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Dólar fecha a R$ 6 pela primeira vez na história

Em mais um dia de turbulência no mercado financeiro, o dólar atingiu a barreira de R$ 6 pela primeira vez na história, ainda sob reflexo do anúncio do pacote de corte de gastos e do aumento do limite de isenção do Imposto de Renda, detalhados pelo governo na quinta-feira (28). A bolsa de valores iniciou o dia em queda, mas reverteu o movimento e encerrou em alta de quase 1%.

O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (29) vendido a R$ 6,001, com alta de apenas 0,19%. A cotação começou o dia com tensão, chegando a R$ 6,11 na máxima do dia, por volta das 10h15, mas desacelerou após declarações do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Em valores nominais, esta é a maior cotação desde a criação do real. A divisa subiu 3,21% na semana e encerrou novembro com alta de 3,8%. O euro comercial encerrou o dia com alta de 0,41%, vendido a R$ 6,348. O Banco Central não interveio no câmbio.

No mercado de ações, o dia foi marcado pela recuperação. Após uma manhã turbulenta, o índice Ibovespa, da B3, fechou aos 125.668 pontos, com alta de 0,85%. Por volta das 11h30, o indicador chegou a cair 0,53%, mas reverteu o movimento e passou a subir durante a tarde.

Apesar do avanço desta sexta, a bolsa de valores perdeu 2,46% na semana, o pior desempenho semanal desde meados de setembro. Em novembro, o Ibovespa encolheu 2,9%.

O dólar zerou a alta após Rodrigo Pacheco condicionar a elevação da isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil à situação fiscal. Mais tarde, em evento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Haddad afirmou que o governo pode rever medidas do pacote fiscal enviado ao Congresso, caso seja necessário.

*Com informações da Reuters

Dólar fecha perto dos R$ 6 e bate novo recorde após anúncio de pacote

Após ultrapassar os R$ 6 pela primeira vez na história, o dólar à vista fechou pouco abaixo deste patamar no Brasil, a R$ 5,9891, refletindo nesta quinta-feira (28) a desconfiança do mercado em relação ao pacote fiscal anunciado pelo governo federal.

Apesar da forte pressão no mercado de câmbio pelo segundo dia consecutivo, o Banco Central novamente optou por não realizar leilões extras de moeda para acomodar as cotações — uma prática que tem se repetido nos últimos anos. Na quarta-feira (27), mesmo antes do anúncio oficial do pacote, a moeda norte-americana superou a barreira de R$ 5,90 diante da expectativa do mercado financeiro para as medidas econômicas.

O dólar à vista fechou o dia com forte alta de 1,30%, cotado a R$ 5,9910. Esta é a maior cotação nominal de fechamento da história, tendo superado o recorde da véspera. Em 2024, a divisa acumula elevação de 23,49%.

Às 17h27, o dólar para dezembro — o mais líquido atualmente no Brasil — subia 0,64%, aos R$ 5,9975.

Pacote fiscal 

Com o objetivo de adequar a explosão de gastos públicos nos próximos anos e dar sobrevida ao arcabouço fiscal em vigor desde o ano passado, o governo anunciou, na noite de quarta-feira (27), um pacote de corte de gastos obrigatórios. Estimada, segundo a equipe econômica, em R$ 70 bilhões em dois anos (R$ 30 bilhões em 2025 e R$ 40 bilhões em 2026), a economia de recursos foi detalhada na manhã desta quinta-feira (28) pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad; do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet; e da Casa Civil, Rui Costa.

Entre os principais pontos da proposta de contenção de gastos estão a redução a médio prazo do abono salarial e um teto no reajuste do salário mínimo. Para distribuir o impacto dos cortes aos mais ricos, o governo propõe acabar com brechas que burlam o teto dos supersalários no serviço público e reformar a previdência dos militares.

O pacote também prevê a limitação na concessão de benefícios fiscais enquanto as contas do governo estiverem deficitárias e um teto no crescimento das emendas parlamentares. 

O governo anunciou ainda isenção dos Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. As mudanças no IR, informou o governo, terão impacto zero nas contas públicas e antecipam a segunda fase da reforma tributária, que trata da cobrança de Imposto de Renda. 

Mais cedo, durante a entrevista de detalhamento do pacote fiscal, o ministro Fernando Haddad disse que o mercado financeiro tem errado nas projeções e precisa fazer uma “releitura”.

“Não é que errou pouco. O mercado chutou 1,5% de crescimento [do Produto Interno Bruto, PIB], e estamos com quase 3,5% de crescimento”, destacou o ministro, ao citar projeções do início do ano. Haddad também disse que o mercado estimava um rombo das contas públicas de 0,8% do PIB, enquanto que o governo espera registrar um déficit de 0,25% do PIB no ano.

“O mercado também tem de fazer uma releitura do que o governo está fazendo. Nem em crescimento e em déficit o mercado acertou”, acrescentou. 

* Com informações da Reuters

Dólar fecha na maior cotação do Plano Real na espera por cortes

As expectativas em relação ao pacote de corte de gastos provocaram um dia de nervosismo para o mercado financeiro. O dólar superou a barreira de R$ 5,90 e fechou na maior cotação do Plano Real. A Bolsa de Valores caiu mais de 1,5% e ficou abaixo dos 128 mil pontos.

O dólar comercial encerrou esta terça-feira (27) vendido a R$ 5,912, com alta de R$ 0,106 (+1,8%). A cotação passou a manhã relativamente estável, mas começou a disparar à tarde, após notícias de que o pacote de corte de gastos incluirá a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Na máxima do dia, por volta de 16h, a moeda norte-americana alcançou R$ 5,92.

Com o desempenho de hoje, o dólar acumula alta de 2,27% em novembro. Em 2024, a valorização chega a 21,8%.

No mercado de ações, o dia também foi tenso. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 127.668,61 pontos, com queda de 1,73%. O indicador chegou a registrar leve alta durante a manhã, mas desabou após a divulgação de notícias sobre o pacote fiscal.

Durante a tarde, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que a proposta tratará da tabela do Imposto de Renda, mas não entrou em detalhes. Em contrapartida, confirmou que o pacote proporá a cobrança de um imposto sobre grandes fortunas e a limitação de supersalários no serviço público.

Às 20h30, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentará as medidas em pronunciamento em cadeia de rádio e televisão. Nesta quinta-feira (28), o Ministério da Fazenda dará uma entrevista coletiva para explicar os detalhes do pacote de corte de gastos obrigatórios.

* Com informações da Reuters

Trilha de Letras fecha temporada com programa sobre a Távola Redonda

A última edição inédita da temporada do programa Trilha de Letras, produção literária da TV Brasil, recebe nesta quarta-feira (27) o medievalista franco-italiano Emanuele Arioli para uma entrevista exclusiva com a apresentadora Eliana Alves Cruz. Arioli, que descobriu uma lenda perdida sobre os cavaleiros da Távola Redonda, fala sobre sua pesquisa para reunir manuscritos sobre a história de Segurant, um bravo cavaleiro medieval da época do Rei Artur. No programa, o escritor lê um trecho da obra.

O conteúdo fica disponível em formato podcast nas plataformas digitais. O papo ainda pode ser acompanhado no App TV Brasil Play e no canal do YouTube da emissora pública. Gravado na BiblioMaison, o programa também tem transmissão na Rádio MEC no mesmo dia, mais tarde, às 23h30.

Na entrevista, Emanuele Arioli faz a reconstituição da saga de Segurant, personagem enfeitiçado por duas bruxas na trama. O cavaleiro parte em busca de um dragão que, na verdade, só existe na imaginação dele. “A originalidade do romance é ter inventado uma busca impossível já que o dragão de Segurant não tem corpo, é puro espírito. O cavaleiro não pode pegar o dragão que, então, foge. É uma metáfora da vida”, sugere o medievalista.

O pesquisador lançou o resultado desse trabalho no Brasil em três formatos: o romance Segurant, o cavaleiro do dragão, a história em quadrinhos (HQ) infantojuvenil com o mesmo título e a versão em graphic novel publicada como O cavaleiro do dragão.

No quadro Dando a Letra, espaço do Trilha de Letras com sugestões de leitura, o booktuber Leandro Nogueira indica a HQ Talco de Vidro, obra com roteiro e desenho de Marcello Quintanilha. Com uma trama envolvente, o thriller psicológico aborda uma crise existencial que se torna obsessão. A história revela o cotidiano infeliz de uma dentista bem-sucedida. Ela vive ressentida pela inveja do sorriso da prima humilde que esbanja alegria na fisionomia.

Antecipando Dom Quixote

Emanuele Arioli ressalta o pioneirismo da obra sobre Segurant. “O romance antecipa Dom Quixote porque três séculos antes do clássico temos um personagem que segue seres imaginários. Dom Quixote é a história de um nobre que se imagina cavaleiro porque lê muitos romances. É um livro sobre o poder da literatura. Fala-se que é o primeiro romance moderno”, enfatiza na entrevista a Eliana Alves Cruz.

Segundo o convidado, esse tipo de publicação influenciou sagas como Senhor dos Anéis e Harry Potter, grandes sucessos das últimas décadas, com diversas sequências. “Os autores de hoje da literatura se inspiram muito nas lendas medievais. Se pensarmos em Tolkien e J. K. Rowling, por exemplo, eles estudaram essa literatura medieval. É uma fonte importante”, afirma.

Durante a produção, Emanuele Arioli também indica o por quê desses conteúdos ganharem tantos fãs. “Acho que hoje essas lendas nos fascinam porque precisamos encantar o mundo contemporâneo. Precisamos de magia. Na Idade Média, encontramos esses temas que nos levam longe, num mundo de fantasia, distante do mundo real. Isso explica o sucesso que têm essas séries”, diz o escritor.

Decifrando manuscritos

Arioli conta que levou dez anos para encontrar as informações sobre essa lenda perdida do ciclo arturiano. A procura de mais textos que completassem o quebra-cabeça sobre quem era Segurant fez o entrevistado percorrer várias bibliotecas da Europa, decifrando manuscritos.

“Quando abrimos um manuscrito da Idade Média não sabemos muito bem o que vamos encontrar. Geralmente são cópias de cópias de cópias. Num mesmo manuscrito podem ter várias histórias”, destaca Arioli, que revela uma curiosidade sobre os documentos. “Não havia só as profecias de Merlim, uma obra já conhecida, mas também a lenda de Segurant, um cavaleiro desconhecido da história do Rei Artur. A trajetória desse valoroso guerreiro que vai à corte participar de um torneio para se converter no melhor cavaleiro do mundo. E o manuscrito para no meio de uma frase…”, recorda.

O escritor comenta o processo de apuração minuciosa para completar a odisseia. “Comecei a pesquisa na Europa e, por dez anos, procurei as partes que faltavam dessa lenda. Viajei por vários países e consegui juntar 28 manuscritos com trechos. Nenhum é completo, mas, juntando as partes, consegui resgatar esse romance desconhecido do século 13”, finaliza.

Sobre o programa 

O Trilha de Letras busca debater os temas mais atuais discutidos pela sociedade por meio da literatura. A cada edição, o programa recebe um convidado diferente. A atração foi idealizada em 2016 pela jornalista Emília Ferraz, atual diretora da produção, e entrou no ar em abril de 2017. Nesta temporada, os episódios foram gravados na BiblioMaison, biblioteca do Consulado da França no Rio de Janeiro 

A TV Brasil já realizou três temporadas do programa e recebeu mais de 200 autores nacionais e estrangeiros. As duas primeiras temporadas foram apresentadas pelo escritor Raphael Montes. A terceira, por Katy Navarro, jornalista da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A jornalista, escritora e roteirista Eliana Alves Cruz assume a quarta temporada, que também ganha uma versão na Rádio MEC. 

A produção exibida pelo canal público às quartas, às 23h, tem janela alternativa na telinha na madrugada, às 4h30. Na programação da Rádio MEC, o conteúdo também é apresentado às quartas, mais tarde, na faixa de 23h30.

Ao vivo e on demand   

Acompanhe a programação da TV Brasil pelo canal aberto, TV por assinatura e parabólica. Sintonize: https://tvbrasil.ebc.com.br/comosintonizar.   

Seus programas favoritos estão no TV Brasil Play, pelo site http://tvbrasilplay.com.br ou por aplicativo no smartphone. O aplicativo pode ser baixado gratuitamente e está disponível para Android e iOS. Assista também pela WebTV: https://tvbrasil.ebc.com.br/webtv.   

COP29 fecha acordo climático e chefe da ONU critica resultado

Os participantes da 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP29) fecharam um acordo de US$ 300 bilhões por ano que os países ricos deverão doar a países em desenvolvimento, até 2035, para combate e mitigação da crise do clima. O anúncio foi feito na manhã deste domingo (24) em Baku, no Azerbaijão, onde ocorreu o encontro.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou que “esperava um resultado mais ambicioso”, pediu que o acordo seja “honrado integralmente e dentro do prazo” e que os compromissos “se traduzam rapidamente em recursos financeiros”. Ainda assim, para ele, o documento final representa a base para manter vivo o objetivo de limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C.

As nações mais vulneráveis às mudanças do clima chamaram o acordo de “ofensa”, alegando que ele não forneceu o volume necessário de recursos. Inicialmente, a proposta era de US$ 250 bilhões por ano e os países em desenvolvimento defendiam meta de US$ 1,3 trilhão anuais para financiar as ações. O novo acordo substituirá os US$ 100 bilhões anuais previstos para o período 2020-2025.

O texto final da COP29 destaca a urgência de aumentar as ambições e as ações nesta “década crítica” e reconhece que há um “fosso” entre os fluxos de financiamento climático e as necessidades, especialmente para adaptação nos países em desenvolvimento. O entendimento é de que são necessários de US$ 5,1 a 6,8 trilhões, até 2030, sendo US$ 455–584 bilhões por ano para o novo acordo.

“[A conferência] reitera a importância de reformar a arquitetura financeira multilateral e sublinha a necessidade de remover barreiras e abordar os fatores desfavoráveis ​​enfrentados pelos países em desenvolvimento no financiamento da ação climática, incluindo elevados custos de capital, espaço fiscal limitado, níveis de dívida insustentáveis, elevados custos de transação e condicionalidades para acesso aos recursos para o clima”, diz o acordo.

Para Guterres, o ano de 2024 foi “brutal”, marcado por temperaturas recordes e desastres climáticos, enquanto as emissões de gases de efeito estufa continuam aumentando. Ele destacou que os países em desenvolvimento, “sufocados por dívidas, devastados por desastres e deixados para trás na revolução das energias renováveis, estão em necessidade desesperada por recursos financeiros”.

Mercado de carbono

Os países também concordaram com as regras para um mercado global de carbono apoiado pela ONU. Esse mecanismo facilitará o comércio de créditos de carbono, incentivando os países a reduzir as emissões e investir em projetos ecologicamente sustentáveis.

Guterres afirmou que a negociação sobre o mercado de carbono foi “complexa, em um cenário geopolítico incerto e dividido”. Ele elogiou o esforço para construir consenso, que considerou como uma demonstração de que o multilateralismo pode “encontrar um caminho mesmo nas questões mais difíceis”.

Para o secretário-geral da ONU, o fim da era dos combustíveis fósseis é uma “inevitabilidade econômica”. Ele afirmou que as novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC, na sigla em inglês), que são os planos climáticos de cada país, devem acelerar essa mudança e garantir que ela ocorra com justiça.

O Brasil foi o segundo país a apresentar a terceira geração da NDC que define a redução de emissões de gases de efeito estufa de 59% até 67%, em 2035. O documento entregue reassume a meta de neutralidade climática até 2050.

Além de reunir um resumo de políticas públicas que se somam para viabilizar as metas propostas na NDC, o documento também detalha, por setor da economia brasileira, as ações que vêm sendo implementadas no país para que as emissões de gases do efeito estufa sejam mitigadas.

A próxima conferência sobre mudanças climáticas (COP30) será realizada no Brasil, em novembro de 2025, em Belém (PA).

*Com informações da ONU News

Arrecadação federal em outubro fecha com maior resultado em 30 anos

A arrecadação federal total cresceu 9,77% em outubro na comparação com o mesmo mês do ano passado, informou nesta quinta-feira (21) a Receita Federal. No mês, a arrecadação foi de R$ 247,92 bilhões, enquanto em outubro do ano passado somou R$ 225,9 bilhões, descontada a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). É o maior resultado já registrado para meses de outubro desde o início da série histórica, em 1995, ou seja, em 30 anos.

No período acumulado de janeiro a outubro, a arrecadação alcançou R$ 2,217 trilhões, representando um acréscimo de 9,69%, descontado o IPCA. Em relação às Receitas Administradas pela Receita Federal, o valor arrecadado, no mês de outubro, foi de R$ 225,23 bilhões, representando um acréscimo real de 9,93%. No período acumulado de janeiro a outubro, a arrecadação alcançou R$ 2,1 trilhões, registrando acréscimo real de 9,70%.

De acordo com a Receita, o resultado da arrecadação pode ser explicado, principalmente, “pelo comportamento das variáveis macroeconômicas, pelo retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis, pela tributação dos fundos exclusivos e pela atualização de bens e direitos no exterior”.

Sem considerar os pagamentos atípicos, haveria um crescimento real de 7,40% na arrecadação do período acumulado e de 8,87% na arrecadação do mês de outubro.

Em relação ao PIS/Pasep e a Cofins houve uma arrecadação conjunta de R$ 47,19 bilhões, representando crescimento real de 20,25%.

Segundo o órgão, esse desempenho é explicado pela combinação dos aumentos reais de 3,89% no volume de vendas e de 4,02% no volume de serviços de setembro de 2023 a setembro deste ano, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia a Estatística (IBGE), e pelo acréscimo da arrecadação relativa ao setor de combustíveis, pelo aumento no volume de importações e pelo desempenho positivo das atividades financeiras.

No período de janeiro a outubro, o PIS/Pasep e a Cofins apresentaram um crescimento real de 19,39%, totalizando uma arrecadação de R$ 444,7 bilhões. Esse resultado decorre, principalmente, do aumento real de 3,95% no volume de vendas e de 2,5% no volume de serviços entre dezembro de 2023 e setembro deste ano, em relação ao período compreendido entre dezembro de 2022 e setembro de 2023.

Também influenciou no resultado, o aumento no volume de importações e de alterações na legislação, com destaque para a retomada da tributação sobre os combustíveis, cuja base se encontrava desonerada no ano anterior, e para a exclusão do ICMS da base de cálculo dos créditos dessas contribuições.

Os dados mostram que o Imposto sobre Importação e o Imposto sobre Produtos Industrializados Vinculado à Importação apresentaram uma arrecadação conjunta de R$ 11,12 bilhões, representando crescimento real de 58,12%.

O aumento expressivo é resultado dos aumentos reais de 22,21% no valor em dólar sobre o volume das importações, de 11,04% na taxa média de câmbio, de 30,35% na alíquota média efetiva do Imposto sobre Importação e de 8,23% na alíquota média efetiva do IPI-Vinculado.

De janeiro a outubro, a arrecadação conjunta dos tributos foi de R$ 87,5 bilhões, representando crescimento real de 28,97%. Esse resultado também decorreu dos aumentos reais de 9,40% no valor em dólar sobre o volume das importações, de 5,41% na taxa média de câmbio, de 20,06% na alíquota média efetiva do Imposto sobre Importação e de 8,84% na alíquota média efetiva do IPI-Vinculado.

Já no que diz respeito à Receita Previdenciária, outubro apresentou uma arrecadação de R$ 54.2 bilhões, o que representa um crescimento real de 6,25%.

“Esse resultado se deve ao crescimento real de 6,86% da massa salarial, de 9,79% na arrecadação do Simples Nacional Previdenciário e de 10,86% no montante das compensações tributárias com débitos de receita previdenciária, no comparativo de outubro deste ano em relação ao mesmo mês do ano anterior”, disse a Receita.

No período de janeiro a outubro, a Receita Previdenciária totalizou uma arrecadação de R$ 539.6 bilhões, com crescimento real de 5,77%. O resultado se deve ao crescimento real de 7,20% da massa salarial e de 12,77% no montante das compensações tributárias com débitos de receita previdenciária, no período de janeiro a outubro de 2024, em relação ao mesmo período do ano anterior.

A arrecadação do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (IRPF) apresentou, no período de janeiro a outubro, um aumento real de 16,85%, em função da atualização de bens e direitos no exterior, que somou R$ 7,7 bilhões. No período, a Receita arrecadou R$ 62,16 bilhões.

Em outubro, a Receita informou que a arrecadação do IRPF foi de R$ 4,9 bilhões, crescimento de 6,71%, resultante, principalmente, do aumento real de 6,93% na arrecadação relativa às quotas-declaração e de 17,46% na arrecadação proveniente do carnê-leão.

O Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) apresentaram, em outubro, um crescimento de 4,29%, somando uma arrecadação conjunta de R$ 57,349 bilhões.

O desempenho pode ser explicado pelos acréscimos reais de 9,15% na arrecadação do balanço trimestral, de 8,8% no lucro presumido e de 22,06% na arrecadação do item Lançamento de ofício, depósitos e acréscimos legais.

No período de janeiro a outubro, a arrecadação do IRPJ foi de R$ 284,3 bilhões e da CSLL foi de R$ 151,5 bilhões, o que representa aumentos de 0,49% e de 3,42%, respectivamente.

Ouça na Radioagência Nacional:

 

Dólar sobe para R$ 5,87 e fecha no maior nível em quatro anos

Em mais um dia de turbulência no mercado doméstico e no externo, o dólar aproximou-se de R$ 5,90 e fechou no maior nível desde o início da pandemia de covid-19. A bolsa de valores caiu pela quarta vez consecutiva e ficou abaixo de 130 mil pontos.

O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (1º) vendido a R$ 5,87, com alta de R$ 0,106 (+1,53%). A cotação iniciou o dia em baixa, caindo para R$ 5,76 pouco antes das 10h, mas disparou após a abertura do mercado norte-americano, até fechar próxima da máxima do dia.

A moeda norte-americana está no maior nível desde 13 de maio de 2020, quando tinha fechado em R$ 5,90. Com o desempenho de hoje, o dólar acumula alta de 6,13% desde o fim de setembro. Em 2024, a divisa sobe 20,95%.

O dia também foi turbulento no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 128.121 pontos, com recuo de 1,23%. O indicador está no menor patamar desde 7 de agosto.

Tanto fatores domésticos como internacionais contribuíram para o mal-estar do mercado nesta sexta-feira. No cenário doméstico, o dólar e a bolsa foram pressionados pela viagem do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à Europa na próxima semana, o que adiará o pacote de revisão de gastos obrigatórios. Os investidores consideram urgente o envio das medidas ao Congresso.

No mercado externo, o dia começou com alívio, após a divulgação de que a economia norte-americana criou apenas 12 mil empregos no mês passado, abaixo da previsão de 100 mil postos. Em tese, isso estimularia uma redução maior de juros nos Estados Unidos, mas a queda nas vagas deveu-se a greves nos portos e a dois furacões que atingiram o país em outubro, sem relação com o aquecimento econômico norte-americano.

O desempenho do mercado de trabalho norte-americano manteve as chances de o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) cortar os juros em apenas 0,25 ponto na próxima semana. Além disso, as tensões eleitorais nos Estados Unidos voltaram a pressionar o mercado financeiro em todo o planeta. Além do real, o dólar subiu perante os pesos chileno, mexicano e colombiano. No caso do México, a moeda norte-americana atingiu o maior valor desde 2022.

*Com informações da Reuters

Dólar fecha no maior valor desde março de 2021 após fala de Haddad

Em dia de turbulências no mercado interno e externo, o dólar superou a barreira de R$ 5,75 e fechou no maior valor desde março de 2021. A bolsa de valores chegou a abrir em alta, mas caiu até fechar próxima da mínima do dia.

O dólar comercial encerrou esta terça-feira (29) vendido a R$ 5,756, com alta de R$ 0,053 (+0,92%). A cotação chegou a cair durante a manhã, chegando a R$ 5,69 por volta das 11h30, mas disparou durante a tarde e intensificou a alta perto do fim do dia, após declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, até fechar próxima da máxima.

A moeda norte-americana está no maior nível desde 30 de março de 2021. A divisa acumula alta de 5,75% em outubro e de 18,61% em 2024.

No mercado de ações, o dia também foi marcado pela volatilidade. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 130.730 pontos, com queda de 0,37%. O indicador chegou a abrir em alta, mas inverteu o movimento e passou a cair ainda durante a manhã.

Tanto fatores domésticos como internacionais influenciaram o mercado financeiro. No mercado global, as moedas latino-americanas tiveram forte depreciação por causa das tensões eleitorais nos Estados Unidos. Caso o candidato republicano Donald Trump vença, uma nova rodada de aumento de tarifas comerciais fortalecerá o dólar em todo o planeta. Além do real, o peso chileno e o peso colombiano registraram desvalorização expressiva nesta terça.

No mercado doméstico, os investidores receberam mal declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que o pacote de corte de gastos ainda não tem números fechados nem data de divulgação. Apesar de Haddad ter dito que se reuniria com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva somente na quarta-feira, o encontro foi antecipado para a noite desta terça no Palácio da Alvorada.

Dólar ultrapassa R$ 5,70 e fecha no maior valor em quase três meses

Em um dia de turbulências no mercado internacional, o dólar ultrapassou a barreira de R$ 5,70 e fechou no maior valor desde o início de agosto. Após subir na quinta-feira (24), a bolsa de valores voltou a cair e ficou abaixo dos 130 mil pontos.

O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (25) vendido a R$ 5,705, com alta de R$ 0,042 (0,74%). A moeda chegou a operar perto da estabilidade no fim da manhã, mas disparou durante a tarde, após a divulgação de mais uma pesquisa que mostra empate entre os candidatos à presidência dos Estados Unidos Kamala Harris e Donald Trump. Na máxima do dia, por volta das 14h45, a cotação chegou a R$ 5,71.

Esse é o maior nível da moeda norte-americana desde 5 de agosto, quando o dólar fechou em R$ 5,74. A divisa acumula alta de 4,74% em outubro e sobe 17,56% este ano.

Bolsa

O mercado de ações teve um dia de volatilidade. Após alternar altas e baixas ao longo do dia, o índice Ibovespa, da B3, fechou aos 129.893 pontos, com queda de 0,13%. O recuo só não foi maior porque as ações de petroleiras subiram, impulsionadas pela recuperação no petróleo no mercado internacional, e porque as ações da mineradora Vale subiram 3,4% após a divulgação do balanço do terceiro trimestre e o fechamento do acordo para compensar as vítimas da tragédia de Mariana (MG).

Numa sexta-feira sem notícias relevantes no mercado interno, dois fatores pressionaram o dólar. O primeiro foi o empate em várias pesquisas entre Harris e Trump a 11 dias das eleições presidenciais americanas. Os investidores internacionais receiam que, em caso de vitória do candidato republicano, uma nova rodada de elevação de tarifas comerciais faça o dólar subir em todo o planeta.

O segundo fator foi a divulgação de dados econômicos que mostram o aquecimento da economia norte-americana. Caso a maior economia do planeta cresça mais que o esperado, o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) poderá atrasar a queda dos juros básicos, o que estimula a migração de capitais para títulos do Tesouro norte-americano, considerados os investimentos mais seguros do planeta.

* Com informações da Reuters

Dólar sobe para R$ 5,61 e fecha no maior valor em um mês

Em um dia de tensão no mercado financeiro, o dólar superou a barreira de R$ 5,60 e fechou no maior valor em um mês. A bolsa de valores reverteu a alta da quinta-feira (10) e acumula recuo de mais de 1% na semana.

O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (11) vendido a R$ 5,615, com alta de R$ 0,027 (+0,5%). A cotação chegou a iniciar em baixa, mas passou a subir após uma entrevista em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a possibilidade de elevar a faixa de isenção do Imposto de Renda para além de R$ 5 mil em troca da taxação dos super-ricos.

Na máxima do dia, por volta das 10h55, a moeda norte-americana chegou a R$ 5,65. A divisa está na maior cotação desde 12 de setembro. Na semana, o dólar acumula alta de 0,36%.

No mercado de ações, o dia também foi tenso. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 129.992 pontos, com recuo de 0,28%. O indicador chegou a cair 0,78% pouco antes das 11h, mas o ritmo de queda diminuiu porque as ações de mineradores subiram com a expectativa de anúncios de estímulos econômicos pelo governo chinês, grande consumidor de metais brasileiros. Na semana, o Ibovespa caiu 1,37%.

Tanto o dólar como a bolsa foram na contramão do mercado financeiro internacional. O dólar caiu perante as principais moedas de países emergentes, e a bolsa norte-americana subiu, após a divulgação de que a inflação ao produtor nos Estados Unidos ficou estável em setembro, abaixo do previsto.

No entanto, as declarações do presidente Lula sobre a tabela de isenção do Imposto de Renda foram mal recebidas. Embora o presidente tenha dito que a elevação da faixa de isenção seria bancada com a taxação de super-ricos, em linha com o que ocorre em diversos países, os investidores manifestaram desconfiança da capacidade de o Congresso aprovar um aumento de tributos para fornecer recursos para cumprir a promessa de campanha do governo.

*Com informações da Reuters