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“Estou firme e forte”, diz Lula, ao divulgar vídeo após deixar UTI

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva agradeceu, nesta sexta-feira (13), as “orações e palavras de conforto” que recebeu nos últimos dias em razão do tratamento de saúde a que vem sendo submetido. Lula divulgou vídeo nas redes sociais em que aparece caminhando ao lado do neurocirurgião Marcos Stavale, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

“Janjinha [a primeira-dama, Janja Lula da Silva] me repassou todos os recados. Peço que fiquem tranquilos. Estou firme e forte! Andando pelos corredores […], conversando bastante, me alimentando bem e, em breve, pronto para voltar para casa e seguir trabalhando e cuidando de cada família brasileira”, escreveu Lula.

A previsão de alta está mantida para o início da semana que vem. A equipe médica, comandada pelo médico pessoal de Lula, Roberto Kalil, afirma que o exame neurológico do presidente está normal. A recomendação é de “repouso relativo” nas próximas semanas.

“2025 está chegando e temos muitos encontros pelo Brasil e pelo mundo. Obrigado pelo carinho de vocês e por toda a dedicação da equipe médica. O amor que recebo me mantém sempre pronto para seguir!”, completou o presidente na mensagem nas redes sociais.

Acidente doméstico

No dia 19 de outubro, Lula sofreu uma queda no banheiro da residência oficial, bateu com a cabeça e precisou levar cinco pontos na região da nuca. Desde então, ele fez diversos exames de imagem que mostraram uma pequena hemorragia intracraniana, estava sendo monitorado, mas não havia passado por nenhuma intervenção.

Na noite da última segunda-feira (9), ele sentiu dores de cabeça e, depois de exames feitos no Sírio-Libanês em Brasília, foi transferido para a unidade do hospital em São Paulo, onde foi submetido a uma cirurgia de emergência (chamada trepanação) para drenar o hematoma, na terça-feira (10). Na manhã desta quinta-feira (12), ele também passou por um procedimento endovascular (embolização da artéria meníngea média) para reduzir o risco de se formar novo hematoma, na região entre o osso do crânio e o cérebro.

Lula já deixou a UTI e segue internado em cuidados semi-intensivos.

Filme “Ainda estou Aqui”  é indicado ao Globo de Ouro

Dirigido por Walter Salles, o longa Ainda estou Aqui  foi indicado ao prêmio Globo de Ouro de filme de língua estrangeira. A atriz Fernanda Torres também foi indicada a melhor atriz junto com Tilda Swinton, Kate Winslet, Angelina Jolie e Nicole Kidman.

Ainda estou Aqui narra a vida da família Paiva – a mãe, Eunice, e os cinco filhos – após o desaparecimento do marido de Eunice, o deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar.

O longa  é o filme escolhido pela Academia Brasileira de Cinema para ser o representante brasileiro a concorrer à indicação ao Oscar 2025. O filme foi recebido com comoção pelas plateias e premiado em vários festivais internacionais, levando o prêmio de melhor roteiro no festival de Veneza.

O filme é baseado no livro biográfico do jornalista Marcelo Rubens Paiva, filho caçula de Eunice e Rubens Paiva. Lançado em 2015, o livro conta a história da mãe dele, símbolo da luta contra a ditadura, que viveu até 2018, e morreu aos 86 anos, com Alzheimer.

Eunice Paiva criou os cinco filhos e se tornou advogada de direitos humanos e indígenas após a prisão e o desaparecimento do marido, em 1971, durante a ditadura, no Rio de Janeiro.

“Estou vivo”, diz Lula sobre tentativa de golpe

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou, nesta quinta-feira (21), os planos para seu assassinato, em 2022, em tentativa de golpe de Estado elaborado por militares. “Eu tenho que agradecer, agora, muito mais porque eu estou vivo. A tentativa de me envenenar, eu e o [vice-presidente, Geraldo] Alckmin, não deu certo, nós estamos aqui”, disse.

Lula discursou, no Palácio do Planalto, durante cerimônia para apresentação de revisão de contratos de concessão de rodovias e atração de investimentos privados em infraestrutura de transporte. “É esse país, companheiros, sem perseguição, sem o estímulo do ódio, sem o estímulo da desavença que a gente precisa construir”, disse.

“E eu não quero envenenar ninguém, eu não quero nem perseguir ninguém. A única coisa que eu quero é, quando terminar o meu mandato, que a gente desmoralize com números aqueles que governaram antes de nós. Eu quero medir com números quem fez mais escola, quem cuidou dos mais dos pobres, quem fez mais estradas, mais pontes, quem pagou mais salário mínimo nesse país, é isso que eu quero medir porque é isso que conta no resultado da governança”, acrescentou o presidente.

Golpe

Na última terça-feira (19), a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação para desarticular organização criminosa responsável por planejar um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Lula após o pleito de 2022. O plano que incluía o assassinato de Lula e do vice-presidente Alckmin foi impresso no Palácio do Planalto, em novembro daquele ano.

O documento golpista previa o envenenamento, o uso de explosivos e armamento pesado para “neutralizar” Lula, Alckmin e o ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Um dos presos na Operação Contragolpe, da PF, afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro deu aval para um plano golpista até 31 de dezembro de 2022.

A investigação apontou ainda que um “gabinete de crise” seria instalado após assassinatos. A PF identificou que um núcleo de militares, formado após as eleições presidenciais de 2022, utilizou-se de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas.

“Estou vivo”, diz Lula sobre plano de assassinato

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou, nesta quinta-feira (21), os planos para seu assassinato, em 2022, em tentativa de golpe de Estado elaborado por militares. “Eu tenho que agradecer, agora, muito mais porque eu estou vivo. A tentativa de me envenenar, eu e o [vice-presidente, Geraldo] Alckmin, não deu certo, nós estamos aqui”, disse.

Lula discursou, no Palácio do Planalto, durante cerimônia para apresentação de revisão de contratos de concessão de rodovias e atração de investimentos privados em infraestrutura de transporte. “É esse país, companheiros, sem perseguição, sem o estímulo do ódio, sem o estímulo da desavença que a gente precisa construir”, disse.

“E eu não quero envenenar ninguém, eu não quero nem perseguir ninguém. A única coisa que eu quero é, quando terminar o meu mandato, que a gente desmoralize com números aqueles que governaram antes de nós. Eu quero medir com números quem fez mais escola, quem cuidou dos mais dos pobres, quem fez mais estradas, mais pontes, quem pagou mais salário mínimo nesse país, é isso que eu quero medir porque é isso que conta no resultado da governança”, acrescentou o presidente.

Golpe

Na última terça-feira (19), a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação para desarticular organização criminosa responsável por planejar um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Lula após o pleito de 2022. O plano que incluía o assassinato de Lula e do vice-presidente Alckmin foi impresso no Palácio do Planalto, em novembro daquele ano.

O documento golpista previa o envenenamento, o uso de explosivos e armamento pesado para “neutralizar” Lula, Alckmin e o ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Um dos presos na Operação Contragolpe, da PF, afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro deu aval para um plano golpista até 31 de dezembro de 2022.

A investigação apontou ainda que um “gabinete de crise” seria instalado após assassinatos. A PF identificou que um núcleo de militares, formado após as eleições presidenciais de 2022, utilizou-se de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas.

Ainda Estou Aqui: Fernanda Torres é premiada pelo Critics Choice Award

A atriz e escritora brasileira Fernanda Torres será homenageada pelo Critics Choice Awards na categoria Atriz – filme internacional por sua atuação em Ainda Estou Aqui.

A honraria faz parte da 4ª edição do Celebration of Latino Cinema and Television, que ocorrerá no dia 22 de outubro, no Egyptian Theatre, em Hollywood, nos Estados Unidos.

“O evento homenageia performances e trabalhos de destaque, tanto na tela quanto fora dela, da indústria do entretenimento latino”, informa o Critics Choice Awards, em seu perfil no Instagram.

Nas redes sociais, a atriz comemorou o anúncio e disse que a iniciativa proposta pela associação de críticos representa “uma das principais premiações do mundo do cinema”.

Dirigido por Walter Salles, Ainda Estou Aqui é estrelado por Fernanda Torres, Fernanda Montenegro e Selton Mello e baseado no livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva.

No filme, a personagem Eunice Paiva – interpretada por Fernanda Torres – é mãe de cinco filhos e se vê obrigada a se reinventar depois que a família sofre um ato violento e arbitrário por parte do governo durante a ditadura militar.

Cena do filme Ainda estou aqui – Alile Dara Onawale/Sony Pictures

O filme foi escolhido para representar o Brasil na disputa por uma vaga de Melhor Filme Internacional no Oscar 2025. O anúncio foi feito pela Academia Brasileira de Cinema após decisão unânime da comissão de seleção.

Ainda Estou Aqui recebeu o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Veneza e foi exibido nos festivais de Toronto e de San Sebastián.

“Estou em estado de graça”, diz Guto Lacaz ao festejar 50 anos de arte

Um artista inventor repleto de bom humor, que transforma os objetos do cotidiano em obras de arte que desafiam a percepção de mundo. Assim é Guto Lacaz, artista que é celebrado pelo Itaú Cultural com a mostra Guto Lacaz: cheque mate, que entrou em cartaz nessa quinta-feira (1), em São Paulo.

Com curadoria dos designers Kiko Farkas e Rico Lins, a mostra apresenta um panorama de mais de 50 anos de atividade do artista, apelidado pelos curadores de Guto ‘Sagaz’, por sua grande perspicácia e subversão.

Cada objeto retirado do cotidiano ganha novo significado nas mãos do artista, geralmente acrescido de uma certa animação. Difícil passar por suas obras – repletas de movimentos e sutilezas – e não sorrir.

“Estou em estado de graça”, disse o artista, em entrevista à Agência Brasil, na inauguração de sua mostra. “É uma delícia ver as coisas que estão embrulhadas e encostadas em casa serem agora expostas”, acrescenta.

Sempre de bom humor, o artista comprova que essa não é uma característica exclusiva sua ou de suas obras. “Na verdade, [o humor] é característica da minha família. A minha família é muito palhaça, sabe? Desde meu pai, meus tios, meus sobrinhos, meus irmãos, todo mundo é metido a engraçado. E eu gostava muito de desenhar e fui optar pelos cartunistas, que são os desenhistas de humor como o Ziraldo, o Jaguar, o Borjalo. Depois, na faculdade, eu conheci o Saul Steinberg [cartunista nascido na Romênia]. Então, eu copiava essa turma que desenhava, em que o desenho era engraçado. E eu pensava: ‘e se eu conseguir fazer um desenho?’. Depois comecei a fazer objetos e os objetos saíam engraçados também”, conta.

“O Guto é um artista raro”, descreve o curador Rico Lins. “Além de sua formação ser uma coisa bem eclética e não linear, ele é um cara que traz muito humor para seu trabalho. E esse humor é um diferencial, um divisor de águas. Primeiro porque isso é uma coisa meio rara dentro das artes visuais. Você acha que, quando a pessoa tem humor, ela não é séria. E, no entanto, o Guto consegue uma forma de comunicação absolutamente direta com todos os públicos. Ele é um artista muito generoso, que se vale do humor como uma ferramenta. E esse humor tem um componente lúdico também, que é um outro ponto muito importante no trabalho dele”.

Artista multimídia

Guto Lacaz é também um artista multimídia. Além de suas instalações e performances, ele tem uma produção variada como desenhista, ilustrador, cartunista, designer, cenógrafo e assinando projetos gráficos editoriais e logomarcas para empresas. Formou-se em arquitetura e eletrônica industrial pela Universidade de São Paulo (USP), na década de 1970, mas decidiu virar artista.

Hoje com 76 anos e mais de 50 anos de carreira, seu universo artístico é uma imensidão de objetos singulares, dispositivos engenhosos e incomuns, vídeos de performances inusitadas, peças com trocadilhos e jogos de palavras.

“O Guto Lacaz é um artista paulista e muito paulistano que trabalha com plataformas variadas. Ele trabalha com cinema, com performance, com teatro, com ilustração, com escultura, desenho, poesia e é um artista que deveria ser mais reconhecido”, opina o curador Kiko Farkas.

“Uma das coisas que são legais em seu trabalho é que ele pega coisas do cotidiano e vai transformando-as, vai dando novos significados, novas funções. Ou às vezes vai destruindo sua função e não põe nenhuma nova função no lugar. É sempre uma brincadeira, mas sempre tem um cunho crítico. Ele faz uma crítica a essa sociedade de consumo e ao mito do progresso tecnológico e da industrialização”, diz Farkas.

A exposição em cartaz no Itaú Cultural faz uma retrospectiva da obra de Lacaz, apresentando trabalhos desde o início de sua carreira até mais recentes e inéditos. Entre eles, Eletrolinhas, uma instalação que brinca com os sentidos criando uma espécie de ilusão de óptica, composta por linhas brancas se movimentando suavemente em caixas pretas. “Esse trabalho estava há 20 anos guardado em casa. Fiz em 2004 e só agora que o estou expondo”, conta Lacaz.

Outro trabalho recente é Nomes, em que mostra uma coleção de folhetos de vendas de imóveis em que ele brinca com os nomes dos corretores e das edificações. Essa é uma obra em que ele provoca reflexão sobre a especulação imobiliária na capital paulista.

“Todo dia eu recebo [esses folhetos]. Todo dia recebo um na minha caixa de cartas. Não tem esforço nenhum. Foi só reunir [tudo isso]. E é uma obra bem atual porque estão destruindo São Paulo inteira com prédios enormes que derrubam quadras inteiras de casinhas lindinhas”, descreve o artista.

“Os folders de imobiliárias são muito bem desenhados. Eles contratam um designer, então são muito elegantes. Mas os adesivos com os nomes dos corretores que vão vender os apartamentos [aplicados sobre esses folders] são muito trash. Eles põem o adesivo em qualquer lugar. O título da obra ficou Nomes, porque há esse contraste entre a gráfica dos corretores, que é mais trash, e a gráfica da imobiliária, que é metida a elegante, metida a chique”, explica.

Humor e crítica social

A exposição inteira conta com cerca de 170 de suas obras que trazem muito humor, crítica social, experimentação e originalidade. E tem início no primeiro andar, onde foram instalados trabalhos de grande proporção. Entre eles, a obra Pororoca, que é toda cinética. “Esse é um trabalho que eu gosto muito e que estava guardado em casa. Agora o restauramos e ele está lindo”, observa o artista.

Guto Lacaz celebra mais de 50 anos de atividade. Foto – Bruno Poletti/Divulgação

Nesse andar também está a inédita Volare, feita especialmente para essa mostra e que reúne grandes cilindros transparentes, em pé, dentro dos quais um ventilador faz girar paletas sem sair do lugar, criando uma ilusão ótica. “Nesse piso temos obras de grande porte”, explica Farkas.

No primeiro subsolo há cartuns e também artes gráficas que ele fez para revistas e marcas variadas. Podem ser vistas, por exemplo, as ilustrações que Lacaz fez para a revista Caros Amigos e para a coluna de Joyce Pascowitch, na Folha de S. Paulo. Outra obra vista neste andar é A Terceira Margem do Rio, em que um espelho posicionado próximo de canoas revela uma nova canoa, que só existe no reflexo.

Já o segundo subsolo, diz Rico Lins, busca explorar o processo criativo de Lacaz. Ali se apresentam elementos de seu ateliê, onde ele guarda cadernos, blocos, fotos e memórias. “É como se a gente fosse mergulhando na cabeça do Guto”, revela o curador.

Além da exposição, o Itaú Cultural ainda vai apresentar o documentário Guto Lacaz – um olhar iluminado, dirigido por Marcelo Machado e conduzido por Farkas e Lins. O filme será disponibilizado no streaming Itaú Cultural Play, gratuitamente.

Mais informações sobre a exposição, que fica em cartaz até o dia 27 de outubro, podem ser obtidas no site.