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Concurso unificado: capitais montam esquema especial de trânsito

Diversas cidades que receberão o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), neste domingo (18), montaram esquema especial de trânsito e transporte público para atender aos participantes do certame. As provas serão aplicadas em dois turnos, em 228 municípios de todos os estados brasileiros, para mais de 2,1 milhões de inscritos.

Os portões dos 3.563 locais de prova irão abrir e fechar, respectivamente, às 7h30 e 8h30, no horário de Brasília. O início da aplicação está marcado para 9h, com duração de duas horas e 30 minutos. No turno vespertino, os candidatos poderão entrar nos locais entre 13h e 14h, com início das provas às 14h30. A prova terá duração de três horas e 30 minutos.

Os participantes que prestarão as provas em locais com fuso horário diferente do de Brasília, deverão seguir o horário oficial.

Não será permitida a entrada de candidatos antes do horário de abertura, nem após o horário de fechamento dos portões. O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) recomenda ao candidato chegar ao local das provas com, pelo menos, duas horas de antecedência para o início de cada turno de provas.

Brasília

Por isso, a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) do governo do Distrito Federal determinou reforço no transporte público coletivo. As empresas deverão operar as linhas com programação de viagens de dias úteis, observando os horários das atividades do concurso, desde a chegada da equipe de coordenação aos locais de realização das provas até o término.

Ao todo, mais de 195,7 mil inscritos vão fazer os exames do CPNU em várias regiões da capital federal.

A Semob autorizou, ainda, o remanejamento de ônibus das linhas menos utilizadas, para atender às demandas pontuais dos serviços com maior procura, de forma a adequar a oferta de viagens às necessidades dos candidatos que farão os exames.

Já as linhas do transporte coletivo que atendem as regiões onde não há locais de provas – como a Esplanada dos Ministérios, os setores de Indústria e Abastecimento (SIA) e de Armazenagem e Abastecimento Norte (Saan) e o Lago Sul, via Aeroporto – permanecem com os horários usualmente feitos aos domingos.

São Paulo

Na capital paulista, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) suspendeu a Ciclofaixa de Lazer neste domingo (18), que são as áreas exclusivas para bicicletas que funcionam aos domingos e feriados, das 7h às 16h, em avenidas específicas da cidade. A medida visa facilitar o deslocamento dos candidatos, deixando o tráfego livre para ônibus e veículos.

As equipes da CET irão monitorar os principais corredores da cidade para garantir as condições de segurança aos pedestres e fluidez no trânsito, além de agilizar a remoção de interferências, a fiscalização em áreas de embarque e desembarque, a orientação da travessia de pedestres e a operação de semáforos.

A cidade de São Paulo tem 86,9 mil inscritos no concurso.

Obras de manutenção nos trens da CPTM vão impactar pontualmente o serviço amanhã em algumas linhas e plataformas. As alterações estão disponíveis na página da empresa, entre elas as linhas 10-Turquesa, 7-Rubi e 11-Coral. A CPTM afirma que manterá trens de prontidão para atender eventual aumento de fluxo para atender aos candidatos do CPNU.

Todas as linhas operadas pelo Metrô (1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata) terão um aumento na frota em circulação, comparado a um domingo comum. Além disso, trens reservas estarão de prontidão para entrar em operação imediatamente, caso o Centro de Controle Operacional, que monitora as linhas em tempo real, identifique qualquer necessidade operacional.

A Linha 4-Amarela, operada pela ViaQuatro, funcionará normalmente. Uma interrupção no trajeto tinha sido anunciada para este domingo, para escavação da Linha 6-Laranja pela empresa LinhaUni, mas foi adiada.

De acordo com a ViaMobilidade, em razão de manutenções programadas, a Linha 9-Esmeralda terá intervalo de 20 minutos entre as estações Jurubatuba e Mendes-Vila Natal, das 7h às 17h. Já entre as estações Osasco e Jurubatuba o intervalo será de 10 minutos. As linhas 8-Diamante de trens e 5-Lilás do metrô funcionarão normalmente.

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, 125,5 mil pessoas devem fazer as provas. De acordo com a Fundação Cesgranrio, instituição responsável pela organização do concurso, os principais pontos de concentração de candidatos no município serão os bairros de Bonsucesso, do Maracanã, da Tijuca, do centro, de Botafogo e da Gávea. Haverá operação especial de trânsito para essas regiões, organizada pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), com o apoio da Guarda Municipal, para orientar o fluxo de veículos e pedestres, bem como reprimir o estacionamento irregular.

Serão feitas interdições em algumas vias da zona sul e do centro para realização da Meia Maratona Internacional do Rio, com largada a partir das 6h40. Os corredores vão percorrer a Av. Vieira Souto, Rua Francisco Otaviano, Av. Atlântica, Av. Princesa Isabel, Enseada de Botafogo (duas voltas), Aterro do Flamengo, Av. General Justo e Av. Alfred Agache, onde farão o retorno para o Aterro. O término da prova será no Aterro do Flamengo, na altura da Praça Cuauhtemoc.

Além das interdições, a CET alerta para a mudança da mão de direção da Av. Joaquim Nabuco, em Copacabana.

Para facilitar o deslocamento de candidatos, o transporte coletivo também terá reforço. Os ônibus municipais, BRTs e VLTs, assim como metrô, trens, barcas e ônibus intermunicipais, vão funcionar em esquema diferenciado, com horários extras, intervalos menores e frota ampliada, segundo as concessionárias responsáveis por esses serviços.

A concessionária MetrôRio informou que o horário de abertura de todas as estações será antecipado para as 6h30, meia hora antes do início das operações aos domingos. O fechamento ocorrerá às 23h, seguindo o funcionamento normal do dia. A Linha 2 vai operar entre a Pavuna e Botafogo, e a transferência entre as linhas 1 e 2 poderá ser feita no trecho entre as estações Central do Brasil e Botafogo.

Os trens da SuperVia seguirão a grade horária de sábado, com mais viagens e intervalos médios reduzidos. Já a concessionária de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT Carioca) informa que vai operar das 5h às 14h, com intervalos especiais de 12 minutos na linha 1 (Terminal Gentileza-Santos Dumont). Nas demais linhas (2 – Praia Formosa-Praça XV; 3 – Central-Santos Dumont; e 4 – Terminal Gentileza-Praça XV), as viagens ocorrerão com os intervalos praticados aos domingos: de 12 a 20 minutos nas linhas 3 e 4 e de até uma hora na linha 2.

Porto Alegre

Na capital gaúcha, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) recomenda que os 37,5 mil candidatos inscritos antecipem seus deslocamentos. Agentes estarão monitorando o trânsito nos principais pontos a partir das 6h.

Os locais com maior concentração de inscritos, como PUC-RS, Fapa e Uniritter, terão reforço nas seguintes linhas de ônibus:

– Uniritter: 263.1 – Orfanotrófio/Jardim Medianeira e 263.2 – Orfanotrófio/Azenha terá reforço de seis viagens (três por sentido) nos horários 6h55; 7h35; 12h45 (Bairro/Centro) e 11h40; 12h40; 18h (Centro/Bairro).

– Fapa: 656 – Passo das Pedras/Fapa, na Zona Norte, operará normalmente aos domingos. Além disso, as linhas 494.4 – Rubem Berta/Jardim Ypu e 495.1 – Manoel Elias/Morro Santana continuarão com seus trajetos habituais pela Protásio Alves; e 491 – Passo Dornelles/Vila Safira terá seu itinerário desviado no sentido Centro/Bairro, seguindo pela Protásio Alves, Manoel Elias e 6 de Novembro.

– PUC-RS: 343 – Campus/Ipiranga, 353 – Ipiranga/Puc/Ufrgs; T1 – Transversal 1; T4 – Transversal 4; T9 – Puc e via Bento. Haverá reforço nas linhas T12, T12A, T1, T4, 353 e 343 com viagens extras; – 397 – Bonsucesso; 398 – Pinheiro; 398.4 – Pinheiro via Viçosa; 394.6 – Q. do Portal/Mapa até Salgado Filho; linhas 344 – Santa Maria; 361 – Cefer e 375 – Agronomia acessam o campus da Puc pela avenida Bento Gonçalves.

Salvador

A Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) de Salvador informou que serão disponibilizados 34 veículos de frota reguladora, das 6h às 19h deste domingo. Os ônibus estarão distribuídos entre as estações da Lapa, Mussurunga, Pirajá, Águas Claras e Terminal Acesso Norte, à disposição da equipe de fiscalização, e poderão ser utilizados caso seja identificada uma maior demanda.

Equipes da secretaria também estarão em locais estratégicos para orientar os usuários. São 67,1 mil inscritos para fazer a prova na capital baiana.

Para quem vai dirigindo, a Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) tem um painel com a situação das principais vias.

Natal

Na capital potiguar, 27,6 mil pessoas deverão participar do concurso. Para atender à demanda, 34 linhas de ônibus terão reforço e realizarão 604 viagens ao longo do dia. A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana montou um quadro com os horários especiais e itinerários.

A fiscalização de trânsito terá o reforço de 30 agentes em todos os turnos, posicionados em pontos estratégicos da cidade para orientar motoristas e facilitar o acesso dos candidatos aos locais de prova.

Relatora especial da ONU vê racismo sistêmico no Brasil

O racismo no Brasil é sistêmico, perdura desde a formação do Estado brasileiro, e as medidas para combater o preconceito não são suficientes para fazer frente à gravidade da situação. Essas são algumas das conclusões preliminares apresentadas nesta sexta-feira (16) pela relatora especial sobre formas contemporâneas de racismo, Ashwini K.P., que faz parte do corpo de especialistas independentes do sistema de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).

Ashwini K.P. também manifestou preocupação com as eleições municipais, que ocorrerão em outubro deste ano. Segundo ela, há uma representação política muito baixa no país de grupos raciais e étnicos marginalizados, além de o ambiente político ser hostil e mesmo perigoso para quem consegue se eleger. Ela citou como exemplo o caso de Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro assassinada em 2018.

“Ficou extremamente evidente para mim, após minha visita, que as pessoas afrodescendentes, os povos indígenas, comunidades quilombolas, romani e pessoas pertencentes a outros grupos raciais e étnicos marginalizados no Brasil, incluindo aqueles que enfrentam discriminação interseccional com base em deficiência, gênero, status LGBTQIA+ e/ou ser pessoa migrante ou refugiada, continuam a experimentar formas multifacetadas, profundamente interconectadas e generalizadas de racismo sistêmico”, disse, em coletiva de imprensa.

“A violência estrutural e a exclusão endêmicas, que desumanizam pessoas de grupos raciais e étnicos marginalizados, causam danos muitas vezes irreparáveis e tornam as pessoas invisíveis dentro da sociedade, sendo consistentemente articuladas para mim como características integrais do racismo sistêmico no Brasil”, observou.

Embora reconheça medidas de combate ao racismo importantes no país, ela diz que ainda não são suficientes diante da gravidade do problema. “O ritmo atual de mudança não parece corresponder à gravidade da situação sofrida por pessoas de grupos raciais e étnicos marginalizados. Existem lacunas significativas na implementação e alcance de leis e políticas, e o progresso em direção à justiça racial é muito lento. As pessoas de grupos raciais e étnicos marginalizados no Brasil já esperaram tempo demais por justiça e igualdade racial. A própria vida e existência de pessoas marginalizadas depende de ação mais ousada e urgente”, afirmou.

Entre os bons exemplos destacados estão os programas de ações afirmativas para instituições de ensino superior e outras instituições públicas; os esforços para garantir o reconhecimento cultural e a memória sobre as experiências coletivas de pessoas de grupos raciais e étnicos marginalizados, com a criação de memoriais; e até mesmo a criação do Ministério da Igualdade Racial e do Ministério dos Povos Indígenas em 2023, bem como a criação de uma Secretaria sobre os Povos Romani dentro do Ministério da Igualdade Racial.

Eleições

Em relação à representação política, ela mostrou preocupação. “Estou, portanto, muito preocupada com relatos de representação política muito baixa de grupos raciais e étnicos marginalizados, incluindo afrodescendentes, povos indígenas, comunidades quilombolas e romani em órgãos políticos e de tomada de decisão, incluindo o Congresso Nacional e órgãos estaduais e municipais”, disse.

A relatora especial das Nações Unidas Ashwini K.P. durante coletiva de imprensa – Tomaz Silva/Agência Brasil

Ela acrescentou: “Notei como positivo que cotas de representatividade racial existem, mas me preocupei ao ouvir que não estavam sendo implementadas e que há ausência de responsabilização por esse descumprimento. Também ouvi testemunhos preocupantes sobre como as instituições políticas são consideradas lugares profundamente hostis e inseguros por pessoas de grupos raciais e étnicos marginalizados.”

Segundo a relatora, ameaças e violência, incluindo violência letal, contra pessoas de grupos raciais e étnicos marginalizados, incluindo mulheres, que se elegem ou participam de cargos políticos, como o caso de Marielle Franco, são “mais uma questão de profunda preocupação para mim, particularmente dadas as próximas eleições municipais”. “Exorto veementemente o Brasil a tomar todas as medidas necessárias para evitar qualquer forma de violência política durante as próximas eleições municipais”, ressaltou.

Em relação à proposta de emenda à Constituição (PEC) que estabelece novas regras para os partidos políticos na aplicação de recursos destinados às cotas raciais em candidatura, aprovada pelo Senado nesta quinta-feira (15), ela defende que é também responsabilidade dos próprios partidos políticos assumirem o compromisso de garantir a representatividade de comunidades marginalizadas.

A chamada PEC da Anistia (9/2023) também perdoa os débitos dos partidos que descumpriram a aplicação mínima de recursos em candidaturas de pretos e pardos nas eleições passadas e permite a renegociação de dívidas tributárias das legendas.

Visita ao Brasil

Ashwini K.P. está no Brasil desde o dia 5 de agosto. A visita terminou nesta sexta. Ela esteve Brasília, Salvador, São Luís, São Paulo, Florianópolis e Rio de Janeiro, a convite do governo federal. Reuniu-se com representantes dos governos federal e estaduais, além de representantes da sociedade civil que trabalham com racismo e preconceito e de comunidades que sofrem discriminação racial.

Nesta sexta, a relatora especial apresentou à imprensa as conclusões preliminares da avalição. A apresentação está disponível na íntegra na página do Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos na internet. [LINK: ] A análise completa será apresentada na 59ª sessão do Conselho de Direitos Humanos em junho de 2025.

As relatorias especiais fazem parte do que é conhecido como Procedimentos Especiais do Conselho de Direitos Humanos. Procedimentos Especiais trata-se do maior corpo de especialistas independentes do sistema de direitos humanos da ONU, que apuram e monitoram situações específicas de países ou questões temáticas em todas as partes do mundo. Ashwini K.P. foi nomeada pelo conselho como a sexta relatora especial sobre formas contemporâneas de racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância correlata em 2022.
Os especialistas em Procedimentos Especiais trabalham de forma voluntária; não são funcionários da ONU, são independentes de qualquer governo ou organização e atuam em sua capacidade individual.

Rio monta esquema especial para Concurso Nacional Unificado

O município do Rio montou um esquema especial de trânsito e transportes para garantir a mobilidade das pessoas que vão participar do Concurso Nacional Unificado (CNU) neste domingo (18). Em toda a cidade, 125.518 candidatos estarão distribuídos por 276 locais onde as provas serão aplicadas.

As provas do CNU serão realizadas em dois turnos. Pela manhã, os locais de realização do exame serão abertos às 7h30 e fechados às 8h30, com o início das provas às 9h. À tarde, os portões abrirão às 13h e fecharão uma hora depois, com as provas começando às 14h30.

O concurso é um modelo inovador de seleção de servidores públicos, criado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. O novo modelo consiste na realização conjunta de concursos públicos para o provimento de cargos efetivos no âmbito dos órgãos e das entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional, mediante a aplicação simultânea de provas em todos os estados e no Distrito Federal.

A finalidade do concurso é promover igualdade de oportunidades de acesso aos cargos públicos efetivos; padronizar procedimentos na aplicação das provas; aprimorar os métodos de seleção de servidores, de modo a priorizar as qualificações necessárias para o desempenho das atividades inerentes ao setor; e zelar pelo princípio da impessoalidade na seleção dos candidatos em todas as fases e etapas do certame.

Os candidatos devem chegar com antecedência para evitar contratempos. De acordo com a Fundação Cesgranrio, instituição responsável pela organização do concurso, os principais pontos de concentração de candidatos no município serão os bairros de Bonsucesso, do Maracanã, da Tijuca, do centro, de Botafogo e da Gávea.

Haverá operação especial de trânsito para essas regiões, organizada pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), com o apoio da Guarda Municipal. Agentes serão mobilizados nas vias próximas para orientar o fluxo de veículos e pedestres, bem como reprimir o estacionamento irregular. A operação de trânsito estará focada em garantir a fluidez nos principais corredores de tráfego da cidade. Além disso, técnicos da CET estarão monitorando as condições do trânsito por meio das câmeras para que, se necessário, sejam feitos ajustes na programação dos semáforos.

A Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) vai disponibilizar equipes para garantir a limpeza das vias próximas aos locais de prova.

Para facilitar o deslocamento de candidatos, o transporte coletivo também terá reforço. Os ônibus municipais, BRTs e VLTs, assim como metrô, trens, barcas e ônibus intermunicipais, vão funcionar em esquema diferenciado, com horários extras, intervalos menores e frota ampliada, segundo as concessionárias responsáveis por esses serviços.

Ônibus urbanos

Segundo a Secretaria Municipal de Transportes,60% da frota disponível nos dias úteis estarão à disposição da população entre as 3h e o meio-dia. O esquema vale para todas as empresas integrantes dos consórcios, que operam o serviço.

BRT

A MOBI Rio, responsável por administrar o BRT, informa que os quatro corredores do sistema (Transoeste, Transcarioca, Transolímpica e Transbrasil) terão reforço na frota de ônibus articulados. 

Metrô

Para garantir o deslocamento dos candidatos em direção aos locais de prova, a concessionária MetrôRio avisa que o horário de abertura de todas as estações será antecipado para as 6h30, meia hora antes do início das operações aos domingos. O fechamento ocorrerá às 23h, seguindo o funcionamento normal do dia. A Linha 2 vai operar entre a Pavuna e Botafogo, e a transferência entre as linhas 1 e 2 poderá ser feita no trecho entre as estações Central do Brasil e Botafogo.

Trens urbanos

Os candidatos também poderão contar neste domingo com os trens da SuperVia. As composições seguirão a grade horária de sábado, com mais viagens e intervalos médios reduzidos: nos ramais Japeri e Santa Cruz, de 20 minutos, das 6h às 8h; no ramal Belford Roxo, de 30 minutos, das 6h20 às 8h; e, no ramal Saracuruna, de 30 minutos no trecho Saracuruna-Gramacho, e de 15 minutos no trecho Gramacho-Central do Brasil, da abertura até as 8h. Para o retorno da prova, os trens vão seguir a grade regular de sábado, que normalmente disponibiliza o transporte com intervalos mais curtos. Nos fins de semana e feriados, a SuperVia lembra que os trens operam em horários fixos e os passageiros podem se programar planejando a viagem.

VLT

Para facilitar o deslocamento dos candidatos, a concessionária de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT Carioca) informa que vai operar das 5h às 14h, com intervalos especiais de 12 minutos na linha 1 (Terminal Gentileza-Santos Dumont). Nas demais linhas (2 – Praia Formosa-Praça XV; 3 – Central-Santos Dumont; e 4 – Terminal Gentileza-Praça XV), as viagens ocorrerão com os intervalos praticados aos domingos: de 12 a 20 minutos nas linhas 3 e 4 e de até uma hora na linha 2.

Barcas

De acordo com a concessionária CCR Barcas, as embarcações vão operar com intervalos de uma hora na linha Arariboia: das 6h às 23h (trajeto Praça XV–Arariboia) e das 5h30 às 23h30 (Arariboia–Praça XV). Haverá reforço nas equipes de atendimento nas estações e embarcações extras para atender possível aumento no número de passageiros.

Terminal Gentileza

A Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar) informa que o Terminal Integrado Gentileza (TIG) terá o Centro de Controle dedicado a acompanhar o fluxo de pessoas. A estação terá reforço do próprio efetivo, remanejando pessoal de outras estações para o TIG, entre agentes de atendimento e segurança e vigilantes distribuídos pelo terminal.

Rodoviária do Rio

A expectativa da Rodoviária do Rio é de que a demanda por viagens entre as cidades do estado, principalmente, aquelas com destino ao município, aumente em 10% em função da realização do Concurso Nacional Unificado neste domingo. Segundo a concessionária que opera o terminal, as empresas de ônibus não precisarão abrir horários extras, mas orientam os usuários para que garantam a compra das passagens com antecedência.

DR com Demori especial do Dia dos Pais recebe escritor Marcos Piangers

Na próxima terça-feira (13), o convidado de Leandro Demori no seu programa semanal da TV Brasil, DR com Demori, é Marcos Piangers, palestrante, escritor e um dos maiores produtores de conteúdo sobre paternidade do país. Na conversa emocionante, Piangers e Demori abrem o coração e revelam histórias envolvendo a relação com os próprios pais. O programa vai ao ar às 23h na TV Brasil e, simultaneamente, na Rádio MEC.

Pianger é pai de Anita e Aurora, e autor do best-seller O Papai é Pop, que recentemente virou filme estrelado por Lázaro Ramos. O jornalista gaúcho é um dos protagonistas no debate sobre paternidade ativa nas redes sociais e fora dela. No bate-papo, ele contou que começou a escrever logo que sua filha nasceu, mas demorou quase dez anos para publicar os textos porque tinha medo do julgamento que sofreria. “Tive vergonha de publicar e ser considerado ‘menos homem’”, lembra.

No programa, ele fala sobre a relação com o pai e conta a história de como o conheceu – já adulto, de surpresa, no lançamento do seu segundo livro. Ele defende que é preciso ter um olhar generoso com as gerações anteriores de pais e analisa a evolução na forma de criar filhos.

Marcos Piangers, convidado do programa DR com Demori, da TV Brasil – Paulo Pinto/Agência Brasil

 

“Eu costumo dizer que ‘arruma o homem, arruma o mundo’. E a paternidade é uma chance de arrumar o mundo. Chega uma criança e aquele homem que era durão aprende a chorar, a cuidar e se cuidar, a dar exemplo, se comportar melhor. Todos esses processos aconteceram naquele Marcos duro”, diz.

O autor explica como a ciência e as pesquisas têm contribuído para que se entenda a melhor forma de criar filhos e a importância da presença e da conexão no desenvolvimento infantil. Ele defende ainda a urgência da ampliação da licença-paternidade, que atualmente é de apenas cinco dias. “A conexão bem estabelecida nos primeiros meses solta ocitocina de forma que o pai cria uma conexão tão forte que dura até a adolescência. E o cara vive mais, o filho dá para ele mais tempo de vida.”

O DR com Demori também está disponível, na íntegra, no YouTube e no aplicativo TV Brasil Play. O programa também é transmitido em áudio, simultaneamente, na Rádio MEC, e as entrevistas ficam disponíveis em formato de podcast no Spotify.

Sobre o programa

O programa Dando a Real com Leandro Demori, ou simplesmente DR com Demori, traz personalidades para um papo mais íntimo e direto, na tela da TV Brasil. Já passaram pela mesa nomes como o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes; a deputada federal Erika Hilton; a cantora Zélia Duncan e o fundador da banda Pink Floyd, Roger Waters.

Serviço

Dando a Real com Leandro Demori – terça-feira, dia 13/8, às 23h, na TV Brasil

Dando a Real com Leandro Demori – quarta-feira, dia 14/8, às 3h, na TV Brasil

Dando a Real com Leandro Demori – domingo, dia 18/8 às 22h, na TV Brasil
 

Enem 2024: disponível resultado de pedidos de atendimento especial

Os resultados dos recursos de candidatos que fizeram solicitações de atendimento especializado durante o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Os inscritos devem conferir se a solicitação foi aceita na Página do Participante do Enem, com login único do portal de serviços digitais do governo federal, o Gov.br.

Em 2024, as provas ocorrerão nos dias 3 e 10 de novembro. Pelo cronograma do exame, a divulgação do resultado final está agendada para de 13 de janeiro de 2025.

O Ministério da Educação (MEC) ainda avalia a necessidade de aplicação das provas em nova data para os participantes do Rio Grande do Sul, devido à situação de calamidade pública causada pelas chuvas volumosas que atingiram o estado nos meses de abril e maio.

Atendimento especializado

A Política de Acessibilidade e Inclusão do Inep garante atendimento especializado, além de diversos recursos de acessibilidade a participantes que os requeiram, desde que comprovem a necessidade.

Conforme o edital do Enem 2024, no ato da inscrição, os participantes que necessitam de atendimento especializado tiveram que informar a condição que motivou a solicitação, como baixa visão, cegueira, visão monocular, deficiência física, deficiência auditiva, surdez, deficiência intelectual (mental), surdocegueira, dislexia, déficit de atenção, transtorno do espectro autista, discalculia, estar gestante, ser lactante, pessoa idosa, estudante em classe hospitalar (na condição de internado para tratamento de saúde).

A situação não contempla o participante do Enem que, nas datas de aplicação das provas, estiver internado para realização de partos, cirurgias ou tratamentos esporádicos.

No caso da solicitação de atendimento especializado com solicitação confirmada pelo Inep, o participante com cegueira, surdocegueira, baixa visão, visão monocular e/ou outra condição específica e tiver poderá ser acompanhado por cão-guia e será permitido o uso de material próprio, como máquina de escrever em braile, óculos especiais, lupa, luminária, tábuas de apoio, entre outros. Os recursos serão vistoriados pelo chefe de sala onde será aplicada a prova do Enem.

O participante que solicitar atendimento para deficiência auditiva, surdez ou surdocegueira deverá indicar o uso do aparelho auditivo ou implante coclear na inscrição.

Já as lactantes, nos dois dias de realização do exame, deverão levar um acompanhante adulto que ficará responsável pela guarda da criança que será amamentada durante as provas.

A organização do exame não permitirá a entrada do acompanhante e da criança após o fechamento dos portões. Ambos terão que entrar na instituição de ensino no horário regular dos demais candidatos, nos dois domingos de aplicação das provas do Enem.

O Inep esclarece ainda que a participante lactante não poderá ter acesso à sala de provas acompanhada da criança. Da mesma forma que o acompanhante da participante e a criança não terão acesso à sala de provas. Todos eles deverão cumprir os procedimentos de segurança, como ser submetido à revista eletrônica por meio do uso do detector de metais.

O edital prevê que, durante a aplicação das provas, qualquer contato entre a participante lactante e o respectivo acompanhante deverá ser presenciado por um fiscal.

Enem

O Enem foi instituído em 1998 e avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término do ensino médio.

Os participantes fazem provas de quatro áreas de conhecimento: linguagens, ciências humanas; ciências da natureza, matemática, que ao todo somam 180 questões objetivas. Os participantes também são avaliados por meio de uma redação, que exige o desenvolvimento de um texto dissertativo-argumentativo, a partir de uma situação exposta.

O exame é a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil. Instituições de ensino públicas e privadas usam a nota obtida no Enem como critério único ou complementar nos processos seletivos de estudantes, por meio de iniciativas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e o Programa Universidade para Todos (Prouni).

Os resultados também são usados para acesso a auxílios governamentais, a exemplo do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

As notas individuais do Enem ainda são aceitas em processos seletivos de instituições de ensino superior de Portugal que possuem convênio com o Inep, para ingresso de estudantes brasileiros interessados em cursos portugueses.

Os acordos não envolvem transferência de recursos e não preveem financiamento estudantil pelo governo brasileiro. A revalidação de diplomas e o exercício profissional no Brasil dos estudantes formados em Portugal estão sujeitos à legislação brasileira.

Orientações

O portal do Inep conta com um site com as principais orientações para os participantes do Enem.

Há também uma seção destinada às perguntas frequentes sobre o exame. Com isso, os interessados podem conferir os questionamentos mais comuns e os respectivos esclarecimentos.

Renegociação especial de devedores gaúchos à União começa nesta quarta

Cerca de 650 mil pessoas físicas e empresas do Rio Grande do Sul que devem à União e ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) podem renegociar os débitos com desconto nos juros, nas multas e no saldo devedor. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) lança nesta quarta-feira (26) o Programa Emergencial de Regularização Fiscal de Apoio ao Rio Grande do Sul (Transação SOS-RS).

A iniciativa pretende auxiliar a recuperação econômica de pessoas físicas e jurídicas atingidas pela calamidade climática que atingiu o estado. A adesão pode ser feita até 31 de julho pela internet, no Portal Regularize e só vale para contribuintes com domicílio fiscal no estado, conforme conste no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) da matriz.

Em relação às dívidas de médias e grandes empresas, o programa permite a renegociação dos débitos com abatimento de até 100% do valor dos juros, das multas e dos encargos legais, desconto de até 65% do valor da dívida e o parcelamento em até 120 meses. Como na maioria das renegociações de transações tributárias, as condições especiais serão definidas conforme a capacidade de pagamento do contribuinte.

Pessoas físicas, instituições de ensino, microempresas, empresas de pequeno porte, santas casas de misericórdia, sociedades cooperativas e demais organizações da sociedade civil terão benefícios adicionais. Para essas categorias, o pagamento da dívida poderá ser parcelado em até 145 prestações mensais, com descontos de até 70% sobre o valor total da dívida.

Um dos benefícios da renegociação, ressalta a PGFN, consiste na recuperação da capacidade de crédito. Quem regularizar a situação fiscal poderá retomar o acesso a financiamentos, como as linhas para a reconstrução de moradias e de negócios.

Lira cria comissão especial para analisar PEC das Drogas

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), determinou nesta terça-feira (25) a criação de uma comissão especial para analisar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45 de 2023, que torna crime a posse e o porte de qualquer quantidade de droga ilícita. A medida foi publicada no mesmo dia da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) a favor da descriminalização do porte de maconha para uso pessoal.

A PEC é oriunda do Senado e já foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara em 12 de junho. Se aprovada na comissão especial, a PEC segue para análise do plenário.

Segundo o ato de Lira, publicado em edição extra do Diário da Câmara dos Deputados, a comissão será composta de 34 membros titulares e o mesmo número de suplentes. 

Mais cedo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que discorda da decisão do STF a favor da descriminalização do porte de maconha para uso pessoal. Para ele, a decisão invade a competência técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a competência legislativa do Congresso Nacional sobre o tema, além de gerar uma lacuna jurídica no Brasil. 

Programa especial sobre Ziraldo vai ao ar na TV Brasil no sábado

Neste sábado (13), às 18h30, o programa Recordar é TV, da TV Brasil, celebra a genialidade de Ziraldo, um dos maiores cartunistas brasileiros, que morreu no último dia 6, aos 91 anos. O especial resgata preciosidades do acervo da emissora pública como o programa A Verdade de Ziraldo, de 2002, em que o artista detalha o seu processo criativo e mergulha em obras como Flicts e O Menino Maluquinho.

O especial também incluirá trechos do ABZ do Ziraldo, programa que ele apresentou na emissora pública, entre 2009 e 2016, dedicado ao público infantil. Há ainda trechos do Caminhos da Reportagem, de 2012, que celebrou os 80 anos do autor.

Ziraldo Alves Pinto nasceu em Caratinga, Minas Gerais, em 1932. Aos 7 anos, em 1939, apresentou seu primeiro desenho no jornal Folha de Minas. Em 1949, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde fez carreira. Aclamado pelo trabalho literário infantil, Ziraldo recebeu diferentes premiações, como o “Nobel” Internacional de Humor no 32º Salão Internacional de Caricaturas de Bruxelas, e também o prêmio Merghantealler, da imprensa livre da América Latina, ambos em 1969.

Levou ainda o Prêmio Jabuti de Literatura, em 1980, com O Menino Maluquinho, e novamente em 2012, com Os Meninos do Espaço. Suas obras viraram filme, séries e peças de teatro. Também se destacou por usar a arte como forma de resistência à ditadura militar. Ele fundou e dirigiu o famoso periódico O Pasquim, que fez oposição ao regime.

Sobre a produção

O programa Recordar é TV leva ao telespectador conteúdos que representam momentos importantes da memória da televisão brasileira, a partir de material conservado no acervo da emissora pública com os registros feitos na época da TVE do Rio de Janeiro.

Shows, programas de auditório, grandes entrevistas, matérias jornalísticas marcantes, musicais e peças de teledramaturgia serão revisitados em nova roupagem pela atração da TV Brasil.

Especial Paralelos, da TV Brasil, traça comparativo entre 1964 e 2023

A TV Brasil exibe um programa temático que traça um comparativo entre o golpe de 1964 e a tentativa de golpe de janeiro de 2023. Com direção de conteúdo do professor e jornalista Gabriel Priolli, o especial Paralelos vai ao ar nesta terça (2), às 23h, na telinha da emissora pública e fica disponível no app TV Brasil Play.

O conteúdo original é apresentado pela jornalista Luciana Barreto, âncora do telejornal Repórter Brasil Tarde. A produção traz entrevistas com especialistas sobre o contexto social, histórico, econômico e constitucional das duas épocas.

Os entrevistados são o historiador Renato Lemos, o cientista político Luis Felipe Miguel, a advogada Manuellita Hermes e a professora Larissa Rosa Corrêa. Eles trazem abordagens sobre os momentos históricos do país nos dois períodos. A atração destaca perspectivas relevantes ao apontar pontos de convergência e aspectos de distanciamento.

‘A maré está virando’ contra a Junta de Mianmar, afirma o relator especial da ONU

Professores protestam contra golpe militar (9 de fevereiro de 2021, Hpa-An, estado de Kayin, Mianmar)

21 de março de 2024

 

A junta governante de Myanmar “está perdendo” a guerra contra uma coligação de forças internas, mas continua a ser altamente perigosa, de acordo com um relator especial da ONU sobre a situação dos direitos humanos naquele país.

“A maré está a mudar em Mianmar devido à oposição generalizada dos cidadãos à junta e às crescentes vitórias das forças de resistência no campo de batalha”, disse Tom Andrews, que apresentou o seu último relatório ao Conselho de Direitos Humanos da ONU na terça-feira.

Num briefing aos repórteres na quarta-feira, Andrews disse que a junta está a perder território, bases e tropas, e a perder a sua capacidade “de promover a ficção de que é de alguma forma legítima” ou de que pode unificar o país pela força.

“A junta controla agora menos de metade de Mianmar e perdeu dezenas de milhares de soldados devido a baixas, rendições ou deserções desde que lançou o seu golpe militar há mais de três anos”, disse ele.

Andrews acrescentou que os militares de Mianmar, “embora desesperados”, continuam extremamente perigosos e intensificaram o seu ataque punitivo à população civil.

“Nos últimos cinco meses assistimos a um aumento de cinco vezes nos ataques aéreos contra alvos civis”, disse ele, observando que o número de mortos ou feridos por minas terrestres “mais do que duplicou no ano passado”.

Desde que a junta derrubou o governo democraticamente eleito do país, em 1 de Fevereiro de 2021, milhares de pessoas foram mortas, dezenas de milhares foram presas e detidas arbitrariamente e milhões foram deslocadas.

Em resposta, os apoiantes do governo deposto democraticamente eleito liderado por Aung San Suu Kyi uniram forças com um conjunto de milícias de base étnica para lutar contra a liderança brutalizadora e repressiva, com sucesso crescente.

O relator especial apela aos Estados para que parem de exportar as armas sofisticadas e poderosas que Mianmar utiliza para matar civis, alertando que a violência e o caos em Mianmar podem repercutir na região e no resto do mundo.

“Milhares de pessoas desesperadas continuam a fugir para os países vizinhos. Os caças da Junta violaram o espaço aéreo dos vizinhos de Mianmar, bombas caíram nas fronteiras”, disse ele.

Sublinhando os perigos de apaziguar e apoiar a junta, Andrews observou que as redes criminosas “encontraram um porto seguro em Mianmar”.

“Mianmar é hoje o maior produtor de ópio do mundo e um centro global para operações de fraudes cibernéticas que escravizam dezenas de milhares de pessoas e vitimam um número incontável de pessoas em todo o mundo”, disse ele.

A repressão militar da junta e o tratamento abusivo que dispensa à população civil cobraram um preço terrível.

A organização birmanesa de direitos humanos, The Assistance Association for Political Prisoners, estima que mais de 4.500 pessoas foram mortas e mais de 26.000 presas, a maioria das quais permanece detida.

O Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários, OCHA, informa que 2,7 milhões de pessoas foram deslocadas e 18,6 milhões de pessoas em Myanmar, incluindo 6 milhões de crianças, necessitam de assistência humanitária.

“Quando comecei meu serviço como relator especial, antes do golpe, esse número era de 1 milhão”, disse Andrews.

Para piorar a situação, disse que a junta iniciou um programa de recrutamento militar forçado, “por vezes raptando jovens na rua”. Outros estão se escondendo ou fugindo do país.

“Particularmente atingidos são os membros sitiados da comunidade Rohingya, que estão agora sujeitos a bombardeamentos contínuos pelas forças da junta. Mas, ao contrário da maioria em Mianmar, os Rohingya estão proibidos de se deslocar para locais seguros”, disse ele.

“Agora, a junta está a tentar forçar os jovens Rohingya a fazer o incompreensível – juntar-se aos mesmos militares que estão a cometer estes ataques implacáveis ​​e que cometeram genocídio contra a sua comunidade, forçando centenas de milhares de pessoas a cruzar a fronteira para o Bangladesh.”

Em Agosto de 2017, quase 1 milhão de muçulmanos Rohingya fugiram para Cox’s Bazaar, no Bangladesh, para escapar à perseguição, à violência e a graves violações dos direitos humanos no estado de Rakhine, em Myanmar.

Vivem naquele que é conhecido como “o maior campo de refugiados do mundo”, em condições de sobrelotação, com pouco acesso à educação e sem capacidade de obter rendimentos, o que os deixa vulneráveis ​​à exploração e a sérios riscos de protecção.

As Nações Unidas descrevem os Rohingya como “a minoria mais perseguida do mundo”.

A junta militar de Myanmar negou a cidadania aos Rohingya e vê-os como intrusos estrangeiros.

Andrews apelou à comunidade internacional para não fechar os olhos aos horrores que ocorrem em Mianmar. Ele disse que é necessária uma ação internacional forte e concertada para impedir a matança de civis inocentes e derrubar os líderes ilegítimos.

Ele disse que a impunidade para crimes de guerra e crimes contra a humanidade em Mianmar deve acabar. Para que isso aconteça, disse ele, “aqueles que são responsáveis ​​por crimes de atrocidades em Mianmar devem saber que serão responsabilizados”.

Mianmar não conseguiu responder ao relatório do relator especial no Conselho de Direitos Humanos da ONU porque as Nações Unidas não reconhecem os governantes militares de facto como um governo legítimo.

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