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Ministra Cármen Lúcia e TV Brasil são alvos de notícias falsas

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), e a TV Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), foram alvos da ação fraudulenta de criadores e propagadores de informações falsas (Fake News).

Trechos de uma entrevista que a ministra concedeu ao programa Trilha de Letras, que a emissora pública exibiu no dia 11 de setembro, foram modificados e divulgados na rede mundial de computadores na forma de um texto que tenta convencer os leitores de que Cármen recomendou que as pessoas invistam em criptomoedas, por meio de uma determinada empresa.

Originalmente, a ministra, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), conversou com a apresentadora Eliana Alves sobre literatura e sua paixão pelos livros. Já segundo o texto fraudulento, publicado em um site que simula um portal de notícias jornalísticas, Cármen teria revelado seus segredos de investimentos financeiros, recomendando o uso da plataforma Immediate Luminary.

Ainda segundo o texto fraudulento, a “revelação involuntária” da ministra “despertou uma onda de reações entre os espectadores” e, em razão do teor de suas declarações, a ministra estaria sendo processada pelo “Banco Nacional do Brasil” [sic]. O texto é praticamente o mesmo que, há algum tempo, atribuiu as mesmas declarações ao ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa, e que ainda pode ser encontrado na internet, associado à mesma Immediate Luminary.

A Agência Brasil não identificou qualquer registro oficial da plataforma, mas, no site Reclame Aqui, há queixas registradas por pessoas que afirmam ter investido com a empresa após ler sobre ela na internet.

Em nota, a EBC afirma que o programa Trilha de Letras e a ministra foram alvos de uma notícia falsa que “distorce os fatos” e segue circulando na internet. “A EBC repudia veementemente o episódio e trabalha para combater a desinformação em todos os seus veículos”, afirma a empresa pública, reforçando que, ao participar da programação da TV Brasil, “Cármen Lúcia mostrou o seu lado escritora e apresentou o seu livro Direitos De Para Todos, além de sua relação com a literatura e outros escritores”, não fazendo qualquer menção a criptomoedas, conforme a íntegra da entrevista, disponível na internet, comprova.

A apresentadora Eliana Alves disse que ela e a equipe do programa e da EBC ficaram espantados ao tomarem conhecimento da Fake News envolvendo a participação da ministra no Trilha de Letras. “Sabemos que estas coisas estão disseminadas na sociedade, todo o tipo de desinformação, mentira e falsidade, mas é sempre chocante quando vemos nossos nomes envolvidos em coisas tão baixas. O diálogo [forjado] jamais aconteceu e jamais aconteceria. A forma de apresentação [do texto], inclusive, é muito mal feita. [Mesmo assim], há uma parcela da população que tende a acreditar e a disseminar este tipo de conteúdo”, declarou Eliana, defendendo que a desinformação deve ser combatida com informação de qualidade.

“Jamais estabeleceríamos um diálogo desses, que não tem nenhum cabimento. E, inclusive, a notícia é um tanto quanto copiada de uma outra, muito semelhante, que [envolveu] aconteceu com o ministro [da Fazenda] Fernando Haddad. Ou seja, quem tem um pouquinho de acuidade, de cuidado, e olha, vê que é uma replicação muito tosca”, concluiu a apresentadora.

Justiça proíbe divulgação de informações falsas sobre mamografia

O Tribunal de Justiça do Pará proibiu, em decisão liminar nesta sexta-feira (1º), proibiu que a médica Lana Almeida mantenha publicações nas redes sociais com informações falsas sobre câncer de mama. A ação foi movida pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR).  

A decisão exige a retirada imediata da publicação feita nas redes sociais da médica e a proíbe de fazer qualquer publicação futura que anuncie método alternativo de tratamento para a doença ou que conteste a eficácia comprovada da mamografia como método de rastreio e diagnóstico precoce do câncer de mama. O descumprimento da determinação vai gerar multa diária de R$ 1.500.

Na semana passada, a médica divulgou um vídeo em suas redes dizendo que câncer de mama não existe e sugerindo tratamentos alternativos com hormônios. “Esqueça outubro rosa, câncer de mama não existe. A mamografia causa inflamação das mamas”, disse, identificando-se como médica integrativa e mastologista.

Na decisão, a 9ª Vara Cível e Empresarial de Belém argumenta que a médica veiculou tratamentos não comprovados e sem a qualificação necessária em publicidade enganosa ou abusiva, bem como da descredibilização de métodos científicos reconhecidos para o tratamento do câncer de mama

“O perigo de dano está comprovado pela indevida conduta da ré, ao promover descredibilização dos métodos científicos de diagnóstico e tratamento do câncer de mama, bem como na indevida divulgação de método de tratamento, desenvolvido por profissional não médico, sem qualquer comprovação científica e, principalmente, no imenso e irresponsável risco à saúde da população, o qual, em concreto, pode ser irreversível”, afirma o juiz na  decisão. 

O CBR ressalta que a mamografia é um método reconhecido cientificamente por sua segurança e eficácia. “Não há evidências que atribua à realização de um exame desse tipo ser fator de risco para o surgimento de câncer na mama ou qualquer outro órgão ou parte do corpo humano e nem a causa de inflamações ou outros transtornos de saúde para as mulheres”, diz a entidade em nota, lembrando que o acesso da mulher ao exame de mamografia pode salvar vidas.

Segundo a entidade, a mamografia é um dos exames mais eficazes para detectar o câncer de mama em fase inicial, sendo capaz de identificar lesões suspeitas antes mesmo de serem palpáveis. Quando o tumor é identificado precocemente, a cura pode chegar a 98% dos casos. 

A Agência Brasil não conseguiu contato com a defesa da médica Lana Almeida.

Brasileiros querem punição severa a candidato que usa notícias falsas

A 16ª edição da pesquisa Observatório Febraban, realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), entre os dias 4 e 10 de julho com 3 mil pessoas nas cinco regiões do país, revelou que 88% dos brasileiros são favoráveis à punição dos candidatos que usam ou se beneficiam de notícias falsas durante as eleições. A punição mais defendida, para 52% das pessoas ouvidas, é a impugnação da candidatura; 14% defendem multa em dinheiro; 12% defendem suspensão da campanha eleitoral por um período; 10% consideram que a propaganda eleitoral deve ser suspensa por completo e 3% indicaram apenas uma repreensão pública. Segundo a pesquisa, as notícias falsas ou Fake News são um dos temas que mais chamam atenção no período eleitoral e 73% da população quer punições severas a quem se aproveitar dessa prática. 

A pesquisa, inédita, procurou investigar o pensamento dos brasileiros sobre o grau de envolvimento nas campanhas eleitorais que vão começar dentro duas semanas praticamente. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dia 16 de agosto será dada a largada da propaganda eleitoral geral. Até lá, qualquer publicidade ou manifestação com pedido explícito de voto é passível de multa. Nessa data, 16 de agosto, também é o último dia para os tribunais regionais eleitorais listarem as emissoras que transmitirão a propaganda eleitoral gratuita de candidatas e candidatos de municípios onde não há emissoras de rádio e TV.  A exibição da propaganda no horário eleitoral gratuito em rádio e TV vai de 30 de agosto a 3 de outubro. A contagem é feita considerando-se os 35 dias anteriores à antevéspera do 1º turno, e em municípios onde haverá 2º turno, a propaganda em rádio e TV ocorrerá de 11 a 25 de outubro.

Considerando o início das campanhas, a pesquisa apontou que o desempenho das candidatas e candidatos na campanha eleitoral e nos debates chega a 17% na escolha dos eleitores. Para 43% dos entrevistados, as propostas apresentadas são determinantes na hora do voto e para 29% a experiência administrativa conta de maneira favorável aos eleitores. Para 29% dos pesquisados, a decisão de voto vai acontecer na reta final da campanha, depois do último debate. Para 9%, isso acontecerá no dia da eleição.

Fake News

A pesquisa apontou que mais da metade da população, ou seja, 59%, já recebeu algum tipo de Fake News e 30% responderam que já se sentiram prejudicados por notícias falsas, enquanto que 25% declararam já ter bloqueado uma pessoa ou ter sido bloqueado em grupos do WhatsApp por causa de conflitos, brigas e discussões relacionados aos candidatos nas últimas eleições. Para também 59% dos entrevistados que vivenciaram bloqueios ou saída de grupos do WhatsApp por discussões políticas acham que isso se repetirá neste ano.

Na semana passada, foi lançada uma cartilha que traz orientações para as pessoas detectarem as notícias falsas das verdadeiras. A cartilha pode ser acessada aqui e, a partir dela, os internautas podem identificar facilmente boatos, Fake News e assim evitar desinformação, fraudes e manipulação de opiniões, muito comum em período de campanha eleitoral.

Eleições de Outubro

A maioria da população considera importante votar para prefeito e vereador nas eleições de outubro. Segundo a pesquisa, 68% da população tem muito interesse; 33% tem interesse. Para 93% da população, a escolha do prefeito é considerada importante e para 79% a eleição dos vereadores, os futuros componentes das Câmaras Municipais, deve ser levada à sério.   A escolha dos vereadores é muito importante para 36% dos entrevistas e importante para 43% deles.

Importância da eleição

As eleições majoritárias, para presidente, são consideradas mais importantes para 39% dos brasileiros; 20% para a escolha de prefeitos e 7% para a escolha de governadores. Para 17% da população, não há diferença entre as eleições nas três esferas, a federal, a estadual e a municipal.

Eleição na rotina

Para 63% dos entrevistados, as eleições municipais são consideradas como parte da rotina das pessoas- Antonio Augusto/Ascom/TSE

Para 63% dos entrevistados, as eleições municipais podem ser consideradas como parte da rotina das pessoas, onde 34% disseram que o tema está muito presente nos ambientes de convívio social; 29% responderam que o tema é citado com relativa frequência e 35% afirmam que “ainda não se fala quase nada” sobre eleição e sobre os candidatos.

Mídias

A pesquisa identificou que a televisão (37%) e as redes sociais (30%) seguem isoladas como os meios mais utilizados para se informar sobre as eleições. Em seguida, as conversas com amigos, parentes, portais, blogs e sites de notícias na internet aparecem com 10% como os meios usados para saber novidades das eleições. Nos números agregados da pesquisa, os meios digitais lideram com 43%; o rádio com 4%, WhatsApp com 3% e jornal impresso com 2%.

A hora da escolha

A pesquisa também identificou as fontes de informação consideradas “mais importantes” para ajudar os eleitores escolherem de maneira correta as candidatas e os candidatos às prefeituras municipais. Para 22% dos entrevistados, assistir aos debates entre os candidatos na televisão é relevante para definir as escolhas; 16% consideram importante acompanhar as informações dos candidatos nas mídias sociais; 14% disseram que é importante acompanhar as notícias no rádio, televisão e jornais. Para 11% dos entrevistados, é importante as conversas com amigos e a família para definir o voto e para apenas 1% é importante receber orientações da igreja, do padre, do pastor ou outro guia espiritual.  Para 5% dos entrevistados é importante ouvir os candidatos nos eventos de rua e 4% disseram que é importante acompanhar as notícias dos candidatos pelo WhatsApp.

Quem fica e quem sai

De acordo com as entrevistas realizadas, as pessoas se dividem quando o assunto diz respeito à continuidade ou mudança nas administrações municipais. 33% das pessoas ouvidas disseram preferir votar em um candidato que dê continuidade à forma como a cidade está sendo gerida; 31% disseram que optariam por um candidato “que mude um pouco a forma de administrar, mantendo algumas coisas e mudando outras e 30% responderam que desejam uma candidata ou candidato que “mude totalmente a forma de administrar o município”. Para 39% dos entrevistados há preferência de votar naquela candidata ou naquele candidato “que tenha experiência política, mas que ainda não foi prefeita ou prefeito; 24% darão preferência a nomes “novos na política” e 25% votaria em quem já foi prefeito ou prefeita.

Religião e o voto

A pesquisa indicou que 36% das pessoas consideram a religião como fator importante na escolha dos candidatos e para 43% dos evangélicos ou protestantes a religião do candidato é importante, enquanto que para os católicos o percentual é 31%. Entre os evangélicos e protestantes, 28% preferem votar num candidato que seja da mesma religião, e esse percentual cai para 16% entre os católicos.

Problemas

Para 55% dos entrevistados, a saúde pública é a área que deveria ser prioridade para os futuros prefeitos e prefeitas. Em segundo lugar, com 10% das respostas, está o núcleo emprego, renda e educação. Para 9% das pessoas ouvidas, a segurança pública deve ser prioridade. Com 3% das respostas, a prioridade deveria focar no trânsito, no transporte público e combate à corrupção.

Justiça do RS determina retirada de notícias falsas do Facebook

A juíza do plantão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), Fernanda Ajnhorn, determinou que a empresa Meta Plataforms, que gere o Facebook, exclua, em 24 horas, as publicações com conteúdo de desinformação que questionam a atuação do estado em ações de socorro às vítimas da tragédia climática que atinge os municípios gaúchos. A ordem atende a uma ação civil pública impetrada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS).

Na mesma decisão, a magistrada determinou que autor das notícias falsas “não poderá reiterar as afirmações, sob pena de aplicação de multa no valor de R$ 100 mil”.

Segundo o MPRS, sem provas, ele noticiou nos seus perfis nas redes sociais, de grande alcance do público e com milhões de seguidores, que o governador do estado do Rio Grande do Sul e a Brigada Militar “estariam obstando que barcos e jet skis, de propriedade privada, realizassem salvamentos e resgates na região de Canoas, por suposta ausência de habilitação dos condutores destes meios de locomoção”.

Na decisão liminar tomada na quinta-feira (9), a juíza levou em consideração a calamidade pública decretada no Rio Grande do Sul, causada pelas fortes chuvas que têm castigado o estado nas últimas semanas. Ela considerou ainda os inúmeros prejuízos provocados pelos alagamentos, que deixam o povo gaúcho em uma situação de vulnerabilidade.

“A disseminação de informações inverídicas, sem embasamento na realidade sobre a atuação estatal, atrapalha o delicado trabalho de socorro, gerando incerteza e insegurança à população, com potencial de desestimular a ajuda da sociedade civil”, apontou a magistrada em nota publicada no site do MPRS.

A Agência Brasil solicitou uma declaração da Meta Plataforms, mas não recebeu retorno até a publicação desta matéria.

Operação investiga influenciadores suspeitos por falsas rifas no Rio

A Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou uma operação nesta quarta-feira (17) contra influenciadores digitais suspeitos de fazer rifas ilegais e manipular resultados. A ação foi desencadeada por agentes da Delegacia do Consumidor (Decon).

Cinco pessoas são alvo da ação. Entre os suspeitos, estão os influenciadores Chefin, Gui Polêmico e Almeida do Grau. Todos têm milhares de seguidores em redes sociais. A confirmação dos nomes foi obtida pela Agência Brasil com a Decon.

Segundo as investigações, os alvos utilizavam artifícios fraudulentos para manipular os sorteios e controlar os resultados, garantindo lucros milionários, que são usados na compra de veículos de luxo e mansões.

As buscas foram realizadas em endereços dos investigados em bairros nobres do Rio de Janeiro e em Niterói, São Gonçalo e Magé, municípios da região metropolitana. De acordo com a Polícia Civil, “a ação tem como objetivo identificar outros integrantes do grupo criminoso e coletar provas de outros delitos, como lavagem de dinheiro”. Os policiais aprenderam maços de dinheiro, relógios e joias.

Ostentação

No Instagram, o perfil Gui Polêmico tem 4,6 milhões de seguidores. A página oferece links para prêmios e sorteios. Almeida do Grau também usa a rede social para divulgar informações sobre sorteios. Em uma publicação na manhã desta quarta-feira, ele diz que “está tudo bem” e “já já vai prestar uma declaração”. Ele compartilhou ainda o endereço de um perfil que mostra sorteios de alguns bens e afirmou que “todos os nossos prêmios foram entregues”.

Os perfis de Almeida do Grau e Gui Polêmico têm publicações que ostentam carros de luxo. Um deles com o capô coberto por notas de R$ 100. Também é possível encontrar postagem de pessoas reclamando que “compraram cotas que não aparecem”. “Eles nem respondem”, complementa outro usuário.

Em um vídeo, Gui anuncia a rifa de uma BMW X1, avaliada em R$ 300 mil, por R$ 0,10. Outro post anuncia uma rifa de R$ 0,02 para um prêmio de R$ 50 mil. A mesma publicação tem uma resposta de uma pessoa que se sentiu enganada. “Eu ganhei o bilhete premiado e até hoje não entraram em contato comigo”, se queixa.

Os investigados respondem pelos crimes de jogo de azar, crime contra a economia popular e associação criminosa. A Agência Brasil fez contato com os três influenciadores e aguarda posicionamento.

Presidente do Peru diz que os relógios Rolex foram emprestados e as joias eram falsas

Dina Boluarte

7 de abril de 2024

 

A presidente peruana, Dina Boluarte, negou esta sexta-feira ser proprietária dos Rolexes e das joias de luxo que lhe foram atribuídas, após cinco horas de interrogatório na Procuradoria-Geral da República de Lima, numa investigação que inclui também a origem de centenas de milhares de dólares nas suas contas bancárias. que desencadeou uma nova crise política.

A presidente admitiu ter um relógio, mostrando-o no pulso com as características da marca cara em entrevista coletiva; “que disseram o quarto Rolex, que possuo, que comprei há mais de dois anos em Davos”, segundo a Reuters.

Boluarte compareceu à sede do Ministério Público, convocado pelo procurador-geral Juan Villena, para prestar depoimento a respeito do caso de joias caras em seu poder, incluindo três relógios Rolex, que desencadeou um escândalo em meio a críticas da oposição e à demissão de alguns ministros.

“Devo admitir que foi um erro ter aceitado estes relógios emprestados pelo meu amigo Wilfredo Oscorima, meu irmão, talvez no espírito de querer representar bem o meu país”, disse Boluarte numa breve conferência no Palácio. .do Governo, onde também mencionou que já os tinha devolvido.

O carro presidencial com vidros escuros e sua escolta partiram sem parar. O prédio da promotoria, localizado no centro histórico de Lima, estava cercado por bares, tropa de choque e jornalistas.

Um homem carregava uma placa com a frase “Insurgência Popular” enquanto uma mulher repetia com uma buzina “Dina mata o povo te repudia, Dina uma ladra o povo te repudia”. Pouco depois, o carro da presidente entrou cercado por sua comitiva de policiais armados. Outro grupo em defesa de Boluarte carregava uma placa com a legenda “Dina resiste”.

O Ministério Público disse no início de um comunicado que o procurador-geral Juan Villena era o encarregado de receber as declarações do presidente. Villena comentou na terça-feira perante uma comissão do Congresso que esperava que Boluarte pudesse oferecer “os meios de prova necessários”.

Outro grupo de manifestantes que protestava contra Boluarte dirigiu-se ao palácio presidencial, a poucos quarteirões da Procuradoria-Geral da República, gritando “saiam todos”, mas foram detidos pela tropa de choque que os afastou da área lançando bombas de gás lacrimogêneo.

Na véspera, o primeiro-ministro Gustavo Adrianzén disse esperar que com as declarações do presidente acabe o que ele descreveu como uma “novela”. “Presumo que depois desta explicação não resta mais nada ao Ministério Público senão encerrar esta investigação”, acrescentou.

Boluarte está sob investigação preliminar depois que o programa de notícias “La Encerrona” revisou milhares de fotos de suas atividades e informou em meados de março que o presidente havia usado pelo menos 15 relógios, incluindo um Rolex avaliado em cerca de US$ 14 mil no Peru, que não havia sido usado. foi declarada como é a obrigação entre os funcionários.

A informação chamou a atenção de outros meios de comunicação, que vasculharam fotos e vídeos da presidente e encontraram pelo menos outros dois Rolexes junto com joias de ouro, além de milhares de dólares em suas contas bancárias.

A Procuradoria-Geral da República afirma que as jóias e relógios de luxo podem totalizar mais de 500 mil dólares, enquanto as suas contas contêm mais de 400 mil dólares cuja origem deve ser esclarecida.

O presidente sobreviveu a dois pedidos legislativos de impeachment na quinta-feira por “incapacidade moral permanente” impulsionados por grupos de esquerda. As moções não alcançaram os 48 votos necessários para avançar para um debate que teria exposto ainda mais Boluarte, que até agora não explicou a origem dos seus relógios, jóias e dinheiro.

Fonte
 

Indianos atraídos por ofertas de emprego falsas enfrentam perigos no exército russo

9 de março de 2024

 

Quando Mohammed Asfan, 30 anos, deixou sua casa em Hyderabad em novembro passado, ele disse à sua família que iria para a Rússia trabalhar como “ajudante do exército” e ganhar muito mais do que ganhava como vendedor em uma loja de roupas no país. cidade do sul da Índia.

Atraído por um vídeo no YouTube publicado por uma agência de recrutamento com sede no Dubai que prometia um salário elevado e residência permanente na Rússia após seis meses, Asfan pensou ter encontrado uma forma de garantir o futuro da sua família. A agência de recrutamento garantiu-lhe que não seria enviado para a linha da frente da guerra contra a Ucrânia.

Mas no final de Dezembro, ele disse à sua família, por telefone, da cidade russa de Rostov-on-Don, que tinha sido forçado a submeter-se a semanas de treino militar e que estava a ser enviado para a linha da frente.

Na última quarta-feira, a família de Asfan foi notificada de que ele estava morto.

“Quando falou connosco em Dezembro, disse que o seu passaporte lhe tinha sido retirado e que ele tinha sido enviado à força para a linha da frente na Ucrânia. Desde então, durante mais de dois meses não recebemos nenhuma ligação ou notícia dele”, disse Mohammed Imran, irmão de Afsan, a repórteres em Hyderabad esta semana.

“Outro jovem indiano que se juntou ao exército russo, mas depois conseguiu escapar, informou-nos há algumas semanas que Asfan tinha sido ferido por uma bala. Então, de repente, recebemos a notícia devastadora.”

Mohammed Imran disse que seu irmão nunca teria ido para a Rússia se soubesse que seria obrigado a lutar. Baba Vlogs, a agência de recrutamento”, enganou meu irmão. É responsável pela morte do meu irmão”, disse ele.

Afsan foi o segundo cidadão indiano cuja morte foi confirmada enquanto servia no exército russo.

Hamil Mangukiya, 23 anos, do estado de Gujarat, no oeste da Índia, foi morto em 21 de fevereiro na região de Donetsk, na Ucrânia, confirmou sua família. Mangukiya viajou para a Rússia depois de receber uma oferta de emprego como guarda de segurança, mas foi levado para a linha de frente e forçado a participar da guerra, informou sua família.

Parentes apelaram ao governo da Índia nas últimas duas semanas em nome de algumas das dezenas de homens indianos que foram induzidos a lutar pelo exército russo e querem voltar para casa. As estimativas do número de índios apanhados na guerra contra a sua vontade chegam a 100.

 

TSE multa Bolsonaro em R$ 15 mil por notícias falsas contra Lula 

O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nesta quinta-feira (8), por 5 a 2, multar o ex-presidente Jair Bolsonaro em R$ 15 mil por ter disseminado notícias falsas contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a campanha eleitoral de 2022, quando ambos disputavam a Presidência. 

O caso diz respeito a publicações de Bolsonaro em redes sociais que associavam Lula e seu partido, o PT, à organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). O TSE já tinha determinado a remoção das publicações ainda durante a campanha, e reiterou, agora, a determinação. 

O julgamento sobre o mérito da questão havia começado em novembro do ano passado, quando o então relator, ministro Benedito Gonçalves, havia votado pela multa de R$ 15 mil. As análises foram interrompidas na ocasião por pedido de vista do ministro Raul Araújo. 

Nesta quinta, com a retomada do julgamento, o relator foi seguido pelos ministros Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes. Os ministros Ramos Tavares e Maria Cláudia Bucchianeri, que não integram mais o TSE, também já havia votado a favor da multa. 

Araújo e o ministro Nunes Marques votaram em sentido contrário, por considerar que não houve violação às normas de propaganda eleitoral e que as publicações estavam dentro dos limites da campanha.