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Palestinos começam a retornar para uma Gaza devastada

Depois do início do cessar-fogo entre Israel e o Hamas e da libertação de três reféns israelenses, milhares de palestinos retornam para a Faixa de Gaza. Com barracas, a pé, em caminhões e mesmo em carroças puxadas por burros, os refugiados chegam especialmente às áreas do norte do território palestino, passando por áreas totalmente devastadas.

Os primeiros caminhões com ajuda humanitária entraram em Gaza poucos minutos após o início do cessar-fogo, afirmou um responsável da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Territórios Palestinianos na rede social X.

“Não esperávamos tanta destruição. Estávamos construindo nossa casa há 20 anos, e foi destruída em um momento”, disse um homem à AFP, em Rafah. A maioria dos civis na Faixa de Gaza ficou desalojada durante os 15 meses de bombardeio israelense com o objetivo de eliminar os militantes do Hamas que atacaram Israel em 7 de outubro de 2023.

A primeira trégua no conflito entre Israel e o Hamas começou neste domingo (19), três horas depois do previsto. O governo de Benjamin Netanyahu afirmou que só começaria o cessar-fogo após o grupo extremista entregasse uma lista com os nomes dos reféns que seriam libertados. Durante esse período, Israel fez um novo bombardeio, que deixou ao menos 17 mortos.

O Hamas atribuiu o atraso a problemas técnicos e divulgou uma lista com três mulheres civis, que foram libertadas por volta das 11h (horário de Brasília) de hoje. São elas: Romi Gonen, 24, Doron Streinbrecher, 31, e Emily Damari, 28, que tem dupla cidadania, israelense e britânica.

Agora, pelos termos do acordo, os israelenses devem soltar 90 prisioneiros palestinos, algumas crianças e mulheres. Um alto responsável do Hamas indicou neste domingo que a próxima libertação de reféns israelenses mantidos em cativeiro em Gaza vai decorrer “no próximo sábado”, em declarações à agência de notícias francesa, AFP, tendo pedido anonimato.

Desde o início do conflito, 46.788 pessoas morreram na Faixa de Gaza em 15 meses de guerra, segundo o Ministério da Saúde do território palestino. A guerra começou em 7 de outubro de 2023, após o Hamas lançar um ataque contra Israel que deixou mais de 1,2 mil mortos, além de 251 sequestrados como reféns.

Israel

Em Israel, centenas de israelenses se reuniram na Praça dos Reféns, em Tel Aviv. Alguns aplaudiam e outros choravam, enquanto uma tela gigante transmitia a primeira visão dos três primeiros reféns a serem libertados sob o acordo de cessar-fogo em Gaza.

O exército israelense compartilhou um vídeo mostrando suas famílias reunidas no que parecia ser uma instalação militar, chorando de emoção enquanto assistiam às imagens da entrega das reféns às forças israelenses em Gaza, antes de serem trazidas de volta a Israel.

“Seu retorno hoje representa um farol de luz na escuridão, um momento de esperança e triunfo do espírito humano”, disse o Fórum de Famílias de Reféns e Desaparecidos, um grupo que representa algumas famílias de reféns.

Olaf Scholz e Macron

O chanceler alemão, Olaf Scholz, e o presidente francês, Emmanuel Macron, apelaram hoje pelo cumprimento do acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas e para a coexistência pacífica entre o Estado palestino e o israelense.

Biden

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, saudou o cessar-fogo em Gaza, apontando que o acordo que propôs em maio se materializou e que deixa uma “região fundamentalmente transformada”.

Conselho Europeu

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, disse que é com “alívio” que vê os primeiros reféns israelenses serem libertados e defende que “a paz é o único caminho a seguir”.

Com informações das agências Reuters e Lusa

Papa pede que acordo de cessar-fogo em Gaza seja respeitado

O papa Francisco comemorou a interrupção dos combates na Faixa de Gaza, neste domingo (19), após o acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo Hamas entrar em vigor, interrompendo uma guerra de 15 meses que levou devastação e mudanças políticas profundas ao Oriente Médio.

Após a oração semanal do Angelus, Francisco também pediu às pessoas reunidas na Praça de São Pedro que rezassem pela reconciliação e esperava pela libertação de todos os reféns que o Hamas ainda mantém em Gaza em troca da libertação de centenas de palestinos detidos em prisões israelenses.

“Foi anunciado recentemente que o cessar-fogo em Gaza entrará em vigor hoje. Expresso minha gratidão a todos os mediadores. É um bom trabalho mediar, para que a paz seja alcançada”, expressou o pontífice.

O pontífice continuou: “Agradeço aos mediadores e a todas as partes envolvidas neste importante resultado. Espero que, quando for acordado, seja respeitado imediatamente pelas partes e que todos os reféns [israelenses] finalmente possam retornar para casa para abraçar seus entes queridos. Rezo muito por eles, por suas famílias.”

“Espero que a autoridade política de ambos os lados, com a ajuda da comunidade internacional, possa chegar à solução certa para os dois Estados. Espero que todos possam dizer sim ao diálogo, sim à reconciliação, sim à paz. E oramos por isso, pelo diálogo, reconciliação e paz”, completou Francisco.

O Hamas, que controla o território costeiro de Gaza, deu início à guerra atacando cidades no sul de Israel em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1,2 mil pessoas e fazendo cerca de 250 reféns.

O bombardeio de Gaza por Israel em retaliação ao Hamas matou quase 47 mil palestinos, conforme autoridades de saúde de Gaza. Isso inclui milhares de combatentes do Hamas e os principais líderes militares do grupo, mas o escritório de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) diz que a maioria das mortes que verificou são de mulheres e crianças.

*Com informações da Reuters e Vatican News

Com início de cessar-fogo, Hamas liberta primeiras reféns em Gaza

Palestinos saíram às ruas neste domingo (19) para celebrar e retornaram aos escombros de suas casas bombardeadas, enquanto a Cruz Vermelha foi resgatar os primeiros reféns libertados sob um acordo de cessar-fogo que interrompeu os conflitos na Faixa de Gaza.

As três reféns mantidas pelo Hamas foram entregues à Cruz Vermelha, segundo uma autoridade israelense. São elas: Romi Gonen, Emily Damari e Doron Steinbrecher. Agora Israel deve liberar 90 reféns palestinos em poder dos israelenses.

A trégua finalmente entrou em vigor após um atraso de três horas, durante o qual as forças israelenses bombardearam Gaza pelo ar em um ataque final, matando 13 pessoas, de acordo com autoridades de saúde palestinas.

Uma equipe do Comitê Internacional da Cruz Vermelha estava a caminho para receber do Hamas os primeiros reféns a serem libertados sob o acordo de cessar-fogo, disse um oficial envolvido na operação à Reuters.

“Sinto que finalmente encontrei água para beber depois de 15 meses perdido no deserto. Sinto-me viva novamente”, disse à Reuters, por meio de um aplicativo de bate-papo, Aya, uma mulher deslocada da Cidade de Gaza, que está abrigada em Deir Al-Balah, na região central da Faixa de Gaza, há mais de um ano.

No norte do território, onde ocorreram alguns dos mais intensos ataques aéreos israelenses e batalhas com os militantes, centenas de pessoas abriram caminho em uma paisagem devastada de escombros e metal retorcido.

Combatentes armados do Hamas dirigiram pela cidade de Khan Younis, no sul do país, com multidões aplaudindo e cantando, apesar de um atraso de quase três horas na implementação do acordo de cessar-fogo, após 15 meses de um conflito devastador.

Os policiais do Hamas, vestidos com uniformes azuis da polícia, se posicionaram em algumas áreas depois de meses tentando se manter fora de vista para evitar os ataques aéreos israelenses.

As pessoas que se reuniram para aplaudir os combatentes cantaram “Saudações às Brigadas Al-Qassam” – o braço armado do Hamas.

O acordo de cessar-fogo entrou em vigor após um atraso de quase três horas, interrompendo uma guerra que trouxe mudanças políticas ao Oriente Médio e dando esperança aos 2,3 milhões de habitantes de Gaza, muitos dos quais foram deslocados várias vezes.

O Serviço de Emergência Civil Palestino disse que os ataques militares israelenses mataram pelo menos 13 pessoas em todo o enclave com o atraso. Nenhum outro ataque foi relatado após a entrada em vigor do cessar-fogo, às 11h15 (6h15 no horário de Brasília).

“Agora estamos esperando o dia em que voltaremos para nossa casa na Cidade de Gaza”, disse Aya. “Com ou sem danos, não importa, o pesadelo da morte e da fome acabou.”

Caminhões de ajuda entram em Gaza

As ruas da destruída Cidade de Gaza, no norte do território, já estavam ocupadas por grupos de pessoas agitando a bandeira palestina e filmando as cenas com seus celulares. Várias carroças carregadas com pertences domésticos percorriam uma rua repleta de escombros e detritos.

Ahmed Abu Ayham, 40 anos, morador da Cidade de Gaza e abrigado com sua família em Khan Younis, disse que a cena de destruição em sua cidade natal era “terrível”, acrescentando que, embora o cessar-fogo possa ter poupado vidas, não era hora para comemorações. “Estamos sofrendo, sofrendo muito, e é hora de nos abraçarmos e chorarmos”, disse Abu Ayham pelo mesmo aplicativo.

O tão aguardado acordo de cessar-fogo pode ajudar a colocar um fim na guerra de Gaza, que começou depois que o Hamas, que controla o pequeno território costeiro, atacou Israel em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1,2 mil pessoas, de acordo com as autoridades israelenses.

A resposta de Israel reduziu grande parte de Gaza a escombros e matou cerca de 47 mil palestinos, de acordo com autoridades de saúde de Gaza.

Caminhões transportando combustível e suprimentos de ajuda fizeram fila nas passagens de fronteira nas horas que antecederam a entrada em vigor do cessar-fogo. O Programa Mundial de Alimentos disse que eles começaram a atravessar na manhã de domingo.

O acordo exige que 600 caminhões de ajuda sejam autorizados a entrar em Gaza todos os dias do cessar-fogo inicial de seis semanas, incluindo 50 que transportam combustível. Metade dos 600 caminhões de ajuda seria entregue no norte de Gaza, onde especialistas alertaram que a fome é iminente.

“A guerra acabou, mas a vida não será melhor por causa da destruição e das perdas que sofremos”, disse Aya. “Mas pelo menos não haverá mais derramamento de sangue de mulheres e crianças, eu espero.”

*Com informações das agências Reuters e Lusa.

Com início de cessar-fogo, Hamas liberta primeiras reféns em Gaza

Palestinos saíram às ruas neste domingo (19) para celebrar e retornaram aos escombros de suas casas bombardeadas, enquanto a Cruz Vermelha foi resgatar os primeiros reféns libertados sob um acordo de cessar-fogo que interrompeu os conflitos na Faixa de Gaza.

As três reféns mantidas pelo Hamas foram entregues à Cruz Vermelha, segundo uma autoridade israelense. São elas: Romi Gonen, Emily Damari e Doron Steinbrecher. Agora Israel deve liberar 90 reféns palestinos em poder dos israelenses.

A trégua finalmente entrou em vigor após um atraso de três horas, durante o qual as forças israelenses bombardearam Gaza pelo ar em um ataque final, matando 13 pessoas, de acordo com autoridades de saúde palestinas.

Uma equipe do Comitê Internacional da Cruz Vermelha estava a caminho para receber do Hamas os primeiros reféns a serem libertados sob o acordo de cessar-fogo, disse um oficial envolvido na operação à Reuters.

“Sinto que finalmente encontrei água para beber depois de 15 meses perdido no deserto. Sinto-me viva novamente”, disse à Reuters, por meio de um aplicativo de bate-papo, Aya, uma mulher deslocada da Cidade de Gaza, que está abrigada em Deir Al-Balah, na região central da Faixa de Gaza, há mais de um ano.

No norte do território, onde ocorreram alguns dos mais intensos ataques aéreos israelenses e batalhas com os militantes, centenas de pessoas abriram caminho em uma paisagem devastada de escombros e metal retorcido.

Combatentes armados do Hamas dirigiram pela cidade de Khan Younis, no sul do país, com multidões aplaudindo e cantando, apesar de um atraso de quase três horas na implementação do acordo de cessar-fogo, após 15 meses de um conflito devastador.

Os policiais do Hamas, vestidos com uniformes azuis da polícia, se posicionaram em algumas áreas depois de meses tentando se manter fora de vista para evitar os ataques aéreos israelenses.

As pessoas que se reuniram para aplaudir os combatentes cantaram “Saudações às Brigadas Al-Qassam” – o braço armado do Hamas.

O acordo de cessar-fogo entrou em vigor após um atraso de quase três horas, interrompendo uma guerra que trouxe mudanças políticas ao Oriente Médio e dando esperança aos 2,3 milhões de habitantes de Gaza, muitos dos quais foram deslocados várias vezes.

O Serviço de Emergência Civil Palestino disse que os ataques militares israelenses mataram pelo menos 13 pessoas em todo o enclave com o atraso. Nenhum outro ataque foi relatado após a entrada em vigor do cessar-fogo, às 11h15 (6h15 no horário de Brasília).

“Agora estamos esperando o dia em que voltaremos para nossa casa na Cidade de Gaza”, disse Aya. “Com ou sem danos, não importa, o pesadelo da morte e da fome acabou.”

Caminhões de ajuda entram em Gaza

As ruas da destruída Cidade de Gaza, no norte do território, já estavam ocupadas por grupos de pessoas agitando a bandeira palestina e filmando as cenas com seus celulares. Várias carroças carregadas com pertences domésticos percorriam uma rua repleta de escombros e detritos.

Ahmed Abu Ayham, 40 anos, morador da Cidade de Gaza e abrigado com sua família em Khan Younis, disse que a cena de destruição em sua cidade natal era “terrível”, acrescentando que, embora o cessar-fogo possa ter poupado vidas, não era hora para comemorações. “Estamos sofrendo, sofrendo muito, e é hora de nos abraçarmos e chorarmos”, disse Abu Ayham pelo mesmo aplicativo.

O tão aguardado acordo de cessar-fogo pode ajudar a colocar um fim na guerra de Gaza, que começou depois que o Hamas, que controla o pequeno território costeiro, atacou Israel em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1,2 mil pessoas, de acordo com as autoridades israelenses.

A resposta de Israel reduziu grande parte de Gaza a escombros e matou cerca de 47 mil palestinos, de acordo com autoridades de saúde de Gaza.

Caminhões transportando combustível e suprimentos de ajuda fizeram fila nas passagens de fronteira nas horas que antecederam a entrada em vigor do cessar-fogo. O Programa Mundial de Alimentos disse que eles começaram a atravessar na manhã de domingo.

O acordo exige que 600 caminhões de ajuda sejam autorizados a entrar em Gaza todos os dias do cessar-fogo inicial de seis semanas, incluindo 50 que transportam combustível. Metade dos 600 caminhões de ajuda seria entregue no norte de Gaza, onde especialistas alertaram que a fome é iminente.

“A guerra acabou, mas a vida não será melhor por causa da destruição e das perdas que sofremos”, disse Aya. “Mas pelo menos não haverá mais derramamento de sangue de mulheres e crianças, eu espero.”

*Com informações das agências Reuters e Lusa.

Gabinete de segurança de Israel aprova cessar-fogo na Faixa de Gaza

O gabinete de segurança do governo de Israel aprovou, nesta sexta-feira (17), o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. Porém, ainda é necessário que o conselho de ministros, que reúne todos os integrantes do governo, avaliem a proposta, o que deve ocorrer ainda hoje.

“Após uma avaliação de todos os aspectos diplomáticos, de segurança e humanitários, e embora entendendo que o acordo proposto apoia a consecução dos objetivos da guerra, o Gabinete de Segurança recomendou que o Governo aprove a estrutura proposta. O Governo se reunirá mais tarde hoje”, diz o comunicado do gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

O gabinete de segurança é uma estrutura mais enxuta, que reúne alguns ministros do governo de Israel ligados à área de segurança. Apesar do acordo não estar totalmente aprovado por Tel Aviv, as autoridades pediram que as famílias dos reféns se preparem para receber os prisioneiros que hoje estão sob o poder do Hamas.

O acordo avança apesar da oposição de parte do gabinete de Netanyahu. O ministro da Segurança Nacional, Itamar Bem-Gvir, que tem defendido a imigração de palestinos de Gaza, pediu que o acordo seja rejeitado pelo conselho de ministros.

“Apelo aos meus amigos do Likud e do Sionismo Religioso, não é tarde demais, estamos perante uma reunião governamental, este acordo pode ser interrompido, junte-se a mim, pode ser interrompido”, informou em uma rede social.

O acordo

O acordo determina uma fase inicial de seis semanas de trégua com a retirada gradual das forças israelenses de Gaza e a libertação de 33 reféns mantidos pelo Hamas em troca de palestinos presos por Israel.

A última fase do acordo prevê a discussão de um governo alternativo em Gaza e planos para reconstruir a região.

Após o anúncio do cessar-fogo por autoridades do Catar e dos Estados Unidos (EUA), que mediaram as negociações, Israel manteve os bombardeios contra Gaza e as autoridades locais estimam que mais de 100 pessoas morreram desde o anúncio da trégua.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram que, em 24 horas, realizaram ataques a 50 alvos na Faixa de Gaza ligados ao Hamas e à Jihad Islâmicas.

Desde o início dessa fase do conflito na Palestina, iniciado no dia 7 de outubro de 2023, mais de 46 mil moradores de Gaza foram assassinados, cerca de 70% deles de mulheres e crianças. Do lado israelense, ao menos 1,2 mil pessoas morreram no ataque do Hamas do dia 7 de outubro e outras 220 tornaram-se reféns.

Israel vota acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza nesta sexta-feira

Enquanto segue bombardeando a Faixa de Gaza, o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, informou que irá analisar o acordo de cessar-fogo nesta sexta-feira (17).

Em comunicado, o governo de Tel Aviv detalhou que o acordo deve ser submetido a duas votações: uma no gabinete de segurança, mais restrito; e outra do conselho de ministros, que engloba todo governo.

“O primeiro-ministro ordenou que o Gabinete de Segurança seja convocado mais tarde hoje [sexta-feira]. O Governo será convocado depois para aprovar o acordo”, diz o informe, acrescentando que Netanyahu “expressou seu apreço pela equipe de negociação e por todos aqueles que ajudaram”.

O governo israelense disse ainda que as famílias dos reféns foram informadas para coordenar os preparativos para receber as pessoas que hoje estão sob o poder do Hamas.

“O Estado de Israel está comprometido em atingir todos os objetivos da guerra, incluindo o retorno de todos os nossos reféns, os vivos e os mortos”, completou o comunicado do gabinete do governo.

Em um segundo comunicado, também publicado nesta sexta-feira (17), o governo informa que, enquanto aguarda a aprovação do acordo de cessar-fogo, “a libertação dos reféns será implementada de acordo com o cenário planejado, no qual se espera que os reféns sejam libertados no domingo [19]”.

O ministro da Segurança Pública, Itamar Bem-Gvir, informou que votará contra o acordo e deixará o governo se ele for aprovado.

“Adoro o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e garantirei que ele continue a ser primeiro-ministro, mas irei embora porque o acordo que foi assinado foi desastroso; liberta centenas de terroristas com sangue nas mãos”, informou em uma rede social.

O acordo

O acordo determina uma fase inicial de seis semanas de trégua com a retirada gradual das forças israelenses de Gaza e a libertação de 33 reféns mantidos pelo Hamas em troca de palestinos presos por Israel.

A última fase do acordo prevê a discussão de um governo alternativo em Gaza e planos para reconstruir a região.

Após o anúncio do cessar-fogo por autoridades do Catar e dos Estados Unidos (EUA), que mediaram as negociações, Israel manteve os bombardeios contra Gaza e as autoridades locais estimam que mais de 100 pessoas morreram desde o anúncio da trégua.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram que, em 24 horas, realizaram ataques a 50 alvos na Faixa de Gaza ligados ao Hamas e à Jihad Islâmicas.

 

Israel ataca local com refém na Faixa de Gaza, diz Hamas

As brigadas Al-Qassam informaram, nesta quinta-feira (16), que os bombardeiros de Israel após o anúncio de cessar-fogo atingiram um dos locais onde se encontra uma das reféns que devem ser libertadas na primeira fase do acordo.

“Após anunciar o acordo, o exército inimigo atacou o local onde estava uma das prisioneiras da primeira etapa do acordo esperado. Qualquer agressão e bombardeio nesta fase pelo inimigo pode transformar a liberdade de um prisioneiro em uma tragédia”, informou Abu Ubeida, porta-voz da organização militar.

Após o anúncio de cessar-fogo na Faixa de Gaza, pelo menos 71 palestinos foram assassinados e outros 200 ficaram feridos por causa dos bombardeios de Israel, segundo as autoridades locais.

Enquanto isso, o Hamas negou comunicado de Israel e reafirmou, nesta quinta-feira (16), que o grupo está comprometido com o acordo de cessar-fogo anunciado pelos mediadores, segundo Izzat al-Rishq, representante político da organização palestina.

O acordo do cessar-fogo foi colocado em xeque ontem pelo gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que alegou que o Hamas teria feito exigências de última hora. De acordo com a agência Associated Press, a votação do acordo prevista para hoje pelo governo de Israel teria sido suspensa por “crise de última hora” provocada pelo Hamas, segundo informou o gabinete de Netanyahu.

O anúncio do cessar-fogo pelas autoridades do Catar, país que participou como mediador ao lado do Egito e dos Estados Unidos, foi intensamente comemorado pela população de Gaza e por manifestante em Israel, que esperam ver de volta os reféns ainda mantidos em cativeiro.  

O acordo determina uma fase inicial de seis semanas de trégua com a retirada gradual das forças israelenses de Gaza e a libertação de 33 reféns mantidos pelo Hamas em troca de palestinos presos por Israel. A última fase do acordo prevê a discussão de um governo alternativo em Gaza e planos para reconstruir a região sem a participação do Hamas.

 

Israel mantém ataques à Gaza, e Hamas reafirma compromisso com acordo

Após o anúncio de cessar-fogo na Faixa de Gaza, pelo menos 71 palestinos foram assassinados e outros 200 ficaram feridos por causa dos bombardeios de Israel, segundo as autoridades locais.

Enquanto isso, o Hamas negou comunicado de Israel e reafirmou, nesta quinta-feira (16), que o grupo está comprometido com o acordo de cessar-fogo anunciado pelos mediadores, segundo Izzat al-Rishq, representante político da organização palestina.

O acordo do cessar-fogo foi colocado em xeque ontem pelo gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que alegou que o Hamas teria feito exigências de última hora. De acordo com a agência Associated Press, a votação do acordo prevista para hoje pelo governo de Israel teria sido suspensa por “crise de última hora” provocada pelo Hamas, segundo informou o gabinete de Netanyahu.

“O gabinete israelense não se reunirá até que os mediadores notifiquem Israel de que o Hamas aceitou todos os elementos do acordo”, informou o governo de Tel Aviv. 

Autoridades israelenses informaram à Reuters que o acordo não será oficial por parte de Israel até que ele seja votado pelo gabinete do primeiro-ministro. O governo israelense conta com a oposição de parte dos integrantes, que defendem a manutenção da guerra.

Em comunicado publicado nesta quinta, o primeiro-ministro de Israel informou que conversou por telefone com o atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e com o presidente eleito, Donald Trump, que assume no próximo dia 20. Segundo Benjamin, ele agradeceu a ajuda dos dois para libertação dos reféns e pelo “avanço no acordo dos reféns”, sem mencionar o cessar-fogo.

O anúncio do cessar-fogo pelas autoridades do Catar, país que participou como mediador ao lado do Egito e dos Estados Unidos, foi intensamente comemorado pela população de Gaza e por manifestante em Israel, que esperam ver de volta os reféns ainda mantidos em cativeiro.

O acordo determina uma fase inicial de seis semanas de trégua com a retirada gradual das forças israelenses de Gaza e a libertação de 33 reféns mantidos pelo Hamas em troca de palestinos presos por Israel. A última fase do acordo prevê a discussão de um governo alternativo em Gaza e planos para reconstruir a região sem a participação do Hamas.

*Com informações de agências internacionais

 

Lula celebra anúncio de cessar-fogo na Faixa de Gaza

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governo brasileiro celebraram o anúncio de um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, na Faixa de Gaza, para suspender um conflito militar que já matou mais de 46 mil palestinos, grande parte mulheres e crianças, além de 1,2 mil soldados israelenses, desde outubro de 2023. O pacto foi anunciado nesta quarta-feira (15) pelo primeiro-ministro do Catar, o xeique Tamim bin Hamad Al-Thani, e deve começara valer a partir de 19 de janeiro.

“Após tanto tempo de sofrimento e destruição, a notícia de que um cessar-fogo em Gaza foi finalmente negociado traz esperança. Que a interrupção dos conflitos e a libertação dos reféns ajudem a construir uma solução duradoura que traga paz e estabilidade a todo Oriente Médio”, escreveu o presidente em um postagem nas redes sociais.

O Palácio do Itamaraty, que representa o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, também emitiu um comunicado oficial saudando a suspensão da guerra, após mediação promovida pelos governos do Catar, do Egito e dos Estados Unidos.

“Se confirmado oficialmente pelas partes envolvidas, o acordo interrompe conflito que, em 15 meses, vitimou fatalmente mais de 46 mil palestinos, com grande proporção de mulheres e crianças, e mais de 1.200 israelenses, além de mais de 160 jornalistas e 265 funcionários das Nações Unidas. O conflito causou ainda o deslocamento forçado de centenas de milhares de pessoas e a destruição da infraestrutura do território palestino, incluindo hospitais e escolas, gerando danos indiretos incalculáveis para gerações atuais e futuras. O Brasil exorta as partes envolvidas a respeitarem os termos do acordo e a garantirem a cessação permanente das hostilidades, a libertação de todos os reféns e a entrada desimpedida de ajuda humanitária a Gaza, assim como a assegurarem as condições necessárias para o início do urgente processo de reconstrução de sua infraestrutura civil”, diz a nota.

O complexo acordo, negociado há meses, prevê um cessar-fogo inicial de seis semanas, a retirada gradual das forças israelenses do território palestino e a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas em troca de prisioneiros custodiados por Israel.

Ainda em nota, o governo brasileiro apelou pela retomada imediata do processo de paz entre israelenses e palestinos, com a solução de dois Estados, dentro das fronteiras de 1967, que inclui a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, pertencentes à Palestina, e Jerusalém Oriental como sua capital.

 

Hamas aceita proposta de cessar-fogo com Israel na Faixa de Gaza

O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) informou, nesta quarta-feira (15), que aceitou a proposta de cessar-fogo com Israel para suspender o conflito na Faixa de Gaza que dura mais de 15 meses e matou mais de 45 mil pessoas.

Em nota, o grupo palestino disse que entregou a resposta aos mediadores do Catar e do Egito após reunião de emergência para discutir o assunto.

“O movimento afirma que respondeu de forma responsável e positiva à proposta, guiado por seu compromisso com nosso povo firme na Faixa de Gaza para deter a agressão sionista e acabar com os massacres e a guerra genocida em andamento à qual estão sendo submetidos”, diz o comunicado do Hamas.

Em evento realizado nessa terça-feira (14) no Atlantic Council, nos Estados Unidos (EUA), o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que o acordo estava apenas dependendo da resposta do Hamas.

O acordo, ainda não anunciado oficialmente, determina uma fase inicial de seis semanas de cessar-fogo com a retirada gradual das forças israelenses de Gaza e a libertação de reféns mantidos pelo Hamas em troca de palestinos presos por Israel.

Em uma rede social, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o acordo foi resultado de sua eleição.

“[Meu governo continuará a] trabalhar em estreita colaboração com Israel e nossos Aliados para garantir que Gaza NUNCA mais se torne um refúgio seguro para terroristas. Continuaremos promovendo a PAZ ATRAVÉS DA FORÇA em toda a região, à medida que construímos o ímpeto deste cessar-fogo para expandir ainda mais os Acordos Históricos de Abraão”, escreveu Trump.

Os acordos de Abraão são os documentos firmados entre Israel e países árabes da região para normalizar as relações com Tel Aviv e que são apontados como um dos motivos que levaram o Hamas a atacar Israel no dia 7 de outubro de 2023, dando início à atual fase do conflito israel-palestino iniciado em 1948.

O cessar-fogo

Na primeira fase do cessar-fogo, alguns prisioneiros seriam liberados tanto do lado do Hamas quanto do lado de Israel, priorizando mulheres, crianças, homens acima dos 50 anos, feridos ou doentes. Na segunda fase, após 16 dias de cessar-fogo, seriam liberados os demais dos prisioneiros, todos homens e soldados.

A última fase do acordo prevê a discussão de um governo alternativo em Gaza e planos para reconstruir a região. De acordo com o secretário Blinken, que participou das negociações junto com representantes do Catar e Egito, os princípios do acordo consideram que o Hamas deve ficar de fora do novo poder em Gaza.

“Ninguém deve esperar que Israel aceite um Estado palestino que seja liderado pelo Hamas ou outros extremistas; que seja militarizado ou tenha milícia armada independente”, afirmou o secretário para assuntos externos do governo de Joe Biden.

Parte do governo de Israel vem pressionando para que o acordo não seja firmado. O ministro da Segurança Nacional do país, Itamar Bem-Gvir, disse que o acordo seria “terrível”.

“Apelo ao meu amigo, o Ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, para que se junte a mim numa cooperação total contra o terrível acordo que está a ser forjado e para que informemos juntos, de forma clara e decisiva, que, se o acordo for aprovado, nós nos retiraremos do governo juntos”, informou em uma rede social.