com a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável. A expectativa é que essa iniciativa contribua para a promoção de práticas mais responsáveis e para a proteção da rica biodiversidade da região.

 

Minas Gerais garante gratuidade em cartórios para retificação de nome e gênero de pessoas trans em situação vulnerável

Minas Gerais • 19 de fevereiro de 2024

 

Minas Gerais concede gratuidade nos custos cartorários para retificação de nome e gênero de pessoas trans em situação de vulnerabilidade econômica. A Lei Estadual nº 24.632/2023, publicada no Diário do Executivo do Governo de Minas Gerais em 29 de dezembro de 2023, estabelece condições especiais para cidadãos cadastrados no Cadastro Único dos Programas Sociais do Governo Federal.

A legislação isenta o pagamento de emolumentos e da Taxa de Fiscalização Judiciária para o registro em cartório da alteração do nome e gênero nas certidões de nascimento e casamento de pessoas trans. Anteriormente, a taxa total chegava a aproximadamente R$ 130, dependendo da região.

Com a mudança, indivíduos transgênero podem realizar o processo gratuitamente e sem recorrer à via judicial, desde que sejam maiores de idade. Os requisitos para a retificação incluem apresentar documentos como requerimento de alteração de registro civil, RG, CPF, Certidão de Nascimento ou Casamento atualizada, título de eleitor, comprovante de residência, entre outros.

É importante observar que a gratuidade não se aplica à emissão de documentos como Carteira de Identidade, Carteira de Habilitação e Passaporte, os quais devem ser solicitados após a retificação. Recomenda-se realizar a retificação primeiro e, em seguida, obter a nova Carteira de Identidade Nacional (CIN), cuja primeira via é gratuita.

 

Polícia de Minas Gerais prende assassino de soldado da Rota

A Polícia Militar de Minas Gerais prendeu um jovem identificado como Kaique Coutinho do Nascimento, que confessou ter assassinado, no dia 2 deste mês, o soldado Samuel Wesley Cosmo, das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), na Baixada Santista. A prisão ocorreu na tarde de ontem (14), em Uberlândia.

A Rota é o destacamento de elite da Polícia Militar de São Paulo.

Nesta quarta-feira, policiais militares mineiros localizaram Nascimento e outro homem, após receber denúncia sobre tráfico de drogas no bairro Gávea Sul, em Uberlândia. Nascimento tentou despistar os agentes apresentando nome falso, ao ser abordado.

Contudo, os agentes verificaram sua identidade e confirmaram que já havia um mandado de prisão contra ele, expedido pela Justiça de São Paulo. Na ocasião, foram apreendidos com Nascimento R$ 10 mil, cerca de 20 munições e entorpecentes e, por esse motivo, ele e o outro detido também deverão responder por narcotráfico.

A presença de agentes da Rota na Baixada Santista tem preocupado entidades de defesa dos direitos humanos, por conta da Operação Escudo, que foi deflagrada após o assassinato do policial Patrick Bastos Reis, também do batalhão, em meados de julho de 2023. A operação foi vista por diversas entidades como uma forma de retaliação institucionalizada e considerada abuso de autoridade por parte da polícia.

Oficialmente, justificou-se a existência e a manutenção da operação como uma solução para combater o tráfico de drogas na região. No entanto, a Defensoria Pública de São Paulo apurou que 90% das prisões em flagrante feitas no âmbito da operação, na primeira fase, não tiveram apreensão de armas e que, em 67% dos casos, não foram encontradas drogas.

SSP

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo  informou que a segunda etapa da Operação Escudo, que ganhou o nome de Verão e teve início no último dia 7, já soma 21 mortos pelos agentes. Segundo a secretaria, todos os homicídios ocorreram como resultado de confrontos entre as vítimas e os policiais.

A operação também conta com reforço do Comando de Operações Especiais (COE) e, até o momento, registra 620 prisões e 72 armas apreendidas.

Lula anuncia R$ 121,4 bilhões em investimentos do PAC em Minas Gerais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou, nesta quinta-feira (8), um balanço das ações do governo federal em Minas Gerais e anunciou novos investimentos, entre eles R$ 121,4 bilhões do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Desse total, R$ 36,7 bilhões são para obras exclusivas do estado e R$ 84,8 bilhões são de empreendimentos regionais que incluem Minas Gerais.

Além desses recursos, o estado será contemplado ainda com o PAC Seleções, que visa atender os projetos prioritários apresentados por prefeitos e governadores em áreas essenciais como saúde, educação, infraestrutura social e urbana e mobilidade. Na primeira etapa, estão previstos R$ 65,5 bilhões em investimentos em todo o país.

Durante evento, em Belo Horizonte, Lula destacou que a escolha das obras e ações são fruto do diálogo e da construção coletiva entre os gestores federais, estaduais e municipais.

“O que a gente vai anunciar não é um pensamento do governo federal é o resultado do compartilhamento de uma política pública civilizatória que nós resolvemos adotar no país porque o papel do presidente da República não é ficar preocupado a que partido pertence o governador, mas é ficar preocupado com o povo do estado que elegeu o seu governador,” disse.

Para o presidente, um dos problemas do país é a descontinuidade de obras de um governo para o outro. “Todo governante que entra, ele quer fazer a sua marca. E, se tiver uma obra importante feita por um outro governo, ele para sem nenhum pudor. Ele para e vai fazer a dele, porque ele quer a marca dele. A marca dele não é a melhoria da qualidade da vida do povo do estado, mas é o seu viaduto, a sua ponte, a sua estrada. O que é uma bobagem porque a gente mede a qualidade da obra de um estado pelo conjunto da obra que a gente faz”, destacou.

Evento contou com a participação do governador de Minas Gerais Foto: Ricardo Stuckert / PR

A apresentação contou com a presença do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, de diversos ministros de Estado e outras autoridades.

Entre os anúncios Novo PAC, estão ações nas áreas de energia, saúde, educação e rodovias. Como exemplo, estão a retomada das obras do Hospital Universitário de Juiz de Fora, o acordo de uso futuro do terreno do aeroporto Carlos Prates, na capital mineira, propostas de apoio a agricultores atingidos pela seca no norte do estado e a criação de oito institutos federais.

O mapa de obras no Novo PAC, por estado, está disponível na página da Casa Civil da Presidência, responsável pela coordenação do programa.

Avião cai em Minas Gerais e deixa sete mortos

Um avião de pequeno porte, de matrícula PS-MTG, caiu neste domingo (28), na zona rural de Itapeva, no sul de Minas Gerais. O Corpo de Bombeiros do estado informou que os militares encontraram sete mortos no local. O número foi confirmado por peritos da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).

“Os bombeiros militares de Minas Gerais encontraram em óbito as sete vítimas a bordo da aeronave. Os peritos da PCMG confirmaram esta quantidade e dão continuidade aos trabalhos no local”, informou a corporação.

Em vídeos de moradores, publicados nas redes sociais, é possível ver pedaços da aeronave espalhados pelo terreno onde houve o acidente. De acordo com o Núcleo de Atendimento à Imprensa do governo de Minas Gerais, o Corpo de Bombeiros recebeu o chamado da ocorrência por volta das 10h38 da manhã do domingo.

A nota do governo mineiro acrescentou que depois de localizada a aeronave, oito bombeiros militares começaram a atuar em um perímetro de aproximadamente 400 metros. O governo mineiro acrescentou que “a quantidade de pessoas a bordo deve ser confirmada pela empresa responsável pelo check-in da aeronave, que decolou do Aeroporto Estadual de Campos dos Amarais, em Campinas, São Paulo”.

Investigações

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) determinou a ida para o local de investigadores do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa III), localizados no Rio de Janeiro (RJ). A Seripa III é um órgão regional Cenipa.

“Na ação inicial são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e confirmação de dados, a preservação dos elementos da investigação, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias ao processo de investigação”, informou em nota a Força Aérea Brasileira (FAB).

De acordo com a FAB, “a conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes”.

O objetivo das investigações de ocorrências aeronáuticas por parte do Cenipa é evitar que ocorram novos acidentes com características semelhantes.

Anac

Também em nota, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) lamentou o acidente ocorrido e se solidarizou com amigos e familiares das vítimas. “A aeronave, matrícula PS-MTG, está em situação regular na ANAC e não tinha autorização para serviço de táxi-aéreo”, completou o órgão regulador.

 

Dengue e chikungunya levam Minas Gerais a decretar emergência

O governo de Minas Gerais declarou situação de emergência em saúde pública em razão do cenário epidemiológico de arboviroses no estado – sobretudo dengue e chikungunya. O decreto foi publicado neste sábado (27) no Diário Oficial de Minas Gerais.

De acordo com a publicação, até o momento, foram registrados 11.490 casos confirmados de dengue e 3.067 casos confirmados de chikungunya no estado apenas nas três primeiras semanas de 2024.

No caso específico da dengue, o texto destaca que há predominância de infecções pelo sorotipo 1, mas já há também detecção de casos do sorotipo 3, que não circulava de forma epidêmica no Brasil há mais de 15 anos.

A publicação autoriza o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, a tomar medidas administrativas para conter casos de arboviroses, incluindo a aquisição de insumos e materiais e a contratação de serviços necessários ao atendimento da situação emergencial.

O texto ainda instala o Centro de Operações de Emergências de Arboviroses, coordenado pela Secretaria de Saúde de Minas Gerais, para monitoramento e gestão da situação de emergência no estado.

O decreto vai vigorar pelo prazo de 180 dias.

Vacina

O Ministério da Saúde informou esta semana que 521 municípios brasileiros foram selecionados para iniciar a vacinação contra a dengue via Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro. As cidades compõem 37 regiões de saúde que são consideradas endêmicas para a doença.

As regiões selecionadas atendem a três critérios: são formadas por municípios de grande porte com mais de 100 mil habitantes; registram alta transmissão de dengue no período 2023-2024; e têm maior predominância do sorotipo DENV-2. Conforme a lista, 16 estados, incluindo Minas Gerais, e o Distrito Federal têm cidades que preenchem os requisitos. 

O Ministério da Saúde confirmou ainda que serão vacinadas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, uma das faixas etárias que concentram maior número de hospitalizações por dengue. Os números mostram que, de janeiro de 2019 a novembro de 2023, o grupo respondeu por 16,4 mil hospitalizações, atrás apenas dos idosos, grupo para o qual a vacina não foi autorizada.

Minas Gerais confirma segunda morte por dengue

A Secretaria de Saúde de Minas Gerais confirmou a segunda morte por dengue em 2024. De acordo com o painel de monitoramento da doença, o estado contabiliza 49.912 casos prováveis e 17.887 casos confirmados, além de 24 óbitos em investigação.

Os dados mostram ainda 229 casos de dengue grave ou com sinais de alarme. A taxa de letalidade pela doença no estado, atualmente, está em 0,44%. Os dois óbitos confirmados até o momento foram em pessoas com idade entre 70 e 79 anos.

Vacina

O Ministério da Saúde informou que 521 municípios brasileiros foram selecionados para iniciar a vacinação contra a dengue via Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro. As cidades compõem 37 regiões de saúde que são consideradas endêmicas para a doença. Ao todo, 22 municípios mineiros integram a lista.

As regiões selecionadas atendem a três critérios: são formadas por municípios de grande porte com mais de 100 mil habitantes; registram alta transmissão de dengue no período 2023-2024; e têm maior predominância do sorotipo DENV-2. Conforme a lista, 16 estados e o Distrito Federal têm cidades que preenchem os requisitos.

O ministério confirmou que serão vacinadas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, uma das faixas etárias que concentram maior número de hospitalizações por dengue. Os números mostram que, de janeiro de 2019 a novembro de 2023, o grupo respondeu por 16,4 mil hospitalizações, atrás apenas dos idosos, grupo para o qual a vacina não foi autorizada.