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29 de março de 2024
Há duas décadas, em 28 de março de 2004, o Brasil acordava com as notícias de um evento meteorológico sem precedentes: o Furacão Catarina. Esse fenômeno, que tocou terra no Sul do Brasil, deixou marcas profundas na memória dos brasileiros e continua sendo um marco singular na história climática do país.
O Furacão Catarina: Um Despertar para a Meteorologia Brasileira
Primeiro e Único: O Catarina foi o primeiro e único ciclone tropical documentado até hoje no Atlântico Sul. Sua intensidade ficou entre o limite superior da categoria 1 e o inferior da categoria 2 da escala Saffir-Simpson, com ventos sustentados em torno de 150 km/h e rajadas mais fortes.Desafio Científico: A formação do Catarina desafiou a teoria científica, que afirmava que furacões não poderiam se formar sobre o Atlântico Sul. Vários debates seguiram-se na Meteorologia brasileira para classificar o fenômeno. A conclusão, após ouvir especialistas do exterior, foi a óbvia: foi um furacão.
Vítimas e destruição
No total, o furacão Catarina deixou 11 mortos e pelo menos 78 pessoas feridas. Além disso, foram 33.165 desabrigados e desalojados. Milhões de catarinenses foram afetados pelo fenômeno.
Os prejuízos foram estimados em mais R$ 850 milhões. Na época, nenhum município do estado de Santa Catarina estava preparado para um evento desse tipo. 14 municípios decretaram Estado de Calamidade Pública e 7, Situação de Emergência.
Legado e Mudanças
O desastre de 2004 forçou mudanças significativas. Hoje, há maior conhecimento sobre ciclones tropicais no Brasil, melhor capacidade de modelagem numérica de previsão e ferramentas de monitoramento.
No entanto, ainda há lacunas. As boias de monitoramento na costa do Brasil são quase inexistentes, e o que ocorre em mar aberto antes de um ciclone tocar terra permanece um mistério.
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